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WARE, JESSICA L., JOHN P. SIMAIKA e MICHAEL J. SAMWAYS. "Biogeography and divergence time estimation of the relict Cape dragonfly genus Syncordulia: global significance and implications for conservation". Zootaxa 2216, n.º 1 (1 de setembro de 2009): 22–36. http://dx.doi.org/10.11646/zootaxa.2216.1.2.

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Syncordulia (Odonata: Anisoptera: Libelluloidea) inhabits mostly cool mountainous streams in the Cape Floristic Region of South Africa. It is found at low densities in geographically restricted areas. Syncordulia is endemic to South Africa and, until recently, only two species were known, S. venator (Barnard, 1933) and S. gracilis (Burmeister 1839), both considered Vulnerable by the World Conservation Union (IUCN). Two new species, S. serendipator Dijsktra, Samways & Simaika 2007 and S. legator Dijsktra, Samways & Simaika 2007, were described from previously unrecognized museum specimens and new field collections. Here we corroborate the validity of these two new species using multiple genes and propose intergeneric relationships within Syncordulia. Molecular data from two independent gene fragments (nuclear 28S and ribosomal and cytochrome oxidase subunit I mitochondrial data) were sequenced and/or downloaded from GenBank for 7 libelluloid families, including 12 Syncordulia specimens (2 Syncordulia gracilis, 4 S. serendipator, 2 S. legator and 4 S. venator). The lower libelluloid group GSI (sensu Ware et al. 2007), a diverse group of non– corduliine taxa, is strongly supported as monophyletic. Syncordulia is well supported by both methods of phylogenetic analyses as a monophyletic group deeply nested within the GSI clade. A DIVA biogeographical analysis suggests that the ancestor to the genus Syncordulia may have arisen consequent to the break–up of Gondwana (>120 Mya). Divergence time estimates suggest that Syncordulia diverged well after the breakup of Gondwana, approximately 60 million years ago (Mya), which coincides with the divergence of several Cape fynbos taxa, between 86 – 60 Mya. DIVA analyses suggest that the present distributions of Syncordulia may be the result of dispersal events. We relate these phylogenetic data to the historical biogeography of the genus and to the importance of conservation action.
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Meira, Marcel Ronaldo Morelli de. "Os Novos Museus e a Estética na Pós-modernidade". Museologia & Interdisciplinaridade 7, n.º 14 (29 de outubro de 2018): 207–14. http://dx.doi.org/10.26512/museologia.v7i14.18396.

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Esse artigo considera a eclosão dos novos museus como sintomática da cultura pós-moderna iniciada nos anos 1980. Toma como referência o Centro George Pompidou, em Paris (1977), considerado o marco inaugural da dita cultura dos museus, além do Guggenheim Bilbao (1997), tomado aqui como o principal exemplo da arquitetura icônica e midiática dos museus contemporâneos. A arquitetura espetacular dos novos museus, observada de modo mais claro no exemplo do museu Guggenheim de Frank Gehry, é compreendida como emblemática do esgotamento da arquitetura moderna, marcado pela perda de sua função prospectiva, e do surgimento da chamada pós-modernidade.
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Faria, Rafaella Librelon de, Daniela Franco Carvalho Jacobucci e Renata Carmo Oliveira. "POSSIBILIDADES DE ENSINO DE BOTÂNICA EM UM ESPAÇO NÃO-FORMAL DE EDUCAÇÃO NA PERCEPÇÃO DE PROFESSORAS DE CIÊNCIAS". Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte) 13, n.º 1 (abril de 2011): 87–104. http://dx.doi.org/10.1590/1983-21172013130107.

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O interesse por atividades e locais diferenciados para o ensino tem aumentado a procura por Museus de Ciências. A diversidade de informações encontradas nos espaços não-formais amplia as possibilidades de ensino e fortalece as relações com as escolas. O presente trabalho traz as concepções de professoras de Ciências sobre espaços não-formais de Educação e apresenta uma atividade chamada "Chá de Sentidos" com o tema Botânica, no Museu DICA, em Uberlândia - MG. As professoras apresentaram dificuldades em conceituar e distinguir o espaço formal do não-formal e vincularam o Museu DICA como um local complementar à escola. A atividade foi avaliada positivamente pelas professoras, mas, como uma forma de trabalhar o conteúdo curricular e não para simplesmente deflagrar o interesse pelos vegetais e ampliar as possibilidades de aprendizado de seus alunos, relacionando as experiências vivenciadas fora da escola com as da sala de aula.
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Merino, Antonia, Carlos Márquez e Ramón González. "APP 3D: el ciclo escultórico del foro de Torreparedones (Baena, Córdoba)". Virtual Archaeology Review 9, n.º 19 (20 de julho de 2018): 89. http://dx.doi.org/10.4995/var.2018.9424.

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<p><strong>Extended Abstract:</strong></p><p>The archaeological site of Torreparedones (Baena) is one of the most outstanding Roman sites in the Province of Cordoba, due to not only the structural remains excavated in recent decades, but also the relevance through the relevance of other recovered materials. In recent years, among the recordings made during excavations and in the area of the north portico of the forum and the temple, an important sculptural group from the high imperial time was documented. The sculptural cycle consists of two dynastic groups, which are currently part of the museum exhibition of Baena. The first, found in the area of the gate, consists of a toga, a female figure, a military sculpture and a fragment ideal statue (of the type hüftmantel). The second group, from the temple or near the same area, consists of two male and female seated statues representing: Divus Augustus, Divus Claudius and Diva Augusta (Livia). The latter offers a representation of idealized types, as characters portraits were produced post-mortem once the senate decreed their deification time. Because of the importance of this second group, a three-dimensional (3D) model of each of the pieces has been created. The main objective of this research, with some results presented in this article, is further development of a mobile application that allows disseminating results and promotes the use of virtual reality in the field of heritage. In order to carry out the development of the app the following lines of action have been followed: 1) Recording by the sculptural 3D scanning cycle; and 2) the development of a 3D digital catalogue for the dissemination and study within the framework of scientific research.</p><p>Data collection of the surface was performed by using a 3D laser scanner, a tool that allows obtaining sub-millimetre resolution and accuracy. After obtaining the results, we processed and checked the quality of the acquired points, best-fit and registration of successive surface recordings, and filtering and cleaning of the point clouds. To disseminate the findings of this research we chose to carry out analyses with a free application called "Sculptural Cycle Torreparedones" available for the Android operating system. With this app, the user can access all the information available, with periodic updates as the progress of other ongoing investigations. This application allows and intuitive and easy way of navigation, see the 3D models of the sculptures, as well as access a virtual tour of Rome in 360° room of the museum of Baena.</p><p>Also, the user can access different multimedia content related to the site. As representative logo for the app, the icon of the half-head portrait of Divus Augustus was selected along with the title “3D Sculptural Cycle Torreparedones” as it is one of the largest and best known general level sculpture images. Since the app has been available since October 2017, a survey for assessing the app was conducted in order to know its impact and anticipate future necessary changes. In the course of this system, we have known the user skills in handling the application and the great interest of the youngest people in 3D.Theresults of this survey confirm that this work is an example of how this communication channel can be of service to the valorization and intelligibility of archaeological heritage. It not only allows knowing the materials recovered during the excavations of Torreparedones but also facilitates the visitor to establish a direct connection between the museum and the archaeological site. The application 3D Sculptural Cycle Torreparedones joins other works developed for 3D models digitized as a virtual catalogue, as is the Epigraphia3D app and other applications made with visits 360° as the case of the mobile application Guadiat VR -Belmez (Spain).</p>
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Barros, Matheus, e Silvia Martins. "Artefatos digitais para o Museu DICA: contribuições para a formação de professores de Física". Caderno Brasileiro de Ensino de Física 37, n.º 1 (6 de abril de 2020): 283–314. http://dx.doi.org/10.5007/2175-7941.2020v37n1p283.

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No contexto das licenciaturas, pouco se ouve falar sobre espaços diferentes da escola para a realização de atividades didáticas. No entanto, pesquisas sobre práticas em espaços não formais, em especial os museus de ciência, vem aumentando cada vez mais. Nesse sentido, é importante que, além do incentivo às práticas em espaços fora da escola, também haja um despertar de interesse e treinamento para a efetivação de tais atividades. Desse modo, este trabalho apresenta uma pesquisa realizada com estudantes da disciplina de PROJETOS INTEGRADOS DE PRÁTICAS EDUCATIVAS 3 (PIPE 3), do curso de Física Licenciatura, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no primeiro semestre de 2016, a fim de evidenciar as possíveis contribuições para a formação de professores de Física diante da construção de artefatos digitais para a exposição de Eletromagnetismo do Museu Diversão com Ciência e Arte – DICA. Nessa pesquisa, ficaram evidentes a evolução das concepções dos estudantes de PIPE 3 quanto aos museus de ciências, e o reconhecimento destes como espaços educativos e diferentes da escola; bem como os saberes despertados e agregados durante essa etapa da formação profissional. Desse modo, acreditamos que esse trabalho evidenciou as vantagens em se trabalhar em espaços diferentes da escola na formação inicial de professores.
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Glöckler, Falko, e Markus Englund. "DINA Bits - Small Services Growing in the DINA System". Biodiversity Information Science and Standards 2 (18 de maio de 2018): e25579. http://dx.doi.org/10.3897/biss.2.25579.

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The DINA system (“DIgital information system for NAtural history data”, https://dina-project.net) consists of several web-based services that fulfill specific tasks. Most of the existing services are covering single core features in the collection management system and can be used either as integrated components in the DINA environment, or as stand-alone services. In this presentation single services will be highlighted as they represent technically interesting approaches and practical solutions for daily challenges in collection management, data curation and migration workflows. The focus will be on the following topics: (1) a generic reporting and label printing service, (2) practical decisions on taxonomic references in collection data and (3) the generic management and referencing of related research data and metadata: Reporting as presented in this context is defined as an extraction and subsequent compilation of information from the collection management system rather than just summarizing statistics. With this quite broad understanding of the term the DINA Reports &amp; Labels Service (Museum für Naturkunde Berlin 2018) can assist in several different collection workflows such as generating labels, barcodes, specimen lists, vouchers, paper loan forms etc. As it is based on customizable HTML templates, it can be even used for creating customized web forms for any kind of interaction (e.g. annotations). Many collection management systems try to cope with taxonomic issues, because in practice taxonomy is used not only for determinations, but also for organizing the collections and categorizing storage units (e.g. “Coleoptera hall”). Addressing taxonomic challenges in a collection management system can slow down development and add complexity for the users. The DINA system uncouples these issues in a simple taxonomic service for the sole assignment of names to specimens, for example determinations. This draws a clear line between collection management and taxonomic research, of which the latter can be supported in a separate service. While the digitization of collection data and workflows proceeds, linking related data is essential for data management and enrichment. In many institutions research data is disconnected from the collection specimen data because the type and structure cannot be easily included in the collection management databases. With the DINA Generic Data Module (Museum für Naturkunde Berlin 2017) a service exists that allows for attaching any relational data structures to the DINA system. It can also be used as a standalone service that accommodates structured data within a DINA compliant interface for data management.
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Alves, Sabrina Eleuterio, Nilva Lúcia Lombardi Sales e Silvia Martins. "Um olhar sobre o programa de formação continuada de professores no Museu Dica: Memória e identidade". Caderno Brasileiro de Ensino de Física 38, n.º 1 (25 de março de 2021): 479–512. http://dx.doi.org/10.5007/2175-7941.2021.e73326.

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Os programas de formação continuada dos museus de ciências são espaços privilegiados para a abordagem de temas voltados à educação em ciências e à divulgação científica. Nesse contexto, este trabalho buscou compreender, por meio de uma pesquisa qualitativa, o processo de consolidação do programa de formação do Museu Dica, da Universidade Federal de Uberlândia e, dessa forma, evidenciar sua identidade. Esta pesquisa considerou sete cursos realizados neste programa, no período de 2011 a 2017, em que procuramos conhecer as potencialidades, fragilidades e desafios enfrentados por cada um. Percebemos que todos os cursos analisados, dentro de seus objetivos e limitações, contribuíram para o processo de amadurecimento do programa. Além disso, todos eles buscaram a valorização das experiências dos professores participantes e reflexões sobre suas práticas.
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Ricoldi, Arlene Martinez, e Isabela Pereira de Sena. "“Vocês vão me escutar, vão me entender”: o itinerário intelectual e político de Diva Moreira". PerCursos 25 (13 de abril de 2024): e0103. http://dx.doi.org/10.5965/19847246252024e0103.

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Neste artigo apresentamos o itinerário da socióloga e ativista negra Diva Moreira, especificamente a forma como ela articulou as discussões de raça, gênero e classe em sua atuação política. O artigo se insere no campo da História dos Intelectuais e do Feminismo Negro, entendendo Diva Moreira como intelectual negra responsável pela difusão de ideias e discussões voltadas para a luta antirracista. Como fontes primárias, foram utilizadas entrevistas concedidas ao Museu da Pessoa (2005), CPDOC-FGV (2007) e à Fundação João Pinheiro (2021). Como fontes secundárias, os relatórios produzidos pelo Serviço Nacional de Informação (SIAN). A trajetória da ativista exemplifica a produção político-cultural a partir da margem de ativistas negras, ampliando nosso entendimento sobre a atuação política dessas mulheres.
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Shupova, T. V. "Change in the area of distribution of the Greenish Warbler (Phylloscopus trochiloides viridanus Blyth, 1843) in Ukraine and adjacent territories". Trudy of the Institute of Zoology RK 2, n.º 1 (2023): 119–34. http://dx.doi.org/10.54944/tizrkvn15bc2.

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The aim of the work is to analyze the distribution of the Greenish Warbler of the subspecies viridanus in Ukraine and to determine the status of the species in various regions of the country. We used the analysis of the 3 – layer GIS map of the distribution areas of the Greenish Warbler for the period 1936–2022 in the DIVA-GIS program: 1st layer – the first registrations of the species (1936–1974); 2 – bird sightings at the end of the migration period (1979–2022); 3 – registrations in the nesting period. 77 GIS coordinates were used to build maps: author’s data, collection’s data of the Zoological Museum of the NNPM NAS of Ukraine, reference’s data, photo’s databases. In 1936–1974, the Greenish Warbler showed 2 foci of flights: 1 – in the south (in the Crimea, Nikolaev and Odessa regions), 2 – in the northeast – in the Belgorod region. In the northeastern region, the territory of distribution of the Greenish Warbler has increased significantly by 2022, but not in the south. The analysis performed indicates that the southern border of the Greenish Warbler habitat has shifted even more to the south and passes through the northern and northeastern regions of Ukraine. There is a tendency for the species to move further through Central Ukraine to the south of the country. In the south, registrations of a species with an unclear status at the end of spring migration and the beginning of the nesting period are typical. In the northeast, the Greenish Warbler nests. For Chernihiv, Kyiv and Ternopil regions, we assume the possibility of nesting. The species was not recorded in the southeastern and southwestern regions of Ukraine. In the northeastern regions, the first appearance of birds actually coincided with the beginning of their nesting, but the species has remained rare for about 30 years, breeding sporadically. In the southern regions, birds appeared and then disappeared for a rather long period, and after a while they are recorded more often and over a larger area. In Ukraine, the Greenish Warbler inhabits urbanized biotopes and is noted in 3 natural-geographical zones: forest, forest-steppe and steppe. It is possible that the Greenish Warbler does not nest in the south of Ukraine due to significant differences in the habitat conditions of the steppe zone from the forests in which the species has evolved. We believe that the successful resettlement of the Greenish Warbler is associated with a complex of factors: another wave of increase in the number of birds, favorable for the species climatic changes in the territories adjacent to the southern border of the range, the synanthropizations of the Greenish Warbler, transformation of the steppe zone of Ukraine due to the creation of tree plantations on its territory.
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Dobrogeanu, Ludmila, e Maria Cunichevici-moraru. "Museum Institutions in the City of Bălți: Historical Reconstructions". Dialogica. Revistă de studii culturale și literatură, n.º 2 (setembro de 2023): 60–66. http://dx.doi.org/10.59295/dia.2023.2.10.

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The study presents pages from the history of the Museum of History and Ethnography from Bălți municipality and the winding path in identifying the premises for the plenary institutional activity. Museum of History and Ethnography in Bălți is a key institution in the cultural life of the municipality, for more than six decades. The authors elucidate the context in which museum started its activity, as well as the challenges of conceptualization in the collection and valorization of artifacts from the museum’s patrimony. At the beginning (1961), the museum had its headquarters in the Episcopal Cathedral „Sfinţii Impăraţi Constantin şi Elena” an architectural jewel in neo-Romanian style, built in the interwar period by the efforts of the bishop Visarion Puiu.
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Amonova, Zilola, e Munavvar Olimova. "Newly found poems of Huvaido". Golden Scripts 4, n.º 3 (10 de setembro de 2022): 21–35. http://dx.doi.org/10.52773/tsuull.gold.2022.3/jckg5435.

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Khojanazar Huvaido is a mature representative of the Kokand literary environment and master poet. His lyrical legacy was published as a divan. The article compared the poet’s published divan with the lithograph called "Huvaidoyi Chimyoni" kept in the Bukhara Museum of Literature and Art. Also, a munajaat ghazal unknown to the scientific community and a musaddasi related to Navai’s ghazal are being published for the first time. The text of the ghazal and musaddas was analyzed based on its idea and artistic features, converted from the old Uzbek script to the current script. In the analysis, special attention was paid to the mystical content of the ghazal.
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Martinho, Alberto. "Memórias de um povo o caso de um museu local". Gestão e Desenvolvimento, n.º 4 (1 de janeiro de 1995): 73–75. http://dx.doi.org/10.7559/gestaoedesenvolvimento.1995.214.

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Nos anos de 1969 e 1970, a pedido do antropólogo Jorge Dias, efectuámos uma recolha de peças para o Museu de Etnologia, de Lisboa, então chamado "Museu das Prateleiras", uma vez que o espaço era exíguo, num dos edifícios do palácio Vale Flor. Esta tarefa iniciou-nos nas questões museológicas: para além da recolha propriamente dita, tivemos que elaborar fichas das peças, do conteúdo, contexto e função das mesmas.
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Lassauzet, Benjamin. "« Donnez-lui un masque et il dira la vérité » : commedia dell’arte et confessions amoureuses chez Debussy". Musurgia Volume XXIX, n.º 1 (6 de dezembro de 2022): 5–23. http://dx.doi.org/10.3917/musur.221.0005.

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Vieira, Ana Bigotte. "Uma ‘ferramenta do comum’ para uma ‘curadoria da falta’. Acarte 1984-1989". Dramaturgias, n.º 12 (16 de dezembro de 2019): 43–55. http://dx.doi.org/10.26512/dramaturgias.vi12.28690.

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A timeline digital acarte 1984-1989 é um interface digital onde é possível ter aceso à actividade do Serviço acarte da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1984 e 1989, tendo sido desenhada e construída no contexto da investigação de Doutoramento no aleph, para um olhar sobre o Serviço acarte da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1984 e 1989 (Menção Honrosa Prémio Mário Soares 2016). Esta investigação, dupla, composta pelo referido interface digital e pela tese propriamente dita, incide sobre o papel performativo dos Museus de Arte Moderna, centrando-se nas transformações culturais por que Portugal passa após a entrada na União Europeia ”“ e o modo como estas encontram no corpo um terreno particular de expressão. Neste artigo apresenta-se sucintamente este interface que se defende ser uma ‘ferramenta do comum’ por, ao abrir o arquivo deste Serviço a estudos futuros, possibilitar um olhar sobre as referidas transformações culturais vistas a partir do lugar privilegiado que é o do primeiro museu de arte moderna num país onde modernidade e pós modernidade se entrechocam. Defende- se igualmente a noção de ‘Curadoria da Falta’ para caracterizar a acção de Madalena Perdigão enquanto Directora deste Serviço, propondo eventualmente um olhar sobre as Instituições a partir de um ponto de vista não do público nem do privado, mas do comum.
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Kujundžić, Dragan. "The Museum Fever of the Old World: A Conversation with Alexander Sokurov". diacritics 43, n.º 3 (2015): 24–38. http://dx.doi.org/10.1353/dia.2015.0018.

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DE OLIVEIRA, KARINE GOBETTI, e FERNANDO CARBAYO. "A catalogue of Eudóxia M. Froehlich's collection of planarians (Platyhelminthes) with emphasis on type specimens on histological slides". Zootaxa 4564, n.º 1 (4 de março de 2019): 271. http://dx.doi.org/10.11646/zootaxa.4564.1.10.

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Leading taxonomist Prof. Eudóxia Maria Froehlich (1929*–2015†) kept an uncatalogued personal collection of a large set of histological glass slides of land planarians. Many of these slides carry insufficient written information for identification purposes. 2287 slides of her collection were examined under the microscope and compared with relevant literature. We found 1633 slides bearing type material of a total of 119 nominal species, mostly collected in the Neotropical region. Identification of 148 slides (belonging to 16 species) as type material is suspected but not confirmed. Type material represents 110 triclad species. There is also type material of two Polycladida, two Rhabdocoela, three Proseriata, one Prolecitophora, and one Acoelomorpha species. The 119 nominal species were described by Ernest Marcus, Eveline du Bois Reymond-Marcus, Diva Diniz Corrêa, Cláudio Gilberto Froehlich, and Eudóxia Maria Froehlich. While keeping the slides in their original location in cupboards, the catalogue provides a quick means of retrieving desired slides. Slides were deposited in the Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo.
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Drumond, Thais. "Brincando e aprendendo com as aves:um despertar para a conservação – Museu de Ciências Naturais PUC Minas/ Playing and learning with the birds:an awakening for conservation - PUC Minas Natural Science Museum". Brazilian Journal of Development 7, n.º 10 (25 de outubro de 2021): 99578–608. http://dx.doi.org/10.34117/bjdv7n10-327.

