Dissertations / Theses on the topic 'Horns in literature'
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Montanha, Eleonora Vieira dos Santos. "No compasso das horas :." Florianópolis, SC, 2000. http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/78445.
Full textMade available in DSpace on 2012-10-17T14:27:37Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T19:15:48Z : No. of bitstreams: 1 161861.pdf: 59296904 bytes, checksum: ff7e0fe9985f9415680379c92d5a4956 (MD5)
Análise da temática da morte e da linguagem e estrutura musical em Ópera dos Mortos, de Autran Dourado, ressaltando a importância de uma leitura sócio-antropológica da obra. Embasa-se nos conceitos de alegoria de Walter Benjamin e de estrutura do mito, de Lévi-Strauss. Ressalta ser a morte (em sua dimensão física, metafísica, individual e social) a grande protagonista da ópera de Autran e estabelece a correlação entre estrutura formal e conteúdo: para retratar um universo cindido e plural, no qual cada voz introduz um fragmento distinto da (H)história, o tom musical assume a forma de uma fuga. Da bissetriz impossível destas vozes deriva a figura suprema da alegoria autraniana: a desintegração da experiência individual e coletiva.
von, Platen Magnus. "Agneta Horn än en gång." Uppsala : Svenska Litteratursällskapet, 1998. http://urn.kb.se/resolve?urn=urn:nbn:se:uu:diva-200910.
Full textSayers, Jeremy H. "The Great Mysterious." University of Akron / OhioLINK, 2010. http://rave.ohiolink.edu/etdc/view?acc_num=akron1271258434.
Full textMoellwald, Marina Cabeda Egger. "A tessitura das horas." reponame:Repositório Institucional da UFSC, 2012. http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94012.
Full textMade available in DSpace on 2012-10-25T05:34:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 278392.pdf: 526256 bytes, checksum: e30b6d7cabf13c4d7480816bb158e91a (MD5)
Aconteceu em um dia específico, diferente de tantos outros dias nos quais apenas sobrevivi, alheia ao meu desejo e à sua incompatibilidade com as circunstâncias de então. Naquele dia, resolvi partir. Abandonei minha família em prol da vida. É possível morrer, era isso o que eu havia lido em minhas tantas leituras. Mrs Dalloway, recordo bem. O livro que me possibilitou este processo de ruptura; a literatura que me fez continuar em cena. É possível morrer. Este foi o momento de desvio: do fracasso e do caminho traçado. No processo de leitura, a história foi modificada. Ao deixar-me ser levada pelo texto, assumi a postura de autoria sobre minha vida, aceitando ouvir a voz que me é singular. Naquele dia, na hora exata do meu ato, atingi a felicidade plena. Estava lá, no tempo presente. (Laura Brown)
Martins, Laís Rodrigues Alves. "Faces do feminino em As Horas, de Michael Cunningham /." Araraquara, 2018. http://hdl.handle.net/11449/154863.
Full textBanca: Aparecido Donizete Rossi
Banca: Maria Aparecida de Oliveira
Banca: Fernanda Aquino Sylvestre
Resumo: A arte pós-moderna caracteriza-se, segundo a teórica literária canadense Linda Hutcheon, por promover uma revisita e uma revisão crítica de textos e demais manifestações discursivas do passado, e por transpô-los a novos cenários e lhes conferir renovados vieses e nuances. A narrativa As Horas (The Hours, 1998), de autoria do norte-americano Michael Cunningham (1952 --), pode ser tomada como representante dessa estética, posto que se vale, tanto estrutural quanto tematicamente, de Mrs. Dalloway (1925), um dos romances canônicos do modernismo em língua inglesa, e produção de destaque em meio ao opus literário de Virginia Woolf (1882 - 1941), para sua composição. Intenta-se, no presente trabalho, promover uma análise do livro As Horas, objetivando investigar, sobretudo, como se articulam as representações do feminino na supracitada obra; para tanto, recorre-se a teorias e críticas feministas anglo-americanas e a pressupostos teóricos relativos à ficção pós-moderna. Procura-se salientar, ainda, a emergência do espólio crítico-literário woolfiano - enfatizando, principalmente, sua escrita ensaística e suas concepções feministas - na contemporaneidade.
Abstract: The postmodern art is characterized, accordingly to the Canadian literary theorist Linda Hutcheon, by the revision and critical evaluation of texts and other discursive manifestations of the past, and by their transposition to new scenarios, in which they gain renewed signification. The narrative The Hours (1998), from the North-American writer Michael Cunningham (1952 --), can be seen as a representative of this aesthetic, since it recalls both structurally and thematically the novel Mrs. Dalloway (1925), one of the seminal works of modernism written in English, and prominent production amid the literary opus of Virginia Woolf (1882 - 1941), for its composition. In the present work, we intend to analyze the book The Hours, aiming to investigate, above all, how the representations of the feminine are articulated in the aforementioned work, and, to this end, we depart from Anglo-American feminist theories, as well as critiques and theoretical discussions about postmodern fiction. It is also intended to highlight the emergence of the Woolfian critical-literary collection - emphasizing, mainly, her essayist production and her feminist conceptions - in contemporaneity.
Mestre
Santana, Júnior Odair Dutra [UNESP]. "Bastidores da literatura nas horas ociosas da tipografia do Jornal do Commercio (1827-1865)." Universidade Estadual Paulista (UNESP), 2017. http://hdl.handle.net/11449/148938.
Full textApproved for entry into archive by Juliano Benedito Ferreira (julianoferreira@reitoria.unesp.br) on 2017-03-09T14:17:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1 santanajunior_od_me_sjrp.pdf: 15921493 bytes, checksum: 07d3768e2464a833abfa82c16d6d3be5 (MD5)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
A partir da consulta e levantamento completo dos dados relativos à tipografia do Jornal do Commercio, realizados junto aos acervos da Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, da Biblioteca Mário de Andrade e da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, de São Paulo, e das Bibliotecas da USP, por meio do portal do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBiUSP), apresentamos nesta dissertação um inédito conjunto completo, pelo menos por meio dos recursos mobilizados até então, das obras literárias e não-literárias, bem como os outros periódicos, que saíram à público pela tipografia do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro entre 1827 e 1865, produção levada a efeito nas horas vagas de que essa tipografia dispunha, nos intervalos de impressão de seu principal produto. Como resultado, encontramos durante o levantamento realizado uma grande variedade de títulos e tipologia de impressos, os quais apontam para uma atividade editorial intensa e diversificada. No que se refere à publicação de obras literárias, saíram à luz textos teatrais e poéticos, porém destacou-se a impressão de romances, concentrada ao final da década de 1830 e durante a década seguinte, impulsionada pelo desenvolvimento do folhetim nos jornais brasileiros e pelo hábito de reimpressão dos romances-folhetim pelas tipografias do período, após sua publicação pelo jornal. Nesta dissertação, apresentamos essa atividade editorial, destacando o papel privilegiado das oficinas dos jornais do XIX para a produção e circulação da literatura e dos livros, e discutindo brevemente como a atuação da tipografia do Jornal do Commercio na impressão de livros e outros periódicos colaborou para a criação e manutenção de um comportamento literário e leitor em voga no período.
From the consultation and the complete data collection on the typography of Jornal do Commercio, carried out by means of the collections of Biblioteca Nacional (National Library), Rio de Janeiro, Biblioteca Mário de Andrade (Mário de Andrade Library), Biblioteca Brasiliana Guita and José Mindlin (Brasiliana Guita and José Mindlin Library), São Paulo, and USP Libraries, through the portal of the Integrated System of Libraries of the University of São Paulo (SIBiUSP), we present an unprecedented complete set, at least through the resources mobilized until then, of literary and non-literary works, as well as other periodicals published by the newspaper Jornal do Commercio of Rio de Janeiro between 1827 and 1865, produced during the spare time of this typography, in the printing intervals of its main product. As a result, we found during the data collection a large variety of titles and typology of printed matter, which indicate an intense and diversified publishing activity. As for the publication of literary works, theatrical and poetic texts came to light, but the impression of novels was emphasized, especially at the end of the 1830s and during the following decade, driven by the development of feuilletons in Brazilian newspapers and by the habit of reprinting Roman feuilleton by the typographies of the period, after its publication by the newspaper. In this paper, we present this editorial activity, highlighting the privileged role of the 19th century newspaper workshops for the production and circulation of literature and books, and briefly discussing how the work of Jornal do Commercio in the printing of books and other periodicals contributed to the creation and maintenance of a literary and reading behavior that was popular at the time.
