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Articoli di riviste sul tema "Nagôs africanas"

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Banaggia, Gabriel. "Conexões afroindígenas no jarê da Chapada Diamantina". Revista de Antropologia da UFSCar 9, n. 2 (1 dicembre 2017): 123–33. http://dx.doi.org/10.52426/rau.v9i2.206.

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Abstract (sommario):
O jarê é uma religião de matriz africana existente somente na Chapada Diamantina (BA), e exemplifica um desenvolvimento paralelo ao dos candomblés litorâneos dos quais é aparentado, tendo sido elaborado por um conjunto de senhoras africanas, chamadas nagôs, que chegaram deliberadamente ou foram levadas escravizadas para a região. Esse conjunto estabeleceu uma prática primeva do jarê num compromisso com potências ligadas a indígenas que, apesar de não mais habitarem a região, continuavam sendo os donos legítimos daquela terra, ao contrário dos brancos que passaram a explorá-la na cata de pedras preciosas. Diferentemente do que aconteceu em tradições similares, entretanto, no jarê as forças indígenas se insinuaram de forma mais contundente, fazendo com que ele se transformasse levando todas as entidades cultuadas nas cerimônias a serem consideradas caboclas. Se os caboclos do jarê contemporâneo travam uma luta que é antes de tudo espiritual, seus efeitos em última instância envolvem uma retomada de territórios tanto existenciais como físicos, já que fez parte do compromisso estabelecido no passado o retorno das populações indígenas às terras que por direito são suas.
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2

Scherer, Jovani de Souza. "Parentesco de nação: vestígio de uma comunidade africana em Rio Grande". Anos 90 15, n. 27 (1 luglio 2008): 189–231. http://dx.doi.org/10.22456/1983-201x.6744.

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Abstract (sommario):
Este trabalho investiga as experiências de busca de liberdade empreendidas por escravos e libertos no município de Rio Grande, no extremo sul do Império brasileiro, durante o século XIX. Ao contrário do observado para outras regiões brasileiras, em Rio Grande os nascidos na África tiveram mais sucesso que os nascidos no Brasil em se libertar da escravidão. Na configuração desse quadro foi fundamental a ação da comunidade de africanos ocidentais. Minas e nagôs constituíram parte substancial da população africana da cidade portuária sulina, reorganizaram suas vidas em torno do parentesco de nação, alcançando a hegemonia do mercado da liberdade entre os africanos, através da compra de suas alforrias.
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Sant'Anna, Élcio. "O apagão de informações: um ponto cego na percepção da gênese plurirreligiosa de afrodescendentes no Brasil". Davar Polissêmica 15, n. 1 (2021): 167–84. http://dx.doi.org/10.29327/2401156.15.1-13.

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Abstract (sommario):
A África cantada e recitada na cultura brasileira não tem lastro na história africana que gradativamente foi aportando aqui. Por isto mesmo, a gênese da plurirreligiosidade dos grupos de africanos que para vieram se perdeu. A falta de informação possibilitou a “nagoização”, resultado de processo hegemônico da “ortodoxia do candomblé nagô” que se instalou no Brasil. A reafricanização retomou a memória ioruba como resgate da pureza africana, reinventando as tradições religiosas. Surge então, a premência de lidar com as tradições nascidas no contexto banto. Este capítulo forçosamente passa pela história da chegada de Portugal no antigo Reino do Congo e sua catolização, principalmente pelo movimento dos antonianos, que se configurou um autêntico patrimônio banto. Eis uma das identidades religiosas de afrodescendentes que precisa ser redescoberta.
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Salum, Marta Heloísa (Lisy) Leuba. "Vistas sobre arte africana no Brasil: lampejos na pista da autoria oculta de objetos afro-brasileiros em museus". Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material 25, n. 2 (agosto 2017): 163–201. http://dx.doi.org/10.1590/1982-02672017v25n02d07.

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Abstract (sommario):
RESUMO Examinando objetos relacionados aos antigos candomblés preservados em coleções, Marianno Carneiro da Cunha perfilou uma tradição estética nagô-iorubana criada no Brasil que tem sido considerada como uma das primeiras formulações da arte afro-brasileira, se não uma continuidade da arte africana no Brasil. Expandimos a amostragem enraizada nessa tradição descrita por esse estudioso, chegando a um novo corpus que apresentamos neste artigo, tentando estabelecer as potencialidades da análise estilística que ele empregou, e introduziu no Brasil, como procedimento metodológico no estudo da cultura material de origem africana. Os dados obtidos revelam que, muito além do que originalmente representam, esses objetos podem se constituir apenas em um repertório visual emblemático de abordagens híbridas da produção acadêmica sobre as culturas africanas tanto quanto sobre o negro no Brasil, caso eles não venham a ser retomados através das suas expressões de materialidade próprias e individuais.
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Jackson Lima Silva, Joelcio, e Thayná Da Silva Felix. "Aspectos Básicos sobre o Sujeito Individual e a Coletividade nas Religiões de Matrizes Africanas". Revista Calundu 4, n. 2 (4 gennaio 2021): 13. http://dx.doi.org/10.26512/revistacalundu.v4i2.31306.

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Abstract (sommario):
RESUMO: Este trabalho apresenta os resultados da síntese entre as vivências e a pesquisa bibliográfica desenvolvida durante o processo de ensino-aprendizagem proporcionado pela disciplina Antropologia, que consta no Projeto Pedagógico (2007) do Curso de Serviço Social, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O objetivo deste artigo é situar os aspectos básicos e a configuração do sujeito individual e da coletividade nas religiões de matrizes africanas, em específico as que se configuram de acordo com a ancestralidade do Povo Nagô/Ioruba. Para isso, foi necessário sistematizá-lo em dois itens: 1) situando quem é o Povo Nagô e os seus princípios na formação das religiões de matrizes africanas e; 2) situando de fato os aspectos básicos e necessários para entender os princípios de indivíduo e de coletividade herdados pelas religiões de matrizes africanas.
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Junior, Wellington Castellucci. "De cativos a baleeiros: uma amizade indissolúvel entre dois africanos no outro lado do Atlântico (Itaparica, 1816-1886)". Topoi (Rio de Janeiro) 15, n. 29 (dicembre 2014): 444–72. http://dx.doi.org/10.1590/2237-101x015029003.

