Letteratura scientifica selezionata sul tema "Ligas Camponesas (Brazil)"

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Articoli di riviste sul tema "Ligas Camponesas (Brazil)"

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CARVALHO OLIVEIRA, PEDRO. "CABO DE GUERRA FRIA: as Ligas Camponesas de Pernambuco frente à política estadunidense para Brasil por intermédio da Aliança Para o Progresso". Outros Tempos: Pesquisa em Foco - História 17, n. 29 (12 febbraio 2020): 34–57. http://dx.doi.org/10.18817/ot.v17i29.702.

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Abstract (sommario):
Este trabalho tem por objetivo examinarcomoa vigilância empreendida pelosEUA, por meio da CIA e de seus consulados,àsLigas Camponesas de Pernambuco,estado considerado fortemente propício a levantes políticosno início do ano de1960, sobretudo após a Revolução Cubana de 1959, gerou preocupação com as estruturas arcaicas da região rural. Projetos como a Aliança Para o Progresso (1961) almejavam contribuir para o desenvolvimento da região sob a ordem estadunidense,garantir sua hegemonia hemisférica,reduzir as possibilidades de ação das Ligas e fornecer às elites locais nordestinas subsídios às suas própriasdirigências. Para defendermos estahipótese, observaremos como a fragmentada formação política brasileira possibilitou este processo. Palavras-chave: Ligas Camponesas.Relações Brasil-EUA.Guerra Fria. TUG OF COLD WAR:the Peasant Leagues of Pernambuco and the foreign policies of United States through the Alliance for Progress Abstract: this work aims to examine how the vigilance undertaken by the US, through the CIA and its consulates, to the Peasant Leagues of Pernambuco, a state considered strongly conducive to political upheavals in the early 1960s, especially after the Cuban Revolution of 1959, generated concern about the archaic structures of the rural region. The Alliance for Progress (1961) aimed to contribute to the development of the region under the American order, to guarantee its hemispheric hegemony, to reduce the possibilities of action of the Leagues and to provide the local elites of the Northeast their own hegemonies. In order todefend this hypothesis, we will observe how the fragmented Brazilian political formation made this process possible. Keywords:Peasant Leagues. Brazil-USA Relations. Cold War. EL CABLE DE GUERRA FRÍA: las Ligas Campesinas de Pernambuco frente a lapolíticaestadunidense paraBrasil por intermedio de la Alianza Para el Progreso Resumen: Este trabajo tiene por objetivo examinarcomola vigilancia emprendida por los Estados Unidos, por medio de la CIA y sus consulados, a las Ligas Campesinas de Pernambuco, estado considerado fuertemente propicio a levantamientos políticos a principios delañode1960, sobre todo después de la Revolución Cubana de 1959, generó preocupación por las estructuras arcaicas de la región rural. Proyectos como la Alianza para el Progreso (1961) deseaban contribuir al desarrollo de la región bajo el orden estadounidense, garantizar su hegemonía hemisférica, reducir las posibilidades de acción de las Ligas y proporcionar a las élites locales nordestinas subsidios a sus propias dirigencias. Para defender esta hipótesis, observaremos cómo la fragmentada formación política brasileña posibilitó este proceso. Palabras-clave: Ligas Campesinas. Relaciones Brasil-EUA.Guerra Fría.
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Porfirio, Pablo Francisco de Andrade. "Escritos políticos de Francisco Julião no processo de redemocratização do Brasil (1981-1985)". Topoi (Rio de Janeiro) 16, n. 31 (dicembre 2015): 616–40. http://dx.doi.org/10.1590/2237-101x016031011.

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Abstract (sommario):
RESUMO Francisco Julião ficou conhecido, nacional e internacionalmente, pela sua ação frente às Ligas Camponesas, em Pernambuco, entre meados de 1950 e o golpe civil-militar de 1964. Advogado dos camponeses, deputado estadual e federal pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) foi preso em junho de 1964 e conseguiu asilo político na embaixada do México, no Rio de Janeiro, em outubro do ano seguinte. Na historiografia, esse é o período mais conhecido de sua trajetória política. Este artigo, contudo, estuda as suas ações no momento pós-exílio, a partir de 1979, com destaque para o período da redemocratização do Brasil e, mais especificamente, o movimento de Diretas Já. Procura-se analisar como, nesse período, Francisco Julião operou com o seu passado de líder das Ligas Camponesas, colocando sua memória em diálogo com a escrita sobre o tempo presente, ou seja, o processo de redemocratização do país.
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Simonetti, Thiago França, e Bruno Maia Halley. "Josué, Julião e as ligas: R-existencias camponesas". Revista Mutirõ. Folhetim de Geografias Agrárias do Sul 1, n. 2 (7 ottobre 2020): 170. http://dx.doi.org/10.51359/2675-3472.2020.246722.

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Abstract (sommario):
O artigo constitui uma ligeira contribuição à retomada de dois intelectuais, políticos e ativistas sociais no Brasil do século XX, Josué de Castro e Francisco Julião, procurando elucidar suas práticas sociais empreendidas a favor do movimento das Ligas Camponesas no Nordeste brasileiro, no período que antecedeu o Golpe Militar de 1964. A pesquisa aporta-senas trajetórias destes atores sociais, marcadas pela contestação e pela denúncia das mazelas sociais, em especial no campo brasileiro, reveladoras de um engajamento e de uma luta político-social que aproximou Josué e Julião, seja nos palanques eleitorais e no contato direto com os camponeses, seja nas suas ações a favor da reforma agrária e contra a fome e o latifúndio monocultor. Na vanguarda do seu tempo, Josué e Julião lutaram juntos pelos camponeses, externando o modo de vida destes trabalhadores rurais imerso em outras cognições e matrizes de saberes reveladoras de r-existências identitárias ao seu território de vivência, o simbólico Engenho Galileia, frente à lógica perversa da monocultura canavieira da Zona da Mata Pernambucana.
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Santos, Maria Clyvia Martins dos, e Marco Antonio Mitidiero Junior. "“A tragédia de Mari”". REVISTA CAMPO-TERRITÓRIO 15, n. 37 Ago. (20 ottobre 2020): 139–68. http://dx.doi.org/10.14393/rct153707.

