Littérature scientifique sur le sujet « Restauro e Museografia »

O MAST é um museu de ciência e técnica situado no conjunto arquitetônico e paisagístico do antigo Observatório Nacional, na cidade do Rio de Janeiro. No âmbito da criação do museu, o patrimônio de valor histórico ali existente - composto por 16 edificações, as coleções de instrumentos científicos e outras significativas, como a de mobiliário, relacionados à período importante da história da ciência do Brasil - foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1986, e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), em 1987. Em continuidade a trabalhos anteriores de intervenção, foi possível desenvolver, através de uma parceria com a Fundação Vitae, este trabalho de restauração e reabilitação de partes importantes do patrimônio sob a guarda do MAST. O projeto foi realizado por uma equipe multidisciplinar, a partir de pesquisa histórica sobre o instrumento e seu abrigo, num período de três anos, e acompanhado pelo registro fotográfico exaustivo de todas as etapas, contemplando o diagnóstico do estado de conservação, a restauração do círculo meridiano, a reabilitação do pavilhão e colocação do instrumento em seu local original, além da museografia da área, que informa ao público visitante os trabalhos de restauração realizados. O instrumento restaurado, desmontado desde a década de 1960, encontrava-se em alto risco de perda; a cobertura do pavilhão que o abrigava fora demolida na década de 1980, restando um vestíbulo e a base do abrigo meridiano, em risco de desabamento parcial. A filosofia de intervenção no instrumento foi não de restituir seu funcionamento, mas permitir a sua visualização e compreensão pelo público, no espaço museológico criado. Foi privilegiada a dimensão de potencial de comunicação do objeto e reconstruído um abrigo para o instrumento: uma cobertura metálica em volumetria e aspecto similar à original, mas com uso diferente, que não permite a investigação em astronomia, mas protege o espaço museológico e compõe, de forma harmoniosa, o conjunto arquitetônico tombado.

O Mast é um museu de ciência e tecnologia situado no conjunto arquitetônico e paisagístico que pertenceu ao antigo Observatório Nacional (ON), na cidade do Rio de Janeiro. Esse conjunto, concluído em 1921, é formado por 16 edificações e foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1986 e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 1987. Dentro desse conjunto, destacam-se os três pavilhões das lunetas equatoriais, exemplos típicos da arquitetura e engenharia para a astronomia. Dois desses pavilhões, sob a guarda do MAST, abrigam as lunetas de 21 e de 32 cm, e um terceiro, sob a guarda do ON, abriga a luneta equatorial de 46 cm. O presente trabalho é produto do esforço realizado pelo MAST para conservar e restaurar as edificações históricas sob sua responsabilidade. Graças a uma parceria com a Fundação Vitae, foi possível desenvolver um trabalho de restauração incluindo todos os aspectos do pavilhão (cúpula metálica móvel, edificação, instrumento científico) e a museografia da área com o objetivo de informar o público visitante sobre os trabalhos de restauração realizados. A partir de pesquisa histórica sobre o conjunto, o projeto foi executado por uma equipe multidisciplinar, num período de dois anos. Foi acompanhado pelo registro fotográfico exaustivo de todas as etapas, incluindo a elaboração do projeto de intervenção desde os levantamentos arquitetônicos e diagnóstico do estado de conservação do conjunto até a restauração propriamente dita. Essa iniciativa é pioneira na América Latina e constitui um exemplo para futuras intervenções em edificações históricas especificamente construídas para uso em ciência e tecnologia.

La ricerca si occupa delle trasformazioni degli edifici storici in spazi espositivi permanenti, quindi del dialogo che intercorre in queste operazioni tra restauro, riuso e museografia. L'importanza di attribuire una funzione al costruito storico ne assicura una conservazione e una re-immissione nella realtà contemporanea; una valorizzazione che deve essere compatibile, ovvero che metta al primo posto la qualità materiale del bene, le sue caratteristiche fisiche, tipologiche e formali. E' in questo scenario che si colloca il riuso culturale attuale, che assegna al museo un ruolo fondamentale nella promozione dello sviluppo sostenibile, in quanto strumento di salvaguardia del patrimonio culturale materiale e immateriale, mobile e immobile. E allora questa ricerca parte da alcune necessarie premesse: analizzare come il tema del riuso museale si sia nutrito nel tempo delle elaborazioni teoriche dei tre termini, con la volontà di tratteggiare gli scenari attuali della tematica. Nella prima parte vedremo quindi, in parallelo, come cresce la consapevolezza dell'importanza che un edificio ospiti una determinata funzione e della compatibilità degli interventi realizzati a questo proposito con la fabbrica storica. Nella seconda parte si entra nella contemporaneità. La convergenza delle operazioni di conservazione e progetto del nuovo all'interno dello sviluppo teorico del restauro, nonché la necessità di una tutela attiva del patrimonio culturale che vede nell'istituzione museale un presidio territoriale, si raffronta con i profondi mutamenti che hanno investito l'istituzione museale negli ultimi anni. E quindi si sceglie di partire proprio da questi mutamenti per individuare tre aree tematiche - relative alla spazialità del museo, alle nuove funzioni e identità urbana e ai modi di costruire una narrazione interna - da riportare nello studio delle esperienze di riuso museale attuale, alcune delle più importanti realizzazioni europee dell'ultimo ventennio. Le argomentazioni saranno sostenute, poi, dallo studio di due casi studio significativi, il Neues Museum di Berlino e il Museo della Montagna nel Forte di Bard, scelti per la componente critica, conservativa e creativa dei loro restauri e per la riconosciuta efficacia del loro programma museale. Il quadro d'insieme che si tratteggia, a partire proprio dai cambiamenti delle tematiche individuate, permetterà alla fine di definire le tendenze progettuali in atto in questo fenomeno sempre più in ascesa e di tratteggiarne le linee di sviluppo. -------- (english text) The research deals with the transformation of historical buildings into permanent exhibition spaces, and therefore deals with the dialogue that takes place in these operations between restoration, reuse and museography. The importance of assigning a function to historical buildings ensures their conservation and re-entry into contemporary reality; an enhancement that must be compatible, that is giving priority to the material quality of the asset, its physical, typological and formal characteristics. The current cultural reuse is therefore placed in this scenario, which assigns the museum a fundamental role in the promotion of sustainable development, as a means of safeguarding the tangible and intangible cultural heritage. And so this research starts from some necessary premises: analyze how the theme of museum reuse has nourished over time the theoretical elaborations of the three terms, with the will to outline the current scenarios of the theme. In the first part we will see therefore, in parallel, how the awareness of the importance that a building hosts a specific function grows and of the compatibility of the actions realized in this regard with the historical factory. In the second part we enter the contemporaneity. The convergence of the conservation project and the design of new architecture within the theoretical development of the restoration, as well as the necessity of an active protection of the cultural heritage that sees in the museum institution a territorial garrison, is compared with the deep changes that have invested the museum institution in recent years. And so we choose to start from these changes to identify three thematic areas - related to the museum's spatiality, to new urban functions and identity and to ways of creating an internal narration - to be reported in the study of the experiences of current museum reuse, some of the most important European achievements of the last twenty years. The arguments will be supported, then, by the study of two significant case studies, the Neues Museum in Berlin and the Mountain Museum in the Fort of Bard, chosen for the critical, conservative and creative component of their restoration project and for the recognized effectiveness of their museum programme. The overall picture that is drawn, starting from the changes in the issues identified, will ultimately define the design trends in progress in this increasingly rising phenomenon and outline the lines of development.