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Abstract (sommario):
Este artigo aborda a trajetória de dois africanos baleeiros que viveram na Ilha de Itaparica no período oitocentista. Com base em fontes inéditas, o texto revela a chegada desses dois indivíduos à maior ilha da baía de Todos os Santos, o período de cativeiro, a conquista da liberdade e a vida de ambos como libertos. Empreendedores da baleação, esses dois africanos nagôs tornaram-se figuras proeminentes de Itaparica, sendo responsáveis pela libertação de outros cativos e pela melhoria das condições de vida de pessoas que viveram no seu círculo de amizade e de negócios.
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Jorge Carneiro, Érica. "COMPROMISSO COM OS DIREITOS HUMANOS: POLÍTICAS CULTURAIS DO CANDOMBLÉ NO COMBATE AO RACISMO". Estudos Teológicos 60, n. 1 (4 giugno 2020): 69. http://dx.doi.org/10.22351/et.v60i1.3919.

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Abstract (sommario):
O racismo é uma doença social e foi construído historicamente na sociedade brasileira desde o período da escravidão e da diáspora africana. Passando por teorias científi cas datadas do século XIX, até sua reconfi guração por meio do mito de democracia racial, negras e negros e afrodescendentes sofrem ainda hoje de forma explícita ou velada com o racismo. Desde as décadas de 1960 e 1970, movimentos sociais, estudantis, culturais e religiosos têm se preocupado em elaborar estratégias que visem combater o racismo bem como reforçar as políticas identitárias africanas e afrodescendentes de ordem histórica, cultural e religiosa. O texto em questão aborda duas ações culturais de combate ao racismo elaboradas por um terreiro de candomblé jeje-nagô, de forma a destacar a preocupação dessa religião com a preservação dos direitos humanos sem declinar das especifi cidades étnicas, culturais e religiosas do grupo em questão.
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De Freitas Santos, José Henrique. "LETRAMENTOS NEGROS: O CORPO COMO SABER". Cadernos de Linguagem e Sociedade 23, n. 2 (27 dicembre 2022): 315–28. http://dx.doi.org/10.26512/les.v23i2.43499.

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Abstract (sommario):
Neste trabalho aborda-se os letramentos negros no Brasil, como usos sociais críticos da leitura e da escrita em contextos de agências de letramentos afro-brasileiros (casas de candomblé, movimento hip hop, agremiações do samba, jongo, congado, comunidades quilombolas, periferias, dentre outros), considerando ainda a genealogia dos letramentos africanos, o seu caráter antirracista e seus traços multissemióticos e multimodais a partir das cores, imagens, gestos, grafismos, sons que os constituem. Desde um processo metodológico que compreende a revisão bibliográfica de textos que tratam das epistemologias africanas e negro-brasileiras, bem como da análise de variados exemplos, demonstra-se como os letramentos negros apontam para a vida social produtiva do corpo afro-brasileiro, dialogando ainda com a noção dos letramentos de reexistência de Ana Lúcia Silva Souza, com os valores civilizatórios discutidos por Azoilda Trindade, bem como com os conceitos de ancestrallidade trazido por Eduardo Oliveira, pensamento nagô de Muniz Sodré, de epistemologia Bantu-kongo de Bunseki Fu-Kiau e Literatura-terreiro de Henrique Freitas.
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Cruz da Cunha, Fábio, e Roselia Adriana Barbosa da Rocha. "Caminhada dos terreiros de Pernambuco". Áltera Revista de Antropologia 2, n. 9 (6 marzo 2020): 300–307. http://dx.doi.org/10.22478/ufpb.2447-9837.2019v2n9.51033.

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Abstract (sommario):
A Caminhada dos Terreiros de Pernambuco é um evento que vem acontecendo há mais de uma década na cidade do Recife (capital de Pernambuco), abrindo as celebrações do mês da Consciência Negra em Novembro, buscando ser um instrumento na luta contra a Intolerância Religiosa no nosso Estado, na qual os fiéis, seguidores e sacerdotes das religiões de matrizes africanas vêm sofrendo no Brasil em especial pelos adeptos religiões neopentecostais. Seus organizadores são sacerdotes das nações de candomblé nagô, queto, jejê, angola, e da umbanda-jurema (religião de herança africana). O cortejo acontece na área central da cidade durante o horário vespertino, iniciando com um ato público e uma pequena cerimônia religiosa, saindo, em seguida, os participantes seguem os trios elétricos que vão cantando e louvando em toadas e zuelas os orixás. Durante todo o ato acontecem discursos conscientizadores da obrigatoriedade do respeito religioso e informativos das leis e dos instrumentos legais que amparam estes povos. Os religiosos acompanham o cortejo trajados nas suas vestes rituais: calça de ração, kaftas, ojás, saias de baianas, turbantes, torços, xales de pano da costa, alakas, adjás e suas guias ou voltas de contas de seus orixás. É um evento que tem caráter político-ideológico na luta contra o racismo, e principalmente em favor do direito de liberdade religiosa dos povos das religiões de matrizes africanas.
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Ferretti, Mundicarmo. "Pureza nagô e nações africanas no tambor de Mina do Maranhão". Ciencias Sociales y Religión/Ciências Sociais e Religião 3, n. 3 (22 ottobre 2020): 75–94. http://dx.doi.org/10.22456/1982-2650.2170.

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Abstract (sommario):
O Maranhão é conhecido como principal centro de preservação da cultura jeje-dahomeana do Brasil, embora a maioria dos terreiros de mina reproduza principalmente o modelo da Casa de Nagô e não o da Casa das Minas (jeje). A primeira, apesar de tradicionalista e fundada por africanas, distancia-se do candomblé da Bahia e goza de menor prestígio do que a Casa das Minas. Os outros terreiros da capital maranhense que cultuam entidades africanas originaram-se direta ou indiretamente da Casa de Nagô ou de terreiros de outras “nações” já desaparecidos. Os demais terreiros de São Luís foram abertos para entidades espirituais não africanas (caboclas), principalmente por curadores ou pajés, geralmente procurando fugir à discriminação de que eram alvo. Apesar da Casa das Minas não ter autorizado o funcionamento ou reconhecido outra casa mina-jeje, alguns terreiros de mina que também cultuam voduns do Daomé, procuram se legitimar no campo religioso afro-brasileiro afirmando possuir alguma ligação com ela ou com suas fundadoras africanas. Nesse trabalho se analisa a construção da identidade jeje da Casa Fanti-Ashanti e o filme documentário Atlântico Negro - Na rota dos orixás, de Renato Barbieri, onde ela é apresentada como a representante da cultura do Dahomé no Brasil.
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Baiardi, Amilcar, Fabihana Souza Mendes e Wellington Gil Rodrigues. "Cosmopolitismo científico e culturas locais: percepções dos avanços da ciência por lideranças religiosas no recôncavo baiano". Caderno CRH 26, n. 69 (dicembre 2013): 433–48. http://dx.doi.org/10.1590/s0103-49792013000300002.