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Abstract (sommario):
Este trabalho pretende contribuir com o estudo da luta pela terra no Brasil, dando ênfase a atuação das Ligas Camponesas no município de Mari-PB. Procuramos neste trabalho investigar a partir da história territorial desse município, a chamada “Tragédia de Mari”, a qual é produto da estrutura agrária brasileira, marcada pela alta concentração de terras de um lado, e camponeses sem terra, do outro. Esse quadro desigual tem gerado historicamente a violência desenfreada no campo brasileiro, atingindo aos que resistem e lutam por condições melhores de sobrevivência. É nesse contexto de resistência que se insere a chamada “tragédia de Mari” ocorrida em 15 de janeiro de 1964. Neste fatídico dia, os camponeses de Mari foram os alvos da ação comandada pelo latifúndio, e reagindo contra as agressões deram início ao confronto que resultou em mortes e feridos.
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Santos, Nivalter Aires. "Questão nordestina: esboço de uma interpretação a partir da questão meridional de Gramsci". MovimentAção 4, n. 07 (13 luglio 2017): 108–30. http://dx.doi.org/10.30612/mvt.v4i07.7394.

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Abstract (sommario):
Este trabalho objetiva propor uma interpretação da questão nordestina no Brasil, a luz da produção intelectual de Antonio Gramsci sobre a questão meridional. Não se pretende dar conta de explicar a complexa dinâmica do capitalismo atual, mas sim entender historicamente a formação de uma questão nordestina. Para isso, usaremos, principalmente, os conceitos de Bloco Histórico, Revolução Passiva, o papel dos Intelectuais, e a importância da aliança Operário-Camponesa para emancipação das classes subalternas. Como resultado observa-se a validade dessa interpretação para entendimento das contradições presentes na região Nordeste, desde a formação do Estado brasileiro, e especialmente no auge no processo de lutas das Ligas Camponesas, criação e atuação da SUDENE entre as décadas de 1950 e 1960, e o abafamento desse processo de lutas com o Golpe de 1964.
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BORBA, Carlos Alberto Vieira. "DA LUTA PELA TERRA AO ATAQUE AO LATIFÚNDIO: A MOBILIZAÇÃO CAMPONESA EM DEFESA DA REFORMA AGRÁRIA “NA LEI OU NA MARRA”". Tempos Históricos 23, n. 1 (26 novembre 2019): 154–83. http://dx.doi.org/10.36449/rth.v23i1.22369.

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Abstract (sommario):
No final dos anos de 1950 e início de 1960, o estado de Goiás foi palco de inúmeros conflitos agrários envolvendo posseiros e grileiros em virtude do estabelecimento do mercado capitalista de terras deflagrado com a construção de Brasília. A resistência dos posseiros contra a expropriação de suas terras somou-se a mobilização em defesa da reforma agrária, levando-os a se aproximarem da proposta de “reforma agrária na lei ou na marra” elaborada pelas Ligas Camponesas do Nordeste. Através da mobilização dos camponeses em sucessivas reuniões e congressos que resultou na elaboração de uma proposta de reforma agrária que propunha atacar frontalmente o latifúndio e romper com o papel desempenhado pelo Brasil na economia mundial, buscamos demonstrar as potencialidades do campesinato enquanto classe social e como a agitação no campo foi determinante para o golpe civil-militar de 1964.
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Jesus, Charles Travezani de. "Organização sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais do Espírito Santo: o processo de construção da FETAES". Argumentum 3, n. 1 (1 settembre 2011): 259. http://dx.doi.org/10.18315/argumentum.v3i1.1439.

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Abstract (sommario):
O presente trabalho remonta a história da formação e consolidação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Espírito Santo através de entrevistas e análise documental; visa compreender os posicionamentos dessa organização frente às mudanças que vêm ocorrendo no Brasil da década de1960 até a década de 1990. Partindo da premissa que os movimentos camponeses são expressão de uma sociedade capitalista e, no caso do Brasil, de um país capitalistadependente, a pesquisa bibliográfica identifica: o lugar do Brasil em uma economia capitalista mundializada e como que o desenvolvimento da ordem social competitivacriou as contradições que deram origem às rebeliões do campo. Analisa o processo de amadurecimento dos movimentos camponeses, principalmente, o surgimento das Ligas Camponesas ligadas a Francisco Julião e a intervenção do Partido Comunista Brasileiro e como a movimentação promovida por essas duas organizações vão criar a base para o surgimento do Movimento sindical dos Trabalhadores e TrabalhadorasRurais (MSTTR). Destacamos a intervenção do PCB que vai promover junto com o Partido Trabalhista Brasileiro um grande processo de sindicalização dos trabalhadoresrurais. O MSTTR no inicio da década de 1960 vai chegar ao seu auge com o surgimento da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG). Ao mesmo tempo oBrasil que estava sendo governado por um presidente que de certa forma se aproximava dos movimentos populares sofre o golpe militar e o movimento sindical passa ser atrelado ao estado, inaugurando assim a fase dos sindicalistas pelegos noMSTTR. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Espírito Santo nasce em meio ao regime militar e até a década de 1980 vai ser hegemonizada pelos pelegos. Nadécada de 1970 um novo grupo político passa a ser articulado no MSTTR do Espírito Santo, apoiado por setores progressistas da igreja Católica, esse grupo foi chamado deoposição sindical e vai, na década de 1980, disputar a hegemonia do MSTTR com os chamados pelegos. Quando esse grupo alcança a hegemonia, a sociedade brasileira passa por profundas mudanças que vão atuar de forma a alterar os posicionamentos da oposição sindical.
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Porphirio, Max Fellipe Cezario. "A Identidade Negra como instrumento de luta entre os trabalhadores rurais, 1954-64." Diálogos 23, n. 3 (15 ottobre 2019): 241–58. http://dx.doi.org/10.4025/dialogos.v23i3.44293.

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Abstract (sommario):
Influenciados pelas discussões desenvolvidas por Álvaro Nascimento no artigo Trabalhadores Negros e o “Paradigma da Ausência”: contribuições à história social do trabalho no Brasil, pensamos este trabalho, cujo objetivo é analisar a instrumentalização da identidade negra nas estratégias argumentativas do Partido Comunista Brasileiro (PCB), das Ligas Camponesas e da Igreja Católica, forças que atuaram no campo brasileiro entre 1945 e 1964. Para tanto, consultamos um conjunto diversificado de periódicos e dialogamos com produções de diferentes centros de pesquisa.
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Silva, João. "Frentes de trabalho e ligas camponesas: movimentos populares, conflitos e sobrevivência (1960-1976)". Revista Galo 1, n. 3 (18 luglio 2021): 141–54. http://dx.doi.org/10.53919/g3d8.

