Journal articles on the topic 'Sartre, Jean-Paul, 1905-1980 Influence'

In the mid of the twentieth century, French Existentialism was a predominant doctrine that significantly enriched and influenced the literary scene in Europe during the Post-War area. Jean-Paul Sartre (1905-1980), the founder of Existentialism, is both a professional philosopher and a talented man of letters whose literary achievements represent a declarative embodiment of his Existentialist philosophy. In his 1943 drama, The Flies (Les Mouches), Sartre puts the Greek myth into a drastically innovative structure, where contemporary issues and values are presented through classical outlines. The current study aims to present a critical analysis of Sartre's depiction of the Electra/Orestes myth in The Flies through demonstrating how Greek mythology becomes an essential substructure of the play's Existentialistic framework, on the one hand, and questioning the credibility of the Sartrean concept of freedom and commitment, as illustrated in the play, on the other hand. The study utilizes the Existentialist philosophy as a theoretical framework in order to elucidate that the Sartrean conception of freedom and commitment is paradoxically antithetical. The research investigates how Orestes has been theoretically free and the extent to which he strives, throughout the drama, to transform this abstract freedom into a concrete experience by committing himself to a specific action: murdering Aegisthus and Clytemnestra. However, as the study proves, this Existentialist freedom becomes an illusion in the sense that Orestes' commitment to the Argives makes him a captive of society; by choosing commitment, he dismisses his freedom. The researcher has chosen "Freedom" and "Commitment" as the main topic of the present study in order to expose Sartre's existentialistic awareness of modern human beings' dilemma under the influence of all forms of aggression and highlight the discrepancy between theoretical philosophy and real-life experiences. The study adopts an interdisciplinary analytical approach where myth, philosophy, and drama are dovetailed and fused in order to expand the scope of the analysis.

Jean-Paul Sartre (1905–1980), nephew of the Alsatian theologian, Albert Schweitzer, was born in Paris, passed his agrégation at the Ecole Normale Superieure in 1929, and was a lycée teacher between 1931 and 1945. He was called up to the French Army in 1939, captured by the Germans in 1940 and released after the armistice. In 1938 he published a novel, La Nausée, translated by Robert Baldick as Nausea (Harmondsworth: Penguin, 1965), and in 1940, L'Imaginaire: Psychologie phénoménologique de l'imagination, translated by Bernard Frechtman as The Psychology of Imagination (London: Methuen, 1972). His major philosophical work, L'Etre et le Neant, was published in 1943, and translated by Hazel E. Barnes as Being and Nothingness (London: Methuen, 1957). As a novelist he is best known for a trilogy, Chemins de la Liberté (Roads to Freedom), comprising L'Age de raison (1945) translated by E. Sutton as The Age of Reason (Harmondsworth: Penguin, 1961), Le Sursis (1945), translated by E. Sutton as The Reprieve (Harmondsworth: Penguin, 1963) and La Mort dans l'āme (1949), translated by G. Hopkins as Iron in the Soul (Harmondsworth: Penguin, 1965). His main work of literary criticism is Qu'est-ce que la littérature? (1947), translated by B. Frechtman as What is Literature? (London: Methuen, 1950). Plays includeLes Mouches (1943) and Huis Clos (1944), both translated by S. Gilbert and published in one volume, as The Flies and In Camera (London: Hamish Hamilton, 1965).

Partindo dos projetos de intelectualidade representados por Jean-Paul Sartre (1905-1980) e Michel Foucault (1926-1984) na década de 1960, este artigo pretende analisar os conceitos de intelectual universal e de intelectual específico, bem como sua influência no pensamento francês contemporâneo e no engajamento político

Jean-Paul Sartre (1905-1980), escritor y filósofo francés, es considerado el fundador del existencialismo ateo en Francia. Por medio de sus ideas, contradice a todos los conformistas defensores de los valores universales que mantienen las apariencias, incluyendo entre ellos a los cristianos. Hacemos una selección de historias de su autobiografía Les mots con el fin de analizar cómo la niñez determinó su pensamiento.