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O presente trabalho trata da elaboração e da aplicação de um jogo educacional com objetivo de difundir características de aves brasileiras, por meio da apresentação das vocalizações, visualização de imagens e informações sobre os hábitos alimentares de 15 espécies selecionadas que ocorrem no ambiente urbano e na natureza. O jogo se resume a exploradores que percorrem uma trilha passando pelas casas do tabuleiro onde estas estão marcadas por casas especiais. Antes de começar a partida, umobservador por fora do jogo apresenta as 15 espécies de aves, descrevendo seu nome, comportamento e alimentação. Nas casas especiais existem imagens como: nota musical, item alimentar e binóculos. Na maneira que os jogadores param nessas casas, escolhem uma carta de acordo com as imagens e suas ações. Na casa marcada com a imagem do binóculo, o número da carta corresponde ao número da foto da ave e, assim, o jogador que escolher esta deverá identificar seu nome popular. Para a imagem de item alimentar, o jogador deverá identificaro tipo de alimentação da ave correspondente ao número da carta. Já na casa com a nota musical, o número da carta contém a faixa do som e uma dica sobre qual espécie se trata. Assim, o observador apresenta a vocalização para o jogador tentar identificar a espécie. O jogo é finalizado quando o primeiro peão chega ao final da trilha. Este jogo foi criado para inspirar atividades lúdicas durante eventos como dia dos animais e para dinâmicas de colônia de férias no Museu de Ciências Naturais PUC-MG.
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Englund, Markus, Mikko Heikkinen e Lisa Sundström. "Involving Collection Staff in the DINA Software Development – An Agile Approach". Biodiversity Information Science and Standards 2 (18 de maio de 2018): e25580. http://dx.doi.org/10.3897/biss.2.25580.

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In order to ensure long-term commitment to the DINA project (“DIgital information system for NAtural history data”, https://dina-project.net), it is essential to continuously deliver features of high value to the user community. This is also what agile software development methods try to achieve by emphasizing early delivery, rapid response to changes and close collaboration with users (see for example the Manifesto for Agile Software Development at http://agilemanifesto.org). We will give a brief overview on how current development of the DINA collection management system core is guided by agile principles. The mammal collection at the Swedish Museum of Natural History will be used as an example. Developing a cross-disciplinary collection management system is a complex task that poses many challenges: Which features should we focus on? What kinds of data should the system ultimately support? How can the system be flexible but still easy to use? Since we cannot do everything at once, we work towards a minimum viable product (MVP) that contains just enough features at a time to bring value for selected target users. In the mammal collection case, the MVP is the simplest product that is able to replace the functions of the current system used for managing the collection. As we begin to work with other collections, new MVPs are defined and used to guide further development. Thus, the set of features available will increase with each MVP, benefiting both new and current users. Another big challenge is migration of legacy data, which is labor intensive and involves standardizing data that are not compatible with the new system. To address these issues, we aim to build a flexible data model that allows less structured data to coexist with more complex, highly structured data. Migration should thus not require extensive data standardization, transformation and cleaning. The plan is to instead offer tools for transforming and cleaning the data after they have been imported. With the data in place, it will be easier for the user to provide feedback and suggest new features.
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Dragutan, Stela. "The Traditional Women’s Shirt from the Heritage of the Museum of History and Ethnography of Bălți Municipality". Dialogica. Revistă de studii culturale și literatură, n.º 2 (setembro de 2023): 67–72. http://dx.doi.org/10.59295/dia.2023.2.11.

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The present article presents two women’s shirts from the collections of the Museum of History and Ethnography of Bălți municipality, namely the pleated neck shirt with separate „altița” and the straight shirt with placket. The research of the traditional women’s shirts selected for this study, by describing the cloth and cut, the arrangement of the ornaments on the shirts and the embroidery and assembly techniques, is intended to be a contribution to reaffirming the importance of each piece of traditional wear in the museum’s collections in the recovery of regional specificity and knowledge of the diversity of traditional shirt models, from the point of view of raw material, manufacturing techniques and ornamentation. In the same way, we aim to contribute to the common effort to rediscover the potential of the women’s shirt and to ensure a better promotion in the environment of the general public.
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Babadzhanov, Dilmurod K. "Data on prominent representatives of the Muslim elite of the Khorezm khanate of the 19th century, stored in the photo collection of the Khiva State Museum-Reserve “Ichan-Kala”". Historical Ethnology 8, n.º 3 (4 de dezembro de 2023): 394–406. http://dx.doi.org/10.22378/he.2023-8-3.394-406.

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The work reveals the history of the personalities captured in the photograph which is stored in the collections of the Khiva State Museum-Reserve “Ichan-Kala”. At its center is Muhammad Rahim Khan II, the ruler of the Khiva Khanate. Based on historical sources, the author of the article highlights the life and activities of Mukhammad Rakhim Khan II and the palace officials who ruled the Khanate at the end of the 19th century. It is shown that Mukhammad Rakhim Khan II aspired to be the patron of Sharia. He was an enlightened ruler – he supported musical and poetic arts, had polemical conversations with intellectuals, and was fond of writing poems. In 1874, under the patronage of Mukhammad Rakhim Khan II, the first printing house in Central Asia for printing lithographic books was organized in Khorezm. One of the first books published in it were “Khamsa” by Alisher Navoi and “Divan” by the poet Munis.
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Pellini, José Roberto. "Arqueologia, revolução e falafel. A Arqueologia Egípcia e a Primavera". Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, n.º 23 (26 de dezembro de 2013): 155. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2013.106856.

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Resumo:
Perdemos a inocência e descobrimos que nossa dita “ciência” não cumpre apenas a tarefa de produzir conhecimento, mas atende aos interesses de uma infinidade de indivíduos e grupos. Os recentes eventos da Primavera Árabe, no Egito, mais uma vez mostraram como a arqueologia e o passado podem ser utilizados como instrumento ideológico dos movimentos nacionalistas. Enquanto o Presidente Hosni Mubarak defendia a existência de uma identidade egípcia secular, única e que remonta ao passado faraônico, o Museu do Cairo, guardião da herança faraônica, era visto como símbolo de estado decadente pelos islâmicos mais radicais, tendo sido transformado em alvo de ataques. De ambos os lados, o passado egípcio foi manipulado para atender aos interesses nacionalistas durante a revolução.
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Granato, Marcus, e Luiz Roberto Martins de Miranda. "A restauração na trajetória de um teodolito do acervo do MAST". Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material 19, n.º 1 (junho de 2011): 279–312. http://dx.doi.org/10.1590/s0101-47142011000100009.

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Resumo:
O Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) é um museu de ciência e técnica situado no conjunto arquitetônico e paisagístico que pertenceu ao antigo Observatório Nacional, na cidade do Rio de Janeiro. No âmbito da criação do museu, o patrimônio de valor histórico ali existente, relacionado a período importante da história da ciência do Brasil, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1986, e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 1987. Os estudos que resultaram na restauração de um teodolito da coleção do MAST iniciaram-se a partir de uma avaliação do estado de conservação da coleção de instrumentos científicos da instituição, possibilitando a seleção, segundo critérios pré-estabelecidos, desse objeto, que se encontrava em situação crítica de conservação. Seguiu-se pesquisa histórica sobre o instrumento, determinação da composição de suas peças principais, estudo sobre seu funcionamento e, finalmente, a intervenção propriamente dita sobre o objeto. O procedimento de restauração foi dividido em três etapas - conservação de peças, restauração de peças, e substituição de partes faltantes -, sendo acompanhado pelo registro fotográfico exaustivo de todas elas. Esse procedimento, implantado com esse estudo, possibilitou outras intervenções posteriores de restauração. O desenvolvimento dos estudos de conservação de artefatos científicos e, por outro lado, aquele de pesquisas relacionadas à construção de trajetórias de objetos e coleções no âmbito do Grupo de Preservação de Acervos, sediado no MAST, possibilitou identificar a restauração como momento singular dessas trajetórias.
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Frumosu, Elena. "The second life of the Rîșleacov mansion in Soldanesti". Dialogica. Revistă de studii culturale și literatură, n.º 1 (abril de 2024): 94–101. http://dx.doi.org/10.59295/dia.2024.1.12.

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Resumo:
The Rîsleacov family was part of the category of Bessarabian nobles, Dvoreni of Ukrainian origin on the paternal line, ranked among the local nobility and recorded, in 1824, in the 3rd part of the Genealogical Book from Bessarabia. Both archival documents and oral history testify that the nobles of the Risleacov lineage contributed to the development of the locality, serving in state offices, being founders of the village church and local philanthropists. Being large landowners, the members of the Risleacov family built on their estate mills, a small brick factory, other small agrarian industrial units. The house and auxiliary constructions of the mansion, which initially covered an imposing area of 5 ha, have been preserved until now, and the documentary heritage with reference to this theme, offers the possibility of reconstructing the forgotten pages of the history of Bessarabia from the second half of the 19th century-20s of the 20th century. Currently, the Rîsleacov mansion is being brought back to life by the Soldanesti History and Ethnography Museum, finding its headquarters here which, unfortunately, is not included in the Register of state-protected monuments in the Republic of Moldova.
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Moreira, Danielle de Oliveira, Bruno Rocha Coutinho e Sérgio Lucena Mendes. "O status do conhecimento sobre a fauna de mamíferos do Espírito Santo baseado em registros de museus e literatura científica". Biota Neotropica 8, n.º 2 (junho de 2008): 163–73. http://dx.doi.org/10.1590/s1676-06032008000200017.

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Resumo:
O estado do Espírito Santo é uma das regiões reconhecidas como uma das mais ricas em termos de diversidade de espécies. Entretanto, o conhecimento sobre a fauna de mamíferos é ainda limitado. Devido à falta de uma lista completa sobre as espécies de mamíferos silvestres do estado e à pouca informação sobre os registros dessas espécies, realizamos um estudo sistemático sobre o status do conhecimento científico das espécies de mamíferos do Espírito Santo. Assim, reunimos em um banco de dados digital as informações sobre os registros de ocorrência das espécies de mamíferos utilizando dados publicados ou associados a espécimes tombados em museus. Verificamos, também, quais as regiões do estado onde houve um maior esforço de coleta da fauna de mamíferos e onde a riqueza de espécies é mais elevada utilizando o programa DIVA. Como resultado, geramos uma lista de 138 espécies de mamíferos silvestres no Espírito Santo que inclui espécies ameaçadas de extinção e endêmicas da Mata Atlântica, além de duas típicas do Cerrado. Esse estado possui regiões do seu território consideradas lacunas de conhecimento, pois não existem muitas informações sobre a mastofauna. O extremo norte do estado é a principal região onde o conhecimento é limitado. As microrregiões do Espírito Santo onde se realizaram mais levantamentos da fauna de mamíferos foram a Central Serrana e a Pólo Linhares. A lista de espécies de mamíferos é uma diretriz para as próximas pesquisas a serem realizadas no estado, entretanto não se pode afirmar que é uma lista completa. É importante que sejam realizados outros levantamentos faunísticos no estado com maior abrangência geográfica e esforço amostral, principalmente nas regiões onde as informações são escassas.
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Procop, Natalia. "The Modern Chișinău in the painting of Yurii Shibaev". Dialogica. Revistă de studii culturale și literatură, n.º 1 (maio de 2023): 124–31. http://dx.doi.org/10.59295/dia.2023.1.15.

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Yurii Shibaev approached all genres of easel painting, but he established himself with the urban landscape. The plastic artist fell in love with Chișinău. This fact is attested by the numerous works dedicated to the city. In the custody of the Fund of the National Art Museum of Moldova are several urban landscape paintings by Yurii Shibaev: „Chișinău under construction. Râșcani Sector”, „Renewed Chișinău. Circus under construction”, „Râşcanii renewed”, „After the rain”, „The New Chișinău” etc. In his paintings we can see the representations of the old city, but also of the areas with modern elements, which are in constant evolution. The artist wanted to present the beauty of the city with lots of vegetation, populated with people, crowded with public transport: everything being in constant motion. The artist of realistic training tends to work with large decorative spots that are meant to give expressiveness to the painting. The predominant colors in his creation are white, green and gray. Thus, the artist resorts to a limited range of colors, using colored accents in the representation of people and cars. In the paintings „Old Chișinău”, „Chișinău under construction. Râşcani Sector”, „Chișinău is being built”, „The New Chișinău”, „After the rain”, etc. Yurii Shibaev confirms the image of Chișinău as a „white stone city”. Residential, ecclesiastical and cultural buildings are elevated above the rich city with abundant vegetation.
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Yastrebova, Olga M. "On the Classification and Formal Elements of Persian Documents of the Safavid Era". Письменные памятники Востока 19, n.º 3 (24 de outubro de 2022): 47–76. http://dx.doi.org/10.55512/wmo106923.

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The article is devoted to the analysis of written sources covering the bureaucratic procedures of the Safavid era and containing practical instructions on the preparation of official documents. These are, first of all, two well-known manuals on the structure of the state apparatus and its management, Tazkirat al-muluk and Dastur al-muluk, as well as less studied, although extremely informative textsa hand-written munshaat manual housed in the Library and Museum of Malek, and a notebook (bayaz) of records about various features of the external design of decrees and letters sent to various persons, including the rulers of India, the Ottoman Empire, the states of Central Asia, the Pope and the monarchs of European states. With the help of these sources, the main types of documents issued by the Safavid divan and the characteristic features of the external design corresponding to each type are identified. They include elements such as the unwan, the tugra and the seal. The types of documents identified on the basis of these sources correspond to the official records of Safavid diplomatics that have survived to this day. The information obtained is used for the analysis of recently identified and published original Persian documents from the RSAAA collections.
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Pereira, Marcelo de Andrade. "Ne pas toucher aux œuvres: o princípio da (in)tangibilidade da obra de arte no contexto de sua exibição e suas (contra)significações pedagógicas". Educar em Revista, n.º 49 (setembro de 2013): 309–22. http://dx.doi.org/10.1590/s0104-40602013000300017.

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Este ensaio, de cunho filosófico e programático, discorre sobre as significações da arte no contexto de sua exibição e suas implicações pedagógicas. Por contexto de exibição compreende-se os espaços institucionais e não institucionais que abrigam e expõem a produção dita de arte, tais como: os museus e as galerias de arte. O texto discute o caráter politico e pedagógico, como também ideológico da arte e das instituições museais ao analisar as injunções dessas instituições face às suas representações sociais e ao mercado de arte. Com isso, busca demonstrar de que maneira os discursos que sacralizam a arte, o artista e o espaço de exibição das obras de arte minimizam ou mesmo restringem o acesso à experiência da e com a arte; procura problematizar os meandros de uma relação de poder estabelecida entre público e obra no âmbito de exposição. Esta investigação tem, ademais, o propósito de descortinar as "promessas benfazejas da arte e de suas instituições de exposição" que grassam no âmbito do ensino de arte, tornando-o, não raro, mecanismo de reprodução da cultura dominante. Analisa, em suma, como a esfera da arte normatiza não apenas a produção da arte, como também estabelece os critérios de seleção das obras e do público. A investigação se ampara pelas contribuições de Paul Valéry, Theodor Adorno, Pierre Bourdieu, Bruno Deloche, Roger L. Taylor, Nildo Viana e Marilia Xavier Cury.
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Granato, Marcus, Jusselma D. de Brito e Cristiane Suzuki. "Restauração do pavilhão, cúpula metálica e luneta equatorial de 32 cm: conjunto arquitetônico do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST)". Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material 13, n.º 1 (junho de 2005): 273–311. http://dx.doi.org/10.1590/s0101-47142005000100010.

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O Mast é um museu de ciência e tecnologia situado no conjunto arquitetônico e paisagístico que pertenceu ao antigo Observatório Nacional (ON), na cidade do Rio de Janeiro. Esse conjunto, concluído em 1921, é formado por 16 edificações e foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1986 e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 1987. Dentro desse conjunto, destacam-se os três pavilhões das lunetas equatoriais, exemplos típicos da arquitetura e engenharia para a astronomia. Dois desses pavilhões, sob a guarda do MAST, abrigam as lunetas de 21 e de 32 cm, e um terceiro, sob a guarda do ON, abriga a luneta equatorial de 46 cm. O presente trabalho é produto do esforço realizado pelo MAST para conservar e restaurar as edificações históricas sob sua responsabilidade. Graças a uma parceria com a Fundação Vitae, foi possível desenvolver um trabalho de restauração incluindo todos os aspectos do pavilhão (cúpula metálica móvel, edificação, instrumento científico) e a museografia da área com o objetivo de informar o público visitante sobre os trabalhos de restauração realizados. A partir de pesquisa histórica sobre o conjunto, o projeto foi executado por uma equipe multidisciplinar, num período de dois anos. Foi acompanhado pelo registro fotográfico exaustivo de todas as etapas, incluindo a elaboração do projeto de intervenção desde os levantamentos arquitetônicos e diagnóstico do estado de conservação do conjunto até a restauração propriamente dita. Essa iniciativa é pioneira na América Latina e constitui um exemplo para futuras intervenções em edificações históricas especificamente construídas para uso em ciência e tecnologia.
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Bohnenkamp, Anne, e Bernhard Fischer. "Goethes 'West-östlicher Divan': Vorträge der Tag des Freien Deutschen Hochstifts – Frankfurter Goethe-Museum in Verbindung mit dem Goethe- und Schiller-Archiv, Weimar, 24. und 25 September 2020 (Vorbemerkung)". Jahrbuch des Freien Deutschen Hochstifts 2021 (29 de junho de 2022): 7. http://dx.doi.org/10.46500/83535054-001.

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Tavares, Celma. "EDUCAR PARA O NUNCA MAIS". Momento - Diálogos em Educação 31, n.º 01 (21 de março de 2022): 95–115. http://dx.doi.org/10.14295/momento.v31i01.13633.

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O educar para o nunca mais é um dos elementos que integra a Educação em Direitos Humanos, relacionada ao âmbito da pedagogia da memória e considerada uma importante mediação para a afirmação da democracia. Em pós contextos autoritários, como o da maior parte dos países do Cone Sul, a forma de viabilizar o direito coletivo de conhecer esse passado traumático marca a diferença entre a preservação da memória e verdade ou a opção pelo esquecimento. Assim, destacando a importância do educar para o nunca mais para a defesa da democracia e a promoção dos direitos humanos, este artigo tem por objetivo analisar as experiências educativas desenvolvidas em lugares de memória na Argentina, Brasil e Chile, a fim de contribuir com o avanço na discussão e uso da pedagogia da memória na região. São objeto de exame as atividades do Museu da Memória de Rosário, do Memorial da Resistência de São Paulo, e da Corporação Parque pela Paz Villa Grimaldi. Este estudo, fundamentado na pesquisa qualitativa no campo da educação baseia sua análise nos quatro eixos pedagógicos do educar para o nunca mais. Dita análise apontou que estas experiências, em maior ou menor medida, estão permeadas por esses eixos pedagógicos em suas atividades. Também permitiu apreender a relevância do trabalho para a reconstrução da memória coletiva e a reflexão sobre situações atuais de violações de direitos, contribuindo assim na luta por memória, verdade, justiça, reparação e garantias de não repetição e na construção de uma cultura de direitos humanos.
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Blair, Sheila S. "Royal Persian Paintings: The Qajar Epoch 1783–1925, edited by Layla S Diba with Maryam Ekhtiar, I. B. Tauris in association with the Brooklyn Museum of Art, 1998, 296 pp., numerous illustrations, mostly in color." Iranian Studies 33, n.º 1-2 (2000): 228–31. http://dx.doi.org/10.1017/s002108620000205x.

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Makhmudova, Muattar Makhsatilloevna. "FUNDAMENTALS AND IDEOLOGICAL CONTENT OF THE CREATION OF Y.V. GOETHE'S "WEST-EAST COLLECTION OF POEMS"". Scientific Reports of Bukhara State University 5, n.º 5 (30 de dezembro de 2021): 119–30. http://dx.doi.org/10.52297/2181-1466/2021/5/5/11.

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Background. The article tells about the work of the famous German writer Johann Wolfgang Goethe and about the history of the creation of the famous "West-Eastern Divan". Methods. The famous German writer Johann Wolfgang Goethe (1749-1832) was a poet, playwright, literary critic, jurist, orientalist, historian and philosopher, painter, theater critic, naturalist, and scientist and statesman who made discoveries in biology and mineralogy. He was one of the first to use the term "world literature." His 143-volume artistic and scientific legacy includes his works such as Faust, The Sufferings of Young Werther, West-east collection of poems, Muhammad (peace and blessings of Allaah be upon him), Tawrida Iphigenia, Roman Elegies, Torquato Tasso, "The Evolution of Nabotot", "The Magic Whisper", "Information about Color", as well as more than three thousand poems have attracted the attention of readers around the world. Results. In particular, Goethe's main idea in his artistic heritage was to bring together the cultures of all the peoples of the world and to open the way to world literature. "West-east collection of poems" brought him a lot of fame. At that time, the poet was 70 years old. Discussion. Before Goethe created the "West-east collection of poems" (or “Mag‘ribu Mashriq devoni”), he began to study the Qur'an, the holy book of Islam, which the Orient worships. At that time, the Qur'an was translated into German, as well as into Latin, English and French. Although the poet was still young, more precisely, twenty-four years old, he studied these translations by comparing them because he knew all the languages listed above. He even mastered the Arabic orthography, through which he tried to understand and study the essence of the verses of the Qur'an. He also took a keen interest in studying the life of Muhammad (peace and blessings of Allaah be upon him) and the hadeeths that are his sayings. The full manuscript of Surat an-Nas, written by Goethe in Arabic, includes "Allah," "Muhammad, may Allah bless him and grant him peace." The manuscript is still housed in the House Museum in Weimar, Germany. Conclusion. Thus, Goethe, who from an early age was interested in the languages, history, literature, religious and philosophical views, customs and traditions of the peoples of the East, wrote the "West-east collection of poems", primarily under the influence of the Qur'an and hadiths, mystical teachings. as well as in the interpretation of the ghazals of such famous representatives of Eastern poetry as Rudaki, Firdavsi, Hafiz Sherozi, Saadi, Anvari, Nizami, Rumi, Jami, Navoi. He even chose the oriental nickname "Hotam" to create it
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Naef, Silvia. "Exhibiting and Writing on Art from the Middle East — Some Recent European and North American Exhibitions and their Catalogues. 25 ans de créativité arabe, Paris/Cinisello Balsamo (Milan) : Institut du Monde Arabe/Silvana Editoriale, 2012, 215 pp. b/w and col. ill., $ 32.95 paper Isbn 9788836624317 Massimiliano Gioni, ed. Here and Elsewhere, New York : New Museum, 2014, 279 pp. b/w and col. ill., $ 55 paper Isbn 9780915557059 Unedited History, Séquences du moderne en Iran des années 1960 à nos jours, Paris : Paris-Musées, 2014, 199 pp., ill. € 39.90 paper Isbn 9782759602452 Fereshteh Daftari and Layla S. Diba, eds., Iran Modern, New York/New Haven and London : Asia Society Museum/Yale University Press, 2013, 256 p. ill., Cloth Isbn 9780300197365 Omar Kholeif, ed., Imperfect Chronology: Arab Art from the Modern to the Contemporary — Works from the Barjeel Art Foundation, London/Munich/New York: Whitechapel Gallery/Prestel Verlag, 2015, 272 p. ill., $ 65 cloth Isbn 9783791354859". RACAR : Revue d'art canadienne 42, n.º 1 (2017): 73. http://dx.doi.org/10.7202/1040841ar.

