SILVA, Claudilene Maria da, Lucimar Rosa DIAS, and Silvani dos Santos VALENTIM. "A Pensadora Negra em Educação Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva: Memórias e Reflexões." INTERRITÓRIOS 6, no. 12 (December 7, 2020): 299. http://dx.doi.org/10.33052/inter.v6i12.249002.
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RESUMOO presente texto retoma questões relevantes sobre o pensamento negro em educação no Brasil. Por meio desta entrevista aprofundamos como 23 anos depois da publicação do livro que inaugurou os debates a esse respeito, as questões sobre o pensamento negro brasileiro coerentemente reverberam, desafiam e interpelam a Educação das Relações Étnico-Raciais no alvorecer do século XXI. Profa. Petronilha afirma que tal pensamento veio com os povos Negros africanos escravizados e que na Diáspora foram sendo recriados e refeitos, particularmente por meio das experiências dos/as professores/as negros/as, especialmente das professoras negras, durante todo o século XX. Foram destacados durante a entrevista elementos como a relevância e atualidade de uma práxis pedagógica antirracista e propostas do movimento Negro, das instituições Negras e dos projetos e pesquisas que assumem um compromisso visceral e dialógico com a história e perspectiva do povo Negro. Por meio de suas memórias familiares e escolares a entrevistada nos lembra que, por mais escolarizadas/os que sejamos, não podemos prescindir do pensamento que é construído nos núcleos familiares, nas comunidades, nos espaços religiosos de matriz africana e pelo movimento Negro. É importante ter presente que existe um pensamento Negro em educação em todas as áreas da vida. Ainda que importantes organizações do movimento Negro tenham se articulado nos anos 1970, é anterior a este período a formulação do pensamento Negro em educação. Este pensamento antecede o movimento Negro organizado como nós o conhecemos. Ele foi, de fato, iniciado pelas professoras Negras do antigo Ensino Primário, hoje Ensino Fundamental.Educação. Pensamento Negro. Professoras Negras. Movimento Negro.ABSTRACT This text takes up relevant questions about black thought in education in Brazil. Through this interview we went on to deepen how 23 years after the publication of the book that inaugurated the debates in this regard, questions about Brazilian black thought consistently reverberate, challenge and question the Education of Ethnic-Racial Relations at the dawn of the 21st century. Professor Petronilha affirms that such thought came with the enslaved African Black people and that in the Diaspora they are being recreated and remade, particularly through the experiences of Black teachers, especially Black female teachers, throughout the 20th century. Elements such as the relevance and timeliness of an anti-racist pedagogical praxis and proposals from the Black movement, Black institutions, projects and research that assume a visceral and dialogical commitment to the history and perspective of the Black people were highlighted during the interview. Through her family and school memories, the interviewee reminds us that, no matter how schooled we are, we cannot do without the thought that is built in family nuclei, in communities, in religious spaces of African base and by the Black movement. It is important to keep in mind that there is a Black thought in education in all areas of life. Although important organizations of the Black movement were articulated in the 1970s, the formulation of Black thought in education predates this period. This thought precedes the organized Black movement as we know it. It was, in fact, initiated by Black teachers from Primary School, today known as Elementary School.Education. Black Thought. Black Teachers. Black Movement.RESUMENEste texto retoma cuestiones relevantes sobre el pensamiento negro en la educación en Brasil. A través de esta entrevista pasamos a profundizar cómo 23 años después de la publicación del libro que inauguró los debates al respecto, las preguntas sobre el pensamiento negro brasileño reverberan, desafían y cuestionan consistentemente la Educación de las Relaciones Étnico-Raciales en los albores del siglo XXI. Profa. Petronilha afirma que este pensamiento llegó con los negros africanos esclavizados y que en la Diáspora fueron recreados y rehechos, particularmente a través de las experiencias de los maestros negros, especialmente los maestros negros, a lo largo del siglo XX. Durante la entrevista se destacaron elementos como la relevancia y actualidad de una praxis pedagógica antirracista y propuestas del movimiento negro, instituciones y proyectos negros e investigaciones que asumen un compromiso visceral y dialógico con la historia y perspectiva de los negros. A través de sus recuerdos familiares y escolares, la entrevistada nos recuerda que, por muy escolarizados que estemos, no podemos prescindir del pensamiento que se construye en los núcleos familiares, en las comunidades, en los espacios religiosos de origen africano y por el movimiento negro. Es importante tener en cuenta que existe un pensamiento negro en la educación en todos los ámbitos de la vida. Aunque en la década de 1970 se articularon importantes organizaciones del movimiento negro, la formulación del pensamiento negro en la educación es anterior a este período. Este pensamiento precede al movimiento negro organizado tal como lo conocemos. De hecho, fue iniciado por profesores negros de la antigua Escuela Primaria, hoy Escuela Primaria.Educación. Pensamiento negro. Maestros negros. Movimiento negro.SOMMARIOQuesto testo riprende questioni rilevanti sul pensiero nero nell'educazione in Brasile. Attraverso questa intervista siamo passati ad approfondire come 23 anni dopo la pubblicazione del libro che ha inaugurato i dibattiti a questo proposito, le domande sul pensiero nero brasiliano riverberano, sfidano e mettono in discussione costantemente l'Educazione alle Relazioni Etnico-Razziali all'alba del 21° secolo. Profa. Petronilha afferma che questo pensiero è venuto con i neri africani ridotti in schiavitù e che nella diaspora sono stati ricreati e rifatti, in particolare attraverso le esperienze di insegnanti neri, specialmente insegnanti neri, per tutto il XX secolo. Durante l'intervista, sono stati evidenziati durante l'intervista elementi come la rilevanza e la tempestività di una prassi pedagogica antirazzista e proposte dal movimento nero, istituzioni e progetti neri e ricerche che assumono un impegno viscerale e dialogico per la storia e la prospettiva del popolo nero. Attraverso i suoi ricordi familiari e scolastici, l'intervistata ci ricorda che, per quanto scolarizzati, non possiamo fare a meno del pensiero che è costruito nei nuclei familiari, nelle comunità, negli spazi religiosi di origine africana e dal movimento negro. È importante tenere presente che c'è un pensiero nero nell'educazione in tutti gli ambiti della vita. Sebbene importanti organizzazioni del movimento negro siano state articolate negli anni '70, la formulazione del pensiero negro nell'educazione è anteriore a questo periodo. Questo pensiero precede il movimento nero organizzato come lo conosciamo. Fu, infatti, iniziato da insegnanti neri della ex scuola elementare, oggi scuola elementare.Istruzione. Pensiero nero. Insegnanti neri. Movimento nero.