Resumo: Estudos atuais relacionam o nada (neant) em Jean-Paul Sartre (1905-1980) com o dos místicos medievais, entre os quais figura Mestre Eckhart (1260-1328). Um de seus sermões está citado textualmente por Sartre em Saint Genet – ator e mártir. Contudo, o filósofo francês não revela textualmente a fonte consultada. Em um primeiro momento, investigaremos a possibilidade de Sartre ter lido diretamente o místico alemão ou mediante a interpretação de Heidegger; ou ainda a do medievalista francês Etienne Gilson. Ao que parece, Sartre leu diretamente a obra do místico. No entanto, isso só nos leva a ter de mostrar, em outro momento, que a compreensão do nada (nicht) eckhartiano por Sartre resulta da leitura da obra do medievalista francês. É isso que, ao final, determinará a diferenciação entre um nada cognitivo e ideal, atribuído por Sartre a Eckhart, e um nada ontológico e existencial, resultante de seu existencialismo.Abstract: Current studies relate nothingness (neant) in Jean-Paul Sartre (1905-1980) with that of the medieval mystics, among which figures Master Eckhart (1260-1328). One of his sermons is textually cited by Sartre in Saint Genet — actor and martyr. However, Sartre doesn’t textually reveal the referred source. At first, we will investigate whether a direct reading of the German mystic occurred, or if its reception took place by means of Heidegger’s interpretation or that of French medievalist Etienne Gilson. As it seems, Sartre read directly from the mystic’s work. However, secondly, we will show that the understanding of nothingness (nicht) in Eckhart results from the French medievalist’s interpretation. That is what will, ultimately, determine the differentiation between the cognitive and ideal nothingness in Eckhart and the ontological and existentialist nothingness in Sartre.

O artigo estuda as posições políticas de Jean-Paul Sartre (1905-1980) relacionadas ao Terceiro Mundo entre 1947 e 1979. Além disso, e a partir delas, enseja reflexões e/ou debates sobre o papel do intelectual na sociedade à luz do conhecimento histórico. As posições políticas de Sartre sobre o Terceiro Mundo constituem, portanto, o objeto deste trabalho cujo problema é a liberdade. Sob o “impacto da História”, isto é, no curso dos acontecimentos do Terceiro Mundo – da Guerra da Argélia (1954-1962), da Revolução Cubana (1959-1961) e da Revolução Vietnamita (1946-1976) – Sartre elabora uma nova concepção de liberdade que contradiz sua concepção existencialista anterior. Se a liberdade na concepção existencialista tem uma base teórico-filosófica, situada no plano da ontologia, ou seja, abstrata e individual, sua nova concepção de liberdade tem uma base político-econômica, situada no plano da história, logo, concreta e coletiva. Em outras palavras, Sartre redefine a sua concepção de liberdade à luz de determinados problemas colocados pela emergência do Terceiro Mundo no cenário político mundial. Sob a ótica do marxismo e do método dialético, Sartre procura redefini-la em seus aspectos econômico (como independência), social (como justiça e igualdade), político (como soberania) e cultural (como humanização, em oposição à tortura e ao racismo). O referencial teórico-metodológico provém do marxismo, particularmente, suas contribuições acerca das relações entre indivíduo, sociedade e história. Os principais textos utilizados são os de Michael Löwy, Jean Chesneaux, István Mészáros, Eric Hobsbawm, Gérard Chaliand e Perry Anderson. Esse referencial nos permite pensar a trajetória de Sartre como uma unidade contraditória e as suas posições políticas sobre o Terceiro Mundo tendo em vista o seu fundamento histórico-social. Sartre radicaliza suas ideias e passa a defender o socialismo; intervém contra as guerras coloniais com a assinatura de manifestos, petições, passeatas e comícios populares; divulga as conquistas revolucionárias argelina, cubana e vietnamita ao público mundial, sobretudo, por meio da revista Les Temps Modernes; propõe a criação de um tribunal internacional para julgar os crimes de guerra norte-americanos contra a população vietnamita. Nessa esteira, devemos entender a afirmação de Sartre o “homem é possível” que contradiz a sua máxima ontológica o “homem é uma paixão inútil”. Enfim, para Sartre, o “problema humano” – a liberdade – somente pode ser resolvido em termos de produção e de relações sociais de produção de tipo socialista. The article studies the political positions of Jean-Paul Sartre (1905-1980) related to the Third World between 1947 and 1979. In addition, and based on them, it encourages reflections and/or debates about the role of the intellectual in society in the light of historical knowledge. Sartre's political positions on the Third World constitute, therefore, the object of this work whose problem is freedom. Under the "impact of history," that is, in the course of Third World events - from the Algerian War (1954-1962), the Cuban Revolution (1959-1961), and the Vietnamese Revolution (1946-1976) - Sartre elaborates a new conception of freedom that contradicts his previous existentialist conception. If freedom in the existentialist conception has a theoretical-philosophical basis, situated on the level of ontology, that is, abstract and individual, his new conception of freedom has a political-economic basis, situated on the level of history, therefore, concrete and collective. In other words, Sartre redefines his conception of freedom in light of certain problems posed by the emergence of the Third World on the world political scene. From the standpoint of Marxism and the dialectical method, Sartre seeks to redefine freedom in its economic (as independence), social (as justice and equality), political (as sovereignty), and cultural (as humanization, in opposition to torture and racism) aspects. The theoretical and methodological framework comes from Marxism, particularly its contributions on the relationship between the individual, society, and history. The main texts used are those by Michael Löwy, Jean Chesneaux, István Mészáros, Eric Hobsbawm, Gérard Chaliand, and Perry Anderson. This reference allows us to think of Sartre's trajectory as a contradictory unit and his political positions on the Third World in view of its social-historical foundation. Sartre radicalizes his ideas and starts to defend socialism; he intervenes against colonial wars by signing manifestos, petitions, marches, and popular rallies; he publicizes the Algerian, Cuban, and Vietnamese revolutionary conquests to the world public, especially through the magazine Les Temps Modernes; he proposes the creation of an international tribunal to judge American war crimes against the Vietnamese population. In this vein, we must understand Sartre's statement that "man is possible" which contradicts his ontological maxim that "man is a useless passion. Finally, for Sartre, the "human problem" - freedom - can only be solved in terms of production and social relations of production of a socialist type.