FAPESP: 2015/11266-7
Santana, Júnior Odair Dutra. "Bastidores da literatura nas horas ociosas da tipografia do Jornal do Commercio (1827-1865) /." São José do Rio Preto, 2017. http://hdl.handle.net/11449/148938.
Full textBanca: Rodrigo Camargo de Godoi
Banca: Pablo Simpson Kilzer Amorim
Resumo: A partir da consulta e levantamento completo dos dados relativos à tipografia do Jornal do Commercio, realizados junto aos acervos da Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, da Biblioteca Mário de Andrade e da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, de São Paulo, e das Bibliotecas da USP, por meio do portal do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBiUSP), apresentamos nesta dissertação um inédito conjunto completo, pelo menos por meio dos recursos mobilizados até então, das obras literárias e não-literárias, bem como os outros periódicos, que saíram à público pela tipografia do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro entre 1827 e 1865, produção levada a efeito nas horas vagas de que essa tipografia dispunha, nos intervalos de impressão de seu principal produto. Como resultado, encontramos durante o levantamento realizado uma grande variedade de títulos e tipologia de impressos, os quais apontam para uma atividade editorial intensa e diversificada. No que se refere à publicação de obras literárias, saíram à luz textos teatrais e poéticos, porém destacou-se a impressão de romances, concentrada ao final da década de 1830 e durante a década seguinte, impulsionada pelo desenvolvimento do folhetim nos jornais brasileiros e pelo hábito de reimpressão dos romances-folhetim pelas tipografias do período, após sua publicação pelo jornal. Nesta dissertação, apresentamos essa atividade editorial, destacando o papel privilegiado das oficinas dos jornais do XIX...
Abstract: From the consultation and the complete data collection on the typography of Jornal do Commercio, carried out by means of the collections of Biblioteca Nacional (National Library), Rio de Janeiro, Biblioteca Mário de Andrade (Mário de Andrade Library), Biblioteca Brasiliana Guita and José Mindlin (Brasiliana Guita and José Mindlin Library), São Paulo, and USP Libraries, through the portal of the Integrated System of Libraries of the University of São Paulo (SIBiUSP), we present an unprecedented complete set, at least through the resources mobilized until then, of literary and non-literary works, as well as other periodicals published by the newspaper Jornal do Commercio of Rio de Janeiro between 1827 and 1865, produced during the spare time of this typography, in the printing intervals of its main product. As a result, we found during the data collection a large variety of titles and typology of printed matter, which indicate an intense and diversified publishing activity. As for the publication of literary works, theatrical and poetic texts came to light, but the impression of novels was emphasized, especially at the end of the 1830s and during the following decade, driven by the development of feuilletons in Brazilian newspapers and by the habit of reprinting Roman feuilleton by the typographies of the period, after its publication by the newspaper. In this paper, we present this editorial activity, highlighting the privileged role of the 19th century newspaper workshops for the production and circulation of literature and books, and briefly discussing how the work of Jornal do Commercio in the printing of books and other periodicals contributed to the creation and maintenance of a literary and reading behavior that was popular at the time
Mestre
Leite, Carlos Augusto Bonifácio. "Que horas eram para Mário e Osvaldo?" reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, 2013. http://hdl.handle.net/10183/90170.
Full textThis work aims to analyze the Mario de Andrade and Oswald de Andrade’s poetics through the 20s of the last century. For this, it considers essential to rebuild the São Paulo social structure in that period in order to verify how each poetic relates with that time. A visit to what these writers proposed in not intrinsically poetic texts – prefaces, essays, manifesto – will also be a part of this scrutiny, as well will be considered narrative and dramatic productions while promoting greater accuracy in the analysis. In the formal difference between these two poetics about the same social process and the discrimination of many forces that act on each aesthetic, it will aim to find the structural principal, as postulated by Antonio Candido and as axial point of the Roberto Schwarz’s work about Machado de Assis, of these writers, who are the two central names in the 20s brazilian modernism.
Weisman, Kathryn Jean. "Shaping the children's literature canon : an analysis of editorials from The Horn Book Magazine, 1924 - 2009." Thesis, University of British Columbia, 2012. http://hdl.handle.net/2429/41806.
Full textPeixoto, Fábio Rolim. "Das páginas para as telas: um estudo comparativo do romance As Horas e sua adaptação cinematográfica." Universidade Estadual da Paraíba, 2009. http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/1806.
Full textIn this dissertation, we intend to accomplish the critical analysis of the romance The Hours (The Hours), written by the North American Michael Cunningham, in 1999, as well as of the adaptation of this work for the movies: The Hours, american film driven by Stephen Daldry, in 2002. The work of Cunningham narrates one day in the three women's life that they live in time and different space but they have your linked lives by the romance Mrs. Dalloway, of Virginia Woolf. In the development of this research, we located the present intertextuality in the works of Cunningham and of V. Woolf, showing as this dialogue is introduced to the reader. For the accomplishment of this project, we looked for back-up in the theory of the enunciation, proposed by Mikhail Bakhtin; as well as we fell back upon the parody concepts and paraphrase postulated by Domício Proença Filho, Affonso Romano de Sant´Anna, Linda Hutcheon, Leyla Perrone-Moisés, Julia Kristeva, Sandra Nitrini and Graham Allen. In what it concerns the analysis of the film, we made use of concepts of the movie theories (Bazin, Metz, Agel, Brito, among other) and a comparison between the romance and the film, in the intention of accomplishing aesthetic approaches and semiotics between the literature and the movies.
Nesta pesquisa, propomo-nos a realizar a análise crítica do romance As Horas (The Hours), escrito pelo norte-americano Michael Cunningham, em 1999, como também da adaptação desta obra para o cinema: As Horas, filme americano dirigido por Stephen Daldry, em 2002. A obra de Cunningham narra um dia na vida de três mulheres que vivem em tempo e espaço distintos mas têm suas vidas ligadas pelo romance Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf. No desenvolvimento desta pesquisa, localizamos a intertextualidade presente nas obras de Cunningham e de V. Wololf, mostrando como este diálogo é apresentado ao leitor. Para a realização deste intento, buscamos respaldo na teoria da enunciação, proposta por Mikhail Bakhtin; bem como recorremos aos conceitos de paródia e paráfrase postulados por Domício Proença Filho, Affonso Romano de Sant´Anna, Linda Hutcheon, Leyla PerroneMoisés, Julia Kristeva, Sandra Nitrini e Graham Allen. No que diz respeito à análise do filme, fizemos uso de conceitos das teorias fílmicas (Bazin, Metz, Agel, Brito, entre outros) e uma comparação entre o romance e o filme, na intenção de realizar aproximações estéticas e semióticas entre a literatura e o cinema.
Omuro, Jonathan. "Signifying the Childish Adult of Horus Gilgamesh’s Awkward Moments of the Children’s Bible." Thesis, University of Oregon, 2018. http://hdl.handle.net/1794/23824.
Full textCarneiro, Leonardo Bérenger Alves. "Queerness e AIDS em As Horas." Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2007. http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=240.
Full textThis thesis is an analysis of new forms of familiar arrangements and the AIDS epidemic as presented in Michael Cunninghams The Hours. In order to discuss familiar experiences in the novel, the characters Laura Brown and Clarissa Vaughan were analyzed in terms of their queer and normative identities, respectively. In reference to the AIDS epidemic, its metaphorical potentiality in literature was discussed, mainly in relation to the character Richard Brown. The contextualization of the syndrome in the American scenario and its impact over the gay community were also examined.
Edmisten, Charles E. III. ""The Dent of Myne Honde": The Practice and Presentation of War in "King Horn"." Kent State University Honors College / OhioLINK, 2013. http://rave.ohiolink.edu/etdc/view?acc_num=ksuhonors1367879057.
Full textSeki, Celia Harumi. "As horas magnificadas : o processo de criação artistica." [s.n.], 2003. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/284885.
Full textAcompanha uma fita de video
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes
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Mestrado
Horning, Juliana Camargo. "A melancolia na arte - da literatura para o cinema. Análise da transposição de Mrs. Dalloway, de V. Woolf, para o filme As Horas." Master's thesis, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, 2013. http://hdl.handle.net/10362/10191.