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Zamith Cruz, Judite. "Marina. Lucchesi, Marco. Santo André (SP): Rua do Sabão, 2023". EccoS – Revista Científica, n.º 67 (18 de dezembro de 2023): e25392. http://dx.doi.org/10.5585/eccos.n67.25392.

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Resumo:
Jogo de espelhos e palavras Analogias duma beleza transitiva Foi entre “formigas e cupins”[1] que descobri e inventei por “ver” o que lia. Do jardim a casa, numa aprazível “distração”, li Marina (do latim, marinus, “marinho”). Se ia em busca de cupins, absorvi-me logo numa bela atividade intrínseca de “ler” a natureza humana. Os estados/processos emocionais deram-se ao meu sonho acordado, frente à lua cheia. Por contraste mínimo, o que acontece no sonho propriamente dito é antes uma não narrativa, uma dissociação não controlada, exibida a superfície de fundo inacessível[2], graciosa alternativa criativa à “associação de ideias”. “O sonho de uma sombra”, em Píndaro (522 – 443 a.C.)[3], foi a ofuscação da “verdade” nua e crua. O sonho e a fantasia permitem a estranha fragmentação da sequência do pensamento escorreito, quando se experiencie a realidade de All-Self (ser com tudo em redor). Um efeito é imaginarmos sermos nós aquela “estrela” e recategorizamos algo num “todos juntos”, “transitarmos”[4], sem fixação, encontrado “tudo em tudo”[5]. “Somos plurais”[6] e mutantes sem “coerência”. Colocado a par o ser e o não ser, dada a aparência de Marina, numa superfície lisa refletida, convoca à reflexão que muda, quando “… todos querem, buscam, sonham com você”[7]. Na afirmação do narrador, Celso, é partilhado o desejo de alguém ou dele com “você”. Num detalhe ora geral, ora específico, algo dela poderá ser comparável ou semelhante a outra coisa, uma analogia. No encalço dela, Marco Lucchesi acompanha-nos no “eterno retorno da leitura”[8], trocadas cartas entre Celso e Marina, na década de noventa do século passado[9]. “Rasgadas”, anos passados por ele, entendidas “inúteis e vazias”[10], tendo ela dirigido um e outro e-mail inúteis, para “confissões”, via ”correspondências”[11], em que culpas confessadas nem sejam alheias a “amores mortos”[12]. Anteriormente, Celso chegaria a procurar Marina em “mundos improváveis”. Em locais de sua casa, a falsa presença, inviável, “tão querida”… Possivelmente desejada, chega a ser atingido o paradoxo da perenidade da vida, no espaço exíguo, amor eterno. Marina encontra-se em quase tudo[13]: “Digamos: a) no terreno baldio das gavetas; b) na agenda que perdeu a validade; c) nas fotos inquietas de um álbum (andorinhas em queda: sem cola, pálidas ou saturadas); d) no velho sótão que não tenho.” Como se “pousássemos os pincéis”, em continuidade, o modelo analógico varia no tempo… O escritor acrescenta: “nosso passado é analógico”[14]. Celso escuta cantos, sons e silêncios (a música “dela”?), no aparelho de rádio analógico... “Analogia”, nas nuances de significado no dicionário, são uma entre outras. E dada a representação de um objeto assemelhar-se ao original, pode Marina ser “pintada” em eternas obras de arte. “Vejo-a”, no que vejo e no que leio: “Coroação da Virgem”, de Fra Angélico (1395 — 1455); “A Madona de San Sisto”, de Rafael (1483 — 1520) … Escolho logo a bela Gioventü, de Eliseu Visconti (1866 - 1944). Figura nº 1 – Óleo sobre tela, Gioventü, de Eliseu Visconti (1898) Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Giovent%C3%B9 Mas é em Candido Portinari[15], numa obra de 1957 – “O menino com pássaro”, que a voz e ela… se me apagou. Seria recolhida e cuidada por aquele que a encontrasse. Figura nº 2 – Elemento de obra de Candido Portinari (1957) – O menino com pássaro Fonte: https://www.wikiart.org/en/candido-portinari/menino-com-p-ssaro-1957 Numa analogia, a figura oscila de forma contínua, entre passado e presente, imparável no tempo. Sem comparecer perante Celso, também ele num não-lugar se quedou[16]. Os seus braços, “irredentos do todo”[17], vivido um “como se…”, avançariam o distanciamento/estranheza[18] face ao espelhado “teatro de sentimentos”. Fora Marina ferida? Num “jogo de espelhos e palavras”[19], “escrevo por espelhos reticentes, com frases e lacunas movediças” …. “Estendo as mãos para o espelho…”[20]. “Refletida” a escrita em processo, encontro Lucchesi solto no outro. Nos seus termos, a palavra “espelho” dará lugar ao oculto no “jogo de espelho, analogias”[21]. Quando a reflexão teria ainda o Sol no “espelho”, o encontro de ambos jorrava luz. Perdida a década de oitenta, o que é dado, antecipado[22]? Novas luzes e sombras. Celso e Marina foram inicial “espelho de paixão”. Seguiu-se a brecha na paixão. Num salão espelhado da paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, em 1507, vejo uma figuração pintada por Hans Schäufelein. “Herodes” deu lugar à figuração doutros maus tempos, no “Espelho da Paixão” (Speculum Passionis). Cristo diante de Herodes, o malvado, que morreu com o Eclipse lunar. Num “reflexo“, o culpado, no julgamento em “Herodes”[23], convocara Cristo[24], um culpado. Eu sou o outro do outro eterno Eleia, às portas da atual Itália. Numa primeira estrofe de Poema, a expressão dum outro, Parménides (530 a.C. — 460 a.C.), para quem “deus” não foi gerado, existindo[25] ad eternum... A estaca foi colocada num limiar doutro lugar estranho, em Poema: “Aí se encontram as portas”. Talhada a via inovadora do caminhar, tendemos a cruzar linhagens para não nos perdermos. Nem tudo se desgasta e corrompe, com Parménides. No rumo incerto, outra conquista do explorador Ulisses[26], foi ter encontrado o retorno? Ulisses, Celso, Alice, Marina… Pierre e Natacha, Tristão e Isolda. No desencontro, Molly e Leopold ou Eurídice e Orfeu ... A ficarmos “aos pés da biblioteca”[27], a ler vidas nas figuras centrais, estas oferecem um recuo[28]. Abrem portas. Eternas personagens, nem todas juvenis. Celso, o narrador? Alguém que já teve um “matagal” de cabelo perdido, que “nasceu no coração [uma floresta, cabelos…] … com espinhos” - “O elogio da calvície” [29]. Outra personagem de Marina, Alice, foi um exemplo de ajuda, porto marítimo, seguro, onde atracar? Substitui, sem substituir Marina? Alice adotará, também ela, o enigmático porte de “Gioconda”, “a senhora Lisa, esposa de Giocondo”, representada por técnica do sfumato, de Da Vinci (1452 — 1519). Foi seu o “vaso”[30], que Celso amou - “vasos quebrados” [31]. Acresce que “Alice e o vira-lata branco” encontram-se ambos registados num “resumo” de carta[32], em união, bem juntos. Bem articulado no pensado é o que a carta diz e não diz. Mas quem será aquele outro vira latas? Marina ainda pede foto da outra – Alice[33]. Num e-mail registado: “Se puder [você, Celso], mande-me fotos ou vídeos de Alice. Tenho por ela um profundo afeto. Lembro-me de seu sorriso, ao piano”. Será verdade? Uma inquebrável lembrança de Celso, uma só vez, Marina tocara piano com ele, a quatro mãos[34]. Celso poderá ter reparado (n)o vaso, a dado passo. Pode ter tido outra imagem fixada à Alice, de então. Seria aquele vaso que “amava”, ou Alice[35], uma figura magnética? “Para fugir de mil perigos”, a quem não faltou Alice? Alice usou “ampolas e unguentos, magos e poções”[36]? Cuidadora, Alice, com Celso, representado nos rapazes com pássaros feridos[37]? Em suma, pareceria a Celso não existir punção operada ou poder maior, quando os relacionamentos morrem, ainda que os vasos sejam compostos de cacos que se colam: “Não posso reparar o irreparável”[38]. No entanto, Celso conhecia a técnica das peças coladas do Japão - a técnica do kintsugi[39]. Observou, até mesmo o outro vaso por si trazido com os gerânios, da sua antiga casa… “Distancia que se perde. Vaso que se encontra…”[40] Na ficção, a fiação tudo interliga “Vimos a fiação que tudo interliga. Semântica e sintaxe”[41]. Dos golpes de génio ficcional e da sangrenta História, Marco Lucchesi concebeu comparações, em que “mudam as guerras”[42] e as linguagens. Numa realidade de rapto, guerra e paixão, o poema épico transcende o amor passado que eterniza. Homero fundador da literatura ocidental, numa autêntica carnificina, a incerta “Guerra de Troia”, contou com Ájax[43] dentro do cavalo, dando guerra (infinita)[44] a Heitor, o destemido troiano, incapaz de lhe perfurar o escudo. A guerra teve que ser interrompida ao pôr do sol, intervindo Apolo. Do inicial “pomo de discórdia” entre deusas até aos feitos, nove anos passados em guerra, Ájax é “muralha”. A Ilíada evidencia que esmagou o escudo de Heitor, com uma só pedra. Quem sabe se Celso seria uma barreira inexpugnável, de tão “glacial”[45], que se tornou? Numa contenda, para o romance histórico, de 1865 e 1869, Liev Tolstói cruzou aqueles que se amaram, na passagem do Grande Cometa, em 1811: na invasão napoleónica, em 1812, a personagem recorrente, Pierre encontra-se com a bela Natacha, aparentemente apaixonada por Boris, amada por Denisov. Como foi possível a “guerra sem paz”[46]? Celso e Marina viveram dessa “Guerra de quase e talvez”[47], no que foi a “guerra que nos mata”[48]. Lendários amores infelizes e apaixonados, trágicos, na bárbara Idade Média (século V a século XV)? Tristão («tristeza») e Isolda (“das mãos de fada”)[49]. E o Rei Marcos que a perdeu[50]. Guerras nos ensaios não-ficcionais e nas ficções. Já a estranha paixão da cantora Molly e Leopold termina com o “sim” dela, apenas num solilóquio. O corpo de Molly – no livro de James Joyce - seria “sensual”[51], no que ressalta o “incêndio” interior. Divergências? Foi numa dada “tarde”, vinte anos passados, que a caixa eletrónica de Celso recebe um primeiro e-mail de Marina. Iria acabar com a guerra entre ambos. Não parece de comparar com a ficção? Marina e Celso encontrar-se-iam no fim da “guerra fria”[52], em data marcada pela queda do muro de Berlim, 9 de novembro de 1989. Numa Rádio Londres, com “mensagem de Inglaterra aos aliados”, durante a longínqua Segunda Guerra Mundial, ele passava a escutar outra transmissão no rádio bem comum, no sistema analógico. Um sinal da mensagem dela, vulgar. Metáforas básicas da descrição do real Quando se coloque uma figura de estilo, cujos sentidos figurados utilizem comparações como a “metáfora do corpo em lua cheia”[53], é a Lua “tão nua e desarmada a vaporosa Lua”. A pessoa é então toda inteira, se bem que a Lua seja fragmentada noutra fase lunar. Damo-nos a facetas diversas, também. E a não ser a transição de fase a mesma daquela grande lua, Marco Lucchesi ainda afrontou a perda irreparável de parte dela, por Celso, num desaforo: “se você esperava tapetes e fanfarras, perdeu a viagem. Abandonei a timidez, digo o que penso, e sem rodeios.”[54] Dada a acentuada guerra entre Celso e Marina, ao referencial “real”, preferi antes juntar à lua a palavra “viagem” e a palavra “mundo”, no que coloco mais do que o que (a)parece – numa alegoria. Assim, na minha perceção subjetiva, uma fenomenologia, ocorreu algo mais a aprofundar. Nessa viragem, limito mais do que o que se me abra à fixação de “guerra”, quando se sucedam figuras de estilo, no livro[55]. Num jogo de linguagem, retiro a desafogada imagem concreta: o passeio na praia, junto da Cinelândia e o que faço? No termo metafórico duma “psicologia de viagem-vida”, encontro logo ali o figurativo, portanto, com os rodeios à casa velha de Celso, com os eventos no trânsito, com as margens do mar face à praia. Meios mundos são a frente “subaquático”[56] e outros territórios e sítios. Poderia convocar imensos espaços de transição, imaginando[57] além de um “mundo submarino”[58]. Lucchesi tantas vezes observa “estrelas”, algumas “estrelas não promissoras”[59]… Voltando ao avesso, na Terra, à “viagem à roda do piano e do quarto”[60], essas são breves viagens e têm fim. Contudo, é dada à incompletude a infinita “viagem à roda dos teus olhos, punhado de beleza, informe, passageira”[61]. Numa estranha viagem de recuo (na revirada do avesso), focada uma “correspondência” sem troca, é de antemão inviabilizado o “sim” e a chegada a bom porto[62]? Da presença na ausência de Marina: tempo de sonho e pesadelo Como “resumir” os “20 anos”[63] de afastamento? Um desapego de “dez mil dias”, após o “terremoto”. “Dez mil dias” sem se falarem? Pretendo dar forma ao texto, quando pense que uma correspondência convencionada abranja reciprocidade e presença, ainda que evitada a “literatice”[64] e o “episódico”. Não “agradará” ao narrador contar das cartas, para se livrar efetivamente delas. Ameaça que irá “destruí-las”. Celso foi intempestivo, aquando do primeiro e-mail de Marina[65], após aqueles vinte anos de alheamento dela… O livro Marina reproduz a reduzida “novela”[66] de singelas cartas e e-mails. Passado o texto a pente fino, no segundo e-mail de Celso, este redige uma desculpa: “Perdi tudo, não sei como. Preciso de um novo computador. Como se não bastassem formigas e cupins. Obstinado, insisto e recupero apenas uma parte”[67]. Numa convencional “não-narrativa”, coloco a tónica na congruência e na intencional, quando seja a “dissonância”[68] desarmante de “lirismos”. Alcançada a agressividade, a crítica mordaz, a sagacidade e o ardil… Frente ao quebra-cabeças, pede-se abertura (de espírito), quando se leia o “romance de ideias”, no pensamento do ser (em Parménides e Heidegger). Na dimensão emocional, a obra de resiliência traz-me a consciência da artificialidade da ficção. Cubro de culpas a protagonista Marina. Coloco logo a poção de amor viático, um mantimento para sustento num “líquido destino”[69]. Logo passa a parecer-me que “essa viagem nunca termina”[70], numa entusiástica volta no carrocel do mundo, num “eterno retorno”[71]. Essa segunda vez que é nomeado o eterno, dá-me esperança, ainda que Celso assuma: … “não quero este destino circular”. ~ E eu quero! Se o “nosso encontro não estava escrito [no destino] … Não houve um deus a decidir nosso destino, nem brilho de uma estrela promissora. Deixámos simplesmente de escrevê-lo [ao destino]”[72]. Escrevamos o que desejemos, então, por linhas tortas. Há ocasiões, em que um sonho se repete e elucida algo[73]… As produções estéticas de artistas foram os produtos de imaginações, ainda que acreditassem ser ajudados pelo diabo, por um santo ou pelo próprio sonho avassalador e as visões enigmáticas. Giuseppe Tartini (1692 - 1770), William Blake (1757 - 1827) ou o cavaleiro Adolf von Menzel (1815 - 1905) são exemplos elucidativos do pensamento mágico dominante, nos séculos XVIII e XIX. Há quase 100 anos, o psicanalista Carl Jung[74] escreveu o seguinte, com um sentido determinista do sonho: “uma experiência anómala, que não é compreendida permanece uma mera ocorrência; compreendida torna-se uma experiência [humana excecional] vivida”. Uma característica desse tipo de experiências únicas é serem inefáveis, mal descritas. Inefáveis ilações, na sombra que vira a luz? Posso recuar atrás, ao sonho e ao tempo de Píndaro[75]. O que alcançou aquele da Verdade, quando viveu entre 522 e 443 antes da nossa era? Com Píndaro, ficou assente que “[no humano] sonho é uma sombra”. Assim colocado, “sombra” opõe-se a brilho, a luz, quando a “verdade” seja ofuscada, esboroada na obscuridade. E na medida em que seja ausente um sentido puro para as palavras, damo-nos a alegorias, a metáforas, da “transparência” da palavra, da luz ao sábio recuo paradoxal. Possa o sonho ser “iluminação”, tal Marina, duma “beleza transitiva”[76], entre as luas cheias. Marina conforma aquilo[77], o deslocado pela sombra, quando fuja a juventude, na transitória impermanência. Que espelho da “verdade”? Logo na primeira configuração, se o par não foi (ou foi?) um “espelho inverso”[78], Marina chega a ser retratada no vidro fosco, na “transformação [dela] num espelho”[79]– “uma Gioconda cheia de segredos”, representada pelo impressionista Eliseu Visconti, em Gioventü. Indecidíveis formatos. Como abordar palavras guardadas num “poço” que, a ser “raso”[80], sempre igual e espalmado, lembra o “infinito” do “abismo (líquido)”[81], entre duas pessoas que “comunicam”[82]? 2 Analise textual de marina O método de analisar textos “Coerência” traduz a ideia, cunhada pelo psicoterapeuta Carl Rogers (1902 – 1987), em que o participante apresente um relato de experiência bem estruturada - lógica, a faceta cognitiva e interpretativa, uma significação de peso na experiência “arrumada”. Na narrativa literária, a noção de “coerência” coloca-se, no antigo Dicionário de teoria da narrativa[83]: “texto como unidade no processo comunicativo, resultante de intenções e estratégias comunicativas específicas, ele é também um texto semanticamente coerente... elementos recorrentes… não integralmente redundante… progressão de informação no interior de um texto … na ‘enciclopédia’ do recetor”[84]. Na nova literatura, Marina alude o “vórtice” do redemoinho amoroso de Celso e Marina, o forte movimento do “terramoto” bem rápido, cruzado com a empolgante sonoridade das bravas ondas. Marina retém uma imensa fluidez, em torno dum eixo fixado ao vórtice entre ambos. Sorvida a voragem sentimental no turbilhão do mar, noutra asserção a “vórtice” – um turbilhão, o fenómeno “incoerente” trespassa a vitalidade dos movimentos guerreiros de “homens”, nos tempos atuais. Onde encontrar uma “secreta harmonia”[85]? Em mulheres, no desaguisado com homens? “Sem que você soubesse, caminhamos lado a lado”[86]. Seremos bem menos coerentes do que se pensou, tanto mulheres quanto homens. Todos nós, humanos, somos sujeitos de analogias. Com o “corpo inelutável”[87] de Marina, que foi o “corpo em fuga” e se encontra ao lado do seu, Celso é já do outro lado. Seja que suba ele à Tocata e Fuga em ré menor, de Bach[88]? A inconsistência é presente na ausência de outrem. Outra mexida foi dada ao mundo amoroso, com as híbridas histórias-ficções, realidades e alternativas. Na alternativa ao modo de organização de “identidade do ‘eu’ estacionário”, sem fluidez de maior, teríamos a fixação eterna. Um risco pode ser nem encararmos a vida sujeita a contingências/acasos – o sem ganhar folgo, “… e, de repente… o sobressalto”. Em Marina, o leitor transcende o sabido (ontológico) e o instituído “romance”, o que não pressupõe que todos os planos sejam antecipadamente traçados. Não sabemos se Marina nos deixou. Ela foi a “glória de um destino”[89]? Um famigerado destino? Um Deus não decide do destino do par amoroso[90]. “Desconheço a direção [do futuro, indeterminado]. Soubesse de uma senha [mágica, um código … e o controlaria Celso. No fluxo permanente de mudança, já o passado e o devir são escapes [na aparente “fuga”], uma “disfunção” no presente [na fantasia inviável]. Porque não viver o aqui-e-agora? Amplificado o tempo, a “hipertrofia…”, é inviável a luta interior, “contra a qual luta o presente”[91]. “Deu-se por fim a glória de um destino. Porque, Marina, os relógios não morrem”[92]. “O vento segue os rumos do destino [ou da predisposição de sorte]”[93], tão mais improvável do que a precisão do tempo dos relógios. Abordagem narrativa na psicologia Numa aproximação literária, na psicologia narrativa, “as personagens são os elementos permanentes que sustentam o desenrolar do enredo”[94]. Nem as personagens fogem, nem restam fragmentadas, na “transparência da voz”[95]. Quem fale no esqueleto narrativo, pensa em episódios de um “guião” (scripts) identitário ou coletivo e, para a “narrativa de perda”, em Celso, congrega-se uma “organização de significado”, no que dê conta de mudanças dessa organização afetiva e psicológica, tão frequente e intensa de privação, podendo tornar-se duradoura ou reatar uma mera ocorrência súbita. O presente texto sobre Marina apresenta “fenómenos” talhados. Dito de outro modo, dá corpo a “ideias centrais, ao happening, ao incidente em torno do qual um conjunto de ações e de interações são dirigidas, com vista a serem reconhecidas, geridas e integradas, ou com as quais um conjunto de ações se relaciona”[96]. Numa forma de encontrar e descobrir ocorrências, farei um parêntesis para o que sabemos de um autor. Na sua suspensão de ideias feitas, como nos “lugares comuns”, nos “hiatos” e nos “silêncios”, o que “lemos” nos não ditos, sem um código? Para o efeito enredado, temos a ajuda de comparações constantes, numa “codificação aberta” do texto. Utilizam-se atributos/características para as palavras todas inteiras e para a variabilidade de significados não ficar de fora. E as “palavras (sem) envelope”, plenas de pregnância e fugidias, impõem afundar numa rigorosa análise linha-a-linha. Haverá ainda que conceber dimensões gerais, para “linhas-da-história”, duma ou doutra mini narrativa ou história, em Marina, o “tempo eterno” e o imparável “relógio dos ponteiros”; a vida e a morte; a terra e o mar, a nuvem e a pedra, o fogo do amor e as suas cinzas… Ao “questionar” os dados/textos, no aprofundamento que se justifica, efetuam-se as aludidas “comparações constantes entre fenómenos”. Da projeção, da narrativa e do episódio Em Marina, identificam-se esparsas narrativas míticas, nas guerras e nos amores. No amor, o “projetado” Orfeu[97] chega a parecer ser Celso, na sua ânsia de que Marina não morra …[98]. Celso poder-se-á sentir, noutra volta, um Marcus[99], chegando tarde, perdida Isolda, amante de Tristão[100]. “Pobre rei Marcos. Tão tarde descobriu o desamor”[101]. Marina não é escrito na primeira pessoa, autorreferenciada. Discriminada a faceta “projetiva” (ex.: uma pessoa não específica ou segunda pessoa, outros, alguém de quem se fala ou escreve): Marina ou Alice descobrem-se entre uma “Gioconda cheia de segredos”, uma Molly, o “verbo infinito”, na “voz” da cantora. Um eco repetido da voz dela, Marina. O narrador e Marina “nadam no monólogo de Molly”[102]. É preciso dizer que “não sei até que ponto lembro da tua voz [Marina]”[103]. Dito de outro modo, Celso mal se recorda do que Marina “disse/diz”, repetidamente. Falhou a voz e “deixou de dizer”[104]. Por seu lado, os episódios reais reportam-se às mínimas ações/interações, as quais podem ser relatos de experiências significativas, por vezes truncadas nas premissas, donde a maior ou menor coerência lógica ou consistência lógica. Quando as palavras chegam a mudar de estado, digamos, aluadas, tornam-se “líquidas, turvas, transparentes”[105]. Passam palavras estranhas pela fluência de selves (“múltiplos eus”, mentais e subjetivos), transformações identitárias. Apreender-se-ão coerências doutros implícitos, aspetos tácitos e inaudíveis da daqui e dali. Narrativa episódica A partir dos fenómenos esparsos, no grosso volume da vida, alcançamos registos de realizações pessoais e dos impedimentos, destinos e acasos, sortes e desaires. Foi a partir dessas constatações que distingui os fenómenos de meros episódios, nas narrativas/histórias, que lembram “todo o texto mostrar de forma holística as cognições e os processos emocionais do autor”[106]. O que se designou de plot (na língua inglesa) para um “episódio”, portanto, vai de encontro à narrativa, ao deparar-se o leitor com uma sequência de eventos ao longo do tempo (“sucessão”), para um “texto”[107], mesmo no mínimo “enredo”[108]. Na forma bem estruturada, visou-se o elemento sequencial e dinâmico, na literatura (na lógica, “gramática” ou “sintaxe”), considerado o episódio o “único esqueleto indispensável” e “menos variável”[109]. A variabilidade de Marina encontra-se nas intercaladas unidades de significado/segmentos de tópico, nas breves temáticas, as quais identificam a substituição de conteúdos, nos registos escritos por Celso. Acresce haver processos narrativos de vários modos evidenciados, no sentir, no experienciar e no pensar: a “descrição externa/concreta de acontecimentos de vida (atuais ou imaginados / passados, presentes ou futuros); a “descrição interna experiencial” (subjetiva), de episódios/narrativas, com a identificação verbal de “reações afetivas e/ou estados emocionais” (ex.: “triste”, “zangado”, “frustrada”, etc.); e a “análise reflexiva/interpretativa da descrição de eventos e/ou da experiência subjetiva, sendo os eventos presentes, passados ou futuros”[110]. No primeiro domínio narrativo, a ênfase no sentir alcança menor complexidade do que o experienciar (interno) e o refletir/pensar. Episódios mínimos Após o desenlace por afastamento, surge um episódio elaborado quase no final do livro. Possui a tónica na conduta de Celso, antes da adesão ao refletido, somente após a imersão interior num quadro e num cenário: Episódio - Título Promessa de calor na aflição dela: “Antes do amanhecer, sacudo meus ossos na areia. O mundo frio no vapor das ondas [do mar], enquanto o sol desponta, bem depois, nas rochas que me vedam o horizonte [limite]. Sem que você soubesse, caminhamos lado a lado. Não sei até que ponto lembro tua voz. Tudo que diz e deixa de dizer [adiante, eco repetido]. O modo, sobretudo a transparência da voz. Como o menino e o pássaro de Portinari. Te vejo, assim, ferida, a proteger-te. Promessa de calor. Será difícil atravessar a noite (p. 91). Registei outros episódios relatados, com mais de “vinte anos”, exceto o primeiro, possivelmente mais recente: (1) Aflições de Celso no mar[111]; (2) Celso e Marina nadaram no mar e, sentir-se-iam “alegres”, possivelmente ao saírem para a praia[112]; (3) “Mística do encontro” de dois “tímidos” (“dissemos algo escasso, imponderável ... o clima, as gentes, a história”)[113]; e (4) Aludidos passeios de bicicleta[114]. Na narrativa criam-se então replays de experiência, quando se atenda ao “eu” subjetivo frente ao quotidiano, a rituais e a “inéditos”, como nos encontros a dois. Somente o episódio de Celso sozinho e aflito no mar não correu bem. Será invencível o revolto mar e a doença de coração: “… ao dorso da onda fria, apressa o coração”[115]. E se é tremendo o risco de morte no mar bravo, não é impossível lutar a dois contra o tempestuoso. O que nem quer dizer deixar de ter mão para apagar aquela ou outra terrível imagem recordada. Afinal, qualquer um sonha com “você”[116]. Ora aquele primeiro “episódio de ‘sonho’”, mas pavoroso, é ilustrativo do mundo irreal, na forma “narrativa”[117]: “um belo dia quase me fui na onda[118] de seis metros. Eu me livrei a muito custo. Um sonho breve que o sal interrompeu. Vantagem provisória...” é acordar. Já o fustigou o voraz turbilhão real da ameaça e perigo no medo da morte dela, quando volte a passar ao mar… Deixar de ser, naquela praia – que “quase levou” Marina … e que é a mesma praia, que “seduz” o narrador[119]. O perigo de afogar-se na praia é real e irreal. Anotei ilações, decorrentes interpretações do texto, nas expressões do autor: (1) Risco frente ao mar[120]; (2) Juventude, em que se possa morrer com alegria[121]; (3) Encontros, fruto de “um milagre matemático… acaso e o seu mistério”[122]; e (4) A bicicleta que “morreu”[123]? A bicicleta? Um indicador do encontro com Marina: “Passeio de bicicleta. Voa o vestido azul. Essa viagem nunca termina”[124]. Noutra apropriação do contexto, o par poderia [ver] “baleias”, ao longe, “delicadas” [125], quando iam pedalando na “bicicleta” … Num contrassenso forjado na comparação, a bicicleta dele era um “cavalo”[126]? Antes dela “morrer”[127], melhor dito, “enferrujar”[128]. Na transição de pensamentos, afetos à morte: “Não há resumo para a última carta. Porque esta é uma carta definitiva. Porque se trata da morte de Marina”[129]. E adiante: “Imploro, Marina, que não morras antes de morrer”[130]. Ficaria ela sem maior sentido de vida? A viragem de alegre “surpresa” chegou a ser concebida, numa anterior “carta destroçada”, restos do que ficou dentro do “caderno escolar” e “cujos pedaços recomponho num mosaico bizantino”[131]: “Carta de amor (desesperado) que rasguei: “...pousa nos lábios uma estrela... secreta harmonia... deserto amanhecer... teu corpo inelutável... lagoa iluminada e seios úmidos... bosque sutil... pequena morte... jogo de espelhos e palavras... teu rosto desenhado no meu peito... à mesa um copo de absinto... duas palavras e voltamos a dormir... infame precipício...” (p. 86). Os procedimentos de análise de experiências são guias de leitura, no que prendem o elucidado “desespero”, o isolamento e o limitado prazer de Celso, quando a vida pudesse afigurar-se um pesado fardo, irado contra Marina, contra o violento mar, o amor eterno… A súmula de alegria - a “surpresa” … Num resumo analítico[132], estabelecem-se relações entre um fenómeno, no sentido da conceção de um episódio. Donde, uma ilustração de seis fatores envolvidos, no episódio Promessa de calor na aflição dela[133]: - Condições causais antecedentes, para a ocorrência reportada (antes do amanhecer, já levantado Celso da areia da praia onde dormiu, ao despontar do sol); - Fenómeno per se (“sacudidos ossos” ao sol, no limite do ser, entre eternas rochas, com a ausência de Marina); - Contexto (a praia junto ao mar ensoleirado); - Estratégias somente idealizadas de ação interativa (ser tomada Marina por indefesa a proteger, no que Celso escreve da sua possibilidade de “ajuda”); - Condições intervenientes (quadro “menino com pássaro” de Portinari…), - O que constrange ou facilita o incidente/fenómeno (recordações de encontros com Marina, num local partilhado e o fenómeno de imaginar um quadro) e - Condições consequentes (a dificuldade de continuar pela noite, sem a presença de Marina e a fixada promessa de calor humano). Nessa leitura duma abstração da experiência, um episódio pode ser idealmente estruturado, se bem que escapem as estratégias de ação interativa. Noutra margem encontram-se a filosofia (de Parménides e Heidegger), o jogo com textos míticos (Ájaz, Rei Marcus…). No “romance de ideias” de Marco Lucchesi, são vastos os domínios de conhecimento. Com o autor aprendi que, ao não aceder a “coisas em si”, tenho as coisas para mim e, talvez, nos apareçam amores e guerras, por prismas do entendimento e da sensibilidade. Dos fenómenos - as aparências - “O que sei?” No quotidiano, sei que vivemos de forma a criarmos conexões entre inauditos episódios, flashbacks, substituições de interesses/temáticas nem buscadas, redundâncias e omissões (como “lacunas de memória”), numa apreensão do que nisso assuma perene “relevância”. O núcleo duro, o “essencial”[134], segundo o autor? “Perdemos as palavras essenciais”[135]. Perdemos “baleias” naquele mar alto, enferrujaram-se as “bicicletas” e desapareceu o “corpo feminino em fuga”[136]. As cartas dizem muito “mais do que parece”[137]. 