El presente trabajo tiene por objetivo describir una síntesis de los fundamentos, conceptos y principios que articulan y otorgan sentido a la fenomenología existencial de Jean-Paul Sartre (1905-1980), estableciendo como eje central de investigación su trabajo y producción fenomenológica. Para cumplir este objetivo general, en primer lugar, se revisará el concepto de intencionalidad, a la luz del distanciamiento que toma nuestro autor respecto del padre de la fenomenología Edmund Husserl (1859-1938). Esto servirá como suelo de sentido para nuestro segunda labor, a saber: revisar y analizar la íntima relación entre la reformulación de la intencionalidad, la preeminencia ontológica del cogito pre-reflexivo y la constitución de lo imaginario. Es importante realizar este paso, pues, como se verá, resulta fundamental para el devenir de la filosofía sartriana. De este modo, podremos acercarnos a nuestro tercer objetivo, sostener y profundizar nuestro análisis hacia la tesis más radical en el pensamiento de Jean-Paul Sartre, a saber: la absoluta libertad de una conciencia existente. Finalmente, proponemos una sintética revisión a los preceptos principales de la fenomenología existencial sartriana, destacando sus nexos con los conceptos abordados a lo largo de la investigación. Es decir, revisaremos la relación entre lo que Jean-Paul Sartre denomina pour-soi, en-soi y néantisation.

Trata-se da apresentação e da análise das posições políticas de Jean-Paul Sartre (1905-1980) sobre a Guerra da Argélia (1954-1962). Este texto, com modificações, integra um dos capítulos de minha Tese de Doutorado, intitulada “As posições políticas de Jean-Paul Sartre e o Terceiro Mundo (1947-1979)”. O artigo está dividido em quatro seções: “A dialética do colonialismo”; “A violência do colonialismo: o racismo e a tortura”; “A ‘constelação gaullista’ e os caminhos da fascização na França” e “Os problemas da (des)unidade da esquerda e da não ‘solidariedade de interesses’ entre o operariado francês e os colonizados argelinos”. Em “A dialética do colonialismo” apresento a definição de colonialismo para Sartre, particularmente, o francês, em que Sartre o define como um sistema econômico, histórico e contraditório. Em “A violência do colonialismo: o racismo e a tortura”, Sartre considera o racismo e tortura como um dos principais resultados da violência colonial, isto é, a sub-humanização do colonizado pelo colonizador. Nessa esteira, em “A ‘constelação gaullista’ e os caminhos da fascização na França”, Sartre afirma que a violência do colonialismo, justamente pelo viés do racismo e da tortura, caracteriza o processo de fascização durante o segundo governo de Charles De Gaulle (1958-1969). Finalmente, a última seção, dedica-se a analisar “Os problemas da (des)unidade da esquerda e da não ‘solidariedade de interesses’ entre o operariado francês e os colonizados argelinos”, tendo em vista as posições pró-colonialistas do operariado francês, de acordo com Sartre.

Este artigo visa mostrar a amplitude e as derivações do conceito de liberdade em Jean-Paul Sartre (1905-1980). Nesse sentido, vem investigar, por meio de análise bibliográfica, as condições de possibilidade de tal conceito como fundamento para um compromisso ético-moral que se traduza em responsabilidade para com a sociedade. É possível deduzir um compromisso ético-moral a partir da liberdade? A filosofia de Sartre contempla uma visão humanista? Tal filosofia, a partir do eixo central de suas concepções, entendido como liberdade, apresenta-se como práxis, processo de ação e reflexão na história humana. Sartre, em defesa da filosofia do engajamento, enfatiza a importância de o homem se entregar à ação prática para alargar os horizontes possíveis de cada ser humano livre. Para Sartre, a liberdade é a condição própria do homem e tem por base a atitude de compromisso.