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Abstract (sommario):
Os avanços da ciência, no campo das medicinas e da biologia, são percebidos de maneira diversa, a depender da cultura, dos valores, da religiosidade etc. No Recôncavo da Bahia, Brasil, território que, no período colonial, foi o mais importante centro comercial da província e seu maior produtor de cana de açúcar e de algodão, isso se dá emblematicamente. Nessa região, grupos populacionais, formados por descendentes de produtores rurais e agregados, com etnia branca, e por descendentes de escravos, com etnia negra, vêm, ao longo dos séculos, metamorfoseando e consolidando crenças. Desses processos resultou uma grande diversidade de crenças: de gênese cristã, catolicismo e protestantismo, de origem africana, Ilê Axé Ogunjá e Candomblé de essência nagô e Malé, de influência islâmica, e com raízes mistas, envolvendo catolicismo e religiões africanas, tipo a seita da "Boa Morte" e a Umbanda. Esse amplo espectro de religiões que convivem sem conflitos manifesta reações diferentes a práticas e condutas da ciência contemporânea. Questões como a modificação genética, o uso de células-tronco, a clonagem etc. são vistas de forma diferente, com tolerância ou resistência por parte desses sistemas de crenças. O presente trabalho se propõe a fazer uma sistematização de reações de líderes religiosos a alguns símbolos da ciência moderna.
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Carvalho, Tatiana Maciel Gontijo de, Ana Carolina Moreira Barcelos e Thiago Henrique Oliveira Jardim. "Dedo de prosa: filosofia e cultura nas tradições Nagô e Guarani – relato de experiência e reflexões". Revista Ñanduty 11, n. 18 (31 dicembre 2023): 162–78. http://dx.doi.org/10.30612/nty.v11i18.17895.

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Abstract (sommario):
Relata-se a experiência da execução de um projeto extensionista, vinculado a edital de fomento, em uma Universidade pública, onde criou-se um espaço virtual para o ensino e a troca de saberes sobre aspectos filosóficos e culturais das tradições Nagô e Guarani no Brasil. Registra-se algumas reflexões decorrentes dessa experiência, no âmbito da pertinência do uso de uma metodologia sociopoética, decolonial, para o ensino das culturas africanas e ameríndias e do diálogo entre a filosofia e a cultura em tradições afroindígenas.
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Dias, João Ferreira. "“Candomblé é a África”. Esquecimento e Utopia no Candomblé jeje-nagô (“Candomblé is Africa”. Forgetfulness and Utopia in the Candomblé jeje-nagô)". Cadernos de História 17, n. 26 (28 giugno 2016): 64. http://dx.doi.org/10.5752/p.2237-8871.2016v17n26p64.

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Abstract (sommario):
<strong><strong> </strong></strong><p>O Candomblé jeje-nagô estabeleceu-se na Bahia nos finais do século XIX e primeiros anos do século XX, durante o período final da trata de escravos oriundos da chamada Costa dos Escravos. Diante de um novo contexto cultural e regional, que era a Bahia de então, os escravos das cidades yorùbá e ewe-fon, muitos dos quais representando grupos étnicos/reinos rivais, forjaram uma nova realidade religiosa, a partir das memórias partilhadas e das similitudes culturais e, bem assim, colhendo contributos a outros grupos étnicos africanos e ao catolicismo popular. Este texto foca a problemática do esquecimento em termos: das diferenças étnicas e políticas nos episódios fundacionais do Candomblé, não obstante a diversidade das suas nações (ficcionais); da escravatura como um processo de reconfiguração identitária que conduziu a uma espécie de amnésia causada pelo traumático desenraizamento/exílio forçado; da agência masculina. De igual modo, está em análise a complexa utopia da fundação do Candomblé como uma religião de continuidade com a África e de realeza africana, numa mistura entre “passado mítico” e “lar imaginado”, narrativa que curiosamente esquece o processo crioulo de descontinuidade e “adaptação criativa”, visível nos aspetos estéticos do ritual.</p><p> </p><p><strong>Abstract</strong></p><p>The jeje-nagô Candomblé was established in Bahia between 19th century and the early years of 20th, during the last days of slave trade, from the so-called “Slaves Coast”. In a new cultural and regional environment – which was Bahia in those days –, African slaves from Yorùbá and Ewe-Fon towns, many of them representing rival ethnic groups/kingdoms, forged a new religious framework using shared memories and cultural similitudes, and collected pieces from other African groups and Portuguese Catholicism. This text focuses the oblivion of: ethnic and political differences in Candomblé foundational moments, despite it (fictional) “nations”; slavery as a process of identity reconfiguration that led to a sort of Amnesia caused by the uprooting trauma/forced exile; male agency; and the complex utopia of Candomblé as a religion of continuity to Africa and African royalty, in a mixture of “mythical past” and “imagined homeland”, which curiously forget the creole process of discontinuity and “creative adaptation”, visible in ritual aesthetic aspects.</p><p><strong>Keywords</strong>: Ethnicity. Amnesia. Candomblé. Identity.</p><p> </p>
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Freire Dantas, Luís Thiago. "Acontecimento-Èá¹£ù: a circularidade como trânsito contra colonialista". Revista Calundu 4, n. 2 (4 gennaio 2021): 20. http://dx.doi.org/10.26512/revistacalundu.v4i2.34752.

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Abstract (sommario):
Este ensaio, em diálogo com a filosofia nagô, propõe a circularidade como um trânsito contra colonialista, fundamentado em Èá¹£ù Ẹnugbárijọ ”“ a boca que tudo come. Tal fundamento articula-se com o paradigma da pluriversalidade, com a diáspora e com a ancestralidade africana para orientar os princípios de um acontecimento dinâmico de vitalidade: o acontecimento-Èá¹£ù. Um acontecimento que interage com as diversas formas de vidas produzindo uma encruzilhada filosófica.
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Pinto Da Costa Júnior, Luiz Carlos. "Uma perspectiva afro-centrada para produção de narrativas". ALCEU 21, n. 44 (29 settembre 2021): 190–219. http://dx.doi.org/10.46391/alceu.v21.ed44.2021.248.