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Abstract (sommario):
Este artigo procura abordar as ações estabelecidas nas Frentes de Trabalho no Rio Grande do Norte e as Ligas Camponesas em Pernambuco. Espaços de resistência e conflitos, onde os retirantes da seca a partir do programa norte americano Aliança para o Progresso se estabelecem como agentes modernizadores através de suas funções voltadas à construção de obras emergenciais. A partir da obra de Henrique Alonso, “Criar Ilhas de Sanidade: os Estados Unidos e a Aliança para o Progresso no Brasil (1961-1966)”, o documentário norte americano “The Troubled Land” de 1961 que aborda o tema das Ligas Camponesas no interior pernambucano, e matérias publicadas no Diário de Natal entre 1960 e 1970, foi possibilitada a ampliação do repertório investigativo sobre tal temática. Os resultados mostram que as muitas intervenções realizadas entre as décadas de 1960 e meados de 1970 surgiram como paliativas diante das intempéries climáticas nordestinas, além do reflexo da proposta modernizadora estabelecida pelos Estados Unidos da América aos países que aderissem ao programa. Diante dos fatos, a população necessitada, que buscava aflita por um meio de sobrevivência, encontrou nas ações da elite oligárquica, ainda que não em definitivo, uma solução.
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SANTOS, Leonardo Soares dos. "A EXPERIÊNCIA DA TEORIA DAS “TESES” NA PRÁTICA DA “LAVOURA”: PEQUENOS LAVRADORES, MILITANTES COMUNISTAS E LUTA PELA TERRA NO SERTÃO CARIOCA (1945-1964)". Tempos Históricos 23, n. 2 (14 aprile 2020): 375–409. http://dx.doi.org/10.36449/rth.v23i2.21736.

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Abstract (sommario):
Este artigo trata da intervenção das organizações políticas camponesas na produção agrária e conflitos rurais no cinturão verde do Rio de Janeiro. Durante a Era Populista (1945-64) na zona rural desta cidade, uma urbanização intensiva das áreas agrícolas mudou as relações de produção e as formas de ocupação da terra. Os territórios entre a frente urbana e os locais suburbanos foram rapida e intensamente ocupadas por residencias e indústrias.Não-intensionalmente ou intensionalmente, isso destruiu muitas das antigas plantações e práticas tradicionais. Os pequenos lavradores começaram a resistir contra aquela expropriação e exploração. Para tanto, eles criaram várias organizações camponesas na zona rural: Sindicatos rurais, Ligas Camponesas, Cooperativas, Associações de Pequenos Lavradores, Intendências Agrícolas.Nos anos 1920 e 1930, aquelas organizações acima privilegiaram as dimensões econômicas da produção. Desde os anos 1940, em paralelo com um extraordinário crescimento no número de organizações, houve um engajamento daqueles agentes nos conflitos de terra e nos movimentos sociais rurais. Além da expansão urbana, a decisiva atuação do PCB (Partido Comunista do Brasil) foi uma causa dessa mudança.
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Tesi sul tema "Ligas Camponesas (Brazil)"

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Rocha, Damião Cosme de Carvalho. "Nas franjas da história: singularidade e distinção na constituição da Liga Camponesa de Matinhos na terra dos Carnaubais – Piauí". Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2017. https://tede2.pucsp.br/handle/handle/19982.