O presente artigo objetiva compreender a noção de angústia na obra de Jean-Paul Sartre (1905- 1980) e como suas colocações sobre o conceito podem contribuir para a psicologia clínica no Brasil. Tendo em vista esse processo, foram utilizados como marcos teóricos duas de suas obras: O Existencialismo é um Humanismo (1946) e O Ser e o Nada (1943), esta última, contém um capítulo destinado pelo autor apenas a “psicanálise existencial’’. Foi analisado como o conceito de angústia na obra do existencialista tem sido apropriada pelos pesquisadores do campo da psicologia, visto que a maior parte da confecção de trabalhos voltadas para o autor acontece no campo da filosofia, foram levantados dados a fim de explorar a possibilidade de correlacionar o conceito com outras temáticas dentro do campo da psicologia. Este artigo discorrerá brevemente sobre o existencialismo, o existencialismo sartreano, expondo as contribuições de Sartre para clínica em psicologia utilizando-se do livro Sartre e a Psicologia Clínica (2011) da autora Daniela Schneider, pesquisadora e autora sobre o tema.

Este estudo tem como tema central o processo de jogo de forças que vem ocorrendo na área da Saúde Mental no Brasil nos últimos anos; de um lado, políticas públicas de saúde se consolidando ao longo dos últimos 30 anos e de outro mudanças legislativas que contradizem as bases epistemológicas e metodológicas do modelo de assistência Psicossocial. Faz se uma breve contextualização histórica acerca da epistemologia do sofrimento psíquico, demarcando a perspectiva filosófica e psicológica de Jean Paul Sartre (1905/1980) e suas contribuições teóricas para a Reforma Psiquiátrica. As pesquisas recentes acerca do tema indicam um forte processo de desmonte dos princípios da mesma, e a necessidade urgente desse campo de atuação continuar se posicionando, na medida em que as mudanças impostas contradizem toda a sustentação teórico-científicas acerca do tema.

Este estudo tem como tema geral a infância, entendendo-a a partir da perspectiva filosófica e psicológica de Jean-Paul Sartre (1905 - 1980). Este demarca um olhar socio-histórico e existencial sobre os fenômenos humanos, possibilitando-nos pensar em “infâncias”, diversas e situadas. Detivemo-nos no conto A Infância de um Chefe, do livro O Muro, de Sartre, com a finalidade de articularmos a concepção sobre a constituição de sujeito desse filósofo, com as situações e as vivências do personagem Lucien Fleurier quando criança. Ao empreendermos a correlação com a teoria sartriana, colocamos em evidência as principais mediações da vida de Lucien, bem como o modo como ele as experimentava e como conduzia suas relações, especialmente de modo confuso e solitário, em que as experiências de imaginação e de emoção aparecem como centrais. O conto sartriano ilustra a histórica relação hierárquica entre adultos e crianças, em que os primeiros são considerados sujeitos ativos, detentores do conhecimento, enquanto os segundos, muitas vezes, são considerados passivos e posicionados como objetos, com um futuro predeterminado, com poucos recursos para se tornarem sujeitos de suas histórias.

O presente trabalho, de natureza teórica, analisa fragmentos dos escritos de Theodor W. Adorno (1903-1969) e Jean-Paul Sartre (1905-1980) e destaca reflexões para a pesquisa sociológica no campo da Educação, considerando a inflexão que ambos propõem em “direção ao sujeito”. De modo mais específico, realizamos uma leitura de como cada autor refletiu sobre sua própria infância e educação, buscando articular a reflexão autobiográfica que cada um realiza, de diferentes formas, ao núcleo duro de suas concepções teóricas. Ao observarmos como cada autor, na condição de adulto, rememora de forma sistematizada (na filosofia ou na literatura) sua própria infância, refletindo, entre outros aspectos, sobre a condição social de suas famílias e da classe burguesa, a relação com os adultos e com os artefatos (culturais e tecnológicos) de sua época, incluindo a escolarização, podemos também perceber elementos de suas concepções teóricas sobre a subjetividade e de suas análises sobre as vicissitudes do sujeito no contemporâneo. Enquanto que, para Sartre, a infância emerge no âmbito de uma concepção restauradora da narrativa como mediadora da experiência, em um processo, sempre ainda aberto, de transformação da existência, para Adorno, a rememoração sobre sua infância se articula às temáticas da pátria (não como território, mas como humanidade) e da utopia e se coloca como possibilidade de releitura das singularidades das experiências infantis como forma de confrontação e atualização das promessas contidas no passado.