Full textA transposição de um regime semiótico a outro, do literário ao cinematográfico, em narrativas que se recontam e complementam: Esta é a temática deste trabalho. Para demonstrar o intercruzamento, a intercalação entre literatura e cinema, utiliza-se a obra de Virginia Woolf, Mrs. Dalloway, e uma faceta da história de vida da escritora, retratada na obra As Horas, livro escrito por Michael Cunningham, o qual embasa o filme de mesmo nome, dirigido por Stephen Daldry. São textos em outros textos, narrativas desdobradas em outras narrativas, histórias ficcionais baseadas em uma personagem real. De Virginia parte-se para uma de suas mais reconhecidas produções, Mrs. Dalloway, a qual servirá de elo para a fundamentação de As Horas. A passagem da escrita para a imagem recria personagens e histórias, elucida-os de uma outra maneira, mas sempre conservando a narrativa primeira e acrescentando nesta elementos e sujeitos que auxiliam na apresentação da escritora, da sua obra e possíveis desdobramentos, colocados em situações, pessoas e épocas diferenciadas. O tempo, então, funde-se e harmoniza-se em uma coisa só, transpondo barreiras na intenção de recriar um universo vivido por Virginia Woolf e também por mais duas personagens, em outras décadas, sob a influência de uma outra sociedade e costume, mas que mesmo assim resguardam a essência da melancolia, da infelicidade velada, do desejo de ser aquilo que já se foi no passado, de viver plenamente ou de perseguir um sonho em outro contexto, em outro espaço, composto por diferentes pessoas. Em Mrs. Dalloway, a personagem Clarissa Dalloway representa a narrativa primeira que será ligada a de Septimus Warren Smith, ex-combatente da Primeira Guerra Mundial, visionário tal como Virginia Woolf, sofredor dos mesmos males, incompreendidos por aqueles que estavam próximos e também pela sociedade da época. Laura Brown, Clarissa Vaughan, Richard, todos constituintes da trama de As Horas, atualizam, recontam, realizam o desdobramento da narrativa de Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf, ao passo em que se complementam e se unem, mesmo com o passar dos anos e em situações e locais diferenciados. A transposição de gêneros, de tramas, de enredos é a tônica fundamental do trabalho, assim como seu intuito é apresentar a passagem da literatura para o cinema, em suas coincidências, elos, interligações e mutações, porém, mantendo e apresentando a fundamentação, as origens seguidas e produzidas a partir de Virginia Woolf, por meio de sua vida e obra.
Horn, Christian [Verfasser], and U. [Akademischer Betreuer] Japp. "Remythisierung und Entmythisierung : Deutschsprachige Antikendramen der klassischen Moderne / Christian Horn ; Betreuer: U. Japp." Karlsruhe : KIT Scientific Publishing, 2008. http://d-nb.info/1185397892/34.
Full textTen?rio, Patricia Gon?alves. "Doze horas : o mito individual em uma autobiofic??o." Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul, 2018. http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8345.
Full textApproved for entry into archive by Caroline Xavier (caroline.xavier@pucrs.br) on 2018-11-06T17:25:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESE - Patricia Gon?alves Ten?rio.pdf: 3032507 bytes, checksum: c511c0c604a9fadd02ea3e24bd91899a (MD5)
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Twelve hours is an essayist novel in three layers. Narrated in the third person singular, tells the story of Arabella Fantini, forty-five years old, single and childless, born in Recife, resident in Porto Alegre, Brazil, and museologist at the Art Museum of Rio Grande do Sul ? MARGS. She brings up unknown artists and, one fine afternoon, receives the letter with photographs of the work of Fernandes Vieira, Portuguese artist that the sender claims to have met her father, who has disappeared since the museologist?s thirteenth birthday. All the narration is done during the twelve hours flight to Lisbon, rescuing the past, describing the present, anticipating the future, creating imaginary dialogues with ?the man next door?. This is the first layer. The second layer is narrated in the first person singular, by a PhD student in Creative Writing, Manoela. It is understood that she studies in PUCRS, and would be a mimesis of the process of construction of the present thesis. The third layer is in the theoretical essay (in the impersonality of the first person plural), with the attached Logbook (in the vicinity of the first person singular). The theoretical essay has as objectives, in the light of the concepts of autobiography, autofiction and diary found in The autobiographical pact ? by Rousseau to the internet, from the French essayist and sociologist Philippe Lejeune, and ?The individual myth of the neurotic?, from the French psychoanalyst Jacques Lacan, to investigate the interchangeable layers of the thesis, as well as to present the hybrid genre of autobiofiction.
Doze horas ? uma novela ensa?stica em tr?s camadas. Narrada em terceira pessoa do singular, conta a hist?ria de Arabella Fantini, quarenta e cinco anos, solteira e sem filhos, nascida em Recife, residente em Porto Alegre, Brasil, e muse?loga do Museu de Arte do Rio Grande do Sul ? MARGS. Ela traz ? tona artistas desconhecidos, e, uma bela tarde, recebe a carta com fotografias da obra de Fernandes Vieira, artista portugu?s que o remetente afirma ter conhecido seu pai, desaparecido desde os treze anos da muse?loga. Toda a narra??o ? feita durante o voo de doze horas para Lisboa, resgatando o passado, descrevendo o presente, antecipando o futuro, criando di?logos imagin?rios com ?o rapaz ao lado?. Esta ? a primeira camada. A segunda camada ? narrada em primeira pessoa do singular, por uma estudante de doutorado em Escrita Criativa, Manoela. Subentende-se que ela estuda na PUCRS, e seria uma mimesis do processo de constru??o da presente tese. A terceira camada encontra-se no ensaio te?rico (na impessoalidade da primeira pessoa do plural), com os Di?rios de Bordo em anexo (na proximidade da primeira pessoa do singular). O ensaio te?rico tem como objetivos, ? luz dos conceitos de autobiografia, autofic??o e di?rio encontrados em O pacto autobiogr?fico ? de Rousseau ? internet, do ensa?sta e soci?logo franc?s Philippe Lejeune, e de ?O mito individual do neur?tico?, do psicanalista franc?s Jacques Lacan, investigar as camadas intercambi?veis da tese, assim como apresentar o g?nero h?brido da autobiofic??o.
Rech, Alessandra Paula. "Agudíssima horas : imagens do tempo na poesia de Hilda Hilst." reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, 2011. http://hdl.handle.net/10183/28768.
Full textA obra poética de Hilda Hilst é uma resposta ao tempo. A presente tese demonstra como o problema da finitude é fundamental nessa poesia. O amor, a morte, a busca do sagrado, a loucura e a obscenidade, todos temas recorrentes em Hilda Hilst, apontam para as “agudíssimas horas”: flagelo lírico-existencial da poeta. Com uma produção que se estende ao longo de 45 anos, Hilda Hilst deixou uma importante contribuição, principalmente pela complexidade das imagens que mobiliza, em que é possível identificar três formas distintas de temporalidade: a cronológica, o Eterno Retorno e o Tempo Antes do Tempo, as duas últimas, tentativas de fuga da irremediável fome de Chronos. A metodologia consiste na revisão da bibliografia a respeito da autora e dos temas que suscita e na análise da obra poética com ênfase às imagens que remetem ao tempo. Eliade, Bachelard, Durand e Paz estão entre os principais integrantes de um quadro teórico multidisciplinar.
Saint, Paul T. "The magical mantle, the drinking horn and the chastity test : A study of a 'tale' in Arthurian Celtic literature." Thesis, University of Edinburgh, 1987. http://ethos.bl.uk/OrderDetails.do?uin=uk.bl.ethos.384205.
Full textEitz, Albrecht [Verfasser], and Ludwig [Akademischer Betreuer] Völker. "Hochpoetisch oder "ächtes antipoeticum"? : Spielarten des Horn-Motivs in der deutschen Literatur / Albrecht Eitz ; Betreuer: Ludwig Völker." Münster : Universitäts- und Landesbibliothek Münster, 2017. http://d-nb.info/1142114791/34.
Full textMigliorança, Cibelle Figueiredo. "As reverberações de um gato narrador em As horas nuas de Lygia Fagundes Telles." Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2018. https://tede2.pucsp.br/handle/handle/21192.