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Abstract (sommario):
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-04-12T14:05:54Z No. of bitstreams: 1 Damião Cosme de Carvalho Rocha.pdf: 4230112 bytes, checksum: 5ced09cdfcdd01de5f53a5344a1153a2 (MD5)
Made available in DSpace on 2017-04-12T14:05:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Damião Cosme de Carvalho Rocha.pdf: 4230112 bytes, checksum: 5ced09cdfcdd01de5f53a5344a1153a2 (MD5) Previous issue date: 2017-04-27
Fundação de Amparo a Pesquisa do Piauí - FAPEPI
Secretaria Municipal de Educação - SEMEC
Universidade Estadual do Piauí - UESPI
In the late 1950s and early 1960s, agrarian reform in Brazil fell on the national agenda as an urgent and pressing need. Among the different political and social actors who defended it and those who rejected it, there was a point of convergence: the misery and abandonment of the rural man, as well as the immediate need to solve it, in the danger of the nation being destabilized By a great social revolution. The peasant leagues received from the press, from other political subjects active in the period, and also from memory, the symbolic meaning of this attestation of social upheaval in which Brazil and, particularly, the northeast experienced. Anchored in the importance of this moment for the History of Brazil and Piauí in particular, the core objective of this research is to analyze the process of formation of the Peasant Leagues in the State, based on the successful, singular and distinct experience of the League of Matinhos in the land of the Carnaubais. In this perspective, the analysis is based on the constitution of this social movement based on the systematic struggle of rural workers who have been able to forge forms of organization and resistance capable of opposing the unilateral dictates of landlords and the state as historical agents in the struggle for political, By rights and against any experience of social demotion. I argue that these absolutely unique historical experiences of these subjects were fundamental for the creation of the leagues in Piauí from, mainly from the Government of Chagas Rodrigues in the late 1950. and early 1960. In this approach structured from a renewed theoretical framework, whose concepts and categories provided elements that prioritize historical dynamics, not static portraits of reality that, because they are formulated as watertight models, never existed, I try to emphasize the question of land, Debate on agrarian reform in Piauí, tensions between local power groups, including highlighting the Catholic Church's action and the daily struggle for access to land, most often without any mediation of the state legal apparatus. The analysis is based on oral sources, hemerográficas, judicial processes and in the available academic bibliography on the subject and object. Regarding the theoretical references, I emphasize the importance of the concept of experience elaborated by EP Thompson, applied as an instrument to discuss the ways in which the subjects of this research understood the reality in their surroundings, and became main actors of this plot aligned in a time saturated with Agoras, to build expectations of social and political transformation framed by the hope of accessing and conquering the land
No final dos anos 50 e início dos anos 60, a reforma agrária no Brasil entrou a contrapelo na agenda nacional como uma necessidade urgente e imperiosa. Entre os diferentes atores políticos e sociais que a defendiam e os que a reprovavam havia um ponto de confluência: a miséria e a situação de abandono do homem do campo assim como a imediata necessidade de solucioná-la, sob o perigo de a nação ser instabilizada por uma grande revolução social. As ligas camponesas receberam a partir da imprensa, de outros sujeitos políticos atuantes no período, e também da memória, o significado simbólico deste atestado de convulsão social em que o Brasil e, particularmente o nordeste experimentavam. Ancorado na importância desse momento para a História do Brasil e do Piauí em especial, o objetivo nuclear desta pesquisa é analisar o processo de formação das Ligas Camponesas no Estado, a partir da experiência exitosa, singular e distinta da Liga de Matinhos, na terra dos Carnaubais. Nessa perspectiva, a análise recai sobre a constituição deste movimento social embasado na luta sistemática dos trabalhadores rurais que conseguiram forjar formas de organização e resistência capazes de se contrapor aos ditames unilaterais dos latifundiários e do estado, como agentes históricos, na luta por reconhecimento político, por direitos e contra toda e qualquer experiência de rebaixamento social. Argumento que essas experiências históricas absolutamente únicas destes sujeitos foram fundamentais para a criação das ligas no Piauí a partir, principalmente do Governo de Chagas Rodrigues no fim dos anos 50 e início da década de 1960. Nesta abordagem estruturada a partir de um arcabouço teórico renovado, cujo os conceitos e categorias forneceram elementos que priorizassem a dinâmica histórica, e não, retratos estáticos da realidade que, por serem formulados como modelos estanques nunca existiram, procuro enfatizar a questão da terra, o debate sobre a reforma agrária no Piauí, as tensões entre grupos de poder locais, inclusive destacando a atuação da Igreja Católica e a luta cotidiana por acesso à terra, na maioria das vezes sem qual quer mediação do aparato jurídico estatal. A análise sustenta-se em fontes orais, hemerográficas, processos judiciais e na bibliografia acadêmica disponível sobre o tema e objeto. No que diz respeito aos referencias teóricos destaco a importância do conceito de experiência elaborado por E. P. Thompson, aplicado como instrumento para discutir as maneiras como os sujeitos desta pesquisa compreenderam a realidade no seu entorno, e se fizeram atores principais dessa trama alinhavada num tempo saturado de agoras, para construir expectativas de transformação social e política emolduradas pela esperança de acessar e conquistar a terra
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Rangel, Maria do Socorro. "Medo da morte; esperança de vida : a historia das ligas camponesas na Paraiba". [s.n.], 2000. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/279429.

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Abstract (sommario):
Orientador: Sidney Chalhoub
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas
Made available in DSpace on 2018-07-27T05:40:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rangel_MariadoSocorro_M.pdf: 22173193 bytes, checksum: e1545bfe26941f46a33088990668b235 (MD5) Previous issue date: 2000
Resumo: Essa dissertação conta como a emergência das Ligas Camponesas provocou, no final dos anos cinqüenta um intenso debate entre nacionalistas, comunistas e socialistas sobre os rumos da revolução no Brasil. Como resultado de vários investimentos, de vários modos de intervenção e do conflito entre as expectativas políticas que os informavam, as Ligas Camponesas provocaram inquietações, disputas políticas acirradas e também confluências que fizeram do Nordeste brasileiro um território privilegiado para os desejos de superação do desenvolvimento que se materializava na concepção de revolucionários e reformistas, na grande concentração de terras e na exclusão social e política dos trabalhadores rurais. No entanto, a emergência da Reforma Agrária não pode ser desvinculada dos conflitos cotidianos que os camponeses vivenciaram nos engenhos e usinas do Nordeste, nem de suas tentativas de garantir o direito de ter acesso à terra. Sem hierarquizar esses investimentos, nem privilegiar lugares e modos de atuação, tentei reconstruir através de uma memória marcada pelo medo, pelo sofrimento, pelas perdas, pela idéia muito acentuada da derrota, a experiência de um tempo limite onde a expropriação não era vista como remediável e as possibilidades históricas eram ilimitadas
Abstract: This work deals with the intense debate between nacionalists, communists and socialists, in the end of the fifties, about the course of the revolution in Brazil, caused by the emergence of the Peasant Movements. The Peasant movements in the Northwest of Brazil caused unquietness, political disputes and convergence of thoughts, making this region a privileged territory to top the development expectations, materialized in the conception of revolutionaries and reformes in the great concentration of land and in the social and political exclusion of the peasants. These movements, highly related with the Agrarian Reform issue, can not be separated from the daily conflicts and the attempts of land access right, lived by the peasants in the sugarmills ofthe Northwest of Brazil. I will try to reconstruct -througha fear, suffering and losses marked memory, and an evident idea of defeat - the experience of a time in which the proportion was not seen as remediable, and the historical possibilities were limited.
Mestrado
Mestre em História
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Silva, David Pimentel Oliveira. "A Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e a luta pela terra no nordeste : contribuição ao estudo sobre o movimento camponês no Brasil". Universidade Federal de Sergipe, 2014. https://ri.ufs.br/handle/riufs/5611.