3 Do mundo poético “Tornei-me um leitor de Parmênides”[138] e de Heidegger No mundo eterno, Parménides colocou o “motor imóvel” do tempo, o “livre-arbítrio”[139], o “cálculo integral”[140] … “causa e concausa”[141] … “tudo em tudo”[142]… Bastará “puxarmos o fio…”[143]? Numa passagem paradoxal da breve (?) “novela”[144], logo vemos como “tudo muda” no (des)encontro, a par de “rádios, guerras, amores”[145]. Não há confissão, não há reparação, na “narrativa não projetiva”. As “narrativas” antes partem dela[146], nos “lugares comuns”[147], registados nas mensagens. O que procura despertar Celso? “A voz de quem morreu, não as histórias”[148]. Bastaria o alcance da superfície, na “voz” dela[149]… No início de Marina, nem se espera a finalização do encontro. Não é desejado o fim do amor. Um mal irremediável. Terá morrido? Obra de “criatividade” dissonante face a espectativas de cartas de amor, Marco Lucchesi coloca-nos a margem de manobra, uma deriva, mudado Celso em permanência e, nesse sentido, as suas posições emocionais básicas são sublevadas e revoltosas, sublimadas, substituídas. Existentia, como a explicitar? Quando numa página inicial, não numerada, o autor nomeia um filósofo italiano, Emanuele Severino (1929 - 2020), que escreveu sobre Martin Heidegger, que exploração de fenómenos “metafísicos”? Martin Heidegger[150], de que trata? Li algures que Heidegger se interessou por “atualidade, realidade, em oposição a possibilidade concebida como ideia”. Ser é a totalidade do que existe. “Aí onde está cada um de nós” - da sein, seria o lugar da nossa presença, duplicada pela sombra da subjetividade. Subjetividade é o vivido que torna algo maior, quanto dá à presença novas formas afetivo-cognitivas. Mundos universais musicais Tenho aquela “vontade” de mudar o passado[151] e de criar uma ideia prospetiva de florescimento. Do mito de amor a Marina, nem estranho virem três damas dar uma flauta a um príncipe, Tamino, que buscará a sua amada. A harmonia da música condensa o “universal”, atingidos géneros e variadas “vozes” trocadas, na “Flauta Mágica”, de Mozart (1756 – 1791). O poder unificador da música é uma metáfora para o príncipe neutralizar o mal. Outra das óperas que acompanham Celso? A ópera de Verdi (1813 – 1901)? Recuo, à procura de La forza del destino, de 1862, cantado por Galina Gorchakova. Será que soubemos escutar o ciciado na voz da atualidade e o que nem se abra ao previsível, no acaso, sem destino[152]? Vozes pessoais de visionários? Na aparência, as palavras são soltas numa poéticas. Meia página abala o leitor. Meia página, umas quantas linhas de “voz”[153] , “voz marinha”, vinda do mar, submarina. Marina. Na “poética da dissonância”, fica aberta a superfície ao “espaço descontínuo”, criado por Lucchesi para ela[154]. A inatingível voz dela? Não sabemos. Na aceção do termo “fragmento”, Heidegger sublinharia essa origem deslocada de textos únicos e incompletos, que deixam espaço por concretizar. Escritores como Lucchesi, coligindo fragmentos, escapam às “correntes literárias”, “movimentos identitários” e “evidências” repetidas. Um significado de recusa de continuidade no vestígio escrito, fragmentado, foi adquirido no mar, que não é terra firme. Todavia, com “intencionalidade”[155] na voz, “nunca poderemos deixar o mundo, o que nunca deixámos”[156], o mundo terreno. Numa particular fenomenologia[157], poder-se-á conceber a “suspensão de julgá-lo”. Como não julgar o mundo do pensamento oblíquo, da metafísica passada? Ficando pela rama, na área concreta, terrena (não marítima, à beira mar, o que “sobrenada” ...). No que importa, não estamos nós fora de água? É de todo difícil alcançar maneira de arrancar o “pensamento de superfície”, também a superfície da página de Marina encante, pela superfície que cobre os reflexos incessantes, os jogos de reflexos, como ilusões e evasões, que surgem e desaparecem. Se não for atingido o que aparece antes do fundo das letras, ficamos aquém de imergir: foi muito antes que Parménides e Heidegger viveram. É preciso dizer que a superfície não se confunde com a aparência - a realidade energética, a dança terreste, da vida dançante[158]. A máscara de Marina já arrasta a ilusão do que aflora (a superfície) – a “transparência da voz”[159]. Esconde-se ela algures, no “re-dobrar” do seu ser[160]. A sua aparência causar-me-ia a diligência em “lê-la” a preceito. A voltar a Parménides e Heidegger, a profundidade[161] do livro dá antes a explorar o ser e as coisas[162], ao invés da superfície (mas com a superfície), a sua luminosidade. Quando a metáfora da luz (do dia, do Sol, da Lua promissora do brilho dos olhos verdes…) não encontra um reino perdido que persiga o ser, quantas ideias ficam subterradas e obscuras ao leitor? Foi a partir daquele ilusório mundo de reflexos (a superfície), que alcancei a incerta profundidade. Será o outro mundo (“marinho”) contrastado ao ilusório da realidade e ainda aquele outro mundo perdura, mutável e instável, matizado de cor intensa e de brilho ténue de águas passadas. Quanto ao retorno à superfície, ao aparecer, no emergir de novo, volta a agitação do mar emocional, que se ressente, no que permanece do eterno esvaziamento. Ficou um poço vazio daquele outro momento de amor ou do que dele reste nas rochas imutáveis. “Tenho por ela um profundo afeto. Lembro-me de seu sorriso, ao piano”[163]. Quando “aparecer é um compromisso metafísico”? A “metafísica” foi além de physis. Cientistas designam a metafísica de “especulação” de ideias, tantas vezes incertas, com que se debatam. O que se entende por “real” é, nesse segundo sentido, o que ultrapassa a “realidade” que conhecemos por perceção (inter)subjetiva. O real é um referencial profundo[164]e infinito; a realidade é o que conhecemos ou julgamos conhecer. Numa mediação poética para a metafísica, “aparecer” situa a presença original no mundo do ser, sendo que o mundo adote a incerteza na errância (e na morada no novo mundo). ~ Quanto “aparecer” vive acima da superfície e da aparência das coisas, é o ser que reflete um inóspito caminho de linguagem reflexiva, aproximativa e assintótica[165]. No ato de escrever, Marco Lucchesi delineou-me a possibilidade de especulação, a liberdade crítica e a ironia, abertas portas à metafísica fenomenológica. O existir em processo trouxera-me antes outros saberes e, nos espaços do mundo daqui, foi indicada a deslocação para a saída de “ex-” (em “existir”). Entretanto, aprendi que existir alcança o sentido de “pôr-se de pé”, de acordo com a etimologia. Num apelo a erguer-se (pondo-se de pé), já o próprio ser permanece em lugar recôndito, na condição de vir a aliar o desvelamento do ente – objeto, coisa, um ser, Marina... Outros “reivindicam” para si o “estar-aí” (da-sein), dito que todos “querem, buscam, sonham com você” [Marina], um corpo no que não “fuja”[166], na errância noturna. Consequência da fuga da luz? Será ela dada a “despertar” outra, a emergente Marina de Celso? Encontra-se ela ausente, no que seria de voltar a abordar a limpidez, a superfície, a “transparência”[167] da constelação “prometida” de dois seres. Uma forma de profundidade incompleta. Numa lúcida forma de escrita, patamar de sonho lúcido, Celso encontra-se em guarda. O narrador não deseja “despertar [vidas escritas]” … Talvez busque tão somente a “voz” dela, naquele eco, em que ressoa a limpidez, alcançará outra “voz”. A quem dar “voz”? A Molly, no seu solilóquio, na primeira pessoa[168]. Molly, uma inigualável cantora de ópera; Marina, de que nem sabe Celso se se lembra… da voz, dada à imagem fugidia na melodia, ao piano[169]. O que passou não se encravou. No ser em mudança, serão cristalizadas mínimas recordações, rareando “o caminho da verdade”[170], sem saída (uma aporia) tantas vezes paradoxal. Guerras dos mundos de ideias As ideias “verdadeiras” e as guerras de “opiniões” não se consolidam, nas correntes do paradoxo. Conjugam batalhas sem fim: Parménides e Zenão vs. Platão; Nicolau de Cusa vs. os que não cooperavam… Numa oposição ao seu tempo, questão cerrada e a descoberto, foi a permanência e a transformação. Parménides reteve a pura permanência, unilateral. Exigente na “ponderação”, Platão (428/427 – 348/347 a.C.) dedicou-lhe um diálogo inteiro - Parménides, em que Sócrates levou uma revisão verbal dum oponente, Zenão de Eleia (século V a.C.), para o efeito de inquirir o sentido do Uno, cujas “absurdas consequências seguem (ou não seguem?) em contradição com a referida doutrina”[171]. E se o ser é múltiplo? “Parménides”, um arauto da “revolução”? Esse é um ponto de um “resumo” do livro. Sendo que o germe da destruição estivesse plantado[172], que revisões foram geradas, a propósito das suas ideias? O que queriam mostrar os eleatas, com Zenão adiante das forças, o arauto da geometria e dos estranhos números, o infinito e o zero? Uma revolução, no conceito de tempo: fluxo constante e deixa de haver presente? O paradoxo de Zenão assinala o contrário à opinião recebida e comum, para o tempo virar uma sequência de mínimos momentos separados, donde vivermos o presente e a mudança ser ilusão. Quanto ao espaço? Sendo uno, não dá condições a haver “lugar” e “aqui”. No espaço fragmentado só há “aqui”, ausente o movimento. A revolução tem sentido no paradoxo, forjadas inesperadas dissensões. “Mudam [os tempos e] as guerras”[173]. No século XV, novo sobressalto. Gerador de ódios por contemporâneos, Nicolau de Cusa (1401 – 1464) alarmou muitos, pelo acento na compatibilidade entre extremos. Encarou a conjetura de “opostos”[174], dicotomizado o mundo por valores antagónicos, quando se creia num ponto de vista considerado válido. Nova batalha. Era Napoleónica, em França e na Europa, no ano VIII (ou, no calendário vigente, datado a 9 de novembro de 1799). Contrastaram adesões e oposições a Napoleão, herói e anti-herói, arrebatado o poder no golpe “18 do Brumário”[175]. As mudanças foram inquestionáveis, com a chefia e as saradas guerras. A guerra entre Marina e Celso não foi uma constante, também não persistiu. No foco da maior peleja, a distância a Marina[176] antecedeu outra circunstância: o entendimento de “como [Celso] se vê”[177]. Num “sinal de transição, de deslocamento”[178], veio de Celso a afirmação séria, numa trégua consigo mesmo: “já não habito na distância”[179]. Anteriormente, despedir-se-ia dela, como um Catulo[180], numa linguagem coloquial, sem intensidade e sem profundidade maior… Poderia estar a recuperar o “habitar”, junto dela. Existirem compatibilizados, nas suas oposições, requer o significado: “habitar”. Talvez se encontre algures, na linguagem. Para “morar”, fica bem longínqua a raiz etimológica, no sânscrito - vatami -, cujo termo alemão é wesen. Dir-se-ia que Celso possa já “estar-aí” (da-sein)[181]. No seu lugar - aí -, à fluência não lhe faltará diferença. Como expor uma diferença melhor do que com o ruído feito pelas diferenças da fala e do canto de Celso e Marina? Revejo a aliança, a separação, o que nem quer significar uma divisão de opostos. Há uma distinção nas “vozes”, para um sistema caótico, em várias escalas de linguagens. A organização de mundos No século XXI, em 2023, há ordem para parar e avançar no terreno do ser. “Há mais de dois milénios…”. Heidegger[182] introduziu essa conjetura perdurante[183], nas primeiras palavras de Ser e Tempo. Fora há muito “esquecido” o que surgira em Parménides, uma abstração – Poema – “onde se encontra o ser e o ente”? Ente pode ser objeto, coisa, ser … E o ser é o mais próximo do ser humano, sem que seja “um Deus ou um fundamento do mundo”[184]. Não existe um ente sem um ser. Acresce perguntar: “o que significa pensar?”[185]. Pensa-se em alguém, um ser, enquanto as guerras matam pessoas. Desde que a nossa imaginação pejou o mundo de deuses, entre ninfas, dragões ou quimeras, foi feita a equação, pelo menos: esquecido o humano. Não neutro, mas esclarecido, Heidegger rebelou-se contra ter sido minada essa incógnita do mundo – o ser, o guardião da questão[186]. Colocado o tão saliente à parte (o ser) e juntas as palavras a ideais, “ordenaram-se” melhor as coisas. Nessa incessante transformação, contra as utopias, foram cometidas “supressões” de coisas, acrescentos de quimeras, os “suplementos”, esquecidas possíveis “deformações”[187]. Aguardado o alvorecer da modernidade líquida, após a linha humanista dos anos sessenta do século passado, ainda seria antecipado o outro tempo do ser frágil, das diferenças e vulnerabilidades acrescidas. Vemos superada a razão não linear, o princípio da não-contradição[188], a alinhar o excluído. Arrastamos até mesmo para a paz a “coincidência de opostos”[189]. No reiterado pensamento ímpar de Lucchesi, um visionário de saberes ontológicos, preside o ser humano que é pensado, dito que ser e não ser não sejam iguais. Os seus conhecimentos são buscados entre um que é muitos[190]: ser e não ser e “ser de todo o ser”, na expressão de Giordano Bruno (1548 – 1600). Ruínas e salvação Um genial revolucionário, Giordano Bruno, foi o que retomara o ser, em On the infinite universe and worlds (“Sobre o infinito, o universo e os mundos”). Recordado num post scriptum[191], o opositor, Bruno, foi morto. Para mais escrevera “A ceia das cinzas”[192], em gritante contraste com o fogo da paixão. Deu-se ao desfecho inolvidável, à morte horrenda, após outra intrincada conjetura resistente à “ignorância” por dogmatismo e ceticismo do tempo. Bem além e aquém do “estar aí“, em substancial presença, o que resiste à fixação ao lugar encontra-se na imaginação, em múltiplas superfícies, no não linear, cujas diversas escalas se coloca Marina. Celso vive numa efetiva transição temporal, quando “o agora é um índice [indicador] da eternidade”[193]. Quando ainda se creia na “eternidade do mundo”[194], uma exceção. Enquanto nos insurgimos, Marina poderia “fixá-lo” ao passado em comum[195]. Na “correspondência” truncada, o narrador assumirá a perspetiva de “crer na eternidade do ser. Mundo sem fim e sem Deus. Essa é a ideia que me salva”[196]. Ademais, imaginar a “eternidade” não diz que não se “aclare a contingência” [197], o acaso, por contemplação intuitiva[198] e sensível. No perpétuo salto entre histos, reparo no ocaso do relacionamento, na paragem e esgotamento dum percurso: “[As cartas de Marina, “ibérica prudência”?] Terminam com abraço afetuoso, promessas impagáveis e mil beijos de Catulo. Cartas inúteis e vazias! Abracem do não ser a eternidade!!”[199]. Creio no indecidível. Não cumpriremos todas as “promessas”, as coisas voltarão a ser as mesmas nas guerras e nos amores à beira mar: o “vestido azul”, a “pedra”, os “passeios” e as “bicicletas”[200]. Recordações e ilusões para “todas as cartas em princípio circular”[201]. “Quem sabe se…”[202], se “tudo se passa aquém da superfície”[203]? A verdade - domínio duplicado da aparência - agarra o “desvendamento”[204]. Da substância/essência não temos algo, além da aparência. E ainda que deixássemos há muito de atingir “as coisas em si”, vivemos demasiado no escuro em volta. Quanto muito, realizemos nova viragem às partes, quando “o passado é órfão do presente [índice de eternidade]”[205], no mundo compartimentado. Vivemos num “tempo inabordável”[206]. De forma paradoxal, deixámos o “museu”[207] e as “espécies” à solta, que diminuem com seres impreparados. Do ser e tempo[208] à nova hermenêutica, reatada “presença”, o que “aparece” no “compromisso metafísico” com o ser[209]? Numa filosofia para o século XX, o existencialismo ainda contou para O ser e o nada[210], no que importou o significado, o valor e o propósito da vida. Na época, avançado distanciamento/estranheza[211] face ao “teatro de sentimentos”. Na Europa, tanto “narrativa”, quanto “ficção” deram lugar ao “novo romance”[212], uma mistura de atores sociais e coletivos, de géneros misturados, uma “polifonia”[213]. A psicologia da vontade e a narrativa Na psicologia então emergente, William James[214] discriminara a “vontade de acreditar” do que queremos fazer “desacreditar” - o que seja convencionado para a época ou para a “troca” correspondida de “cartas” a e-mails, o que escape à explicação e/ou à compreensão[215]. Narrativa, na psicologia pós-racionalista, congregou a ideia de que “contadores de histórias” seriam os que estariam incrustados ao amor e ao sofrimento. Como sublinhado, nas teorias semânticas, havia outras “vozes” e “polifonias”, quando um discurso se enuncie. Fora enunciado. Ademais as (re)autorias e sensibilidades eram provenientes doutros domínios de saber, tomadas por empréstimo (nas teorias feministas, na narratologia, nas ciências sociais e humanas…). As temáticas ganharam sentidos segundos, o significado de ridículo e a ironia alcançou outra voz crítica, ainda com o romance de ideias. Com Laurence Stern[216] é possível “justificar” uns “resumos” dum Celso[217]. Os condensados foram ordenados, entre “ideias confusas”[218] dum amor límpido. Num modelo dos mundos emocionais e do “eu em processo”, as “organizações de significado pessoal” (OSP) remeteram, em fim de século, a "metáforas básicas da descrição do real”. Traduziram apreensões dinâmicas para “estrutura da personalidade” e consumaram “significados”, para formas de dar sentido à vida. O modelo OSP, de Vittorio Guidano Vittorio Guidano foi um psicoterapeuta romano, que viu a criatividade como possibilidade de transitarmos duma para outra organização de “significado pessoal”, da falta e perda à reorganização noutra emoção, talvez pelo receio da distanciação. Correu na margem de entendimentos do corpo e da culpa. Concebeu uma epistemologia, com Leslie Greenberg, Humberto Maturana, Michael Mahoney e Óscar Gonçalves. Numa visão emocional integradora, a faceta de experienciar a vida (I, em inglês; o nível de “eu experiencial”) nem se opôs mais a “significar” a experiência (a narrativa da experiência). Pode ser dado o exemplo buscado no que conheci em Guidano e num seu amigo, Leslie Greenberg, de saúde mental. Quando com eles estudei, partiram dde G. H. Mead[219], entre muitos outros. No sul africano Leslie Greenberg[220] senti a primazia conferida a existir, tão visceral, no âmago da experiência imediata, o "eu". Frente a frente ao vivido subjetivo, Vittorio Guidano[221] colocava-se noutro plano de conhecimento: o “mim reflexivo” (me, em inglês). Contrastava na relação à energia de Greenberg, uma “presença” por inteiro, uma conexão no momento, em níveis diversos (físico, emocional, cognitivo e espiritual), ou seja, havia uma consciência da plena experiência corporal e emocional, vontade de escuta ativa, busca de compreensão. Modelos para fazer mundo Na distância cavada, lemos que “a gota do mar é pequena, quando o tempo de ausência seja longo.” A memória nem se esvai na comparação e compreendido desgaste. O “piano – sobrenada”[222] … – voga à tona de água, assim sendo a memória[223], num “abismo líquido”[224]. Poderia ser a voz “atemporal”[225], inesquecível, aquela voz entretanto quebrada de Marina? Tendo lá permanecido uma presença, não se cravou… No incomensurável passar dos anos, quais “cardumes de palavras”[226], arrastaram “o vazio”[227]. A eternidade deixou de ser. Morreu um mundo terreno junto do mar. O eco imaginário de Marina, na ausência quedou-se. Existem as “rochas” [que] continuam imutáveis[228], fustigadas por ventos e marés. Do revolto mar à mata-bioma e às pedras encalhadas, sobressai o abandono, nas “correntes indomáveis”[229]. Celso, continente/recetáculo, sem mãos. Haja o que desapareça e volte com a “correnteza”[230]. Sem alcance do “mundo submarino”[231], as águas não brilham. Somente na “superfície” são “transparentes” [232] águas, para um mundo que foi desarticulado e fragmentado em partes. Como referido, no uno, teríamos um mundo total e eterno. Numa perspetiva particular, um amigo meu acentuou a condição física, metafórica e metafísica (“especulativa”) do ser. Sem ler Marina, António Maurício enfatizou o transitório – o humano para “ondas do mar” (o seu mundo parcial). Na expressão oral, coloquei as suas palavras de permeio, com parênteses retos, para elucidar o refletido do infinito: Em resumo, e metaforicamente, parece-me que [esse processo humano, dinâmico instável] tem semelhanças com o que acontece às ondas do mar[233] (…) configurações/formas locais e transitórias desse mar/suporte e alimento de todas as outras formas/configurações potencialmente possíveis do mesmo. Que podem nascer, crescer, viver/existir, reproduzir-se e morrer/deixar de ser/existir, porque são fenómenos/seres transitórios. (…) Mas não é por isso [por haver formas locais e transitórias de mar], que o mar/vácuo quântico/TAO/[234]o sem nome/... (pressuposto background/suporte/meio/ e fim de tudo o que é possível, e por isso intemporal, Total, global, cognoscível e/ou incognoscível), sem ser… seja redutível a qualquer aspeto antropomórfico[235] .... mas contendo-os... O meu amigo tem uma conceção física e de recipiente – o “vaso vazio”, o inamovível Uno[236]. Nessa substância, Maurício faz conter os mundos parciais contrastantes. Na “leitura desviante”, colocamos “entrelinhas”[237]. A “colocar parêntesis” no que se saiba ou julgue saber, houve um retorno ao mundo, no abalo cultural da consciência. Na aproximação a coisas[238], podemos condensar “cardumes de palavras”[239], no que sobreviveu unido, o par que se afastou: As “cartas deitam iodo [como o mar] e sal… [como lágrimas] [240]… novo sal”[241] Crescem as ondas que me arrastam para dentro [daquele mundo submerso]. Põe-se Celso “a nadar“[242]. [No mar] Haveria “… a correnteza“… e entretanto “as ondas sobem cada vez mais altas… Já não encontro salva-vidas. [Celso dirigindo-se a Marina, pede-lhe uma vez:] Nademos juntos”[243]… No relacionamento, terá havido … um “naufrágio e tempestade”[244]. Até no “perigo de [Celso] afogar-se na praia”[245]. Ergue-se, subleva-se ele, humano, que “não tem guelras nem escamas”[246] … No salva-vidas da terrena praia, onde não “para de chover” … “mal sei nadar em tanto azul… [Celso] Andava a saltar “nas rochas, acima do cinturão das algas”, mas mergulhara no mar, “quando é escassa a correnteza”[247]. “Caminho sobre a chuva, ondas revoltas [no mar], branca espuma”[248] … “nadar [para] tão longe” …[249]. Na deriva, as “leituras desviantes” de uma temática[250], colocam vários caminhos de leitura. Não fosse o vazio deixado de palavras… [Sempre permanecem] “As pedras [que] rugem no bater das ondas”[251] [instáveis]. [Muda o significado de] “Praia - Cadeia alimentar, baleias, pescadores”[252] … “Sinto no meu corpo a maresia [que muda também, após a vazante, de cheiro intenso do mar] e assim transformo o sal em novo sal”[253] [Em casa] O “relógio de areia” de Celso, quando se encontrava com Marina, no passado, “ficava na estante” … [porque o tempo era subjetivo]. “Um belo dia [a ampulheta] quebrou-se” … “Vinte anos” separaram [Celso e Marina] … quantos “grãos” de areia [na ampulheta] são necessário” para tanto tempo passado?[254] “… ao dorso da onda fria, apressa o coração”[255], sendo que o sal eliminado, baixe a pressão[256] [arterial] e “transformo o sal em novo sal”[257]. Nova vida. As palavras vão e vêm, na modernidade líquida. A tornarem-se as palavras “úmidas”, é o sinal de sofrimento no “sal” e na “lágrima” salgada. Qual garrafa que se joga ao mar? Flutuaram ambos num domínio intemporal, deram-se a palavras inevitavelmente “fartas de imprecisão, saudosas da beleza”[258]. E que “cartas” se virão a “salvar” do mar do esquecimento, com agrestes “ventos do Atlântico”? Na insana movimentação vital, Celso “decide [a dado momento] atravessar a maresia”[259] e quedou-se o mar de distância entre si e Marina[260], ao primeiro e-mail dela, seguido-das imagens coloridas, palavras dela. Marina aparecer-lhe-ia na imaginação dovbelo solilóquio de Molly Bloom[261], um encantatório eco. É dele o repente, quando não queira voltar ao passado: “Não me afasto deste mundo de areia… Passam navios à distância”[262]. Em terra firme, Celso, não sai de si mesmo. No final do livro, arredio, Celso dará conta do inesquecível mau tempo, em que se sentira “naufrago”, abraçado ao não-lugar[263]: “Passada a tempestade, me afogo nos teus olhos [verdes e do mar]”[264], olhos de luz fina e penetrante. Do repetido reparo no olhar de lince, o que ficamos cientes do passado na marinha de salinas, na praia e noutras paragens? A lembrança foi ter à imagem da “jovem” Lívia, sua prima e amiga de Marina… [Lívia] “deu-se às ondas”[265]. Deixou de ser. Condenado, Marcus, perdeu alguém; Celso perdeu Marina, não fossem as “fugas” intempestivas. Anunciado casamento ou “condenação”, na escuta de Grande Missa em Dó Menor, K 427[266], de Amadeus Mozart (1756 – 1791), o significado diverge, para o cineasta Robert Bresson[267]. A perda não justifica uma causa, que seja culpa de falta de pontualidade dela ou o atraso dele. Preso ao antecipado mito: “Cheguei tarde como o Rei Marcus”[268], já que a bela Isolda amava Tristão e vogariam num barco do amor à beira mar[269]. No enlevo por Isolda, Celso assumia encontrar-se na condição do rei[270]. Outro fora a lição de Orfeu[271], que olhou para trás… “Não se ergueu” (no existir). E como a palavra concretiza o pensamento (quando o alcance), em inumeráveis mundos atingimos a parte num ou noutro fator – o mar subterrâneo, o envelope na palavra, uma sinédoque. A crer na memória “líquida”, mais uma vez, em imaginação de Marina[272], Celso “lembrou-a” de que já teriam pisado as pedras até à onda, ao imenso mar[273] Quando o a sair último apaga a luz Na ausência de fundamentos externos e de princípios internos, temos o reino perdido do ser. No mundo abandonado, aliado no estranhamento, é o esquecimento (“o fundador”) uma implicação do recuo do ser[274]. Como constatado, em Heidegger[275], surgiu o ser, um dos seus dois temas constantes. Como ser nem seja fundamento, nem seja princípio, incorreria na dobra original “ser-ente”[276]. Donde, a possibilidade de “re-dobra” do ser em Marina. Para o incauto efeito, somente desviando-se um autor, poderá recuar o ser, em que as hierarquias da existência passam a ser independentes (ser e ente), deixando de fazer sentido o que veio primeiro. Nenhum deus alguma vez pode unir o disperso, nos tempos que correm. Em Heidegger (1986 [1982]), para quê escrever “Porquê poetas”. Andaria o filósofo nos caminhos da floresta obscura, no que recuaria e o conduziu a Hölderlin (1770 — 1843): “E porquê poetas em tempos atribulados?