Este artigo objetiva realizar uma abordagem sobre a produção de Marina Colasanti e a análise do conto “A moça tecelã” apontando na obra os traços do feminismo. Abordaremos o movimento e os momentos cruciais para a conquista dos direitos das mulheres, sobretudo o de usufruir, em igualdade, dos mesmos delegados aos homens. Serão abordadas as fases pelas quais passaram o feminismo, quando então as mulheres lutavam por carga igualitária de trabalho bem como salários equivalentes, além da busca pelo direito ao voto. Em última instância será feita a análise do conto supracitado. Como pressupostos teóricos foram utilizados críticos a citar Jung (1875) Beauvoir (1908), Sartre (1905), Coelho (1922), Oliva (2011), entre outros. Palavras-chave: Mariana Colasanti. Literatura de Autoria Feminina. Interdiscursividade. A moça tecelã. Referências BRAITH, Beth (org.). Bakthin: outros conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2006. BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo:fatos e mitos. Tradução Sérgio Milliet. SãoPaulo: Nova Fronteira, 1980. v. 1. ______. O segundo sexo: a experiência vivida. Tradução Sérgio Milliet. São Paulo: Nova Fronteira, 1980. v. 2. CHEVALIER Jean; GHEERBRANT Alain. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012. COELHO, Nelly Novaes. Dicionário crítico da literatura infantil e juvenil brasileira. 5. ed. São Paulo: Nacional, 2006. COLASANTI, Marina. Os doze reis e a moça no labirinto do vento. 12. ed. São Paulo: Global, 2015. ______. A nova mulher. Rio de Janeiro: Nórdica, 1990. ______. Contos de amor rasgados (contos). Rio de Janeiro: Rocco, 1986. ______. Gargantas abertas (poesia). Rio de Janeiro: Rocco, 1998. ______. Intimidade pública (coletânea de artigos). Rio de Janeiro: Rocco, Nórdica, 1980. ______. Hora de alimentar serpentes (contos). São Paulo: Global, 2013. ______. Mulher daqui pra frente (coletânea de artigos).Rio de Janeiro: Nórdica, 1981. ______. O leopardo é um animal delicado (contos). Rio de Janeiro: Rocco, 1998. ______. Uma ideia toda azul (contos de fadas). Rio de Janeiro: Nórdica, 1979. GOMES, Anderson. E por falar em mulheres: relatos, intimidades e ficções na escrita de Marina Colasanti. 2004.109 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. JUNG, Carl Gustav. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. São Paulo: Vozes, 2011. ______; HENDERSON, Joseph L.; FRANZ, M. L. von et al. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1964. OLIVA, Ângela Simoni Ronqui. A representação da violência contra a mulher em alguns contos de Marina Colasanti. 2011. 124 f. Dissertação ( Mestrado em Letras: Estudos Literários) - Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011. OLIVEIRA. Tássia Tavares de. A poesia itinerante de Marina Colasanti: questões de gênero e literatura. 2013. 157 f. Dissertação ( Mestrado em Letras) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2013. SARTRE, Jean Paul. O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica. São Paulo: Vozes, 2002.