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Abstract (sommario):
O artigo reflete o atual estágio de uma pesquisa em andamento. O texto procura, a partir do repertório da filosofia afroperspectivista, indicar elementos de uma pedagogia popular do uso de tecnologias da informação e comunicação para a produção de narrativas. Esse esforço, de ordem conceitual e metodológico, evoca signos e personagens das histórias e culturas afro-brasileiras e africanas, em particular do Candomblé Nagô praticado no Brasil. O recurso a uma matriz simbólica afro-brasileira também se presta à desmistificação das tecnologias, na medida em que o uso de computadores, redes e outros dispositivos pode ser associado à mesma vivência cotidiana dedicada ao culto de Orixás.
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Silva, Welida Maria Gouveia, e Rubenil da Silva Oliveira. "As guardiãs das tradições religiosas: a representatividade das nochês em Os Tambores de São Luís e na poesia Comando Doce". Linha D'Água 35, n. 3 (5 dicembre 2022): 82–98. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v35i3p82-98.

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Abstract (sommario):
Este artigo propõe analisar comparativamente as nochês — mulheres negras, sacerdotisas e líderes — nos terreiros de Mina e Candomblé, respectivamente, na Casa das Minas e na Casa Jitolu de Os tambores de São Luís (MONTELLO, 2005) e a poesia Comando Doce (ILÊ AIYÊ, 2009). Ambas as obras destacam as sacerdotisas como guardiãs das tradições religiosas de matriz africana, sujeitos identitários e políticos que utilizam a religião como meio de resistência e de preservação cultural. Assim, busca-se, através deste estudo bibliográfico, evidenciar também o protagonismo feminino negro nos terreiros jeje-nagôs, oriundo dos povos iorubás, e o matriarcado como sistema de poder estrutural dessas comunidades. Além disso, este estudo mostra como a religião, com seus símbolos e rituais, continua sendo uma forma de resistência à dominação branca. Portanto, percebe-se que as mulheres têm papel fundamental na construção e na manutenção das comunidades religiosas e que os terreiros não são apenas lugares de orações, mas de preservação das tradições, dos costumes, da cultura e identidade negra.
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Prandi, Reginaldo. "Os orixás e a natureza". Estudos Afro-Brasileiros 3, n. 2 (9 agosto 2022): 285–307. http://dx.doi.org/10.37579/eab.v3i2.61.

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Abstract (sommario):
Na aurora de sua civilização, o povo africano mais tarde conhecido pelo nome de iorubá, chamado de nagô no Brasil e lucumi em Cuba, acreditava que forças sobrenaturais impessoais, espíritos, ou entidades estavam presentes ou corporificados em objetos e forças da natureza. Tementes dos perigos da natureza que punham em risco constante a vida humana, perigos que eles não podiam controlar, esses antigos africanos ofereciam sacrifícios para aplacar a fúria dessas forças, doando sua própria comida como tributo que selava um pacto de submissão e proteção e que sedimenta as relações de lealdade e filiação entre os homens e os espíritos da natureza.
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Souty, Jérôme. "O Cais do Valongo como palco religioso: ritual, memória e patrimônio num palimpsesto urbano". Religião & Sociedade 43, n. 3 (dicembre 2023): 99–128. http://dx.doi.org/10.1590/0100-85872023v43n3cap03.

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Abstract (sommario):
Desde a abertura ao público do sítio arqueológico do Valongo, em julho de 2012, numerosas performances artísticas e festivas, militantes, rituais e religiosas, acontecem no anfiteatro e na esplanada em torno do antigo cais. O artigo se interessa pela atuação das religiões de matrizes africanas nesse espaço, focalizando o ritual anual de lavagem do cais dos escravizados pelas Baianas. Ele mostra que as performances rituais ligadas ao candomblé de nação nagô-ketu (apesar de uma antiga e massiva presença bantu neste lugar) foram investidas de um papel central assim como de uma legitimidade singular no trabalho de resgate memorial, de afirmação de identidades e de reivindicação sociopolítica. Essas práticas populares, imateriais e efêmeras participam também da patrimonialização do Cais do Valongo.
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Santos, Larissa Ramos dos. "AS MATRIARCAS DO AXÉ". Revista Relicário 7, n. 13 (6 marzo 2021): 202–13. http://dx.doi.org/10.46731/relicario-v7n13-2020-160.

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Abstract (sommario):
Resumo Entre os séculos XVI e XIX, a escravidão gerou um intenso fluxo de comércio de escravos entre o Brasil e a costa ocidental da África. Junto com as populações escravizadas, também foram trazidas para cá inúmeras tradições, costumes e diversas religiosidades; dentre elas o candomblé e a tradição social, dentre as nações nagô, da autonomia feminina. Essas mulheres autônomas na esfera social, africanas e descendentes delas, foram as grandes matriarcas do famoso candomblé baiano, que formado na diáspora, foi fotografado e estudado durante décadas pelo francês Pierre Fatumbi Verger. O presente trabalho propõe uma análise sobre a representação da figura feminina no candomblé, em algumas fotografias de Verger. Palavras-chave: Diáspora. Representação. Mulheres. Abstract Between the 16th and 19th centuries, slavery generated an intense flow of slaves commerce between Brazil and the west coast of Africa. Along with the enslaved populations, many traditions, customs, and various religiosities have also been brought here; among them the Candomblé and the social tradition, among the Nagô nations, of feminine autonomy. These autonomous women in the social sphere, African and descendants of them, were the great matriarchs of the famous Bahian candomblé, photographed and studied for decades by Frenchman Pierre Fatumbi Verger. The present work proposes an analysis on the representation of the female figure in candomblé, in some of Verger’s photographs. Keywords: Diaspora. Representation. Women.
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Veras, Hermes de Sousa. "APREENSÃO COSMOLÓGICA DE LIVROS EM RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA NO PARÁ: ALGUNS ELEMENTOS ETNOGRÁFICOS". Revista Escritas 9, n. 1 (24 agosto 2017): 116–35. http://dx.doi.org/10.20873/vol9n1pp116-135.