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Abstract (sommario):
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
The expansion of the capitalist model and its relations in the countryside not only created an enriched and organized landlord class but also created a dispossessed peasantry that began to fight for their reproduction, rooted in the struggle for possession of land. This has materialized, in the contradictory and conflicting movement of class struggle, the territorial dispute between a historic agrarian ruling class, serving the globalized capital and a mass of poor proletarianized and / or landless peasants who raised the banner of struggle for land and for Agrarian Reform throughout Brazil. Out of this context, a process of formation and disintegration of peasants social movements such as the formation of the MST and its dissents is born, in the more recent history of the country. Inserted in this historical context of fragmentation, divergence and dissidence, A Liga dos Camponeses Pobres (LCP) is a social movement that emerged right after the conflict of Santa Elina farm in 1995, which became known as the "Massacre of Corumbiara", and caused us to yearn for the scientific research when we knew their combative proposal. In this perspective, this study aimed to delve into analyzes of the struggle for land in the current situation, with reference to the actions undertaken by the Liga dos Camponeses Pobres in the struggle for land in northeastern territories. Thus, through the study of the processes of formation and of spatialization of the LCP, it was possible to analyze their forms of organization for struggle, the territorial transformations built over the consolidation of the disputed territories and the major clashes on issues involving the struggle for land in the current situation. The historical dialectical materialist method allowed us to obtain the essence of the reality studied within the subject-object relationship, as well as the work with the theoretical clarity of class antagonisms. Through this method, it was possible to make a theoretical and methodological return to the geographical science, giving a contribution to the debate surrounding the concepts of Space, Territory and Peasant Movement.
A expansão do modelo capitalista e de suas relações no campo não criou apenas uma classe latifundiária enriquecida e organizada, gerou também uma classe camponesa expropriada que passou a lutar por sua reprodução alicerçada na luta pela posse da terra. Materializou-se, no movimento contraditório e conflitivo de luta de classes, a disputa territorial entre uma histórica classe dominante agrária a serviço do capital mundializado e uma massa de camponeses pobres proletarizados e/ou sem terra que ergueu a bandeira da luta pela terra e pela Reforma Agrária em todo o Brasil. Desse contexto, nasce, na história mais recente do país, um processo de formação e fragmentação de movimentos sociais camponeses, como por exemplo, a formação do MST e de suas dissidências. Inserida neste quadro histórico de fragmentação, divergências e dissidências, a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) é um movimento social que surgiu logo após o conflito da fazenda Santa Elina em 1995, episódio que ficou conhecido como Massacre de Corumbiara , e nos provocou o anseio pela investigação científica ao conhecermos a sua proposta combativa. Nesta perspectiva, o presente trabalho teve o objetivo de se aprofundar em análises sobre a luta pela terra na conjuntura atual, tomando como referência as ações empreendidas pela Liga dos Camponeses Pobres na luta pela terra em territórios nordestinos. Desta forma, através do estudo dos processos de formação e de espacialização da LCP, foi possível analisar as suas formas de organização de luta, as transformações territoriais construídas ao longo da consolidação dos territórios disputados e os principais embates acerca das questões que envolvem a luta pela terra na conjuntura atual. Para tanto, o método materialista histórico dialético nos permitiu obter a essência da realidade estudada dentro da relação sujeito-objeto, assim como o trabalho com a clareza teórica dos antagonismos de classes. Através deste método, também foi possível fazer um retorno teórico-metodológico à ciência geográfica, dando uma contribuição ao debate que envolve os conceitos de Espaço, Território e Movimento Camponês.
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Martins, Lilian Juliana. "Antonio Callado Jornalista : a narrativa da grande reportagem e o ideal do Brasil possível /". Bauru, 2018. http://hdl.handle.net/11449/180207.

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Abstract (sommario):
Orientador: Marcelo Magalhães Bulhões
Resumo: Antonio Callado é reconhecidamente um dos maiores escritores brasileiros do século XX, autor de Quarup (1967) e Reflexos do Baile (1976), obras cuja elaboração narrativa são indissociáveis do contexto da ditadura militar no Brasil. Mas, o autor, declaradamente de esquerda, também foi jornalista atuante nas redações do país. Entre as décadas de 1940 e 1960, trabalhou no Correio da Manhã e no Jornal do Brasil, escreveu grandes reportagens - que até hoje são reeditadas em livros - e publicou artigos que fizeram com que os militares o levassem para a prisão mais de uma vez. Ainda assim, há uma lacuna nos estudos de jornalismo sobre autor. Este trabalho é uma proposta de compreensão sobre a identidade de Callado como jornalista e sobre como sua produção jornalística dialogou com o espírito de resistência de sua época. Para isso, nos dedicamos ao estudo contextual e analítico de todas as reportagens de Callado publicadas em livro: Esqueleto na Lagoa Verde (1953), Os Industriais da Seca e os Galileus de Pernambuco (1959), Revolução piloto em Pernambuco (1963) e Vietnã do Norte: o outro lado da guerra (1968), Passaporte sem Carimbo (1978) e Entre Deus e a Vasilha (1984). A tese está fundamentada na identificação e na análise das estratégias discursivas das narrativas, principalmente na assunção da subjetividade, autorreferencialidade e literariedade. Sobretudo, a tese se dedica a averiguar como tais estratégias estão em plena associação com a militância de um repórter que sonhava com... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo)
Abstract: Antonio Callado is acknowledged as one of the greatest Brazilian writers of the 20th century, author of Quarup (1967) and Reflexos do Baile (1976), works whose narrative elaboration are inseparable from the context of the military dictatorship in Brazil. However, the author, reportedly leftist, was also a journalist in the country's newsrooms. Between the 1940s and 1960s, he worked at Correio da Manhã and the Jornal do Brasil, wrote large reports - which are still being reissued in books - and published articles that led the military to take him to prison more than once. Still, there is a gap in author journalism studies. This work is a proposal of understanding about the identity of Callado as a journalist and about how his journalistic production dialogues with the spirit of resistance of his time. For that, we are dedicated to the contextual and analytical study of all Callado’s reports published in book: Esqueleto na Lagoa Verde (1953), Os Industriais da Seca e os Galileus de Pernambuco (1959), Revolução piloto em Pernambuco (1963) e Vietnã do Norte: o outro lado da guerra (1968), Passaporte sem Carimbo (1978) e Entre Deus e a Vasilha (1984). The thesis is based on the identification and analysis of the discursive strategies of the narratives, mainly in the assumption of subjectivity, selfreferentiality and literacy. Above all, the thesis focuses on how such strategies are in full association with the militancy of a reporter who dreamed of a country that, even today, is f... (Complete abstract click electronic access below)
Doutor
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Libri sul tema "Ligas Camponesas (Brazil)"

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Wrublevski, Aued Bernardete, a cura di. Retratos do MST: Ligas camponesas e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra. Florianópolis: Cidade Futura, 2005.

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Morais, Clodomir. História das Ligas Camponesas do Brasil. Brasília, DF: Edições Instituto de Apoio Técnico aos Países de Terceiro Mundo, 1997.

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Retratos do MST: Ligas camponesas e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra. Florianópolis: Cidade Futura, 2005.