[277]” Além da destroçada condição de “autor-idade”, o autor deslocou-se à poesia de vestígios inacessíveis. Marco Lucchesi pode ter atendido ao segundo tema de Heidegger, quando foque o eterno, em Parménides[278]. Visado fundamento do enigmático “pensamento”: leu as primeiras descobertas nos fragmentos ou vestígios escritos. De Marina, Lucchesi arrasta já o leitor às primeiras interrogações, como nos ousados fragmentos pré-socráticos incompletos, desbravados e arredios a um ponto, excêntrico a linhagens ou a “influências”. Ocorre pensar noutro ângulo de visão criativa, sem articulação entre o próximo e o longínquo, alcançado um brilho lateral, que perpassa na contemporaneidade. Qual será o derradeiro lugar em que pulse o pensar? – Pergunte-se. Em Poema, de Parménides, fragmento de conceitos acutilantes. Possuímos além da “dobra” constitutiva do ser (nos limites entre ser e ente), a prerrogativa de interrogar, de hesitar, de duvidar e de afirmar. Em que mundos desaparece e reaparece a consciência? Resposta: Nos dias que se sucedem a noites, a alternância revela-se à consciência, no sonho e na realidade percetiva. Da diferença entre mundos, Marina, o que perdura na ausência? Memórias de palavras “recorrentes: o nada, a Morte, abismos e fantasmas”[279]. Perdura o “sonho” no eterno “menino”[280]. Em Marina, o coprotagonista Celso, um retirado fazedor de “não histórias”, afigura-se retirado, o que não significa derrotado. Noutra asserção crítica, quando não se bata em retirada, poderão ser dados saltos na compreensão duma obra de múltiplas leituras. Foi no Prefácio à segunda edição de Crítica da razão pura, que Kant alertou para o pensamento, cujos “saltos temerários” nem seriam escusados. Poder-se-ia ir mais longe, no arriscando, nas nossas frágeis sociedades, a ponto de nem ser dito o que se pense, nem ousar-se o criticar. [1] Lucchesi, Marco. Marina. Santo André (SP): Rua do Sabão, 2023, p. 89. Quanto à “romaria de formigas” (p. 78), a ser desfeita, “vivo em guerra contra os cupins…” (p. 23). “Só as cartas ficaram intactas. Desprezadas até pelos cupins” (p. 24). “Pobres cartas! Ai de nós! Indigestão de todos os cupins” (p. 28). Afinal, outra maçada, será o velho computador perder cartas, “perder tudo” (p. 89). [2] A crença no acesso à profundidade teve os seus dias melhores, quando se acreditou numa via única, uma dimensão da base ao topo, entretanto barrados os códigos e a exatidão, buscada na modernidade. [3] Marina, p. 73. [4] Marina, p. 56: Marina possui uma “beleza transitiva”. Marina, p. 60: “Sou trilho morto, intransitivo [que não chega a ela]. Se não te alcanço não me basto”. Marina, p. 71: o caráter transitivo, sendo o que muda, aproximou-se de “sinal de transição, deslocamento”. [5] Marina, p. 27. [6] Marina, p. 76. [7] Marina, p. 76. [8] Marina, p. 15. [9] Marina, p. 13. [10] Marina, p. 87. [11] Marina, p. 13, p. 17. [12] Marina, p. 67. [13] Marina, p. 85. [14] Marina, p. 85. [15] Marina, p. 91. [16] Marina, p. 55. [17] Marina, p. 87. [18] Marina, p. 54: “Distância na distância da distância. Porque o demónio é filho do silêncio. António Vieira dixit”. O silêncio marca a distância tão grande entre ambos, gerador do mal. Mas Celso foi um menino com “fome da distância” (p. 63). Um dia, deixou de “habitar na distância… distância que se perde” (pp. 97-98). [19] Marina, p. 86. [20] Marina, p. 72. [21] Marina, p. 69. [22] Marina, p. 84. [23] Marina, p. 33. [24] Na alusão do autor, a xilogravura de 1507, de Hans Schäufelein the Elder? Um idoso, “o mais velho” (the elder). Ou “Cristo diante de Anás, do espelho da paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”, também de 1507? [25] Marina, p. 22. Parménides é também referido na p. 35 e na p. 98. [26] Marina, p. 49). Ulisses representa o que enfrentou perigos e riscos do mar, explorando o mundo. Escritores foram “navegadores”, por caminhos sem guia e sem antecipação, como James Joyce (1882 – 1941). [27] Marina, p. 49. [28] Marina, p. 71. Celso efetua ainda um recuo, quando “uma janela abre-se ao vento” e se desfaz o enlevo com Marina. Concretamente, recuo terá o sentido militar, na guerra. [29] Marina, pp. 34-34. [30] O vaso é um recetáculo, um contentor para as coisas sensíveis, no Timeu de Platão, datado de 360 a.C. Identifica a chora, no que acolhe as coisas em devir. [31] Marina, p. 89. [32] Marina, p. 77. Nas folhas ímpares, são dados a ler “resumos”, como o da página 27: “Sobre a morte das cigarras e o motor imóvel. As garras do leão. Livre-arbítrio, borboleta e tempestade. Software e cálculo integral. Termina com um verso de Mallarmé.” Geralmente, os “resumos” são ampliados em textos de duas páginas. [33] Marina, p. 81. [34] Marina, p. 43. [35] Marina, p. 89. [36] Marina, p. 78. [37] Marina, p. 67, post scriptum: “Leitor de pássaros, sou como um áugure romano a decifrar tua mensagem”. Na Roma antiga, desde o século VIII a.C., os sacerdotes tornar-se-iam augures, tirando presságios, partindo dos voos, do canto e das entranhas de pássaros, entre outras aves. [38] Marina, p. 89. [39] Marina, p. 87. [40] Marina, post scriptum, p. 98. [41] Marina, p. 50. Na perspetiva computacional, disse-me um informático, a diferença é nítida entre significado e semântica: “fornece-se uma semântica para um argumento (ou seja lá o que for), quando se fornece um método de traduzir os símbolos, que contém para qualquer coisa que tenha significado: dar uma semântica para uma linguagem pressupõe, ou envolve, uma Teoria do Significado. Contrasta com a sintaxe, que é apenas a gramática formal do sistema, que determina que os símbolos estão corretamente juntos ou não. Pode assim seguir-se uma sintaxe do sistema sem ter a mínima ideia da sua semântica”. [42] Marina, p. 43. [43] Marina, p. 18. Na Ilíada, poema homérico, salienta-se o belo e valente Ájax, com que lutou Heitor, sem vencedor ou vencido. [44] Marina, p. 53. [45] Marina, p. 35. [46] Marina, p. 36. [47] Marina, p. 83. [48] Marina, p. 39. [49] Marina, p. 79. [50] Marina, p. 86. [51] Marina, p. 49. [52] Marina, p. 18. A Guerra Fria, tensão geopolítica, no final da Segunda Guerra Mundial (1945), abrangeu Os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), desde a Presidência de Truman, em 1947, tendo fim na dissolução da URSS. [53] Marina, p. 31. [54] Marina, p. 35. [55] Quando a alegoria apresenta dois significados, literal e figurado, as palavras, cujo significado seja literal, devem dar lugar ao significado alegórico (figurado). [56] Por extensão, ao mundo subaquático, Marina, p. 50: “… o abismo líquido”. Marina, p. 37: “um líquido destino terra adentro. Marina, p. 79: “Presumo que se lembre (ó, líquida memória!) da onda que das pedras nos levou ao mar.” [57] Imagino até mesmo O mundo à minha procura, de Ruben A, um relato autobiográfico em que o escritor dá conta da vida e da escola, que “esquece os livros”. [58] Marina, p. 49. [59] Marina, p.54. [60] Marina, p. 65. [61] Marina, p. 65. [62] Marina, p. 13. [63] Marina, p. 27, p. 29. Na mesma página 29: “de dez mil dias” …, após o “terremoto” - “uma “falha sísmica”. [64] Castro, Ruy. A vida por escrito: ciência e arte da biografia. Lisboa: Tinta da China, 2023., p. 16. A “literatice” passa pela ideia de um biógrafo atravessar a pessoa-personagem, para dela extrair o que não saiba de si mesma nos pormenores, para o efeito de conceção de episódios “inesquecíveis”. [65] Marina, p. 16. [66] Marina, p. 13. [67] Marina, p. 89. [68] Marina, p. 13. [69] Marina, p. 37. [70] O interminável percurso, é destacado na página 93. O texto continua com a presença do tempo, para “Zenão de Eleia: Aquiles corre com a tartaruga”, um paradoxo da verdade de Parménides, numa demonstração “por absurdo”. [71] Marina, p. 16. [72] Marina, p. 54. [73] Durante uma noite, após ter querido escrever insistentemente uma sonata, o compositor italiano Giuseppe Tartini compô-la a dormir e a sonhar. Intitulada O Trilo do Diabo, imaginou que o próprio maligno lhe apareceu em pessoa para tocar violino e o “ajudar”. Ele não era capaz de terminar a obra musical, mas quando acordou conseguiu acabá-la com a única parte da música de que se lembrava. [74] Jung, Carl. (1954 [1951], p. 123) [75] Marina, p. 73. [76] Marina, p. 56. [77] Marina, pp. 55-56: “A jovem [caveira sem carne] cedeu sua beleza ao brinquedo”, tratando-se de morta, que na urna funerária tinha a sua boneca de marfim, segundo Marco Lucchesi, preservada do Tempo dos antoninos, na Roma antiga, pelo autor. Portanto, aquilo, demarca a figura histórica, no achado brinquedo, que a acompanhou na urna. https://en.wikipedia.org/wiki/Crepereia_Tryphaena [78] Marina, p. 56. O “espelho inverso”, do aveso, passa o par a dois contrários ou simetricamente opostos. [79] Marina, p. 69. Quem diga a transformação dela alude à sua representação no quadro de outra. [80] Um poço é um recetáculo, a chora, em Platão. Um continente retém um conteúdo, as ideias sensíveis. [81] Marina, p. 50. [82] Marina, p. 96. Nessa página, é salientada a comunicação, quando gatos ronronam e cães latem. [83] Reis, Carlos, & Lopes, Ana Cristina M. Dicionário da teoria da narrativa. Coimbra: Almedina, 1987, pp. 152-155. [84] Idem, pp. 152-153. [85] Marina, p. 86. [86] Marina, p. 91. [87] Marina, p. 86. [88] Marina, p. 63. [89] Marina, p. 95. [90] Marina, p. 54. [91] Marina, p. 73. [92] Marina, p. 96. [93] Marina, post scriptum, p.97. [94] Reis, Carlos & Lopes, Ana Cristina M. Dicionário da teoria da narrativa. Coimbra: Almedina, 1987, p. 154. [95] Marina, p. 91. [96] Strauss, Anselm, & Corbin, Juliet. Basics for qualitative research: Grounded theory procedures and techniques. Newbury Park, CA: Sage, 1990, p. 96. [97] Marina, p. 95. Numa intercalação da história de Proteu com o mito de Orfeu, essa invenção do poeta romano Virgílio (70 a.C. — 19 a. C.), encontra-se nos versos de número 453 a 527 do Livro IV, das Geórgicas. [98] Marina, pp. 71-72. Vale ouvir a rádio Orfeu … Ouço distante a voz de Orfeu. [99] Marina, p. 80, p. 86. [100] Marina, pp. 79-80. [101] Marina, p. 80. [102] Marina, p. 49. [103] Marina, p. 91. [104] Marina, p. 91. [105] Marina, p. 49. [106] Neymeyer, Robert A. & Mahoney, Michael. Construtivismo em psicoterapia. Tradução de Mônica Giglio Armando e Fábio Appolinário. Porto Alegre, Rio Grande do Sul: Artes Médicas, 1997, p. 173. [107] Quem diga texto, poderia referir-se a trabalhos com que um texto se cruza, num filme, romance ou peça de teatro. [108] Forster, Eduard Morgan. Aspects of the novel. New York, NY: Harcourt, Brace and World, 1927. O “enredo” (plot) distingue-se da “história” (story), na medida em que o enredo ordena os acontecimentos de forma temporal e de forma causal, mas a “história” limita-se a ordená-los no tempo. [109] Scholes, Robert, & Kellogg, Robert. The nature of narrative. New York, NY: Oxford University Press, 1966, p. 207, pp. 238-239. [110] Angus, Lynne; Lewin, Jennifer; Boritz, Tali; Bryntwick, Emily; Carpenter, Naomi; Watson-Gaze, James, & Greenberg, Leslie. Narrative Processes Coding System: A Dialectical Constructivist Approach to Assessing Client Change Processes in Emotion-Focused Therapy of Depression. Research in Psychotherapy: Psychopathology, Process and Outcome 2012, 15(2), 54–61. DOI: 10.7411/RP.2012.006 [111] Marina, p. 23. [112] Marina, pp. 79-80. [113] Marina, p 83. [114] Marina, p. 94. [115] Marina, p. 71. [116] Marina, post scriptum, p. 76. [117] Marina, p. 23. [118] No risco de morte no mar bravo, noutro lugar: “… ao dorso da onda fria, apressa o coração” (Lucchesi, 2023, p. 71). [119] Marina, p. 23. [120] Marina, p. 23. [121] Marina, p. 80. A expressão é atribuída pelo autor a um livre pensador, Lucilio Vanini (1585 – 1619), que se autodenominou outro, nas obras publicadas como Giulio Cesare Vanini. [122] Marina, p. 83. [123] Marina, p. 93. [124] Marina, p. 93. [125] Marina, p. 14, p. 79. As baleias primam nos seus “afetos radicais” (p. 79). [126] Marina, p. 93. [127] Marina, p. 93. [128] Marina, p. 93. [129] Marina, p. 95. [130] Marina, post scriptum, p. 99. [131] Marina, pp. 85-86. [132] Strauss, Anselm. Qualitative analysis for social scientists. New York, NY: Cambridge University Press, 1987, p. 32. [133] Marina, p. 91: “Antes do amanhecer, sacudo meus ossos na areia. O mundo frio no vapor das ondas [do mar], enquanto o sol desponta, bem depois, nas rochas que me vedam o horizonte [limite]. Sem que você soubesse, caminhamos lado a lado. Não sei até que ponto lembro tua voz. Tudo que diz e deixa de dizer [adiante, num eco repetido]. O modo, sobretudo a transparência da voz. Como o menino e o pássaro de Portinari. Te vejo, assim, ferida, a proteger-te. Promessa de calor. Será difícil atravessar a noite”. [134] Marina, pp. 13-14. [135] Marina, p. 54. [136] Marina, p. 14. [137] Marina, p. 13. [138] Marina, p. 22. [139] A noção de “livre arbítrio contracausal” indica a decisão livre, não determinada por uma causa, um motor. [140] No cálculo integral, pensa-se na heurística, de Arquimedes (287 – 212 a.C.) , com a finalidade inicial de calcular áreas e volumes e seguir a pista e gravar o movimento dos corpos celestes, do sol, da lua e dos planetas, no que se partiu da aritmética e da geometria. [141] Concausa introduz a causa, que coexiste com outra causa, cujo efeito seja conjugado. [142] Marina, p. 27. [143] Marina, p. 27. [144] Marina, p. 13. A brevidade contrasta como o longo tempo que passou, após o encontro prolongado. [145] Marina, p. 43. [146] Marina, p. 69: “Teus olhos sabem narrativas”. [147] Marina, p. 87. [148] Marina, p. 91. [149] Marina, p. 91. [150] Heidegger, Martin. Lettre sur l’Humanism. Paris: Aubier, (1970 [1947]), p. 65. [151] Marina, p. 75. [152] “O acaso dá-nos os pensamentos, o acaso retira-no-los”. Esse é um pensamento de Blaise Pascal (1623 – 1662). [153] Bakhtin, Mikhail M. Speech genres and other late essays. Austin, Texas: University of Texas Press, 1986. Partindo de “géneros de fala”, certas vozes farão coisas diferentes. A noção de “voz” tornou-se um conceito adequado e útil para a caracterização do narrador num texto: “quem ‘fala’”. “Quem é ‘ouvido’”, “quem expressou algo” … A ser “dada uma voz”, a “voz”, conduziu à critica de uma só voz, com Bakhtin. Na conexão de “voz”, com as ciências sociais, avançamos entre “múltiplas vozes”. [154] Marina, p. 13. [155] A “intencionalidade” em Edmund Husserl (1859 – 1938) e) colocou-se em “Meditações cartesianas”, para a forma basilar da consciência e dos processos psíquicos: “consciência de alguma coisa”. Donde, a proximidade das coisas. [156] Lévêque, Jean. ABCedário da filosofia. Lisboa: Reborn e Publico, 2001, p. 13. [157] O mundo e a consciência veem em conjunto, dum único golpe: se o mundo é exterior/interior à consciência, o que escape é o ribombar de “tempestade”, o espanto perante uma explosão, o ribombar do trovão. [158] Marina, p. 75. [159] Marina, p. 91. [160] A ser retomado o sentido do ser (do ser em si mesmo, do ser do “homem” e do ser do pensamento), com Martin Heidegger (1889 – 1976), a “metafísica” ganhou terreno, na tradição filosófica. Ficou a crítica ao que tenha sido “esquecido” - o ser, com frequência, entre Platão (428/427 – 348/347 a.C.) e Nietzsche (1844 – 1900). [161] Na etimologia de “profundidade”, “pro” indica uma direção a, e “fundus” é o esvaziamento, por extensão de fundo. [162] Na especificidade, “coisa” denota o objeto natural. Acresce o tratamento dado ao objeto ou ao termo natural-artificial, ao real-irreal, ao mental-físico. Na filosofia, “coisa” incorre numa aparição, vaga presença, quando faltem as palavras, por incerteza na “errância”, falhado o alvo … Uma tempestade abrupta, uma explosão. Coisa chega a ser conhecimento, imaginação, vontade... [163] Marina, p. 81. [164] Num referencial da personalidade do adulto, adiante aludido, a psicologia pós-racionalista enquadra um modelo da realidade humana, que conjuga a experiência e o significado da experiência (“eu-mim reflexivo”). À superfície emocional da infância, estudada em John Bowlby, o psiquiatra Vittorio Guidano, aliou a “organização do significado pessoal” (OSP). [165] Uma assíntota, na geometria, para uma curva plana, é uma linha que explora uma distância infinita em relação a um ponto (P), quando esse ponto se distancia ao infinito, sem jamais encontrar a linha. [166] Marina, post scriptum, p. 76. [167] Marina, p. 91. [168] Galindo, Caetano W. Sim, eu digo sim: Uma visita guiada ao Ulysses de James Joyce. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, pp. 1104-1106. [169] Marina, p. 43. [170] Parménides. Fragments du poème de Parménides. Paris: PUF, 1996. Na primeira parte do poema, foi concebido um saber puro, a “verdade”, que afeta a via dos jogos de aparência das coisas, vindo a duplicar as aparências, no “desvendamento” (a-letheia, no grego clássico). O Uno, em Parménides, deixou-nos a mensagem fragmentada, na “revelação”, a “abertura”, a verdade escrita, no poema Sobre a natureza. Tanto as diversidades do mundo exterior, quanto as “opiniões dos mortais” (referidas num décimo da segunda parte da obra – o mundo da aparência), foram distanciadas da contemplação. Parménides inspirou a noção de Platão, para a dialética (partindo de duas ideias opostas, gerada uma síntese). [171] Platón. Parménides. Tradução de Guillermo R. de Echandía. Madrid: Alianza, 1987, pp. 55-56. [172] Na circunstância, as tensões antagónicas, entre a unidade e a diversidade, haviam sido protagonizadas por Parménides e Heráclito (cerca de 500 – 450 a.C.). Forçada a ultrapassagem da disputa inicial? [173] Marina, p. 43. [174] Nicolau de Cusa manifestou a sua forma de pensar num mundo em transição, tendo defendido a necessidade de contingência (coincidentia oppositorum), por parte da natureza e aderiu à contemplação intuitiva, em que o conhecimento fosse a unidade dos contrários (no livro Docta ignorantia, “Sobre a ignorância aprendida/sobre a ignorância científica”). [175] Marina, p. 35. [176] Marina, p. 31. [177] Marina, pp. 27-36. Na página 27, assumido ter-se tornado “perigosos”, na página 35, Celso diz ter medo de si mesmo. [178] Marina, p. 71. [179] Marina, post scriptum, p. 97. [180] Marina, p. 87: “[As cartas] Terminam com abraço afetuoso, promessas impagáveis e mil beijos de Catulo”. Catulo foi um poeta romano (87/84 a.C. – 57/54 a.C.), entre outros “modernos”, criticados por Marco Cícero, um contemporâneo, escritor e autor de cartas, mas que mudou a literatura europeia, com impacto no século XVIII. [181] Heidegger, Martin. Lettre sur l’Humanism. Paris: Aubier, 1970 [1947]. Na parte final de Carta sobre humanismo, Heidegger esclareceu: “não eis-me aqui! mas sim, se posso expressar-me num francês obviamente impossível, ‘être le là’ e o ‘aí’ é precisamente a-letheia. Como esquecer que da-sein representa o “estar aí”, o “habitar”? [182] Heidegger, Martin. Être et temps. Paris: Gallimard, 1980. [183] Uma ontologia dedicada ao ser, existência e realidade. [184] Heidegger, Martin. Lettre sur l’Humanism. Paris: Aubier, 1970, p. 77. [185] Heidegger, Martin. Que veut dire penser? In Essais et conferences. Paris: Gallimard, 1958. [186] O ser foi abandonado, quando se colocou adiante o ousia. No saber dos ousiai, enfatizadas substâncias. [187] Goodman, Nelson. Ways of world making. Indianapolis, Indiana: Hackett, 1985, pp. 7-17. [188] Marina, p. 93. Na lógica clássica, uma proposição não pode ser, em simultâneo, “verdadeira” e “falsa” (princípio da não contradição). Uma proposição é falsa ou é verdadeira (princípio do terceiro excluído). [189] Marina, p. 89. Em De docta ignorantia, de 1449, Nicolau de Cusa criou três momentos do “espírito” no itinerário, uma hermenêutica, ora voltado para o “exterior”, ora para o “interior”. Importa para a coincidência de sorte, em não serem anulados pontos de vista diferentes (opostos), do ser humano ao infinito. [190] Marina, p. 89. [191] Marina, post scriptum, p. 62. [192] Marina, p. 89. [193] Marina, p. 73. [194] Marina, p. 35. [195] Marina, p. 35. [196] Marina, p. 93. “Salva-nos” pensar que a unidade primeira não torne a escamotear o ser, frente ao ente, em Deus. A base da metafísica, ciência do ser, foi por muitos anos o debate de “substâncias”, para o que se mantenha por baixo, o “elemento” permanente da coisa. Embora o ser tenha múltiplas aceções, formulam-se todas para um princípio (arché) único, material e definido. Na “correspondência”, o ser não pretende servir a ideia de “ser para Deus”, de ser a pessoa concreta, o que se mantém (ousia, “substância”, “no bem fundo”). [197] Marina, p. 96. [198] Como Nicolau de Cusa, que viu nesse acaso o conhecimento de Deus. [199] Marina, p. 87. [200] Marina, p. 93. [201] Marina, p. 98. [202] Marina, p. 17. [203] Marina, p. 18. [204] O “desvendamento” - aletheia, no remoto Poema de Parménides, um saber do Uno, entretanto desfeito,encontra-se antes de recolocada a ordem do vivido, ou seja, “todas as formas de presença afetivas e intelectuais”, em Jean Lévèque. Lévèque, Jean. ABCedário da filosofia. Lisboa: Reborn e Público, p. 114. [205] Marina, p. 73. [206] Marina, p. 95. [207] Marina, p. 73. [208] Heidegger, Martin. Être et temps. Paris: Gallimard, 1980. [209] Marina, p. 22. [210] Marina, p. 93. “Não ser” tem no francês a palavra “néant”. E “nada” encontra-se em mè eon (“o não-ente”), em grego. Nem sendo a chora, o “nada”, o não-ente, nem chega a ser privação do ser, porque o “lugar” não tem qualquer objeto. O vazio de um contentor – o “vaso” - é diferente: possui forma, é chora. [211] Marina, p. 54: “Distância na distância da distância. Porque o demónio é filho do silêncio. António Vieira dixit”. O silêncio marca a distância tão grande entre ambos, gerador do mal. Mas Celso foi um menino com “fome da distância” (p. 63). Um dia, deixou de “habitar na distância… distância que se perde” (pp. 97-98). [212] Kundera, Milan. 1988. A arte do romance. Lisboa: Dom Quixote, 1988. Nessa obra, o “romance” é de ideias, a partir de Cervantes (1547 – 1616), por longo tempo “aguardada” a inspiração de Laurence Sterne (1713 – 1768), em D. Quixote. Ao romance de ideias foi dada outra linhagem, na marcação francesa: François Rabelais (1494 — 1553) e Denis Diderot (1713 — 1784), quando alcançaram liberdade crítica e ironia revolucionária, no renascimento e no século XVIII. O multifacetado Rabelais cruzou até as facetas na palavra, ora erudita, ora aventureira, percorrendo o lado festivo e o lado religioso e solene. [213] Marina, post scriptum, p. 76: “São minhas essas vozes: que me indagam, enlaçam, apertam, comprimem. Polifonia da gente que me habita. Mas todos querem, buscam, sonham com você”. [214] James, William. The will to believe and other essays in popular philosophy. New York, NY: Longmans, 1897. [215] Marina, p. 49. Para Carl Gustav Jung (1875 - 1961), a “humanidade” dividiu-se em duas partes: nos que “nadariam”, com James Joyce, no Ulisses, havendo quem se “afogasse” (numa autoridade, num qualquer saber dogmático). No Ulisses, é o monólogo de Molly Bloom condutor a um “sim”. [216] A obra de Lucchesi remete a Viktor Shklovsky. um crítico literário russo, em paralelo a Laurence Stern, autor de dissonantes observações, no que este último escreveu “A vida e as opiniões do cavalheiro Tristram Shandy”, um novo Quixote.” [217] Marina, p. 17: “Cada qual começa com um resumo”. [218] Marina, pp. 29-30. [219] Mead, George Herbert. Works of George Herbert Mead. Vol. 1 Mind, self and society from the standpoint of a social behaviourist. Chicago, Illinois: University of Chicago Press, 1967. A explicação das diferenças entre si e Greenberg, foi esclarecida por Guidano, que utilizou os termos de George Herbert Mead – I (“eu”) e me (“mim”), frente a Greenberg. Mead (1863 — 1931) concebeu o self social (Mead, 1913), no sentido de sermos a única espécie que usa a linguagem, aquisição a partir da qual planeamos, pensamos e comunicamos a experiência. A vida de uma pessoa não seria um atributo individual e privado em Mead, cuja narrativa seja uma autoexpressão, envolvendo o controlo da informação do self. [220] Geller, Shari M. & Greenberg, Leslie S. (2012). Therapeutic presence: A mindful approach to effective therapy. American Psychology Association. https://doi.org/10.1037/13485-000 [221] Guidano, Vittorio. The self in process: Towards a post-racionalist therapy. New York, NY: Guilford, 1991. [222] O que seja acima do nada, sobrenada num “lugar” das coisas sensíveis, que soam e ressoam. [223] Marina, p. 43. [224] Marina, p. 50. [225] Marina, p. 49. “Persegue os temporais”, os maus tempos de vendavais no passado-presente-futuro. [226] Marina, p. 18. [227] Marina, p. 49. [228] Marina, p. 73. [229] Marina, p. 73. [230] Marina, p. 18. [231] Marina, p. 49. [232] Marina, p. 73. [233] Tanto “mar” quanto o cérebro são “suportes físicos” e “alimentos”. A imensidão das “ondas do mar” e da mente em movimento configuram um fluxo movediço e inatingível, em que o ser é originariamente “bem-fundo”, a “substância” (no latim, ousia), para o que sejam variações e transformações das coisas. [234] Lao Tzu. Tao Te Ching. Capítulo 4, n.d. http://pt.wikisource.org/wiki/Tao_Te_Ching/IV. No mundo parcial ancestral chinês, pensar é agir. Reiterada a filosofia no T’ai Chi, a conexão ocorrida no Universo propicia a combinação de mente (li) e matéria (chi), “realidade última”, numa acomodação da unidade do Tao, à semelhança do “ancestral das dez-mil-coisas”: O Tao é um vaso vazio // Cujo uso nunca transborda. // Abismo! // Parece o ancestral das dez-mil-coisas! // Abranda o cume; Desfaz o emaranhado; Modera o brilho; Une o pó. // Profundo! // Parece existir algo! // Eu não sei de quem o Tao é filho. // Parece ser o anterior ao Ancestral. [235] Antropomorfismo para uma forma de pensamento em que elementos da natureza ou figuras de deuses alcançam características humanas. [236] O princípio da identidade, em Parménides, assumiu que todo o objeto é idêntico a si próprio. [237] Marina, p. 18. [238] Sartre, Jean-Paul. Une idée fondamentale de la phénoménologie de Husserl, l’intentionalité. La Nouvelle Revue Française, 1939, 304(1), 129-132. Na medida em que a consciência traduz uma aproximação às coisas, poderá “ser algo que não ela própria”. [239] Marina, p. 18. [240] Marina, p. 18. [241] Marina, p. 37. [242] Marina, p. 18 [243] Marina, p. 18. [244] Marina, p. 21. [245] Marina, p. 23. [246] Marina, p. 23. [247] Marina, p. 23. [248] Marina, p. 26. [249] Marina, p. 28. [250] Marina, p. 28. [251] Marina, p. 28. [252] Marina, p. 29. [253] Marina, p. 37. [254] Marina, p. 42. [255] Marina, p. 71. [256] Marina, p. 37. [257] Marina, p. 37. [258] Marina, p. 49. [259] Marina, p. 16. [260] Marina, pp. 16-18. [261] Marina, p. 49. Na obra publicada em 1922, Molly Bloom, cujo nome verdadeiro era Marion, é a personagem de Ulisses, de James Joyce, uma cantora de ópera, reconhecida em Dublin, na Irlanda. No monólogo, é colocado um “fluxo de consciência”, sem parágrafos e sem pontuação de vírgulas e travessões. [262] Marina, p. 55. [263] Marina, p. 55. [264] Marina, p. 95. [265] Marina, p. 61. [266] Marina, p. 95. [267] Casar não foi contemplado por Mozart, tendo vivido poucos mais anos que Jesus. Bresson utilizou a música de Mozart, em 1956, no filme “Um condenado à morte escapou”, passado durante a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), nomeadamente no Kyrie, de Mozart (caso vocativo da palavra grega kyrios, para “senhor”). No Antigo Testamento, utilizou-se Kyrie na mais antiga tradução grega (Septuaginta), para traduzir a palavra hebraica Yahweh. No Novo Testamento, Kyrie foi o título dado a Cristo, como em Filipenses 2:11. [268] Marina, p. 86. [269] Marina, p. 86. [270] Marina, p. 79. [271] Marina, p. 95. [272] Marina, p. 79. [273] Marina, p. 79. [274] Marina, p. 55: “Ao não lugar me abraço como um náufrago”. No recuo do ser, não será “dispensado” o ser, no que me recorda o protagonista e narrador de Marina, encontrado num não lugar, sob um batimento da “pressão”. [275] Heidegger, Martin. Être et temps. Paris: Gallimard, 1980, pp. 88-89. [276] A dobra é franzida. “Eu-ente”, um depósito material insolúvel, na dobra existe o “sedimento”, em Ensaios e conferências, de Heidegger. [277] No Romantismo, após o Século das Luzes (século XVIII), Hölderlin viveria já ao “cair da noite”. Teriam deixado o mundo três deuses “fraternos” – “Héracles, Dionísio e Cristo”. Acresce dizer, sem romantismo, que alcançada a “noite”, perdermos as referências-guias, as linhagens e ficamos sós. Deixa-se de referir a autoridade (“quem sabe”) e configura-se um destino nem certo, nem seguro. Na incerteza da errância, falharia o alvo que seja excessivamente arriscado. [278] Marina, p. 22, p. 35 e p. 98. [279] Marina, p. 76. [280] Marina, p. 78.
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Cawelti, Andrea. "Sheet Music Round-up". Nineteenth-Century Music Review, 27 de novembro de 2019, 1–16. http://dx.doi.org/10.1017/s1479409819000600.