Full textMade available in DSpace on 2018-07-03T13:30:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Cibelle Figueiredo Migliorança.pdf: 752455 bytes, checksum: 63cce3160a757e476da0641b308f063e (MD5) Previous issue date: 2018-04-20
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
This research proposes the study of the novel As horas nuas (1989) by Lygia Fagundes Telles. The focus of the analysis is the zooliteratura, a field that studies the animal from a transdisciplinary perspective, investigating different aspects of the relationship between humans and animals. Our special attention is dedicated to Rahul, one of the novel's narrators and a cat. We will also turn our attention to some of the author's short stories in which the presence of animals is also noted, especially in narratives in which dogs and cats appear. We aim to question the role of the animals in the works of Lygia Fagundes Telles and what effect is generated by the recurrent presence of these animals. The hypothesis is that the author uses these animals to try to understand human nature, as if the treatment given to the animals by their owners was an unmasking of the true essence of these people. The methodology used is bibliographic type and it has the theoretical and critical support of Gérard Genette, Wayne Booth and Maria Lúcia Dal Farra, as reference for the study of the novel, and Maria Esther Maciel, a reference and a pioneer in Brazil when relating to studies in zooliteratura
Este trabalho propõe o estudo do romance As horas nuas (1989) de Lygia Fagundes Telles. O foco da análise será o da zooliteratura, campo que estuda a questão do animal sob uma ótica transdisciplinar, investigando diferentes aspectos das relações entre humanos e animais. Nossa especial atenção recaiu particularmente em Rahul, que além de ser um dos narradores do romance é um gato. Também voltamos nossa atenção para alguns dos contos da autora em que a presença de bichos se mostrou contundente. Principalmente nas narrativas em que aparecem cães e gatos. Indaga-se qual o papel dos animais na obra de Lygia Fagundes Telles e qual o efeito que se gera com a recorrente presença destes bichos. A hipótese é de que a autora se utiliza destes animais para tentar compreender a natureza humana. Como se o tratamento concedido aos animais por seus donos fosse um desmascaramento da verdadeira essência dessas pessoas. A metodologia empregada foi do tipo bibliográfica e teve o respaldo teórico e crítico de Gérard Genette, Wayne Booth e Maria Lúcia Dal Farra, como referência para o estudo do romance, e Maria Esther Maciel, pioneira no Brasil com estudos na área, com relação a zooliteratura
Pequeño, Saco Tamara Paloma. "Presencia de la melancolía como fenómeno social en el contexto de El otoño de las horas muertas." Master's thesis, Universidad Nacional Mayor de San Marcos, 2020. https://hdl.handle.net/20.500.12672/15485.
Full textTesis
Hall, Kenneth Estes. "From Washita to Little Big Horn/Greasy Grass to Wounded Knee." Digital Commons @ East Tennessee State University, 2015. https://dc.etsu.edu/etsu-works/585.
Full textEkdahl, Ida. "Kärleken till Frank under narratologisk lupp : En analys av Nancy Horans debutroman." Thesis, Högskolan Kristianstad, Sektionen för Lärarutbildning, 2009. http://urn.kb.se/resolve?urn=urn:nbn:se:hkr:diva-5452.
Full textHansson, Stina. "Eva Hættner Aurelius, Inför lagen. Kvinnliga svenska självbiografier från Agneta Horn till Fredrika Bremer. (Litteratur, teater, film: nya serien 13, red. Per Rydén, Louise Vinge, Margareta Wirmark) Lund 1996." Uppsala : Svenska Litteratursällskapet, 1997. http://urn.kb.se/resolve?urn=urn:nbn:se:uu:diva-201069.
Full textPereira, Maria Luiza Medeiros. "Das aparas do tempo as horas cheias : uma leitura das memorias de Pedro Nava." [s.n.], 2001. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/269992.
Full textTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem
Made available in DSpace on 2018-07-31T19:24:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Pereira_MariaLuizaMedeiros_D.pdf: 62372439 bytes, checksum: 7c67ccb9213369f85530c18139bb179c (MD5) Previous issue date: 2001
Resumo: Sem resumo impresso na obra. Informação Previa da obra: Pode-se dizer que o presente trabalho é uma continuação da minha dissertação de mestrado, deferida no Departamento de Teoria Literária da UNICAMP, em 1993, sob orientação do Prof. Dr. Francisco Foot Hardman. Nele investiguei as origens do gênero para tentar mostrar o quanto as Memórias escapavam de suas amarras. De fato, sempre permaneceu a inconveniência deste texto híbrido, que não deixava etiquetar. Muito me ajudou, já no doutorado, alguns livros que o Foot me trouxe de uma de suas viagens à Europa. Discutia-se, num deles, a persistência de certos lugares - comuns da autobiografia na prosa autobiográfica contemporânea. Ora, a permanência deles não significava que tivessem mantido as antigas estruturas às quais vinculavam. Então, a questão ficou interessante, pois a utilização de fórmulas estabelecidas para exprimir experiências, a princípio compreendidas como flagramente individuais, acabava jogando água no moinho da minha percepção das Memórias como um texto propositalmente ambíguo. Fórmulas que não passavam de um modo a mais do "eu" se esconder do que se exibir e, ao mesmo tempo, um lugar de entrecruzamentos de experiências eminantemente literárias, além de pessoais e coletivas. A análise da utilização de tais fórmulas fez surgir certos estranhamentos, seja em relação à tendência do leitor de autobiografia de identificar o autor, o narrador e o protagonista sem fazer as mediações necessárias, seja na operação direta entre o que é narrado e a verdade, também uma demanda que pesa em relação ao gênero autobiográfico. Em relação à primeira situação, as narrativas abrem espaço para a identificação do "eu" com várias outras personagens, independente do tempo e do espaço, projetando a questão da identidade para outros níveis e, conseqüentemente, problematizando a identificação direta de Nava com o narrador, com a personagem principal, que também tem o seu nome, assim como os alter - egos. E, quanto à segunda, a inserção flagrante da ficção, retira o peso correntemente dado ao "fato" e transfere a sua percepção para um questionamento em relação aos modos de representação da verdade em que pese a incorporação simultânea de varias perspectivas. Neste estudo sobre as Memórias de Pedro Nava, procuro investigar o modo como elas são construídas. Mais precisamente, como se articulam os seguintes registros: os lugares - comuns da prosa autobiográfica, que inscrevem o texto num determinado "gênero" ao mesmo tempo em que induzem expectativas precisas no leitor em relação ao que lê; elementos da história de vida de Nava; elementos da história de vida de outras pessoas; os registros das mais variadas fontes sujeitas a "verificações" fora do texto; tais como: documentos cartoriais, mapas, trabalhos científicos, atestado de óbito, livros de registros e, por fim, vários ingredientes trazidos do ouvi - dizer, da literatura, da pintura, cinema, fotografia, propaganda, folclore. Trata-se de um trabalho que discute os limites dessa "nova autobiografia" contemporânea, herdeira das transformações formais das artes no século XX, da psicanálise e do experimentalismo na literatura, até o desaparecimento da voz narrativa e da focalização, atingindo em cheio a (re)composição da identidade. No capítulo 1 faço um sobrevôo sobre os lugares -comuns da autobiografia e um resumo dos seis livros de memórias de Nava, para mostrar como os elementos fora do texto orientam a leitura das Memórias. Depois abordo o tratamento dado a uma das imagens - chaves da autobiografia pós - romântica, a "cena da memória involuntária". No capítulo 2 analiso um outro momento não menos importante na autobiografia: o modo de iniciá-la. Em seguida, mostro como o ritmo da fase transforma-se num forte aliado do narrador no sentido de convencer o leitor a respeito da veracidade do relato que faz de si mesmo baseado em outro lugar - comum, a genealogia. O auto - retrato, entretanto, mostra-se, ao mesmo tempo, incompleto e contraditório, mas a favor da herança cultural humanista ameaçada pela cultura de massas. No capítulo 3 discuto duas questões centrais e amalgamadas nas Memórias: a velhice e a espera da morte. Situação que remete ao trabalho da escrita outro lugar - comum da prosa autobiográfica: o desejo de dizer tudo, desde as mais fragmentárias e fugazes lembranças à confissão do esquecimento. Favorecendo-se das teses sobre a recuperação das lembranças da infância em Freud, o narrador encena a sua luta contra as dificuldades de apreender as tênues lembranças do passado e confessa os tropeços da empreitada. Ambas são estratégias de convencimento, funcionando como "provas de veracidade" discursiva. E, ao mesmo tempo, se encontram na base da teoria de rememoração elaborada pelo velho narrador das Memórias. É por meio de tais estratégias que vai justificando, paulatinamente, os recorrentes recursos à ficção. Neste capítulo ainda mostro como ousar dizer tudo significa para o "eu" expor-se como outro(s), justamente para dar conta da passagem do tempo e da impossibilidade do sujeito de reconhecer-se o mesmo desde o seu nascimento até a sua velhice; além da impossibilidade de falar de sua própria morte. A questão da