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Sarzynski, Sarah. Revolution in the Terra Do Sol: The Cold War in Brazil. Stanford University Press, 2018.

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Melo, Francisco Dênis, e Edvanir Maia da Silveira. Nas trilhas do sertão: escritos de cultura e política do Ceará – volume 7. SertãoCult, 2022. http://dx.doi.org/10.35260/54210157-2022.

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Abstract (sommario):
Como será o lugar quando ninguém passa por ele? – pergunta o poeta. Será que “Existem coisas sem ser vistas?” E o mundo, mundo grande, como escreveu, pode existir “apenas pelo olhar que cria e lhe confere espacialidade?” O poeta parece querer nos dizer que “Aquilo que vemos vale – vive – apenas por aquilo que nos olha”, 1 que ver é experimentar ser visto, que ser visto é existir, e ainda que haja uma “cisão que separa dentro de nós o que vemos daquilo que nos olha”, 2 as coisas, os acontecimentos só têm existência na medida mesma de nossa presença, de nossa potência visual, de nosso corpo que toma e encorpa o espaço, o tempo e gera existência e resistência, presença e ausência, o antes e o depois, a perda e a insistência. Duas dimensões importantes de parte significativa da poética de Carlos Drummond de Andrade são a memória e a questão da finitude, que se manifestam em resíduos de memórias e de espaços familiares. A dimensão da finitude, em especial, faz com que o poeta some inúmeras questões em forma de perguntas à sua poética, como lemos na passagem do poema supracitado. Esse dado é importante porque denota a provisoriedade e a fragilidade das respostas possíveis elaboradas no corpo dos próprios poemas. O poeta não tem respostas para todas as perguntas que faz. Os historiadores também não têm respostas para todas as questões que levantam em suas pesquisas, em suas aulas, cursos, intervenções. Por isso, com relação a Drummond, parte de sua poesia é metapoesia. Nesse sentido, somos levados a nos perguntar se a escrita do Historiador não seria meta-história, ou seja, o “estudo referente à história enquanto historiografia; por exemplo, o estudo da linguagem, ou linguagens, da historiografia”? 3 Assim, dessa forma, elaboramos histórias que ajudam na construção de outras histórias? Cada um dos autores desta coletânea conhece o lugar por onde passam, porque sua prática é constituída por um demorar-se em suas temáticas, pela identificação e reflexão sobre problemas e questões, portanto, o desejo é que nada permaneça fora do alcance de sua vista, o que garante para cada um a criação e configuração de certa espacialidade e temporalidade fundamentais com relação às pesquisas abordadas. Evidentemente que demorar-se e conhecer-se, nas temáticas levantadas, não isenta todos, todas e cada um de certa estranheza e inquietação marcadas exatamente pelas respostas impossíveis de serem encontradas, assim é que a familiaridade com a temática não garante, e jamais garantirá, a tranquilidade de um “sentir-se em casa”, o que até certo ponto é bom, na medida em que nos coloca sempre em estado de alerta para o que até então não foi visto, alcançado, sentido como presença em variados tempos e espaços, e que esperam de nós inteligibilidade na busca, a um só tempo, pelo todo e as partes, como assevera Antoine Proust. Portanto, nada é suposto na existência, isso porque, como escreve o poeta, “Ou tudo vige planturosamente, à revelia/ de nossa judicial inquirição / e esta apenas existe consentida/ pelos elementos inquiridos?”, posto que o que vigora na existência, mesmo à revelia de nossa mais cuidadosa inquirição, o que garante as nossas questões, são as próprias questões, e não o que está fora, o que não faz parte das problemáticas levantadas, e é exatamente nessa “espantosa batalha/ entre o ser inventado/e o mundo inventor” que nos colocamos e nos demoramos. Somos “ficção rebelada/ contra a mente universa”, levantando a alvenaria de nosso lugar, de nosso estranho lugar, de nossa morada, lugar de uma certa permanência que nos ampara e nos sacode ao mesmo tempo. Assim, abrimos nossas trilhas em seu sétimo volume. Trilhas são caminhos ou estradas, existentes ou estabelecidos, com dimensões e formas, comprimento e largura diferentes, aptos a aproximar, juntar, estabelecer espaços de interação, indicar, duvidar, marcar, apontar direções, ligar, sinalizar, abrir passagens. Entre as inúmeras trilhas abertas sertões afora e cidades adentro, nós abrimos as nossas, dispomos nossos passos, medimos as dificuldades do terreno e nos lançamos nessa caminhada que já dura tantos anos, deixando fincados nas terras por onde passamos, marcos e marcas, impressões e signos, sinais e símbolos, partes de cada de um nós, como um olhar lançado, que confere e configura tempos e espacialidades. O presente volume divide-se em duas partes, respectivamente: “História, memória, autoritarismo e militância política no século XX” e “Experiências citadinas e sertanejas, oralidade e tradição nos sertões do Ceará nos séculos XIX e XX”. Na primeira parte do livro, abrimos nossos trabalhos com o capítulo de Jucelio Regis da Costa, “Da construção a celebração do golpe de 1964 no Ceará: usos políticos de elementos neomedievalizantes”, que faz uma análise de acontecimentos nacionais da década de 1960, com profundas repercussões no Ceará, como as Cruzadas do Rosário em Família, a Missa congratulatória às Forças Armadas e as Marchas da Vitória, com ampla mobilização política de grupos conservadores do estado, com a finalidade de combater o comunismo, servindo assim “na pavimentação do caminho ao golpe civil-militar de 1964”. O autor elege como objeto central de sua análise elementos neomedievalizantes, quando sentidos positivos foram atribuídos à Idade Média e os acontecimentos em questão foram medievalizados. Edvanir Maia da Silveira, em “Os partidos políticos e a experiência democrática na Zona Norte Cearense (1945-64)”, discute como as décadas de 1945 a 1964 consagraram-se na historiografia como tempo da experiência democrática, em que vigorava uma Constituição, partidos, eleições e participações sociais no debate político, sem, no entanto, descurar do fato de que muitas práticas autoritárias estavam presentes e ativas no cenário político, de modo que essas experiências e conflitos foram vivenciados e ressignificados pelas lideranças da Zona Norte do Ceará. O capítulo assinado por Viviane Prado Bezerra, “‘Quando a mulher sai do mundo da cozinha dela e começa a participar das coisas, então ela começa a ver o mundo diferente’: trabalho pastoral e atuação política das camponesas no Movimento do Dia do Senhor (1970-1990)”, aborda a militância religiosa e política de mulheres camponesas no Movimento do Dia do Senhor, uma iniciativa católica que tinha relação com as Comunidades Eclesiais de Base – CEBs e que teve intensa atuação entre as décadas de 1960 e 1990 alimentada pela dimensão da “fé e vida”, modificando “a visão de mundo e atuação dessas mulheres em suas comunidades”, tornando-as “protagonistas na luta pela libertação, posse da terra e pela igualdade de gênero”. No último capítulo da primeira parte, “Cem anos de comunismo no Brasil: onde Camocim entra nessa história?”, de Carlos Augusto Pereira dos Santos, o autor discute, dentro das comemorações dos cem anos do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), agora em 2022, a participação da cidade de Camocim nessa longa história, utilizando como documento uma entrevista realizada com o “Sr. Nilo Cordeiro de Oliveira, comunista histórico em Camocim, filho de Pedro Teixeira de Oliveira (Pedro