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Resumo:
We are living in a great age for sheet music research. After a long period of scholarly apathy, in the last few decades the world has awoken at last to the great historical value that sheet music holds, from its topical texts, to its extraordinary illustrations. Researchers today can discover online sheet music-based exhibits on a huge variety of subjects, from the blockbuster Music for the Nation exhibits and digital collections on the Library of Congress website, which embed detailed articles and essays into curated collections of sheet music resources, to exhibits created by specialized institutions like the National Museum of Civil War Medicine, which brings together songs from the North and South concerning enslaved persons, pacifists and carpetbaggers, complete with historical context and analysis. Many blogs tie sheet music illustrations in with current events: McGill's Marvin Duchow Music Library current exhibit, for instance, Women, Work, and Song, in Nineteenth-Century France (Fig. 1), provides impressive historical context and brief essays in both English and French. Accessed entirely through the lens of sheet music, the McGill exhibit neatly demonstrates the power of the Wayback Machine that sheet music can provide us. All things ‘culture’ can be explored: the economy, religion, gender, LGBTQ issues, consumerism, elements of popular culture such as the figure of the diva, sociological topics, and so on. Sheet music is invaluable for research of all kinds, as it documents trends as they happen in a specific time and place. McGill's music library curators have harnessed just this type of documentary evidence to build an excellent exhibit. But how do researchers find the music for this kind of detailed analysis? This round-up will explore the current landscape of historical sheet music, centred around how we access it online, news about the Sheet Music Consortium (where it has been, and where it is going) and, finally, a brief listing of digitized sheet music collections which are not included in the Consortium.
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Ramos, Mônica Cunha, Nilva Lúcia Lombardi Sales e Silvia Martins. "Luz e vida: um diálogo com professores de Ciências". Ensino em Re-Vista, 30 de junho de 2019, 481–503. http://dx.doi.org/10.14393/er-v26n2a2019-9.