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Abstract (sommario):
O presente artigo é uma tentativa de estudo sobre as formas como as pessoas de santo apreendem, ou mesmo leem livros sobre o universo afro-brasileiro. Partindo de um caso etnográfico específico, oriundo de pesquisa de campo junto a um terreiro de Mina Nagô na Amazônia paraense, trago a possibilidade de se compreender a leitura empreendida por afrorreligiosos como uma prática cosmológica e ritualmente orientada, portanto, devendo ser compreendida pelos próprios termos dessas religiões. Essa abordagem resulta em férteis relações entre o conhecimento letrado e o oral, o saber nativo e o antropológico, sugerindo que a compreensão das formas como afrorreligiosos se relacionam com a escrita necessita de estudos etnográficos mais específicos e que levem em consideração o que essas pessoas tem a nos dizer a respeito do tema.
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Junior, Evandro Luiz Andrade Morais. "O processo de espacialização do terreiro de Umbanda Mina Nagô Ogum das matas em Marabá-PA / The process of spatialization of the terreiro Mina Nagô Ogum das matas in Marabá-PA". Brazilian Journal of Development 8, n. 7 (15 luglio 2022): 51429–44. http://dx.doi.org/10.34117/bjdv8n7-181.

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Abstract (sommario):
O artigo apresenta considerações acerca da formação construtiva da religião no indivíduo dentro da sociedade e como impactou diretamente o processo de disseminação da cultura de matriz africana no país. Nessas relações, o espaço se torna a principal análise para estudos sobre a temática. O artigo debruça-se sobre em uma pesquisa qualitativa de fontes primárias e secundárias, no qual seu objetivo é a compreensão espacial entre as formas que foram atribuídas as práticas e ações nos espaços do terreiro na atualidade. O objeto de estudo atual foi o Terreiro Mina Nagô Ogum das Matas em Marabá/PA. Para alcançar tal objetivo houve uma construção de um referencial teórico, assim como, produção cartográfica e entrevista com o principal líder espiritual.
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Hasselmann, Janaína Gonçalves, Roberta Barros Meira e Maria Luiza SCHWARZ. "A prece da África nas matas de cá: a pureza versus o panteão mitológico do candomblé angola sob a perspectiva do Nzo Nkise Nzazi". Revista Memória em Rede 11, n. 21 (30 gennaio 2020): 59–82. http://dx.doi.org/10.15210/rmr.v11i21.16229.

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Abstract (sommario):
O artigo visa contribuir para as pesquisas sobre candomblé angola trazendo uma releitura do culto aos orixás. O uso metodológico da história oral permite-nos perceber no passado e presente os significados distintos que contestam uma homogeneidade geralmente atribuída ao panteão mitológico das religiões de matriz africana. Focalizaremos as divindades cultuadas no Nzo Nkise Nzazi, que tem sua sede litúrgica situada no município de Araquari (SC). O nzoapresenta-se como um terreiro de candomblé de modalidade angola cujo panteão mitológico é tributário da cosmovisão banto, refletindo sinais distintivos de identidade perante as casas jeje-nagô. Os objetivos também serão apontar a relação entre as divindades cultuadas no candomblé angola e, com isso, dialogar com os debates do campo do patrimônio ambiental.
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Uzêda, André Luís Mourão de. "No balanço das águas de Mareia". Cadernos de Educação Básica 7, n. 1 (29 aprile 2022): 195–99. http://dx.doi.org/10.33025/ceb.v7i1.2925.

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Abstract (sommario):
Resenha crítica do romence Mareia (2019), de Miriam Alves. A leitura parte de duas chaves de leitura para ressaltar o aspecto de reivindicação de uma reparação histórica para com a população negra de descendência africana que ainda hoje sofre com o racismo estrtutural em razão do regime colonial e escravagista. A primeira toma o diálogo indireto com os personagens do romance O cortiço (1890), de Aluísio Azevedo, mencionado pela própria autora em artigo de 2019. A segunda traça paralelo com a simbologia do mar na tradição nagô-yorubá representada pela figura arquetípica do Orixá feminino Yemanjá, senhora dos mares e oceanos. Ao final de nossa análise, pontuamos a necessária defesa de uma política de reparação histórica para com as populações negras e indígenas brasileiras relacionando-a com o papel fundamental a ser ocupado pela Educação Básica nesse projeto.
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Antônia Lima Pavei, Maria, e Gutemberg Alves Geraldes Junior. "AS CARACTERÍSTICAS ARQUETÍPICAS E SUAS RESSONÂNCIAS NOS ORIXÁS FEMININOS DA UMBANDA". Linguagens - Revista de Letras, Artes e Comunicação 15, n. 2 (17 dicembre 2021): 153. http://dx.doi.org/10.7867/1981-9943.2021v15n2p153-173.

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Abstract (sommario):
A Umbanda apresenta, em algumas ramificações, a presença do culto aos Orixás, nas quais se utilizam de mitos e símbolos da mitologia iorubá, trazida pelos escravos africanos da cultura nagô-yorubá. Esta crença traz em suas lendas, a expressão feminina como protagonista, representada pelas Yabás, sendo as mais cultuadas no rito umbandista: (a) Iemanjá; (b) Iansã; (c) Oxum e (d) Nanã, conhecidas também como as mães d'água. Em suas narrativas mitológicas, elas apresentam características humanas, sendo suscetíveis às incertezas, gerando, dessa forma, uma identificação humana com as entidades sagradas, norteada neste artigo pelo comportamento psíquico da mulher. O presente estudo busca analisar as representações simbólicas dos Orixás femininos, diante de seus mitos, símbolos e pontos cantados, apresentados na obra de Ademir Barbosa Júnior (2014) e Janaína Azevedo (2010). Ao identificar os fatores predominantes que singularizam cada Yabá, fundamenta-se, com base na psicologia analítica desenvolvida por Carl Gustav Jung (2000), o conceito de inconsciente coletivo e sua ancestralidade. O estudo aqui realizado, dá-se por meio de uma pesquisa qualitativa descritiva e tem como objetivo identificar os padrões individuais de cada Orixá e, a partir disso, reconhecer a similaridade arquetípica de cada uma, dentre os dezesseis arquétipos trazidos à luz sob o olhar das pesquisadoras Mark e Pearson (2001). Entende-se, dessa forma, que ao reconhecer os padrões de cada personalidade, o inconsciente coletivo identifica esses símbolos, destacando uma característica predominante em cada Orixá, sendo Iemanjá a Grande Mãe, Nanã como Mago, Iansã o Herói e Oxum a Amante.
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Silva, Wermerson Meira, e João Diogenes Ferreira Dos Santos. "Memória em Nietzshe:". Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF 21, n. 2 (15 settembre 2022): 93–104. http://dx.doi.org/10.5335/srph.v21i2.13746.