identidade pessoal é transportada para a esfera narrativa. Aqui essa questão é abordada a partir de uma das características mais marcantes de José Egon Barros da Cunha, um dos alter - egos de Pedro Nava, sua vida sexual. Não podemos nos iludir, tanto Pedro Nava quanto Egon são personagens das Memórias. Ademais, essa exposição (indireta) do "eu" está baseada elementos recorrentes na literatura erótica, que, por sua vez, nas Memórias, aliam-se ao conhecimento da anatomia humana que o autor empresta às personagens e ao narrador. No capítulo 4 discuto como ousar dizer tudo significa também a exposição mais crua do retrato do velho, a confissão do desespero da solidão e a opção pela fuga declarada do presente por meio da escrita. Um dos modos indiretos de exposição do "eu" é abordado através de um outro lugar - comum, só que este relativo ao elogio médico. Os elementos dessa forma retórica são encontrados tanto nos retratos dos professores de Medicina, quanto na prosa intimista, o auto - retrato esboçado em "Negro", em Galo - das - Trevas. As personagens se apresentam como alimento e patrimônio para as gerações seguintes; ou seja, as ações modelares dos professores foram incorporadas e prepararam Egon/Nava para a vida. A escrita vai espelhar o outro lado desse procedimento. Do mesmo modo que ensinamentos médicos teriam conduzido a personagem para a ação, as personagens de Rosa e tio Salles (presentes nos primeiros volumes das Memórias) representariam o método de contar histórias do narrador das Memórias, pois "ensinam" a mesclar ficção e história. É o que se vê nas narrativas das Memórias, ou seja, o embaralhamento dos acontecimentos do cotidiano com elementos emprestados da literatura e da pintura, a busca de adequação entre o mundo da personagem e a história. Sob esse aspecto, foi muito interessante ter tido acesso às cartas de Nava a Mário de Andrade, no IEB. Apesar de ser uma correspondência minguada, nota-se desde cedo, no jovem Nava, que a percepção da realidade, em especial a vida humana, estava mediada pelas artes visuais e pela literatura. A estratégia de embaralhar elementos heterogêneos está baseada na concepção da escrita como montagem, usando aqui os conceitos de Nava: dar ao "esqueleto" um "corpo". O primeiro refere-se ao projeto pré - determinado do escritor consigo mesmo, antes da escrita, na coleção heterogênea de materiais e o segundo, ao processo de seleção, organização, releitura do material e da escrita. Em ambos momentos se misturam elementos pessoais e coletivos e têm como premissa a metáfora da digestão, na qual a leitura desempenha um papel preponderante na escrita. Para quem escreve, seguindo a metáfora, há um determinado momento em que desaparecem os limites que separam o lido daquilo que foi escrito. Entre essas duas operações, o leitor, agora escritor, assimilou e esqueceu, "apropriando-se" e, conseqüentemente, produzindo algo "novo": "esquecendo para lembrar", dirá Nava. Ora, essa estratégia cria no mínimo, duas tensões: a primeira, diz respeito à posição do autor na prosa autobiográfica, na medida em que ele deixa de ser a instância última e explicativa do que produz; a segunda, refere-se ao tratamento dado a acontecimentos que escapam da ordem "pessoal" e atingem mais pessoas, como um conflito, uma guerra, uma revolução. São estas duas últimas questões abordadas na parte final deste último capítulo. No final, em Anexos, achei interessante incluir a reprodução de caricaturas relativas às personagens da pensão Moss, pois me refiro a elas no meio do capítulo 4 (o método: conversa a três). Ela foi retirada de um artigo de Flora Süssekind, publicado na Folha de São Paulo, Folhetim, de 5 de fevereiro de 1988, que atualmente se encontra publicado em Papéis Colados. Nessa mesma seção há uma reprodução das primeiras páginas de um artigo de Nava sobre a "mão reumática", que nos ajuda a perceber o grau de interferência entre a especialidade profissional, a técnica do pintor e do caricaturista e o trabalho da escrita nas Memórias, em especial, na atenção para as formas, as cores, as sali6encias e os detalhes de uma das partes do corpo humano. Há também a reprodução de uma foto de Flávio de Barros, fotógrafo militar que escreve na Campanha de Canudos. Nava se refere a ela numa das cartas a Mário de Andrade (e que se encontram no IEB - USP), salientando o interesse de fazer a estilização de duas de suas "figuras". Inclui também a reprodução de um auto - retrato de Leonardo da Vinci já sexagenário, retirado de Os Escritos de Leonardo da Vinci sobre a arte da pintura, organizado, traduzido e comentado por Eduardo Carreira. O olhar de tristeza desse auto - retrato traduz o do velho narrador das Memórias. Por fim, há uma reprodução de algum, as páginas de O Círio Perfeito, que abordo na última seção do capítulo 4, quando comento o tratamento dado por Nava a um dos momentos de sua história recente, a Revolução de 1930.
Abstract: Not informed.
Doutorado
Literatura e Outras Produções Culturais
Doutor em Teoria e História Literária
Horn, Franziska [Verfasser], Andrea [Akademischer Betreuer] Rapp, and Anne [Akademischer Betreuer] Bohnenkamp. "Der Ereignis- und Objektcharakter von Briefen im 19. Jahrhundert – Briefformate und Reflexionen zum Briefempfang digital auswerten / Franziska Horn ; Andrea Rapp, Anne Bohnenkamp-Renken." Darmstadt : Universitäts- und Landesbibliothek Darmstadt, 2020. http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:tuda-tuprints-91375.
Full textHorn, Franziska [Verfasser], Andrea [Akademischer Betreuer] Rapp, and Anne [Akademischer Betreuer] Bohnenkamp-Renken. "Der Ereignis- und Objektcharakter von Briefen im 19. Jahrhundert – Briefformate und Reflexionen zum Briefempfang digital auswerten / Franziska Horn ; Andrea Rapp, Anne Bohnenkamp-Renken." Darmstadt : Universitäts- und Landesbibliothek Darmstadt, 2020. http://d-nb.info/1206338806/34.
Full textDesmarais, Maya. "En quête d'une écriture hors genre(s) : processus de déconstruction générique dans l’œuvre d’Angélica Gorodischer." Thesis, Toulouse 2, 2011. http://www.theses.fr/2011TOU20091.
Full textWe intend, as it is traditionally done in cultural and gender studies, to connect literary genres and gender by analyzing Angelica Gorodischer’s narrative work (1928), an Argentinian contemporary female writer.This feminist female writer undoes normative models in order to question the very logic of categorization, in literary genres as well as in heteronormative social representations. Indeed, the social field and the literary canon are defined by the naturalization of a domination scheme. Indeed, the literary canon, linked with the social field, is built from domination schenes, which become invisible and out of history thanks to a naturalization process. The categorization logic of this process thus strengthens the feeling of a hierarchical organization. We analyse the social and literary fields in which this female writer evolves. She represents a rupture and questions the legitimacy of multiple centres while keeping a peripheral position. Then, we study more precisely the way she considers norm and literary genres by analyzing the generic modulations she uses in her writing, starting from a specific generic background. We then focus on the inter or transgeneric process the feminist female writer’s texts implement to undo, in a post-modern logic, categories and hierarchies. By doing so, she deviates from the canon, creating anamorphosis process which bring out the limits of genres and disturb the reader’s expectations, renewing this canon
Stowman, William J. (William John). "A Guide for the Preparation, Analysis and Performance of the Brass Quintet Literature of Thom Ritter George, with Three Recitals of Selected Works by Bach, Bitsch, Handel, Torelli, Suderberg, Ketting and Others." Thesis, University of North Texas, 1998. https://digital.library.unt.edu/ark:/67531/metadc935818/.
Full textBegines, Cerrada Francisco Javier. "Las contradicciones de Carmen en Cinco horas con Mario de Miguel Delibes : Una perspectiva multifacética de la mujer en el franquismo." Thesis, Högskolan Dalarna, Institutionen för språk, litteratur och lärande, 2021. http://urn.kb.se/resolve?urn=urn:nbn:se:du-37356.
Full textIn Cinco horas con Mario, Delibes tells us the story of a Carmen who represents the conservative sector of Spain at the time. However, if we delve into the text we will also find a Carmen who rebels and is a victim of Francoism. The purpose of this thesis is to show that a multifaceted Carmen will appear in Delibes' text which will make the novel reflect the social situation in which women were involved during the Franco period from different points of view.
Stevens, D. R. "The novelist as engineer : a thesis on credible engineering components of fiction novels (supplemented by an "engineering" fiction novel)." Thesis, View thesis, 2007. http://handle.uws.edu.au:8081/1959.7/39903.
Full textRock, Catherine A. "Romances Copied by the Ludlow Scribe: Purgatoire Saint Patrice, Short Metrical Chronicle, Fouke le Fitz Waryn, and King Horn." [Kent, Ohio] : Kent State University, 2008. http://rave.ohiolink.edu/etdc/view?acc_num=kent1207073118.
Full textTitle from PDF t.p. (viewed May 29, 2008). Advisor: Susanna Fein. Keywords: British Library; manuscripts; scribal studies; manuscript studies. Includes bibliographical references.