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Os programas de formação continuada de professores em museus de ciências permitem uma aproximação do museu com a escola e o estreitamento do relacionamento com os professores. Nesse contexto, o Museu Dica ofereceu o curso “Luz e Vida”, buscando criar um espaço dialógico e promover uma reflexão sobre as práticas. Dessa forma, este trabalho caracterizou o perfil dos professores a partir dos “ciclos de vida” propostas por Huberman (2000) e buscou entender as relações desses professores com o tema, bem como com a proposta dialógica apresentada no curso. No decorrer do curso encontramos dificuldades para o estabelecimento do diálogo, evidenciando a expectativa por uma abordagem transmissiva do conteúdo. Apesar das dificuldades, percebemos o entusiasmo dos professores em relação ao curso. PALAVRAS-CHAVE: Luz. Dialogicidade. Formação de Professores.
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Spielmann, Ellen. "Transatlantic crossing in the 1920s and 30s – the trajectories of the European poetic and scientific avant-garde in Brazil". Gragoatá 21, n.º 41 (28 de dezembro de 2016). http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2016n41a33422.

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This article focuses on four paradigmatic cases of travelers. The central part concerns Dina Lévi-Strauss who gave the first course on modern ethnography in Brazil. She transfered the very latest: her projects include the founding of an ethnographic museum modeled on the “Musée de l`Homme”. Claude Lévi-Strauss and Fernand Braudel traveled to São Paulo as members of the French mission, which played an important role in the founding of the University of São Paulo. For political reasons Claude Lévi-Strauss’ contract at the University was not renewed in 1937. Blaise Cendrars was already a famous poet when he crossed the Atlantic in 1924. Fascism in Europe and World War II interrupted the careers of these four travelers as well as their interchanges with Brazil and their Brazilian friendships. But Brazilian experiences of Claude Lévi-Strauss and Braudel are crucial for their successful careers, after 1945.----------------------------------------------------------------------------------------------------Travessia transatlântica nos anos 1920 e 1930: as trajetórias da vanguarda poética e científica europeia no BrasilO artigo trata de quatro casos paradigmáticos de viajantes. A parte central está dedicada a Dina Lévi-Strauss, quem ministrou o primeiro curso de etnografia moderna no Brasil, apresentando nele o que havia de mais recente em sua época; seus projetos ainda incluíam a fundação de um museu etnográfico concebido a partir do modelo do “Musée de l’Homme”. Por sua vez, Claude Lévi-Strauss e Fernand Braudel viajaram a São Paulo como membros da Missão francesa, que teve um papel importante na fundação da Universidade de São Paulo, mesmo que, por razões políticas, o contrato de Claude Lévi-Strauss não tenha sido renovado pela Universidade em 1937. Antes deles, Blaise Cendrars era já um poeta famoso quando cruzou o Atlântico em 1924. O fascismo na Europa e a Segunda Guerra Mundial interromperam as carreiras destes quatro viajantes tanto quanto seus intercâmbios com o Brasil e com seus amigos brasileiros. Contudo, as experiências que Claude Lévi-Strauss e Braudel levaram a cabo no Brasil foram cruciais para o sucesso de suas respectivas carreiras após 1945.---Artigo em inglês.
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"KHAMZA POETRY: SOURCES AND TEXT RESEARCH". Philology matters, 19 de setembro de 2019, 14–20. http://dx.doi.org/10.36078/987654358.

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Khamza was one of the active organizers of the methods of Jadid schools. As a playwriter Khamza wrote “Zaharli hayot yohud ishq qurbonlari”(1916), “Tuhmatchilar jazosi” (1919), “Burungi qozilar yoki Maysaraning ishi” (1926), “Paranji sirlaridan bir lavha yoki Yallachilar ishi” (1927). He was interested in the world literature and mass media. He read Russian, Tatar, Azar­baijon, Turkish and Arabic literature. He was interested in education of those countries. Lyrical heritage of Khamza Hakimzade Niyazi consists of Divan of a poet (“Divani Nihani”), collection “National poems for national songs” and “Documents of Khamza’s archive”, saved in the State literature museum of the Acamedy of Sciences of the Republic of Uzbekistan named after Alisher Navoi. The article deals with the textual research of the works of the poet and educator Khamza Hakimzada Niyazi on the basis of primary sources.
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Michael, Androula. "O artista como historiador, estratégias contra os apagamentos da memória". PORTO ARTE: Revista de Artes Visuais 24, n.º 42 (25 de novembro de 2019). http://dx.doi.org/10.22456/2179-8001.98294.

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Se a história é o que foi decidido coletivamente lembrar, os artistas vêm frequentemente enfatizar o que foi decidido coletivamente esquecer. Com esta fórmula, Susan Sontag resume uma atitude de vários artistas contemporâneos que, utilizando-se livremente das ferramentas do “historiador”, propõem uma a alternativa à narrativa dominante da história, escrita pelos vencedores. O artista Kader Attia evidencia tanto a ferida quanto sua reparação, enquanto que Jean-François Boclé dita, em uma performance, o Código Negro. Sem se tornarem verdadeiros historiadores, os artistas tomam conta simbolicamente da “melancolia pós-colonial” e propõem estratégias diferentes contra o esquecimento ou a negação da memória. Atualmente, essas questões estão sendo analisadas à luz das discussões sobre a restituição de objetos africanos a seus países de origem, pelos museus ocidentais.
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Jacobucci, Daniela Franco Carvalho, Miguel Bonfá, Rafaella Librelon de Faria, Thonson Ferreira Costa, Eduardo Koji Takahashi e Silvia Martins. "Comunicações: Vila da Dica - Jogo colaborativo para abordagem da Física do cotidiano em um museu de ciências". Caderno Brasileiro de Ensino de Física 26, n.º 1 (19 de maio de 2009). http://dx.doi.org/10.5007/2175-7941.2009v26n1p208.

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Ismael Madi Filho, José Maurício, e Katya Braghini. "A coleção dos animais taxidermizados do Museu Escolar do Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo". Museologia e Patrimônio, 12 de dezembro de 2023, 72–101. http://dx.doi.org/10.52192/1984-3917.2023v16n2p72-101.

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Animais taxidermizados apareceram na escola em meados do século XIX, no âmbito de um processo que culminou na entrada das ciências nos currículos e na difusão do método intuitivo de ensino. Tal metodologia tinha por princípio a utilização de coisas e o desenvolvimento da observação na construção da aprendizagem. A generalização do uso de objetos tornados materiais didáticos incidiu diretamente sobre os animais taxidermizados, que passaram a ser comercializados para a escola. O presente artigo tem como objetivo apresentar a coleção de animais taxidermizados do centenário Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo, analisando esse patrimônio escolar como fonte e como objeto de estudo. Este trabalho está dividido em quatro partes. A primeira apresenta brevemente as coleções de taxidermizados e seu uso para o estudo de História Natural. A segunda versa sobre a percepção do animal taxidermizado como objeto cultural e sua apropriação como material didático. A terceira contextualiza a composição da coleção no histórico do Colégio Marista. Por fim, há a apresentação do acervo propriamente dita, seu perfil e sua composição no museu escolar. As análises presentes neste trabalho estão ancoradas na temática da história da ciência e da cultura material escolar e contam com contribuições de autores como Augustín Escolano Benito, Keith Thomas, Marie-Noëlle Bourguet e Pierre-Yves Lacour. A documentação é composta de livros de História Natural, de documentação administrativa e memorialística e da coleção de taxidermizados encontrada no colégio. Para os aspectos mais gerais, mobilizam-se manuais de taxidermia, relatórios das Exposições Universais, catálogos de empresas comerciais etc. Como resultado, conclui-se que animais taxidermizados foram apropriados em razão de seu valor mercadológico e de seu potencial pedagógico como mediador de saberes e práticas ligados ao ensino de Zoologia. A coleção do Colégio Marista reflete basicamente os biomas brasileiros, e vários de seus artefatos buscam recriar os comportamentos dos animais na natureza.
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De Medeiros - Universidade Estadual de Campinas, Alexandre Pedro. "Os limites do pop global e de suas exposições: uma crítica brasileira ao pop expandido". MODOS 2, n.º 3 (11 de setembro de 2018). http://dx.doi.org/10.24978/mod.v2i3.1304.

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As exposições International Pop (Walker Art Center, Minneapolis, 2015-2016) e The World Goes Pop (Tate Modern, Londres, 2015-2016) reabriram a discussão sobre a arte pop e a apresentaram enquanto um fenômeno global. O viés de ambas as exposições esteve pautado em discussões levantadas pelas antropologia e história da arte nas últimas duas décadas em torno da noção de arte global, a qual, segundo Hans Belting, estaria envolvida com a problematização e deslocamento do cânone modernista universalista baseado na noção de hegemonia artística. A partir disso, alguns museus, principalmente localizados nos Estados Unidos e no Reino Unido, vêm realizando mostras que intentam formular cânones expandidos movidos por uma espécie de obsessão pelo global. Assim, perguntamo-nos se o que vem sendo operado em algumas exposições não é uma “retórica do global”, no sentido de um uso dessa concepção como uma chave de aparência multiculturalista a fim de manter as dinâmicas de hegemonia artística, a qual seria reafirmada pelas megainstituições que detém o poder discursivo de inserir a arte de “outros” em uma história da arte dita global. Este artigo analisa essa problemática a partir de um estudo de caso que considera essas exposições como núcleos irradiadores de questões teóricas, históricas e críticas relativas à produção artística brasileira dos anos 1960 que tem sido lida na chave da pop, principalmente àqueles trabalhos participantes das mostras.
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Freire, Bernardo Curvelano. "A administração da diferença: materialidade e poder na constituição dos espaços, territórios e estruturas temporais na constituição de um programa de pesquisa". Em Construção, n.º 4 (27 de novembro de 2018). http://dx.doi.org/10.12957/emconstrucao.2018.37196.

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A noção de administração da diferença que orienta este trabalho, antes especulativo do que propriamente etnográfico, tem como premissa situações sociais muito específicas. É fruto de trabalhos com os quais me envolvi desde que assumi o cargo de professor efetivo do Colegiado de Antropologia no campus de São Raimundo Nonato da Universidade Federal do Vale do São Francisco (CANT-Univasf), no sudeste do Piauí. Estes trabalhos não dizem respeito à atividade de pesquisador propriamente dita, sendo antes fruto de um envolvimento com a vida local, em histórias diversas que incluem a ameaça do advento de uma agenda de mineração predatória conduzida pela atual secretária de Minas, Petróleo e Energias Renováveis do governo de Wellington Dias (PT-PI), as lutas quilombolas por segurança territorial e jurídica, políticas acadêmicas que envolvem a complexidade da formação de um curso de graduação em antropologia ao lado das atividades de uma instituição do porte da Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM), um dos três órgãos que administram o Parque Nacional da Serra da Capivara. Sendo assim, o que escrevo tem muito mais base em envolvimento sistemático do que em levantamento sistemático, o que são duas noções de sistema que não dialogam com a melhor das habilidades. Neste sentido, atentar para a noção de administração da diferença diz respeito tanto à administração das relações que instituem diferenças relevantes em contextos de conflitos diversos, mas sujeitos à uma mediação que transcende à força, quanto à produção de um modo de existência pautado pela sua negação, orientado por indiferença, cujos efeitos são sempre catastróficos. Esta noção leva em consideração eventos em que partes assimétricas em um determinado processo social deliberam a respeito da gestão do espaço a partir da delimitação de um território determinado pela força da lei.
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Ilafi, Afiliasi. "SERAT NITIK BAYUNAN DALAM KAJIAN FILOLOGIS". Sutasoma : Jurnal Sastra Jawa 6, n.º 2 (3 de dezembro de 2018). http://dx.doi.org/10.15294/sutasoma.v6i2.29063.

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Tujuan dari penelitian ini menyajikan teks Serat Nitik Bayunan mulai dari kodikologi, transliterasi, suntingan teks dan terjemahan. Data yang diteliti adalah teks Serat Nitik Bayunan. Sumber data untuk penelitian ini merupakan naskah Serat Nitik Bayunan. Naskah ini merupakan naskah tunggal yang diperoleh di Perpustakaan Museum Radya Pustaka Surakarta dengan kode naskah SMP-RP 58 dan tebal 20 halaman. Metode yang digunakan adalah metode naskah tunggal edisi standar sedangkan terjemahan menggunakan terjemahan bebas. Penelitian ini menghasilkan edisi teks yang sahih menurut kajian filologis. Adapun di dalam penyajiannya menyertakan komentar, aparat kritik dan terjemahan dalam bentuk bahasa Indonesia. Teks Serat Nitik Bayunan menceritakan silsilah dari Gusti Kanjeng Ratu Pambayun yang merupakan putri dari Paku Buwana VII yang mempunyai nama kecil Gusti Sekar Kedhaton. Selain menceritakan silsilah keluarga inti (silsilah asal usul ayah dan ibunya) juga menceritakan tentang pantangan sang Adipati Warga Utama dari Banyumas yang melarang anak dan keturunannya untuk tidak melakukan empat hal, yakni tidak diperbolehkan memakan pindang banyak, tidak dibolehkan memakai bebed rejeng, tidak diperbolehkan duduk di sisi dipan dan tidak diperbolehkan untuk melakukan pekerjaan ataupun berpergian di hari Sabtu Pahing. Pada saat naskah Serat Nitik Bayunan dibuat, Gusti Kanjeng Ratu Pambayun berusia 89 tahun lebih 6 bulan 13 hari. The purpose of this research is to present the text of the Nitik Bayunan Fiber from codicology, transliteration, text editing and translation. The data studied is the text of Bayunan Nitik Fiber. The data source for this research is the Nitik Bayunan Fiber text. This text is a single text obtained at the Radya Library of Surakarta Library with SMP-RP 58 script code and 20 pages thick. The method used is a standard edition single script method while the translation uses free translation. This study produced a valid edition of the text according to philological studies. The presentation includes comments, criticisms and translations in the form of Indonesian. Bayitik Nitik Fiber Text tells the story of Gusti Kanjeng Ratu Pambayun who is the daughter of Paku Buwana VII who has the first name Gusti Sekar Kedhaton. In addition to telling the genealogy of the nuclear family (genealogy of the father and mother) also tells about the taboos of the Duke of the Main Citizens from Banyumas which forbids children and their offspring from doing four things, namely not allowed to eat lots of rice, not allowed to use bebed rejeng, not allowed to sit on the side of the divan and not allowed to do work or travel on Saturdays Pahing. At the time the text of the Bayunan Nitik Fiber was made, Gusti Kanjeng Ratu Pambayun was 89 years old over 6 months 13 days.
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Gertz, Janine, Emma Maguire, Theresa Petray e Bryan Smith. "Violence". M/C Journal 23, n.º 2 (13 de maio de 2020). http://dx.doi.org/10.5204/mcj.1658.