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Abstract (sommario):
Este artigo tem por objetivo trazer a dança sagrada na memória e história de Nietzsche através das comunidades de terreiros, compreendida como expressões corporais representadas através da memória no que diz respeito à dança, o corpo e os toques da Orixá Oxum, bem como, a ação de lembrar trazendo o pressuposto de que a memória também é uma instância de criação e existência. Além disso, apontar como é possível pensar a dança e o corpo como elementos constitutivos da dança e filosofia de Nietzsche. Embalados pela problemática: como a dança sagrada nos terreiros de candomblé da nação ketu/Nagô reflete a memória em movimento trazida por Nietzsche? Com isso propomos uma discussão das teorias embasada de Nietzsche que nos contribui a situar a memória em movimento através dos acontecimentos que resulta nas relações sociais de grupos contribuídas através da história, contatos, lembranças, expressões e recordações. Como metodologia de pesquisa, faremos uma busca no acervo utilizando o referencial teórico de Nietzsche e suas concepções de dionisíatico, apolíneo presentes na obra de Nietzshe: Assim falou Zaratustra, para pensarmos nas relações do corpo e dança na construção de uma vida de arte e da superação do homem e da relação destruição-criação entre o apolíneo e o dionisíaco, discutindo a imagem do corpo e da dança como movimento de superação, abrindo perspectiva acerca da vida e da mais profunda necessidade de afirmação que o candomblé congrega valores das diversas etnias africanas, como forma de resitência, imbuído na vontade de ensinar o ser humano o sentido de ser. Dessa forma, as memórias contidas na dança em seus corpos incorporados pelos/as Orixás, transmitem as suas narrativas míticas, podendo ser aplicada na força espiritual que contribui para a resitência e sobrevivência nos terreiros de candomblé, para sua (re)significação religiosa e comunitária. mesmo diante dos sofrimentos ocorridos relacionados ao racismo e preconceito religioso.
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Moreira-dos-Santos, Frederik, e Andreza Bispo dos Anjos Santos. "Construção da Natureza: narrativas mitológicas de base naturalista em comunidades Iorubás no Brasil". Revista Perspectiva Filosófica - ISSN: 2357-9986 49, n. 2 (3 maggio 2022): 544. http://dx.doi.org/10.51359/2357-9986.2022.253894.

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Abstract (sommario):
Neste ensaio discutiremos desdobramentos investigativos do naturalismo humanista de John Dewey a fim de nos fornecer um suporte mais amplo para uma teoria geral do conhecimento que dialogue em nosso mundo contemporâneo pluricultural em que injustiças no campo epistêmico também ocorrem com frequência. Ressaltamos que não é nosso objetivo mostrar que o conhecimento ancestral é epistemicamente superior ao científico, mas reconhecer que ele é especialmente importante no processo de adaptação biossocial ao seu território. É, também, um marco sócio-histórico que abarca tradições de matriz cultural africana e características culturais de outras comunidades tradicionais do Brasil. Delineamos nossa perspectiva a partir de autores que emergem da filosofia afro-brasileira (principalmente Muniz Sodré), que trouxeram à tona o sentido do papel social e existencial das narrativas mitológicas, ritualísticas e ancestrais, nas comunidades de candomblé. Inicialmente, apresentamos o conceito de naturalismo, inspirado na teoria da investigação de John Dewey como teoria geral do conhecimento e da cultura, da qual aplicamos elementos de sua análise geral na cosmologia iorubá. Existem experiências integradoras afro-brasileiras que são cruciais para a construção dessa cosmologia. Neste ensaio, apresentamos, também, o compromisso empírico e sociopolítico de criar significados a partir da experiência em uma perspectiva holística sobre a Natureza. Exploramos o conceito de Natureza de ambas as perspectivas (a deweyana e a nagô) e demonstramos que existem convergências notáveis. Em seguida, concluímos que o espectro de abordagens significativas (rituais, narrativas, normatividade e integração cultural) para lidar com a Natureza torna o sentido de mundo iorubá próximo a um naturalismo em seus próprios termos.
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Santos Sobrinha, Maria da Conceição Bezerra dos. "AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS AFRICANOS NA MEMÓRIA DE MÃE BILINA DE LARANJEIRAS". Revista de História da UFBA 10, n. 2 (30 dicembre 2022). http://dx.doi.org/10.9771/rhufba.v10i2.52435.

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Abstract (sommario):
Este trabalho se dedica a realizar apontamentos acerca das representações sociais presentes nos relatos orais de Umbelina Araújo, “Mãe Bilina” de Laranjeiras, primeira aloxa (liderança religiosa) do Terreiro de Santa Bárbara Virgem. Umbelina Araújo nasceu em 1879, se denominava como uma “nagô legítima”, neta de quatro africanos, e a herdeira do legado religioso e simbólico nagô, na cidade de Laranjeiras nas primeiras décadas após abolição da escravidão. A comunidade nagô de Laranjeiras, é reconhecida, pela historiografia, como o primeiro terreiro nagô de Sergipe, fundada por africanos advindos da “Costa dos Escravos”. Em 1970, então liderados por Dona Umbelina Araújo, foram reconhecidos como praticantes da “pureza nagô”, uma espécie de ortodoxia do culto aos orixás em Sergipe. Dentro deste contexto, Umbelina Araújo concedeu cerca de treze entrevistas à pesquisadora Beatriz Góis Dantas, presentes na obra “Vovó Nagô e Papai Branco”. Seus relatos, transformados em fontes orais, condensam e expõem um rico universo mental, composto por um arcabouço mítico nagô, e um bojo ético-moral que que lhe foram transmitidos pelos africanos, com os quais “Mãe Bilina” conviveu desde a sua infância.
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Alves Neto, Manoel Gildo. "A encruzilhada como corpo-tambor na trajetória da dança afro-gaúcha de Mestra Iara". Repertório 1, n. 39 (18 settembre 2023). http://dx.doi.org/10.9771/rr.v1i39.50137.