Shand, Coral Jean. "Primary school teachers integrate electronic storybook software into their teaching/learning practices through addressing issues of pedagogy, organisation and management." Thesis, View thesis, 2002. http://handle.uws.edu.au:8081/1959.7/577.
Full textDe, Iacovo Joe. "Easy : a novella." Thesis, View thesis, 1999. http://handle.uws.edu.au:8081/1959.7/691.
Full textHooker, Ashleigh. "Shelter." Thesis, View thesis, 2002. http://handle.uws.edu.au:8081/1959.7/610.
Full textTiévant, Pascale. "Regards sur l'altérité : le corps et la norme dans les enluminures, en France, aux XIVe et XVe siècles." Thesis, Toulouse 2, 2016. http://www.theses.fr/2016TOU20008.
Full textOur research is based on the illumination of manuscripts from the secular literature produced in French workshops in the fourteenth and fifteenth centuries. It focuses more precisely on the representation of strange beings, which abound in literature in the Middle Ages, whether it is strictly medieval like the Arthurian novel for example, or whether it derives its inspiration from Antiquity in mythological tales or travel stories. Although these characters belong to different categories, they present a very variable degree of humanity and fantasy and point out all the ambivalence of the human nature. Through the analysis of an extensive corpus of those pictures, we wish to raise the question of the figuration of the body from the moment it differs from the norm : norms of size (giants and dwarves), morphological norms (abnormal parts of the body), hybridizations and metamorphoses. What do these beings that transgress rules by their appearance and by the ambiguity of their relation to the animal kingdom represent in the medieval cultural imagination?Our research is necessarily based on the texts of the manuscripts and the relation to the picture on account of their obvious relation of reciprocity. It also based on the conditions of production of illuminations and on the people they were addressed to. By this socio-cultural approach, we try to determine the functions of those pictures of alterity as well as their significant evolutions or the stalemates they can reach in the figurative modes, all along the period under study
Arruda, Michele Fonseca de. "Das trincheiras da guerra civil às interseções literárias – leitura de Réquiem por un campesino espanõl, de Ramón J. Sender e Cinco horas con Mario, de Miguel Delibes." Niterói, 2017. https://app.uff.br/riuff/handle/1/3679.
Full textApproved for entry into archive by Josimara Dias Brumatti (bcgdigital@ndc.uff.br) on 2017-05-19T17:52:25Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) TESE PDF - MICHELE ARRUDA.pdf: 2140524 bytes, checksum: ac82aeae9af2f1e6948903ef4d49a300 (MD5)
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Fundação de Apoio à Escola Técnica, FAETEC, Armação dos Búzios, RJ
A Guerra Civil, que devastou a Espanha entre os anos de 1936 e 1939, e a posterior implantação do regime autoritário que dominou o país por quase quatro décadas, figuram entre os eventos mais catastróficos do século XX e que mais representações ganharam no âmbito das artes. Muitas dessas expressões artísticas foram produzidas no calor da guerra ou nos imediatos anos que a sucederam, mas, ao longo das oito décadas que nos separam do início do conflito, foram e continuam sendo produzidas cada vez mais obras que retratam os embates ideológicos entre las dos Españas. Da ampla gama de textos que versam sobre o conflito, destacamos duas narrativas produzidas em momentos específicos da vida cultural hispânica: Réquiem por un campesino español (1952), de Ramón J. Sender, publicada no México, durante o exílio de seu autor, e Cinco horas con Mario (1966), de Miguel Delibes, publicada na Espanha, em plena vigência da ditadura franquista. Essas narrativas, elaboradas em função dos mesmos motivos, mas em conjunturas distintas, respondem a demandas próprias de cada circunstância, portanto, os conteúdos e as formas que se criam para representá-los dialogam com as (im)possibilidades de representar os horrores de uma batalha fratricida. Nesta tese, queremos estabelecer a relação de cada uma das obras com a representação da Guerra Civil Espanhola, destacando os aspectos formais e a arquitetura textual das narrativas para estabelecer a tensão entre os dois momentos na literatura espanhola de pós-guerra: a produção literária da Espanha peregrina e a da era franquista, a fim de indicar as relações entre história, memória e literatura através da expressão narrativa dos dois segmentos em causa
The Spanish Civil War, which devastated Spain from 1936 to 1949, along with the subsequent establishment of a totalitarian regime that ruled the country for almost four decades, are both high on the list of the most catastrophic events of the 20th century, being widely portrayed by the world of the arts. Many of these works of art were created during the war; others were produced during the immediate post-war period. Nevertheless, during the eight decades that went by since these events took place, the production of such artistic pieces has significantly increased, especially the ones which depict the ideological conflict between “the two Spains” (las dos Espanãs). Among the wide variety of texts that deal with this conflict, two novels, each written in different and specific moments of the Hispanic cultural life, should be pointed out: Réquiem por un campesino español (1952), by Ramón J. Sender, published in Mexico during Sender’s exile, and Cinco horas con Mario (1966), by Miguel Delibes, published in Spain under General Franco’s dictatorship. These two novels, inspired by the same reasons but produced under different circumstances, meet the demands of the particular situations regarding their authors; therefore, both form and content in these novels are meant to cope with the “(im)possibility” of conveying the horrors of a fratricidal war. In this thesis, we wish to establish how each of these novels manages to portray the Spanish Civil War, highlighting the specific characteristics of both form and content in each text, so as to reveal the tension between these two kinds of literary productions of the post-war period: the works of the so-called España peregrina (“Pilgrim Spain”), and those produced under the Franco regime. In this way, we wish to bring to light the way in which history, memory, and literature are integrated through these different types of narrative expression
Solis, Teresa. "Les écrivains italophones de la Corne de l’Afrique : mobilité, mémoire et recomposition identitaire." Thesis, Paris 10, 2015. http://www.theses.fr/2015PA100042.
Full textSince the beginning of the 1990’s, Italian literary world and critic have been interested in linguistic, esthetic and social issues generated by Italian immigrant literature, in which we find writers of various backgrounds.Nevertheless, there is a group of authors displaying distinctive features whose members originate from the Horn of Africa. Their literary works participate to a renewal of interest for Italian colonial domination as well as for the debate on the introduction of postcolonial theories and the existence of a so-called Italian postcolonialism. Conversely, the interest and the development of postcolonial studies promote authors’ writings.Italian colonial domination in East Africa was rejected and hidden for a long time and still today it is a difficult issue to deal with. How can authors express their sense of belonging to former colonies in a country that has never looked at its colonial past? Our thesis statement is that writing enables the authors to restore understanding to often contradictory identities and thus rebuild their own space, both with regard to their social and ethnic background and to Italian society where these operations take place.This work aims at exploring how writing stories represents a strategy intended to make identity reorganization possible. The analysis of their favorite subjects will allow us to show whether this reorganization also conveys an unprecedented imaginary world from the Horn of Africa or if the necessity of finding a space to exist prevails over this really innovative storytelling
Obsieh, Moussa Souleiman. "L'oralité dans la littérature de la Corne de l'Afrique : traditions orales, formes et mythologies de la littérature pastorale, marques de l'oralité dans la littérature." Thesis, Dijon, 2012. http://www.theses.fr/2012DIJOL016/document.
Full textThe Horn of Africa has a traditional oral literature which is rich and varied as the rest of the continent, starting from pastoral mythology to poetry, legend and storytelling. But with the social upheaval which occurred with the arrival of European settlers and the introduction of writing, the chain of transmission of the oral tradition is threatened. Many Europeans have sought to describe the habits and customs of these people. Whereas on the other hand, the writers from the Horn of Africa are often inspired by giving it (orality) and a new way of doing it. The following research work strives to reflect traditional forms of orality and their impact on modern literature
Djama, Said Ared. "La femme dans la littérature d'expression française de la Corne de l'Afrique." Thesis, Dijon, 2012. http://www.theses.fr/2012DIJOL015.
Full textIn the Horn of Africa French-speaking literature, there are very often the caricatured images of female characters who are engaged in a difficult daily life. In both texts Waberi and Nuruddin Farah, female characters are constantly on the run to escape the tragic fate of a painful existence where moral and material/financial poverty is a major obstacle. If one of the factors that tends the female characters towards effective marginalization is related to a cantankerous space, dominated “by the vicious will of an imperial Sun”, there are also others who are contributing to stifle their identity in a traditional environment where "anything out of the herd is the elsewhere, the unknown distance, the limbo of oblivion”. We integrate this essentially misogynist perception in a critical size where marginalization related to exploration of the female body in” the nights in Addis Ababa takes shape over the narrative through exploitation the sexual rites that is graved in the flesh of female characters as” a surface where society registers the various terms of transaction”. This present thesis questions initially on issues related to the gender issue in the novelistic universe of writers while taking into account the popular imagination on the representations of women in the Horn of Africa
Kumpfová, Karolína. "Druhý život Adalberta Stiftera v jeho rodném kraji." Master's thesis, 2016. http://www.nusl.cz/ntk/nusl-343229.