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As part of an effort to grapple with the meaning of violence, Hannah Arendt argued that it was curious how infrequently violence was taken up for special consideration in conversations of history and politics, remarking that “this shows to what an extent violence and its arbitrariness were taken for granted and therefore neglected; no one questions or examines what is obvious to all” (8). While we are not suggesting that violence has eluded the critical eye in the time since Arendt’s argument, there is something remarkably resonant about the idea that violence is taken-for-granted as part of human existence, and thus—for privileged citizens protected from its affects—invisible. In this issue, the contributors explore how violence continues to define and shape social, political, and cultural terrains. In what follows, we explore what it means to talk about violence and follow this with a general introduction to the pieces in this special issue that tease out the various locations of violence and its representations across different spaces. Defining Violence In general in western society, we think of violence in its most manifest forms: war, terrorism or massacres. But violence operates in many forms, some of them more subtle or latent and arguably more destructive given their structural and far-reaching character. Some forms of violence are easily recognised, others decontextualised and depoliticised through complex cultural processes of normalisation and denial (Brison). Violence can become a spectacle, an aestheticised representation, or it can be reduced to banality when its horror and trauma is refracted through everyday lives and spaces which are shaped by violent systems and ideologies (Arendt). Notions of trauma, spectatorship, testimony, and witnessing circulate through narratives of violence. Ideas of “civilisation” implicitly and explicitly reference competing discourses of violence and put them to work in damaging ways, often in the service of ideals (liberalism, for example) that mask the very violence that supports them. Even those discourses that claim most ardently to uphold principles of safety and inclusion (for example, multiculturalism) are impeded by or invested in systems of violence, and in fact they depend on it for their very legitimacy. For those of us living and working in white, patriarchal, settler states, it is inevitable that our cultural and material conditions are underpinned by a systemic and perpetual condition of violence. Even for those of us who feel generally safe, violence is all around us, shaping how we live, work, think, feel, and act. However, violence is not equally experienced throughout the world or within our own communities, nor is the absence of violence. Ultimately, feeling safe from violence is often a marker of privilege and safety often comes at the price of violence enacted upon others. What makes violence so powerful as a force with material and symbolic consequences is both this articulation with privilege and its resultant banal expression in everyday spaces. Projects of racial, gendered, sexed, classed and ableist exclusion and violence operate below the surface of conscious registration for those not immediately impacted by them, allowing violence to elude critical interrogation. In this respect, even the idea of safety is only possible through a guarantee of violence, a guarantee written into the lands themselves, the institutions of the state, and the discourse of Western liberal traditions. Both victims and perpetrators of violence differ in their visibility. In easily recognised forms of violence, there is usually an actor who is violent and a victim of that violence. However, even in the most obvious cases, there are examples of missing perpetrators. For example, domestic violence is often discussed using passive language that centres the victim and erases the perpetrator (Katz and Earp). Or in the case of police violence against minorities, even where there is compelling evidence of police brutality, legal systems fail to find and sentence perpetrators (e.g. Chernega; Waters). This process of erasure is itself a further act of violence that places blame on victims, leading outsiders to question why they didn’t take action to prevent their victimisation. However, increasing attention has been given to these subtle erasures; for example, Jane Gilmore’s book Fixed It: Violence and the Representation of Women in the Media calls the mainstream media to task for their representation of gender violence as a problem women experience, rather than a problem perpetrated by men. This issue of M/C Journal invited responses to the theme of “violence,” understood broadly, as it operates through various social, cultural, institutional, and affective domains. The articles included here demonstrate the complexity of different forms of violence. They cover terrain such as symbolic violence and the discursive, political and social domination that shapes contemporary or historical realities; pedagogical violence and the operation of power and control over the means of intellectual, social and cultural production in spaces of learning; physical violence and the attendant damages that this entails; technological violence and the ways in which media technologies facilitate or resist violence; and violence as a subject of public interest in forms including news media, true crime, and entertainment. This issue’s articles intersect in interesting ways which encourage readers to think about multiple aspects of violence. We explore some of the common themes below, and in doing so introduce readers to the rich collection of ideas included in this issue. Enacted Violence It is interesting to consider what we can learn from violence by thinking about the perspectives of those who perpetrate it, and those who experience it. As discussed above, sometimes these agents are easier to spot. Larissa Sexton-Finck’s contribution reminds us that the most visible forms of violence aren’t necessarily the most damaging. In her essay, she explores her experience of being in a car crash. The obvious perpetrator of violence is the driver of the car that caused the crash, but as we read through her experience we see that she was victimised in many ways by those who filmed her experience in order to sell it to the news. These ‘citizen journalists’ are likely to think of their work as important and not as enacting violence on others, but Sexton-Finck’s firsthand experience of being filmed highlights the violence of the act. Similarly, some practices are so commonplace that it is easy to overlook the violence inherent within them. Yirga Woldeyes gives us the example of museum collections, a taken-for-granted effect of colonisation, which perpetuates an ongoing violent epistemic power differential. This is another example of violence with an invisible perpetrator; museums consider themselves keepers of knowledge, protectors of culture and heritage. Where collecting is considered an act of violence, it is typically perceived as action from the past, rather than an ongoing act of violence with continuing experiences of victimisation. However, as Woldeyes’ article makes clear, the violence of the act reverberates for generations. For Ailie McDowall, violence works in subtle ways that are both unconscious or explicit. Exploring pre-service teacher engagements with an Indigenous education subject, McDowall speaks to the limits of intention (Milner) by highlighting how the good intentions of pre-service teachers can result in ideological violence through the bringing of Indigenous peoples and knowledges into Western epistemic comprehension as part of an effort to know. Further, while educators are often called to envision “preferred futures” (Hicks) in their teaching practice, McDowall shows us that ethical calls to teach and live responsibly and critically in the face of colonial logics results in a deferral of that responsibility to the future, what McDowall identifies as an act of violence. Representations of Violence Social understandings of violence are both shaped by, and influence, representations of violence in media, culture, and the arts. Such representations can themselves be forms of symbolic violence, that is, ”violence wielded with tacit complicity between its victims and its agents, insofar as both remain unconscious of submitting to or wielding it” (Bourdieu 17). As mechanisms for transmitting normalised ideas of politics and peoples, representations can effect such symbolic violence by disseminating hegemonic notions of exclusion/inclusion, safety/harm, and justifications and logics for violence. Indeed, as Dervin argues, “representations do have an ideological component and […] an exercise of power is always present in representations” (185). Yet, we are wise to remember that representations, the projection of power, and the ideological legitimation of symbolic violence that may inhere in representations can neither guarantee truth nor action as people exercise agency and speak and act back to and against those very representations of “truth”. The authors in this issue work within this tension, highlighting efforts by some to either create and deploy representation as an instrument of legitimating violence or critically engaging representations of violence as part of efforts to dismantle and surfaces the symbolic violence transmitted through various works. When considering the symbolic violence of media, it is crucial that we consider who is doing the representation, and how that representation is mediated. Social media (as discussed in the contribution by Milton and Petray), has different characteristics to products of the culture industry (Adorno) such as commercial news reporting (Sexton-Finck) or cinematic films (McKenzie-Craig). And these are different again in the literary genre of the autobiographical novel (Nile) or the form of the public testimony (Craven). Some representations of violence allow for more agency than others. Creative works by victims of violence, for example that discussed by Sexton-Finck, challenge viewers and draw our attention to the ways the commodification of the culture industry (Adorno) makes us complicit as spectators in acts of violence. In a similar way, creative representations of enacting violence can cause productive discomfort by going against stereotypes and norms about who perpetrates violence. Carolyn McKenzie-Craig's contribution compares representations of gender and violence that defy expectations. McKenzie-Craig considers the Swedish film Män som hatar kvinnor (released in English as The Girl with the Dragon Tattoo) alongside work from non-binary artist, Cassils, and her own creative works. In all three of these works, women and non-binary agents enact violence in ways that unsettle viewers, forcing contemplation about the nature of violence. Likewise, literature provides a fruitful arena for examining violence as a cultural force. Indeed, post-colonial scholars have shown us that literature has been a tool of violence, and has, in contrast, also been used to “write back” to oppressive ideologies (Ashcroft, Griffiths, and Tiffin, after Salman Rushdie). Richard Nile’s essay considers the power of violence to echo through families in cases of intergenerational trauma. In considering an autobiographical novel that takes the form of a family drama, Nile traces the reverberations of real wartime violence and family violence and shows how fictionalising such trauma can reveal new ways of looking at it, both for the author of such a work and for the historians and literary scholars who examine such work. In the article by Milton and Petray, the authors explore how violence mediates and regulates ideas of belonging as it is is represented through a lens of citizenship via social media. Through an exploration of a digital space, Milton and Petray highlight the bifurcation of people into us/them, a split predicated on desires to protect the sanctity of “us” and “our” citizenship through the use of violent discourse to normalise the divide. What is perhaps most striking is the reminder that categories of inclusion are powerfully framed through everything from the banality of seemingly mundane language and everyday languages of race (Billig; Hill) through to more abhorrent language and far reaching discourses of normalised violence. Through this, Milton and Petray draw our attention not just to the manifestation of violence online but also its use as a strategy for regulating inclusion into the deemed “legitimate” community through the very act of representing people as either legitimate citizens or not. As who counts as a citizen in need of state protection is contested, so is what counts as violence. In “The Last of the Long Takes: Feminism, Sexual Harassment, and the Action of Change”, Allison Craven reminds us that the naming of systemic violence remains a crucial early step in the fight against it, and goes some way toward dismantling its taken-for-grandness. In considering Lauren Berlant’s notion of the “diva citizen” in relation to Anita Hill’s 1991 testimony of sexual harassment, Craven reframes the #metoo movement as a call to action to which, crucially, the body politic must respond. Craven draws our attention to the fact that the second-wave feminist movement’s naming of workplace sexual harassment created the conditions for a public that would hear and witness these later testimonies. In naming violence where we see it and considering violence from various and multiple scholarly dimensions, the essays in this issue refuse to shelter it beneath the veil of the everyday, the arbitrary, the taken for granted. In explicitly naming violence, they bring it out into the open, and they allow us to consider alternatives. Creative works, for example, offer an opportunity to play with the meanings of violence, and to reimagine what it means to be an aggressor or a victim (McKenzie-Craig; Sexton-Finck). Through such explorations, these pieces collectively draw to our attention the possibility and need for futures different from the histories and present that we inherit and live within today. Together, the arguments, insights and calls for something different compel us to confront that which some seek not to discuss, that which some of us might take for granted as a condition of everyday life. Through such calls, we are asked to confront what it means to live and relate ethically together for something and somewhere different. References Adorno, Theodor W. “Culture Industry Reconsidered.” Media Studies. Eds. P. Marris and S. Thornham. Edinburgh: Edinburgh University Press, 1999. 31–7. Arendt, Hannah. On Violence. London: Harcourt, 1970. Ashcroft, Bill, Gareth Griffiths, and Helen Tiffin. The Empire Writes Back: Theory and Practice in Postcolonial Literatures. London: Routledge, 1989. Billig, Michael. Banal Nationalism. Thousand Oaks: Sage, 1995. Bourdieu, Pierre. 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Lavers, Katie, e Jon Burtt. "Briefs and Hot Brown Honey: Alternative Bodies in Contemporary Circus". M/C Journal 20, n.º 1 (15 de março de 2017). http://dx.doi.org/10.5204/mcj.1206.

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Resumo:
Briefs and Hot Brown Honey are two Brisbane based companies producing genre-bending work combining different mixes of circus, burlesque, hiphop, dance, boylesque, performance art, rap and drag. The two companies produce provocative performance that is entertaining and draws critical acclaim. However, what is particularly distinctive about these two companies is that they are both founded and directed by performers from Samoan cultural backgrounds who have leap-frogged over the normative whiteness of much contemporary Australian performance. Both companies have a radical political agenda. This essay argues that through the presentation of diverse alternative bodies, not only through the performing bodies presented on stage but also in the corporate bodies of the companies they have set up, they profoundly challenge the structure of the Australian performance industry and contribute a radical re-envisaging of the potential of circus to act as a vital political force.Briefs was co-founded by Creative Director, Samoan, Fez Fa’anana with his brother Natano Fa’anana in 2008. An experienced dancer and physical theatre performer, Fa’anana describes the company’s performances as the “dysfunctional marriage of theatre, circus, dance, drag and burlesque with the simplicity of a variety show format” (“On the Couch”). As Fa’anana’s alter ego, “the beautiful bearded Samoan ringmistress Shivannah says, describing The Second Coming, the Briefs show at the Sydney Festival 2017, the show is ‘A little bit butch with a f*** load of camp’” (Lavers). The show involves “extreme costume changes, extravagant birdbath boylesque, too close for comfort yo-yo tricks and more than one highly inappropriate banana” (“Briefs: The Second Coming”).Briefs is an all-male company with gender-bending forming an integral part of the ethos. In The Second Coming the accepted sinuous image of the female performer entwining herself around the aerial hoop or lyra is subverted with the act featuring instead a male contortionist performing the same seductive moves with silky smooth sensuousness. Another example of gender bending in the show is the Dita Von Teese number performed by a male performer in a birdbath filled with water with a trapeze suspended over the top of it. Perhaps the most sensational example of alternative bodies in the show is “the moment when performer Dallas Dellaforce, wearing a nude body stocking with a female body drawn onto it, and an enormously long, curly white-blond wig blown by a wind machine, stands like a high camp Botticelli Venus rising up out of the stage” (Lavers). The highly visible body of Fez Fa’anana as the gender-bending Samoan ringmistress challenges the pervasive whiteness in contemporary circus. Although there has been some discourse on the issue of whiteness within the context of Australian theatre, for example Lee Lewis arguing for an aggressive approach to cross-racial casting to combat the whiteness of Australian theatre and TV (Lewis), there has however been very little discussion of this issue within Australian contemporary circus. Mark St Leon’s discussion of historical attitudes to Aboriginal performers in Australian circus is a notable exception (St Leon).This issue remains widely unacknowledged, an aspect of whiteness that social geographers Audrey Kobashi and Linda Peake identify in their writing, whiteness is indicated less by its explicit racism than by the fact that it ignores, or even denies, racist indications. It occupies central ground by deracializing and normalizing common events and beliefs, giving them legitimacy as part of a moral system depicted as natural and universal. (Kobayashi and Peake 394)As film studies scholar, Richard Dyer writes,the invisibility of whiteness as a racial position in white (which is to say dominant) discourse is of a piece with its ubiquity … In fact for most of the time white people speak about nothing but white people, it’s just that we couch it in terms of ‘people’ in general. Research – into books, museums, the press, advertising, films, television, software – repeatedly shows that in Western representation whites are overwhelmingly and disproportionately predominant, have the central and elaborated roles, and above all, are placed as the norm, the ordinary, the standard. Whites are everywhere in representation … At the level of racial representation, in other words, whites are not of a certain race, they’re just the human race. (3)Dyer writes in conclusion that “white people need to learn to see themselves as white, to see their particularity. In other words whiteness needs to be made strange” (541). This applies in particular to contemporary circus. In a recent interview with the authors, ex-Circus Oz Artistic Director and CEO, Mike Finch, commented, “You could make an all-round entertaining family circus show with [racial] diversity represented and I believe that would be a deeply subversive act in a way in contemporary Australia” (Finch).Today in contemporary Australian circus very few racially diverse bodies can be seen and almost no Indigenous performers and this fact goes largely unremarked upon. In spite of there being Indigenous cultures within Australia that celebrate physical achievement, clowning and performance, there seem to be few pathways into professional circus for Indigenous athletes or artists. Although a considerable spread of social circus programs exists across Australia working with Indigenous youth at risk, there seem to be few structures in place to facilitate the transitioning between these social circus classes and entry into circus training programs or professional companies. Since 2012 Circus Oz has set up the program Blakflip to mentor and support young Indigenous performers to try and redress this problem. This has led to two graduates of the program moving on to perform with the company, namely Dale Woodbridge Brown and Ghenoa Gella, and also led to the mentorship and support of several students in gaining entry into the National Institute of Circus Arts in Melbourne. Circus Oz has also now appointed an Aboriginal and Torres Straight Islander Program Officer, Davey Thomson, who is working to develop networks between past and present participants in the Blakflip program and to strengthen links with Indigenous Communities. However, it could be argued that Fez Fa’anana with Briefs has in fact leapfrogged over these programs aimed at addressing the whiteness in contemporary circus. As a Samoan Australian performer he has not only co-founded his own contemporary performance company in which he takes the central performing role, but has now also established another company called Briefs Factory, which is a creative production house that develops, presents, produces and manages artists and productions, and now at any one time employs around 20 people. In terms of his performative physical presence on stage, in an interview in 2015, Fa’anana described his performance alter ego, Shivannah, as the “love child of the bearded lady and ring master.” In the same interview he also described himself tellingly as “a Samoan (who is not a security guard, football player nor a KFC cashier),” and as “an Australian … a legal immigrant” (“On the Couch”). The radical racial difference that the alternative body of Shivannah the ringmistress presents in performance is also constantly reinforced by Fa’anana’s repartee. At the beginning of the show he urges the audience “to put their feet flat on the floor and acknowledge the earth and how lucky we are to be in this beautiful country that for 200 years now has been called Australia” (Fa’anana). Comments about his Samoan ancestry are sprinkled throughout the show and are delivered with a light touch, constantly making the audience laugh. At one point in the show resplendent in a sequined costume, Fa’anana stands downstage in front of two performers on their knees cleaning up the mess left on the stage from the act before, and he says, “Finally, I’ve made it! I’ve got a couple of white boys cleaning up after me” (Fa’anana). In another part of the show, alluding to white stereotypes of Indigenous performers, Fa’anana thanks the drag artist who taught him how to put his drag make-up on, saying “I used to put my make-up on with a burnt stick before he showed me how to do it” (Fa’anana).In his book on critical pedagogy, political activist and scholar Peter McLaren writes on approaches to developing the means to resist and subvert pervasive whiteness, saying, “To resist whiteness means developing a politics of difference […] we need to re-think difference and identity outside a set of binary oppositions. We need to view identity as coalitional, as collective, as processual, as grounded in the struggle for social justice” (213). One example of how identity outside binary oppositions was explored in The Second Coming was in an act by drag artist Dallas Dellaforce, who dressedin a sumptuous fifties evening dress with pink balloon breasts rising out of the top of his low cut evening dress and wearing a Marilyn Monroe blonde wig, camped it up as a fifties coquette, flipping from sultry into a totally scary horror tantrum, before returning to coquette mode with the husky phrase, ‘I love you.’ When at the end of the song, stripped naked, sporting a shaved bald head and wearing only a suggestive long thin pink balloon, the full potential of camp to reveal different layers of artifice and constructed identity was revealed. (Lavers)Fez Fa’anana comments at the end of the show that The Second Coming was not aimed at any particular group of people, but instead aimed to “celebrate being human.” However, if this is the case, Fa’anana is demanding an extended definition of being human that through the inclusion of diverse alternative bodies pushes for a new understandings of what constitutes being human and how human identity can be construed. His work demands an understanding that is not oppositional nor grounded in binary opposition to normative whiteness but instead forms part of a re-thinking of human identity through alternative bodies that are presented as processual, and deeply grounded in the struggle for the social justice issue of acceptance of difference and alternatives.Hot Brown Honey is another Brisbane based company working with circus in conjunction with other forms such as burlesque, hip hop, and cabaret. The all-female company was recently awarded the UK 2016 Total Theatre Award for Innovation, Experimentation and Playing with Form. The company was co-founded by dancer and choreographer Lisa Fa’alafi, who is from the same Samoan family as Fez and Natano Fa’anana, with sound designer Kim “Busty Beatz” Bowers, a successful hip hop artist, poet and record producer. From the beginning Hot Brown Honey was envisaged as providing a performance space for women of colour. Lisa Fa’alafi says the company was formed to address the lack of performance opportunities available, “It’s plain knowledge that there are limited roles for people of colour, let alone women of colour” (quoted in Northover).Lyn Gardner, arts critic for The Guardian in the UK, describing Hot Brown Honey’s performance, writes that the company fights “gender and racial stereotypes with a raucous glee, while giving a feminist makeover to circus, hip-hop and burlesque” (Gardner). The company includes women mainly “of Indigenous, Pacific Islander and Indonesian heritage taking on colonialism, sexism, gender stereotypes and racism through often confronting performance and humour; their tagline is ‘fighting the power never tasted so sweet’” (Northover).In their show Hot Brown Honey present a straps act. Straps is a physically demanding aerial circus act that requires great upper body strength and is usually performed by male aerialists. However, in the Hot Brown Honey show gender expectations are subverted with the straps act performed by a female aerialist. Gardner writes of the performance of this straps act at the 2016 Edinburgh Festival Fringe as a “sequence that conjures the twisted moves of a woman trying to escape domestic violence,” and “One of the best circus sequences I’ve seen at this festival” (Gardner). Hula hoops, a traditionally female act, is also subverted and used to explore the stereotypes of the “exotic notion of Pacific culture” (Northover). Gardner writes of this act that the hoola hoops “are called into service to explore western tourists’ culture of entitlement”. Company co-founder Kim “Busty Beatz” Bowers, talks about the group’s approach to flipping perceptions of women of colour through investigating the power dynamics in gender relations, “We have a lot of flips around sexuality,” says Bowers. “Especially around the way people expect a black woman to be. We like to shift the exploitation and the power” (quoted in Northover).Another pressing issue that Hot Brown Honey address is a strange phenomenon apparent in much contemporary circus. In addition to the pervasive whiteness in contemporary circus, relatively few women are visible in many contemporary circus companies. Suzie Williams from Acrobatic Conundrum, the Seattle-based circus company, writes in her blog, “there are a lot of shows that feature many young, fit, exuberant guys and one flexible girl who performs a sensual/sentimental/romantic solo act” (Williams). Writing about Complètement Cirque, Montreal’s international circus festival which took place in July 2016, Williams says, “this year at the festival, my least favorite trend was … out of the 9 ticketed productions only one had more than one woman in it” (Williams, emphasis in original).Circus scholars have started to research this trend of lack of female representation both in contemporary circus schools and performance companies. “Gender in Circus Education: the institutionalization of stereotypes” was the title of a paper presented at the Circus and Its Others Conference in Montreal in July 2016 by Alisan Funk, a circus choreographer, teacher and director and an MA candidate at Concordia University in Montreal. Funk cited research from France showing that the educational programs and the industry are 70% male dominated. Although recreational programs in France have majority female populations, there appears to be a bottleneck at the level of entrance exams to superior schools. The few female students accepted to those schools are then frequently pushed towards solo aerial work (Funk). This push to solo aerial work means that the group floor work and acrobatics are often performed by men who create acrobatic groups that often then go on to form the basis for companies. (In this context the work of Circus Oz in this area needs to be acknowledged with the company having had a consistent policy over its 39 year existence of employing 50% female performers, however in the context of international contemporary circus this is increasingly rare).Williams writes in her blog about contemporary circus performance, “I want to see more women. I want to see women who look different from each other. I want to see so many women that no single women has to stand as a symbol of what all women can be” (Williams).Hot Brown Honey tackle the issue Williams raises head on, and they do it in the form of internationally award winning circus/cabaret that is all-female, where the bodies of the performers offer a radical alternative to the norms of contemporary circus and performance generally. The work shows women, a range of women performing circus-women of colour, with a wide range of bodies of varying shapes and sizes on stage. In Hot Brown Honey no single women in the show has to stand as a symbol of what all women can be. Briefs and Hot Brown Honey, through accessible yet political circus/cabaret, subvert the norms and institutionalized racial and gender-based biases inherent in contemporary circus both in Australia and internationally. By doing so these two companies have leap-frogged the normative presentation of performers in contemporary circus by speaking directly to a celebration of difference and diversity through the presentation of radical alternative bodies.ReferencesAlthusser, L. For Marx. Trans. Ben Brewster. London: Verso, 1965/2005.Beeby, J. “Briefs: The Second Coming – Jack Beeby Chats with Creative Director Fez Faanana.” Aussie Theatre 2015. <http://aussietheatre.com.au/features/briefs-the-second-coming-jack-beeby-chats-with-creative-director-fez-faanana>.“Briefs: The Second Coming.” Sydney Festival 2016. <http://www.sydneyfestival.org.au/2017/briefs>.Dyer, R. White: Essays on Race and Culture. New York: Routledge, 1997. Fa’anana, F. Repartee as Shivannah in The Second Coming by Briefs. Magic Mirrors Spiegeltent, Sydney Festival, 7 Jan. 2017. Performance.Finch, M. 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