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Abstract (sommario):
Este artigo apresenta parte da trajetória da artista gaúcha Maria Iara Santos Deodoro (Mestra Iara), a partir da perspectiva dos saberes estéticos-corpóreos emergentes das práticas artístico-pedagógicas desenvolvidos nos últimos 48 anos através do ensino e criação em Dança Afro-Gaúcha no Rio Grande do Sul. Partindo do conceito de motriz cultural e da noção de estética nagô odara, expomos especificamente a importância da encruzilhada corpo-tambor na produção de uma arte cuja estética singular, calcada numa ética coletiva, é evocada a partir de imersões nas memórias africanas resguardadas, eminentemente, nos toques dos tambores do sul do Brasil. Apresentamos também o surgimento do Grupo Afro-Sul de Música e Dança em Porto Alegre, fundado no contexto das insurgências do Movimento Negro nas Artes Cênicas na década de 1970, tendo Mestra Iara como uma das fundadoras. A reflexão evidencia o contexto das Dança Negras no sul do Brasil destacando suas corporeidades, cuja expressividade emerge da ancestralidade africana, mobilizando corpos através da rítmica dos tambores do sul do Brasil, herança da diáspora negra nas Américas.
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Marques, Joice Caroline de Jesus, e Lenira Pereira da Silva. "DO AFRO À ÁLGEBRA: um estudo da trança nagô". ACERVO - Boletim do Centro de Documentação do GHEMAT-SP 5 (19 ottobre 2023). http://dx.doi.org/10.55928/acervo.2675-2646.2023.5.115.

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Abstract (sommario):
O objetivo deste texto é apresentar um extrato de uma pesquisa realizada em 2021 como trabalho de conclusão de curso, que relaciona elementos de Álgebra de matrizes com o ato de executar a trança afro nagô. O problema que norteou o estudo foi: Qual o tipo de Álgebra existente no processo de trançar cabelos? Trata-se de um estudo qualitativo bibliográfico e experimental com abordagem Etnomatemática. Ele é fundamentado principalmente nos teóricos D’Ambrosio (1998, 2005, 2019) e Gerdes (2012), reconhecidos como grandes nomes da etnomatemática, sendo consideradas, também, as contribuições de Santos (2013), que relaciona o uso das tranças africanas com a geometria, entre outros conceitos matemáticos. Como resultado, identificamos a álgebra das matrizes com a utilização da divisão, adição e translação na construção de uma trança nagô e apresentamos um fragmento de um infográfico ilustrando e resumindo esse processo.
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Oliveira Junior, Geraldo Barboza de. "O Ilê Axé Nagô Oxaguiã: um Terreiro de Candomblé e Jurema no sertão (Semiárido) da Região Nordeste do Brasil." AntHropológicas Visual 3, n. 4 (25 ottobre 2018). http://dx.doi.org/10.51359/2526-3781.2018.234953.

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Abstract (sommario):
Sinopse:Desde 2010 o Ilê Axé Nagô Ôxáguiã encontra-se em atividade na cidade de Caicó, Rio Grande do Norte, trazendo consigo segmento de Candomblé da nação Nagô e o segmento da Jurema.No ano de 2016, o Ilê Axé Nagô Ôxáguiã, através de seu representante, Pai Aderbal, passa a integrar o Conselho do Desenvolvimento Sustentável do Território da Cidadania do Seridó, compondo a Câmara de Comunidades Tradicionais; que agrega representantes de comunidades quilombolas, Ordem do Rosário, Casas de Candomblé.O Candomblé de Pai Aderbal está sendo visto como instituição de referência para a academia (alguns projetos acontecem em parceria com a UFRN), para a Secretaria de Saúde e Assistência Social. Houve o reconhecimento deste terreiro como local de referência de bem-estar para pessoas de baixa renda (em maior número). Na atualidade, o terreiro avança no sentido de se tornar legal juridicamente. É o primeiro passo em sua afirmação política e social enquanto instituição que agrega valores da cultura africana e ameríndia na região do Seridó.sinopsis:Since 2010, Ilê Axé Nagô Ôxáguiã is active in the city of Caicó, Rio Grande do Norte, bringing with it segment of Candomblé of Nagô nation and the segment of Jurema.In 2016, Ilê Axé Nagô Ôxáguiã, through its representative, Father Aderbal, becomes part of the Sustainable Development Council of the Seridó Citizenship Territory, composing the Chamber of Traditional Communities; Which includes representatives of quilombola communities, Ordem do Rosário, Casas de Candomblé.The Candomblé of Pai Aderbal is being seen as a reference institution for the academy (some projects happen in partnership with UFRN), for the Secretariat of Health and Social Assistance. There was recognition of this terreiro as a place of reference of well-being for people of low income (in greater number). At present, the terreiro advances in the sense of becoming juridically legal. It is the first step in its political and social affirmation as an institution that adds values of the African culture in the region of Seridó.Palabras-chave:Candomblé, Jurema, Caicó.KeyWords: Candomblé, Jurema, Caicó.Ficha técnica:Autora:Geraldo Barboza de Oliveira JuniorFotografias: Acervo do Autor: Geraldo Barboza de Oliveira JuniorDireção, Edição de Imagem e Texto: Geraldo Barboza de Oliveira JuniorFicha técnica:Autora:Geraldo Barboza de Oliveira JuniorFotografía:Geraldo Barboza de Oliveira JuniorDirección:Geraldo Barboza de Oliveira Junior
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Fiori, Eneida Da Silva, e Luiz Fernando Conde Sangenis. "Quase secularização: um estudo sobre as relações entre a cultura brasileira, a religiosidade popular e a laicidade da escola pública". Educação, Ciência e Cultura 27, n. 2 (8 novembre 2022). http://dx.doi.org/10.18316/recc.v27i2.8723.

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Abstract (sommario):
As investigações em torno da laicidade do estado e da escola pública criaram o consenso de que a sociedade brasileira apresenta dificuldades para atomizar-se estritamente ao campo político sem a interveniência da esfera da religião. Importa, agora, pensar as causas que podem explicar as razões para que o processo de secularização/desencantamento, no contexto brasileiro, se configure diferenciado. Argumentamos que a teoria da secularização, elaborada em sociedades cristãs europeias, não tem a mesma eficácia teórica para explicar outros processos de secularização em sociedades não europeias. A cultura brasileira, além do cristianismo, formou-se a partir de diversas matrizes religiosas, a indígena e a africana, num imbricado processo de sincretização. Destacamos a influência africana, particularmente a tradição religiosa nagô-yorubá, que permeou o complexo cultural brasileiro. Mesmo em ambientes católicos, ainda hegemônicos, vigora uma compreensão mágica e sacral da realidade. Ao contrário do que se esperaria, o mundo continua encantado e permeado por forças sobrenaturais que inibem a potência secularizante do cristianismo.
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Capone, Stefania, e Mariana Ramos de Morais. "AFRO-PATRIMÔNIO NO PLURAL: A MISTURA NO CANDOMBLÉ COMO VALOR EXCEPCIONAL". Vivência: Revista de Antropologia 1, n. 55 (11 dicembre 2020). http://dx.doi.org/10.21680/2238-6009.2020v1n55id23531.