Full textRivière, Mandala Ananda de la. "Women in the “Land of Do Without” : Ecofeminist Sensitivities in Harriette Arnow’s Hunter’s Horn." Master's thesis, 2021. http://hdl.handle.net/10451/48930.
Full textEsta tese procura recuperar traços de eco-feminismo no livro Hunter’s Horn (1949), escrito por Harriette Simpson Arnow, autora nativa da região americana dos Apalaches. O romance relata a vida de uma família precariamente integrada num sistema económico/cultural agrário e autossuficiente nas montanhas de Kentucky, na véspera da segunda guerra mundial. Apesar do termo eco-feminismo com a sua atual carga social e política ter nascido em 1974, a chamada mountain culture ou literature apresenta, desde o seu auge enquanto expressão literária regional (séc. XIX), sensibilidade e perspicácia perante a interseção de modos de opressão ambientais, políticos e sociais. A própria geografia e abundância ecológica das montanhas, considerada uma das biomassas mais extensas da Terra, assim como a forte ideologia patriarcal e a cultura religiosa fundamentalista, terá certamente ajudado nesta fusão de discursos feministas e ambientais. Por outro lado, o facto de, num contexto Americano mais amplo, esta região e a sua cultura serem fortemente estereotipadas e marginalizadas, e a sua paisagem continuamente explorada pelas indústrias de extração mineira, produz complexos e ambíguos efeitos intraculturais. Se a marginalização cultural da região fomenta, por um lado, uma maior consciência e mesmo estratégias de libertação individual, por outro, solidifica também relações de género fortemente opressivas, especialmente dentro da unidade doméstica ou no círculo familiar. Estamos, assim, perante uma ‘estrutura concêntrica’ de opressões. O eco-feminismo é uma filosofia que aborda os vários sistemas de opressão e dominação como interligados e nascentes de um substrato ideológico comum, o sistema patriarcal. De facto, focando-se principalmente na limitação histórica e cultural da mulher, assim como na crescente exploração ecológica no contexto da superestrutura ‘androcêntrica’ e capitalista, os pensadores eco-feministas criticam os sistemas de emancipação que não incluem outras entidades reprimidas, sejam estas humanas ou não. O primeiro capítulo desta tese debruça-se sobre estes mecanismos de opressão, e recorre a vários dos conceitos utilizados na posterior análise literária. Na primeira parte do capítulo destaco e analiso uma forma de identidade ou ‘ser’ fortemente segregada e alienada do ‘outro’ e hierarquicamente dualizada; depois proponho uma alternativa ética e moral que, através do reconhecimento de diferença, pluralidade e individualidade, procura respeitar a intenção ou ‘bem último’ de cada ser vivo. É de salientar ainda que, ao contrário de outras correntes de pensamento ambiental, o eco-feminismo concentra-se no individuo, e não necessariamente no coletivo, um aspeto sem dúvida herdado da ‘ética de solidariedade’ feminista. O segundo capítulo, que funciona como uma introdução à obra da autora, visa demonstrar a incidência ou compatibilidade entre uma re-imaginação feminina do mito da fronteira americana e a ética de solidariedade feminista, a chamada “ética do cuidado” (care ethics). A ‘experiência’ da fronteira americana desencadeia duas respostas fundamentalmente diferentes, perante a ocupação do vasto território selvagem, ou terra nulius, do continente Americano. Por um lado, surge a idealização masculina da natureza como ser feminino, materno e fortemente erotizado, o que acaba por se traduzir numa ânsia de poder e conquista. Por outro, vemos a preocupação feminina, explorada por exemplo por Annette Kolodny (1984), de transformar o espaço não familiar e por vezes ameaçador num lugar habitado e emocionalmente experienciado, através da criação de um espaço doméstico. Deste modo, a natureza não é conquistada, dizimada ou suplantada pois, através do motivo literário do ‘jardim/horta’ é estabelecida uma maior harmonia e fluidez entre o indivíduo e a natureza. Esta bifurcação nas visões de género torna-se, pois, evidente nos modos de inter-relação com o meio não humano, e permeia a argumentação crítica desta tese. Se, por um lado, pretendo explorar a necessidade compulsiva da personagem principal masculina em liquidar a vida de um animal selvagem, marca visível de uma ansiedade de purificação do espaço recém-humanizado, por outro, examino também a maneira como o impulso feminino doméstico engendra uma fluidez mais profunda entre as diversas territorialidades e os diferentes seres vivos que habitam estes espaços. Além disso, o argumento de que as personagens do romance revivem ou reformulam a experiência de um dos mitos fundadores do imaginário americano permite-me explorar a fusão espácio-temporal tão evidente na cultura dos Apalaches, em vez de reforçar os estereótipos de nostalgia sentimental ou deficiência cultural/económica continuamente atribuídos à região. Nesse sentido, a experiência de um tempo ou ritmo cíclico em vez de linear é, para além da memória coletiva ou do storytelling, projetada e realçada na própria topografia e abundância da paisagem, distinguindo os dois traços de identidade acima descritos. Enquanto a ‘mulher da montanha’ demonstra um entusiasmo perante a interseção entre as várias comunidades sociais e naturais, cultivando assim também uma libertação profundamente pessoal, a personagem principal masculina movimenta-se visivelmente numa espacialidade mais ‘ameaçadora’, isto é, num terreno que precisa de ser dominado. A caça, que dá nome ao romance, e que terá uma decisão tão avassaladora no destino da família retratada, representa narrativamente esta ‘ansiedade’. Assim, apesar de socialmente condicionadas e restringidas ao espaço doméstico (na tentativa constante de encontrar e preservar um lugar de carga pessoal e emocional num ambiente desafiador), as mulheres alcançam um certo grau de subversão dos imperativos socioculturais e dos ditames de género. De facto, a noção de ‘domesticidade’ e a sua extensão têm de ser reavaliadas segundo o contexto geográfico. Christine Cuomo aponta para este aspeto: as “perspetivas epistemologicamente enriquecidas” (“epistemically rich perspectives”) (58), ou os espaços/situações culturalmente e economicamente invisíveis, sustentam não só a sobrevivência da comunidade, como também iluminam um conhecimento mais profundo da bioregião, e uma sensibilidade para com o bem individual de outros seres vivos. Tendo em mente, então, a importância da contextualidade no pensamento feminista, a ética do cuidado traduz-se numa questão de saber ajudar o outro, que pode não partilhar a nossa experiência como ser humano. O terceiro capítulo explora os dois tipos de conexão mulher-animal criticamente distintos e interligados na obra. Ainda que as personagens femininas, e algumas figuras masculinas, por vezes subvertam o significado cultural da sua inscrição corporal nas inter-relações com o mundo animal, de uma perspetiva patriarcal o conceito de feminilidade é relegado a um domínio de animalidade ou de natureza inferior. De facto, a reprodução feminina e o corpo dos animais são explicitamente abusados e podem mesmo adquirir um valor utilitário e instrumentalista na cultura representada por Arnow. Nesse sentido, os seres humanos e não-humanos, subjugados por uma entidade ou ideologia comum, podem, através de laços de afinidade, de uma prática de compaixão ou, como Jessica Benjamin defende, de uma prática de “intersubjetividade”, atingir formas de libertação mútua e garantir um maior ‘desabrochar’ natural e pessoal. A nível textual, esta ‘aliança construtiva’ é garantida pelo facto de as personagens não humanas serem, em várias ocasiões, individuadas e incluídas como participantes na narrativa. Assim, a autora consegue criar um diálogo entre humano e não humano com significado ético e ecológico que não parte de uma diferenciação hierárquica ou antropocêntrica, evadindo os dualismos ocidentais de racionalidade/irracionalidade e humano/não-humano. Um dos meus argumentos principais realça como, abrindo possibilidades transgressivas, estes laços de afinidade acabam por ser benéficos e construtivos, não só para os animais ou para os sistemas ecológicos em geral, mas também para as personagens humanas (femininas ou masculinas) oprimidas. Contudo, afirmar que se pode retirar um valor ecológico das relações partilhadas entre humanos, maioritariamente personagens femininas, e animais, não esclarece os mecanismos subjacentes a estas tentativas de transgressão/libertação. A segunda parte deste capítulo analisa então a interseção mulher-animal de um ponto de vista patriarcal e repressivo, demonstrando os efeitos prejudiciais que resultam da ‘animalização’ das mulheres e da ‘feminização’ da natureza/animais. Esta parte constitui a chave para uma leitura eco-feminista eticamente viável: o contexto de opressão mútua pode substanciar uma postura solidária a que damos ainda pouco valor nos nossos discursos ambientais. Ademais, o cruzamento do conceito de feminilidade com o de animalidade justifica-se na obra por quatro razões: a divisão do trabalho, que ‘naturaliza’ o confinamento da mulher e do animal num espaço conceptual inferiorizado; a monopolização da racionalidade como característica unicamente masculina; a redução do feminino às suas capacidades biológicas e um fundamentalismo religioso de raízes patriarcais. O sistema religioso, a que dou especial relevância, não só abrange ou sustenta as outras três razões, mas reconhece o homem como protótipo ou exemplar de Deus, concebendo a mulher e os animais como inferiores. Por fim, esta tese conclui que um espaço selvagem, isto é, um território ou formas de vida não inscritas nos princípios e nas expetativas socioculturais, algo que os protagonistas de Arnow buscam incessantemente, serve os discursos de libertação feminina ou de qualquer outra identidade marginalizada. Na verdade, a autora entretece eficazmente um discurso de pendor feminista com questões de “eco-fobia” (Estok, 75), pois o desfecho do romance realiza uma unidade narrativa entre o corpo feminino e o corpo animal como ‘locais’ de exploração e de negociação patriarcal.