Rufino), um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em Camocim em 25 de março de 1928”. Voltando à trilha poética aberta por Carlos Drummond de Andrade, tomando o caminho dA suposta existência, pensamos se “A guerra sem mercê, indefinida, prossegue, feita de negação, armas de dúvida […]teima interrogante de saber/ se existe o inimigo, se existimos/ ou somos todos uma hipótese/ de luta/ ao sol do dia curto em que lutamos”, e se a nossa luta se faz e se refaz em cada página escrita, em cada aula debatida, em cada projeto realizado, uma vez que, se a pressa existe, é porque sabemos que um dia é muito curto para quem luta. Por isso a soma de todos nós, a multiplicação de nossas pesquisas, a publicização tão importante de nossas inquietações. Na segunda parte do livro, Francisco Dênis Melo, a partir do capítulo “Sobral e os seus altares: imaginária urbana e heróis civilizadores”, tem como objetivo “pensar a cidade de Sobral-CE a partir de alguns de seus habitantes de pedras, ou melhor, de sua imaginária urbana, no caso bustos, estátuas e monumentos destacados em variados espaços, notadamente em suas praças”, que funcionaram e ainda funcionam como anteparo para os campos políticos e religiosos na cidade, constituindo assim um poderoso mecanismo simbólico de construção do poder em Sobral. Thiago Braga Teles da Rocha, em “‘Sobral como cidade progressista’: entre planos, projetos e representações”, discute o processo de eletrificação em Sobral, estabelecendo uma relação com o conceito de progresso. O texto nos mostra que foi organizada uma “campanha em prol da eletrificação da cidade, realizada por setores da elite política da cidade, com destaque para a Igreja Católica a partir do jornal Correio da Semana”. Para isso, foi utilizado o “Projeto das Redes Primárias e Secundárias de Distribuição de Energia Elétrica da Cidade de Sobral”, documento resguardado no Núcleo de Documentação Histórica (NEDHIS), ligado ao curso de História da Universidade Estadual Vale do Acaraú. O capítulo assinado por Antônio Vitorino Farias Filho, “Imagens no espelho: mulher depravada e mulher ideal em Ipu-CE no início do século XX”, discute a questão da prostituição e sua relação tensa com a chamada Modernidade e com os valores do progresso, de modo que a prostituta no espaço público representou “uma imagem invertida da mulher ideal, buscada pelos grupos dominantes”. Chama atenção o autor para o importante fato de que “É somente no início do século XX, mais ainda na década de 1920, na cidade de Ipu, que a prostituta e a prostituição aparecem explicitamente nas fontes”. No capítulo “‘Isso é atestado de seu progresso. Sí Sobral, Camocim e outras cidades sertanejas têm o seu jornal, porque não poderíamos ter?’ a elite escritora e o ideário de controle e modernidade em Ipu-CE (1900-1920)”, Antonio Iramar Miranda Barros e Alexandre Almeida Barbalho discutem a questão da Modernização sob a ótica das lides jornalísticas, a partir das experiências e do “pensamento de três sujeitos, a partir dos grupos aos quais pertenciam: Abílio Martins, Herculano Rodrigues e Leonardo Mota”, entendendo que os jornais eram encarados como sinais claros de progresso, desenvolvimento e inovação. Raimundo Alves de Araújo e Emmanuel Teófilo Furtado Filho assinam o capítulo “O campo de concentração do Ipu no contexto da Revolução de 1930”. Os autores analisam a constituição do campo de concentração na cidade do Ipu no ano de 1932, no contexto de criação de outros campos, em cidades como Quixeramobim, Crato, Cariús, Senador Pompeu e Fortaleza. Os autores refletem que tal acontecimento não tem o reconhecimento e importância para os poderes locais, lamentando “que não haja um marco histórico identificando o local exato do campo de concentração do Ipu, nem um memorial preservando a memória e a história de tão trágico e lamentável acontecimento!” O campo de concentração da cidade do Ipu fazia parte de um projeto maior, que, entre outros objetivos, pretendia “fazer dele uma ‘parede de contenção’ para poupar a cidade de Sobral do assédio dos retirantes”. Nesse sentido, afirmam os autores que “Ignorar este passado horrível é o mesmo que ‘assassinar novamente’ aquelas vítimas”. Na sequência, Cid Morais Silveira, em “‘Os teus filhos, cidade encantada, escondidos no seu coração’: a vida e a morte do Centro Social Morrinhense (1952 – 1963)”, analisa a criação e o fim de uma instituição chamada Centro Social Morrinhense, em 1952, na cidade de Fortaleza, num contexto em que seus fundadores acreditavam que Morrinhos, “uma pequena vila encravada entre o litoral e o sertão, no interior cearense, composta de oito ruas, dois grandes quadriláteros que os moradores chamavam de ‘praça’ e com aproximadamente 1.097 habitantes”, estava “desamparada e abandonada pelo poder público”, objetivando “1º) proporcionar as melhores ocasiões de progresso àquela vila; 2º) levantar o nível social de seus habitantes; 3º) auxiliar os estudantes pobres do distrito; 4º) promover campanha sobre assuntos dos mais variados: educação, cultura, escolas, alfabetização de adultos, agricultura e outros problemas locais”. Joaquim dos Santos, no capítulo “‘Nas porteiras’ de outros mundos: a Pedra Branca na tradição oral”, encontrou uma pedra em seu caminho. Por isso reflete “sobre o lugar da Pedra Branca na tradição oral sobre os mortos na região do Cariri, dando destaque às memórias sobre a grande rocha e os significados que lhe são atribuídos pelos moradores das áreas próximas ao rochedo”. Aponta o autor que “a Pedra Branca está localizada no sítio Jatobá, na encosta da Chapada do Araripe, zona rural do município de Porteiras”. Ele enfatiza ainda que na “relação entre as pedras e as almas nos interiores do Brasil, é notório como seus laços são estreitos e porosos, tanto no que diz respeito às pedrinhas, quanto aos grandes rochedos”. Fechando a segunda parte e a obra, temos o capítulo de Reginaldo Alves de Araújo, “Vamos falar sobre um sertão? Do sertão dos párias incultos ao culto à pátria”, no qual o autor analisa “algumas variações de sentido da palavra sertão em diferentes momentos históricos”, atentando para o fato de que vai deixar “de lado a ideia de sertão como sinônimo de seca e de fome […] para nos concentrarmos em outras duas imagens: a de um espaço não civilizado no contexto colonial, ao sertão enquanto reservatório das raízes culturais da nacionalidade brasileira”. Entende o autor o sertão como um espaço plural e simbólico, material e sensível, sendo entendido também como um espaço de resistência renhida ao colonialismo. Voltando à trilha aberta por Carlos Drummond, no poema A suposta existência, nos diz o poeta: “[…] e tento construir-me de novo a cada instante, a cada cólica, na faina de traçar meu início […]”. O ser do poeta é parte remontada, refeita, ressignificada com a matéria da vida, com o espanto de todo dia. Ser reconstrução é sonhar ser outro a cada instante, apesar da cólica, do gemido. O que há, de fato, para se construir novo a cada instante, é uma multiplicidade de caminhos, de trilhas, de sendas abertas. O poeta nos mostra novos caminhos, assim como historiadores e historiadoras também apontam em seus trabalhos para o múltiplo das coisas, da vida, dos acontecimentos. E se uma das características da obra poética de Drummond é o “princípio-corrosão”, nas palavras de Luiz Costa Lima, nas obras dos historiadores temos, certamente, o “princípio-reflexão”, quem sabe, de forma mais ousada, o “princípio-coração”… Boa caminhada! Boa leitura! Francisco Dênis Melo
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Capitoli di libri sul tema "Ligas Camponesas (Brazil)"