"Comme Barthes qui pensait que la littérature devait céder la place à l’auto-écriture de tous, je pense que tout le monde devrait faire la même chose : raconter sa vie. Connais-toi toi-même. Mets-toi en forme. Mets-toi en ordre". Dustan, Guillaume (1999). Nicolas Pages (p. 400). Balland. Guillaume Dustan et sa particulière vision de la littérature (« en littérature, soit c’est soi, soit c’est du bidon », Dustan, 1999, p. 384) me permettent de commencer cette Ouverture du troisième numéro de la revue HYBRIDA. Revue scientifique sur les hybridations culturelles et les identités migrantes dont le Dossier central est intitulé SIDA/S – 40 ans. Pour suivre les conseils de Dustan, je vais raconter (un peu) ma vie : en 1994, étant ce que l’on appelle « jeune chercheur », j’ai présenté un projet sur « sida et littérature » qui m’aurait permis d’obtenir une bourse aboutissant à une thèse doctorale. Je n’ai pas eu la bourse et j’ai dû changer de sujet pour candidater à nouveau l’année suivante. J’ai finalement obtenu cette bourse, ce qui m’a permis de commencer ma « carrière » universitaire en 1996. Le fait est que, même si je me suis centré sur le corps dans le discours artistico-littéraire d’avant-garde, notamment dans le théâtre (« panique »), je n’ai jamais quitté ce premier projet et me suis toujours intéressé aux écritures liées à l’expérience de la maladie, et plus concrètement aux « récits de sida », surtout d’écrivains homosexuels ayant pour la plupart disparu à cause de l’épidémie. Le souvenir du congrès Sida y cultura (Sida et culture) à l’Université de Valence en 1997, organisé, il y a 25 ans, par Ana Monleón et Ahmed Haderbache, restera donc toujours comme un moment important dans ma mémoire affective et académique. Je leur serai toujours reconnaissant de m’avoir permis de publier mon premier article de recherche intitulé « Escribir en el apremio » (« Écrire dans l’urgence »). Malheureusement, ce « modeste » volume, qui a même été exposé au Musée d’Art Moderne de Valence (IVAM), n’a pas eu une large diffusion. C’est donc un privilège de pouvoir le rééditer comme Annexe à ce numéro d’HYBRIDA. Nous avons respecté l’édition originale de 1997, même si elle ne répond pas aux normes éditoriales de la revue ni aux critères actuels de « qualité » concernant les publications scientifiques. Le volume est composé d’un bel ensemble de dix-neuf contributions de personnes venues de générations, de formations et d’horizons différents, ce qui a permis une réelle circulation des savoirs et un échange intéressant entre l’activisme et l’Université. Certains d’entre eux nous ont quittés, prématurément. La mort nous surprend toujours. Voici donc toute ma reconnaissance (nunc et semper) à la Professeure de littérature française Elena Real, ma directrice de thèse, qui s’était spécialisée, entre autres, dans l’autobiographie contemporaine, concrètement dans l’écriture des femmes et les thématiques du corps et de la séduction ; et au journaliste et historien de la déportation homosexuelle Jean Le Bitoux, figure emblématique du militantisme en France et fondateur historique, avec d’autres intellectuels et activistes comme Frank Arnal (décédé à 42 ans en 1993) et Jean Stern, du magazine Le Gai Pied dont le premier numéro de 1979 contenait un article de Michel Foucault qui aurait suggéré le nom. Le magazine a été une grande fenêtre ouverte à la liberté d’expression et à l’activisme homosexuel jusqu’à sa disparition en 1992. Il comptait sur la collaboration habituelle d’intellectuel·le·s et d’auteur·e·s comme Jean-Paul Aron, Renaud Camus, Copi, Guy Hocquenghem, Nathalie Magnan, Hugo Marsan ou Yves Navarre, pour n’en citer que quelques-un·e·s. Même Jean-Paul Sartre lui a accordé une interview en 1980. Mais revenons à Sida y Cultura pour ajouter que les approches ont été riches et variées, aussi bien sociologiques que culturelles, sous une perspective historique (en comparant le sida avec d’autres maladies antérieures), du point de vue de l’analyse du discours sur le sida ou de l’analyse concrète d’œuvres et d’auteurs touchés par le sida comme Cyril Collard (mort en 1993 à 35 ans), Copi (mort en 1987 à 48 ans), Pascal de Duve (mort en 1993 à 29 ans), et bien évidemment Hervé Guibert (mort en 1991 à 36 ans). Nous avons eu la chance également de compter sur la collaboration de Juan Vicente Aliaga, critique d’art espagnol réputé, spécialiste en études de genre et LGBT, qui avait publié quelques années auparavant (1993), aux côtés de José Miguel G. Cortés, le premier essai fait en Espagne sur l’art et le sida intitulé De amor y rabia (D’amour et de rage) qui reste un référent important dans ce domaine. Concernant la coordination du Dossier central SIDA/S – 40 ANS, je tiens à remercier sincèrement Didier Lestrade, journaliste, écrivain et militant reconnu, fondateur d’Act Up-Paris, ainsi que du magazine Têtu, possédant une longue trajectoire et une importante production intellectuelle sur l’activisme LGBT. Ses trois derniers essais portent les titres suggestifs de : Minorités. L’essentiel (2014), Le Journal du Sida. Chroniques 1994-2013 (2015), « mon dernier livre sur le sida », affirme-t-il ; et I love Porn (2021), excellent essai qui reprend la forme du témoignage pour retracer une histoire particulière de la sexualité à partir des années 1970 par l’intermédiaire de la pornographie comme instrument politique de contestation. Je remercie également de tout cœur Ahmed Haderbache, traducteur de Guillaume Dustan en espagnol et grand spécialiste de son œuvre, d’avoir accepté de coordonner ce Dossier qui nous a paru nécessaire pour réactiver la mémoire d’une maladie et d’une production artistico-littéraire qui semble lointaine, voire révolue, surtout pour les jeunes générations, mais qui prend toute sa signification dans le contexte pandémique actuel. Ce Dossier, qui débute par un bel Avant-propos de Didier Lestrade intitulé « Sida : une épidémie presque oubliée » et par une Introduction d’Ahmed Haderbache, est composé de sept articles. Il part du fait sociologique et politique pour aborder la production littéraire, en passant par l’analyse filmique et théâtrale. Thierry Schaffauser s’intéresse aux personnes invisibles, voire oubliées, pour nous proposer une pertinente étude sur l’histoire des mobilisations des travailleuses du sexe contre le VIH en France et au Royaume-Uni ; Romain Chareyron fait une riche analyse des images du sida dans le film 120 battements par minute (2017) ; Henry F. Vásquez Sáenz aborde avec précision la pièce Une visite inopportune (1988), ce qui lui permet de restituer et de resituer la figure du dramaturge franco-argentin Copi en tant qu’auteur subversif et engagé, pionnier du théâtre autobiographique lié au sida. Les deux articles suivants, de Daniel Fliege et de l’écrivaine Ariane Bessette respectivement, proposent d’intéressantes analyses littéraires d’œuvres « autobiographiques » d’auteurs « controversés » car défenseurs des rapports sexuels non protégés ou barebacking : Guillaume Dustan (mort en 2005 à 39 ans) et Érik Rémès. Puisque HYBRIDA s’intéresse particulièrement aux contextes francophones ou comparés, nous avons créé une petite section à la fin du Dossier intitulée Autres regards afin de publier deux articles spécialement attirants. Le premier, écrit par Thibault Boulvain dont la thèse doctorale a été publiée en 2021 sous le titre L’art en sida 1981-1997, aborde les dernières années d’Andy Warhol (décédé en 1987) sous la perspective du sida ; le dernier, proposé par Caroline Benedetto, se penche sur les journaux intimes de l’artiste pluridisciplinaire américain David Wojnarowicz (mort en 1992 à 37 ans), en soulignant les influences françaises. Dans la section Mosaïque, où nous publions des études sur les hybridations culturelles et les identités migrantes qui ne correspondent pas à la thématique centrale du Dossier, nous publions trois articles. José Manuel Sánchez Diosdado analyse profondément les récits coloniaux des voyageuses françaises de la première moitié du XXe siècle qui se sont inspirées du Maroc. Feyrouz Soltani aborde le roman Verre Cassé de l’écrivain franco-congolais Alain Mabanckou pour y déceler les traces du métissage linguistique et culturel et, enfin, Rolph Roderick Koumba et Ama Brigitte Kouakou nous présentent la langue française comme instrument positif dans la construction de l’altérité à travers l’analyse des œuvres de l’écrivaine franco-sénégalaise Fatou Diome et de l’écrivaine franco-camerounaise Léonora Miano. La section Traces de la revue HYBRIDA est consacrée à la création littéraire et s’éloigne volontairement de l’esprit d’évaluation en double aveugle, bien que les soumissions soient strictement analysées et révisées par le comité éditorial. Dans ce numéro 3, nous publions quatre textes aussi différents qu’intéressants. Leurs auteur·e·s se sont inspiré·e·s de la thématique du Dossier central autour du sida. Nous avons l’honneur de publier un court récit de l’écrivaine québécoise Catherine Mavrikakis intitulé « Évitons de respirer l’air du temps » qui nous met en alerte par rapport aux préjugés qui perdurent de nos jours concernant le sida. Nous voudrions rappeler au passage que, partant de la pensée de Michel Foucault sur la santé et l’organisation sociale, ses recherches sur les écrits du sida, ainsi que sur les notions de contamination, d’aveu et de souffrance, sont d’une grande importance pour la thématique qui nous occupe. Nous ne pouvons que rester admiratifs face à sa double facette de professeure universitaire et d’écrivaine ; et souligner la force de ses romans « autofictionnels » dont Ce qui restera (2017), L’annexe (2019) et L’absente de tous bouquets (2020), pour n’en citer que les derniers. Ensuite, nous avons deux « témoignages » sincères et touchants. Le premier, intitulé Les spectres d’ACT UP, nous propose un parcours émotionnel et académique autour de l’expérience du sida. Son auteur, David Caron, Professeur à l’Université du Michigan, a fait une importante recherche dans le domaine des études LGBT et concrètement sur le VIH. Il s’est intéressé également aux études sur l’holocauste. Parmi ses dernières publications, nous trouvons The Nearness of Others. Searching for Tact and Contact in the Age of HIV (2014) et Marais gay, Marais juif. Pour une théorie queer de la communauté (2015). Le court et intense « témoignage » de Lydia Vázquez Jimémez (écrit en espagnol) intitulé « Filou, te fuiste demasiado pronto » (« Filou, tu es parti trop tôt ») nous montre la difficulté de l’aveu et de s’exprimer par rapport au sida, en nous dévoilant son expérience intime et douloureuse face au deuil dû à la perte de l’être aimé. Au-delà de sa brillante carrière universitaire en tant que spécialiste dans l’étude de l’érotisme et de la sexualité (notamment au XVIIIe siècle), avec une focalisation particulière sur les femmes et le collectif LGBT, je ne voudrais pas négliger sa facette de traductrice en espagnol de l’œuvre d’auteur·e·s admiré·e·s comme Abdellah Taïa, Annie Ernaux, Jean-Baptiste del Amo, Gabrielle Wittkop ou Fatima Daas, entre autres. En tant qu’auteure, j’aimerais signaler son livre illustré Journal intime (2019). Pour clore cette section de création littéraire et dans le but d’encourager l’écriture des jeunes écrivain·e·s, nous publions en espagnol la pièce inédite de Javier Sanz intitulée Reset. Volver a empezar (Reset. Repartir à zéro). Avec une fraîcheur et une franchise touchantes, la pièce aborde, en 2021, la problématique de l’incommunicabilité et de la difficulté à établir des relations amoureuses sincères, ainsi que la découverte de la séropositivité. Je suis persuadé que ce numéro d’HYBRIDA, 25 ans après Sida et Culture, marquera notre trajectoire en tant que revue universitaire. Il ne me reste qu’à remercier très sincèrement notre excellente équipe d’évaluation qui se nourrit et se diversifie à une grande vitesse grâce aux apports de spécialistes du monde entier. Et un sincère merci à José Luis Iniesta, Directeur Artistique de la revue, pour son investissement et son savoir-faire ; sans lui rien ne serait possible… Je vous propose un prochain rendez-vous pour fin juin 2022 pour le numéro 4 d’HYBRIDA. Salus in periculis