Charland, Thara. "Hors champ, suivi de Aquin demeure." Thèse, 2015. http://hdl.handle.net/1866/13758.
Full textHors champ est un recueil composé de courtes nouvelles et de poèmes proposant des réécritures d’œuvres marquantes de la littérature québécoise contemporaine de 1960 à nos jours. L’héritage littéraire est problématisé dans ce recueil par l’éclatement de la provenance des hypotextes. Ainsi, la réécriture s’effectue par la reprise de certaines caractéristiques formelles des textes sources tout en proposant de nouveaux contenus thématiques. C’est donc à plusieurs filiations que le texte se rattache, proposant du même coup non pas une postérité statique et écrasante, mais plutôt un héritage en acte, morcelé, fragmentaire et puisant à plusieurs sources — à l’instar de l’héritage littéraire québécois. Les nouvelles du recueil n’annoncent pas clairement leur hypotexte, mais proposent plutôt, dans le désir de jouer avec le lecteur, un exergue en début de texte. L’architecture du recueil ne respecte pas l’ordre chronologique des hypotextes et les nouvelles provenant du même texte source ne sont pas regroupées. Aquin demeure compare deux romans québécois contemporains soit Ça va aller de Catherine Mavrikakis et Pourquoi Bologne d’Alain Farah. À partir du constat selon lequel la figure d’Hubert Aquin exercerait une présence spectrale sur la littérature québécoise et aurait légué un héritage problématique et paradoxal à la postérité, le projet a pour but de voir quelles lectures de cet héritage aquinien proposent les œuvres de Mavrikakis et de Farah. L’analyse de Ça va aller débute par une étude comparative des deux figures auctoriales qui y sont présentées soit Hubert Aquin et Robert Laflamme, un avatar de Réjean Ducharme. Alors que Laflamme / Ducharme aurait contaminé toute la littérature avec ses voltiges langagières, Aquin aurait quant à lui abandonné la nation québécoise le jour de son suicide. L’analyse de Pourquoi Bologne, quant à elle s’intéresse à la reprise et au détournement de Prochain épisode. À partir des notions d’intertextualité et d’hypertextualité développées par Genette, l’étude tente de déterminer s’il est possible de penser Pourquoi Bologne comme un texte au second degré.
Valášková, Tereza. "Lužickosrbské motivy ve vybraných umělých pohádkách současné literatury." Master's thesis, 2014. http://www.nusl.cz/ntk/nusl-338658.
Full textMalafouris, Layla. "Le Survenant : la figure du fuyard hors-la-loi dans la littérature québécoise contemporaine en milieu rural." Thesis, 2020. http://hdl.handle.net/1866/24206.
Full textDedicated to the study of two contemporary novels, La liberté des détours (2015) by Mathieu Blais and Dixie (2013) by William S. Messier, this thesis examines the presence of a transformed, even deconstructed, regionality in Quebec's literary imagination. To do so, it examines these fictitious places in light of the revival of the figure of the Survenant, imagined by Germaine Guèvremont in 1945. The first chapter presents the figure of the nomad, from the tales of history to the rural novel, to reflect on its evolution. It then explores Guèvremont's innovative conception of Le Survenant through textual analysis. The second chapter focuses on Francis Langevin's definition of regionality, based on the needs of the primary corpus of this study. It is a novel way of reflecting on their filiations to the topos of the foreigner in rural areas, and more specifically to the dichotomy between “inhabitant” and “foreigner” imposed by terroirist literature. The method used for the analysis of the texts is inspired by the theories of intextextuality, hypertextuality and narratology. Finally, the third chapter examines the intertextual themes of freedom and heritage in contemporary novels, which adopt a “rural trash” aesthetic characterized by a refusal of idealization, as Mathieu Arsenault defines it. As a result, the Survenant, idealized in Guèvremont's novel, is transformed into the figure of outlaw fugitives in La liberté des détours and Dixie.
Bradette, Marie-Eve. "Glossolalie, traduction et dissonance : l'écriture hors-la-loi d'Antonin Artaud." Thèse, 2015. http://hdl.handle.net/1866/13752.
Full textIn a number of his writings, Antonin Artaud formulated, repeatedly, the terms of what might be considered an anarchic poetry, a form of language that would allow the abolition of distance between words and things, which is what he ultimately hopes to achieve through his writings. However, Artaud was never able to achieve this sense of literary anarchy. Therefore, since the concept of anarchy put forth by Artaud cannot fully explain what is really at work in his writings, this thesis raises the following questions: What does Artaud’s poetry ultimately achieve? Is there a figure which can illustrate the writing modalities at work in the French poet’s various texts? The figure of the outlaw is relevant in this case because it opens up the realm of reflection and conceptualisation. With the figure of the outlaw as the main starting point, this thesis formulates the hypothesis that what is played out in Antonin Artaud’s textuality is an outlaw poetic – a subversion of the Law through the use of different literary devices. In other terms, the outlaw poetic produces dissonant effects within the Symbolic. In order to reinforce this hypothesis, I shall work on two different axes of reflection which were brought forth through the analysis of Artaud’s traductologic and glossolalic literary devices. Subversion will first be seen through the notions of space and territory, and it will then be studied in its relation to temporality.
Pallàs, Elisabet. "Carmen(Es) Y Lola. El Continuo Generacional De La Educación De La Mujer Desde La Novela Y El Monólogo Teatral De Cinco Horas Con Mario Hasta La Película Función De Noche." 2016. https://scholarworks.umass.edu/masters_theses_2/458.
Full textGromov, Mikhail. "Blowing the Summoning Horn: Euphrase Kezilahabi, Kithaka wa Mberia and Self-translation in Modern Swahili Poetry." 2018. https://ul.qucosa.de/id/qucosa%3A35328.
Full textWroblewski, Ania. "La vie des autres. Sophie Calle et Annie Ernaux, artistes hors-la-loi." Thèse, 2013. http://hdl.handle.net/1866/10549.
Full textThis dissertation analyzes how contemporary French artist Sophie Calle and contemporary French writer Annie Ernaux transgress the discursive, aesthetic, and social boundaries between public and private life. Taking a feminist perspective and drawing on theories of everyday life, this dissertation asks: what liberties are the female artist and writer permitted today? Where, how and by whom are the ethical limits of creative practice established? In light of often stereotypical literary and artistic representations of the female criminal, the first chapter examines the accusations of obscenity, shamelessness and indecency levelled against Calle and Ernaux by their critics. The following three chapters identify the diverse, innovative and subversive ways in which Calle and Ernaux question accepted perceptions of femininity in order to seize creative freedom: they assume the distinct and tactical positions of flâneuses, heart-broken women avenging their ex-lovers, and theorists manipulating the reception of their own works. Together, these four chapters trace the artwork’s resonance in the public sphere, insist on the fruitful relationship that exists between a work of art and its frame, and consider the ethos of the artist as well as that of art. Sophie Calle’s and Annie Ernaux’s practices suggest that in order to achieve creative autonomy, art and writing must function outside of the constraints of moral, ethical, social and even civil laws. By examining instances in which artists, writers, curators and publishing houses have been subject to lawsuits in France since 2010, the conclusion of this dissertation studies a recent increase in the litigation of art and outlines some of the limits of representation as defined by the law.