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Abstract (sommario):
Este artigo propõe uma reflexão sobre o processo de patrimonialização das religiões afro-brasileiras, com foco especial no candomblé. Desde pelo menos a década de 1950, essa religião, quando entendida como um dos elementos que compõem a cultura popular, sobretudo os vinculados aos afrodescendentes, tem sido valorizada na construção de uma ideia de nação brasileira. No entanto, tal valorização não ocorre sem conflitos e negociações, evidenciados no tombamento de alguns terreiros de candomblé pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Dentre os poucos terreiros alçados a patrimônio nacional, os de matriz jeje-nagô são predominantes. Associações de adeptos de candomblé que reivindicam uma herança cultural banta questionam essa hegemonia. Para tanto, esforçam-se em cravar à sua representação uma raiz africana “autêntica”, lançando-se na busca de uma África banta, ou tentam fazer da “mistura” sua marca distintiva
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Inocencio ferreira lima, Raisa. "Pensar Nagô nos Banhos: preâmbulos para a cura e a defesa da ferida colonial". Revista Calundu 5, n. 2 (6 gennaio 2022). http://dx.doi.org/10.26512/revistacalundu.v5i2.34570.

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Abstract (sommario):
Este artigo pretende primeiro introduzir uma leitura de Pensar Nagô, livro publicado em 2017, escrito por Muniz Sodré. Neste livro, o autor busca, por meio de noções como analogia e transculturalidade, retomar a concepção clássica da filosofia, isto é, como modo de vida e de existência. Assim sendo, trabalharemos suas primeiras conceituações estabelecendo um diálogo com a filosofia para promover uma sistematização do pensamento de matriz africana, sem reduzir sua força e potência sensível. Apresentaremos noções como: axé, arkhé (princípio em grego), ayó (alacridade), dentre outras que dão sustento à corporeidade e à imanência do ritual e do transe. Ademais, nos é fundamental apresentar uma dissertação sobre as Ìyás, as grandes mães detentoras do axé e da transmissão iniciática. No segundo momento, dissertaremos sobre as práticas dos Banhos desde uma perspectiva pessoal, relatada como experiência vivida e sensível, rendendo homenagem às (minhas) Ìyás e à força de resistência e potência no axé, das águas e da figura de Iemanjá e Oxum. Desta maneira, será através da descolonização do pensamento operada por Muniz Sodré e pela prática dos banhos que ressignificaremos o uso das palavras na potência de vida para tornar possível e necessário uma filosofia como modo existencial - na cura e na defesa da ferida colonial.
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Mesquita, Renata Do Amaral. "Vivências negras nos Afoxés em Pernambuco". AntHropológicas Visual 5, n. 1 (19 settembre 2019). http://dx.doi.org/10.51359/2526-3781.2019.241781.

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Abstract (sommario):
O trabalho em questão apresenta um recorte narrativo de acontecimentos a partir do olhar de uma mulher negra e integrante de afoxé. O registro foto-documental surgiu a partir de uma pesquisa de campo que buscou investigar os processos de autoafirmação e fortalecimento racial de mulheres negras, considerando suas vivências e trajetórias nos afoxés da região metropolitana do Recife/PE. O afoxé se caracteriza como uma manifestação cultural negra em Pernambuco, popularmente conhecido pelos brincantes como “Candomblé de rua”, uma vez que tem suas raízes na religião de matriz africana, mais especificamente no Candomblé. Em yorubá, a palavra afoxé significa “o enunciado que faz acontecer”. Segundo os autores Antônio Risério e Carneiro, o afoxé tem suas origens nos antigos cortejos dos Reis do Congo. Essa manifestação tem em seu surgimento, uma ligação com o Movimento Negro Unificado, segundo aponta Monteiro (2008), Ivaldo (2009) e Souza (2016), no sentido de uma organização política negra, de luta, resistência e valorização do povo negro. De acordo com a tradição, o afoxé é fundado por uma Yalorixá (mãe de santo) ou um Babalorixá (pai de santo), pessoas que zelam pelo orixá, tendo cada afoxé um orixá patrono que traz consigo uma força ancestral. Dessa forma, todos os afoxés se desenvolvem a partir desse referencial, o Orixá, que rege e direciona os caminhos a serem seguidos, tal como: as cores, os cânticos que o evocam e exaltam; a vestimenta e, conseguinte, toda uma estética negra conforme a linhagem do orixá. Os grupos são compostos por integrantes que tem uma ligação religiosa com o terreiro, mas também por admiradores e/ou simpatizantes chamados de desfilantes que saem apenas no período do carnaval; ou ainda os que não tem nenhuma ligação com o terreiro, mas fazem parte do afoxé. Vale ressaltar que o candomblé e por conseguinte os afoxés, sãos espaços que aceitam e recebem o outro independente da cor/raça, etnia, orientação sexual, possibilitando que as pessoas adentrem nesse universo religioso e cultural, que perpassa gerações.No tocante às mulheres negras, diante de um modelo ocidental, branco e europeu de padronização dos corpos, do ser e do saber, o afoxé enquanto movimento cultural, religioso e político tem seu papel na desconstrução de estereótipos, bem como na afirmação da auto-identificação das mulheres como negras. Nessa perspectiva, uma vez que a cor da pele seja um elemento determinante na sociedade brasileira, Piedade (2017) aponta que a população negra e mais especificamente as mulheres negras, estão inseridas em um contexto de opressões, violências, racismo, sexismo e feminicídio. Todavia, os indivíduos e grupos sociais possuem suas próprias dinâmicas e estratégias para questionar as estruturas e a lógica do sistema em que vivem.Dessa forma, os afoxés, possuem como bandeira maior a luta contra o racismo e todas as formas de opressões, sendo esses espaços de fortalecimento, troca e partilha. Nesses espaços, as mulheres negras transfiguram a dor do racismo que adoece e silencia, na possibilidade de luta através do canto, do corpo, da dança, da memória ancestral e da musicalidade.Nesse sentido, o registro imagético foi realizado em março de 2019, durante o Encontro de Afoxés realizado anualmente no Pátio do Terço, local de grande importância para a memória da cultura negra, no tocante, às tradições ligadas principalmente ao culto do candomblé, bem como o surgimento dos primeiros terreiros nagôs liderados pelas Yalorixás: Tia Eugênia, Dona Sinhá, Dona Iaiá e Tia Badia.Palavras-chave: Gênero, Raça, Identidade, Afoxé.
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