Jean-Paul Sartre (1905–1980), nephew of the Alsatian theologian, Albert Schweitzer, was born in Paris, passed his agrégation at the Ecole Normale Superieure in 1929, and was a lycée teacher between 1931 and 1945. He was called up to the French Army in 1939, captured by the Germans in 1940 and released after the armistice. In 1938 he published a novel, La Nausée, translated by Robert Baldick as Nausea (Harmondsworth: Penguin, 1965), and in 1940, L'Imaginaire: Psychologie phénoménologique de l'imagination, translated by Bernard Frechtman as The Psychology of Imagination (London: Methuen, 1972). His major philosophical work, L'Etre et le Neant, was published in 1943, and translated by Hazel E. Barnes as Being and Nothingness (London: Methuen, 1957). As a novelist he is best known for a trilogy, Chemins de la Liberté (Roads to Freedom), comprising L'Age de raison (1945) translated by E. Sutton as The Age of Reason (Harmondsworth: Penguin, 1961), Le Sursis (1945), translated by E. Sutton as The Reprieve (Harmondsworth: Penguin, 1963) and La Mort dans l'āme (1949), translated by G. Hopkins as Iron in the Soul (Harmondsworth: Penguin, 1965). His main work of literary criticism is Qu'est-ce que la littérature? (1947), translated by B. Frechtman as What is Literature? (London: Methuen, 1950). Plays includeLes Mouches (1943) and Huis Clos (1944), both translated by S. Gilbert and published in one volume, as The Flies and In Camera (London: Hamish Hamilton, 1965).