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Sarzynski, Sarah. "Survival and Resistance". In Revolution in the Terra do Sol. Stanford University Press, 2018. http://dx.doi.org/10.11126/stanford/9781503603691.003.0007.

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Abstract (sommario):
After a long silence, in the late 1970s and early 1980s, the Ligas Camponesas resurfaced to critique the dictatorship and demand re-democratization in Brazil. The chapter analyzes how the Ligas Camponesas and the struggles of the 1950s and 1960s were recalled in oral histories and memoirs produced during Brazil’s transition from dictatorship to democracy, including Eduardo Coutinho’s 1984 documentary, Cabra marcado para morrer, a popular historical account about the Ligas and the Northeast during the dictatorship. Expressing many of the political concerns of the era and using “reality effects” including stereotypes associated with the o Nordeste, the film challenged the military’s official history of the Ligas as criminal, suggesting the impossibility of “healing” and a new framework for organizing people’s memories. The chapter analyzes the film’s narratives about family and motherhood in the context of the 1980s and in relation to other militant women’s memories about the coup.
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Sarzynski, Sarah. "Revolution in Brazil". In Revolution in the Terra do Sol. Stanford University Press, 2018. http://dx.doi.org/10.11126/stanford/9781503603691.003.0002.

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Abstract (sommario):
The first chapter introduces the main political and cultural actors engaged in the struggles in Northeastern Brazil during the Cold War. The chapter analyzes the origin stories of the different groups to show how certain versions that reinforced the trope of o Nordeste gained more attention in the mass media. The groups include the main rural social movements in the Northeast in the 1950s and 60s – the Ligas Camponesas, the Brazilian Communist Party Rural Syndicates, and the Catholic Church Federations; “Conservatives” including large landowners, the mainstream media, and state police; Brazilian development institutions such as SUDENE (Regional Development Agency); Brazilian regional and national politicians, U.S. journalists and government officials in the Northeast; and cultural movements and artists including filmmakers and popular poets. The chapter also outlines the regional, national, and international historical context of Northeastern Brazil in the 1950s and 1960s.
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Plein, Ivonete Terezinha Tremea. "Ligas camponesas, musicalidade e movimentos sociais no Brasil". In TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS E BIOLÓGICAS AVANÇOS PARA A SOCIEDADE ATUAL. Seven Editora, 2023. http://dx.doi.org/10.56238/tecnolocienagrariabiosoci-046.

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Abstract (sommario):
Este capítulo apresenta um resgate de parte da história das Ligas Camponesas no Brasil, seus desafios e conquistas na luta pela Reforma Agrária e sua relevância como base do movimento social, mais amplamente conhecido no Brasil: o MST. Outro aspecto relevante deste ensaio é ilustrar a musicalidade presente nos movimentos sociais, como ferramenta de mobilização. Metodologicamente, este capítulo foi estruturado a partir de revisão bibliográfica sobre a história e caracterização das Ligas Camponesas e a demonstração de como a música é um instrumento de luta dos movimentos sociais no Brasil. Como principais resultados destaca-se: (a)que a luta pela terra não terminou, seguindo como uma das principais reinvindicações, em face a realidade, cada vez mais, desigual no campo e na cidade; (b)o povo brasileiro utiliza-se de sua expressão cultural para denunciar o abuso de poder e as injustiças sociais, como forma de manter seu apelo pela justiça sem que isso os condene a discriminação total.
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Silva, Reginaldo José da. "A FALA COMO APRENDIZADO NAS PRÁTICAS DA LIGA CAMPONESA DO ENGENHO GALILÉIA". In Campos de Saberes da História da Educação no Brasil 2, 111–23. Atena Editora, 2019. http://dx.doi.org/10.22533/at.ed.55919050711.

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