Neste artigo, abordaremos um experimento cênico bilíngue sobre a peça Entre Quatro Paredes [Huis Clos, 1944], de Jean-Paul Sartre (1905-1980), problematizando-a por meio da noção de jogo teatral. Com esse propósito, interpelaremos o sistema de Jogos Teatrais [Theater Games], elaborado por Viola Spolin (1906-1994), articulando-o ao pensamento do autor francês, a fim de apontar perspectivas existenciais sobre a relação entre texto e cena em um contexto estético-pedagógico.

Neste artigo, abordaremos um experimento cênico bilíngue sobre a peça Entre Quatro Paredes [Huis Clos, 1944], de Jean-Paul Sartre (1905-1980), problematizando-a por meio da noção de jogo teatral. Com esse propósito, interpelaremos o sistema de Jogos Teatrais [Theater Games], elaborado por Viola Spolin (1906-1994), articulando-o ao pensamento do autor francês, a fim de apontar perspectivas existenciais sobre a relação entre texto e cena em um contexto estético-pedagógico.

Segundo o existencialismo de Jean-Paul Sartre (1905-1980), o ser humano se constrói diariamente e somente estará totalizado com o fenômeno da morte, a qual é compreendida como o fim do projeto de ser e das possibilidades do indivíduo. Este estudo foi realizado com o objetivo de compreender a morte para o existencialismo sartreano e a busca contemporânea por transcender este fenômeno. Para tanto, utilizamos como metodologia a pesquisa por meio de revisão bibliográfica em literaturas referentes à temática. Por fim, compreendemos que a morte para o existencialismo é um fenômeno concreto e originário da condição humana, bem como entendemos que a morte pode ser negada pelo sujeito (má-fé), ou assumida por ele, possibilitando uma vida autêntica; a forma como o sujeito se relaciona com esse fenômeno também está intimamente ligada à cultura. Consideramos, ainda, que o ser humano contemporâneo tem buscado prolongar a existência humana, protelando esse acontecimento.