Journal articles on the topic 'Arendt, Hannah, 1906-1975 – Philosophy'

This paper analyzes Ahmed Saadawi’s Frankenstein in Baghdad (2018) with a special emphasis on the grotesque bodily images of the monster, the novel’s exploration of justice, and the question of violence. I draw on the theoretical framework of the Russian philosopher and literary critic Mikhail Bakhtin (1895–1975), the ethics philosopher Emmanuel Levinas (1906–1995), and the German-American philosopher and political thinker Hannah Arendt (1906–1975). Saadawi’s unnamed monster, “The Whatsitsname,” comes into being via an accidental if honorably intentioned act, when the main character, Hadi, compiles remnant corpses that he finds in the streets of Bagdad into one body with the aim of conducting “a proper burial” in order to dignify the dead. Interestingly, while the monster is the enemy in the eyes of the Iraqi government, he is a savior for the ordinary people— their only hope of putting an end to the violence and achieving justice. In this paper, I argue that Saadawi draws on the metaphor of Frankenstein’s monster not only to capture the dystopian mood in post-2003 Baghdad, but also to question the tragic realities, and the consequence of war, as well as the overall ramification of colonialism. In addition, Saadawi’s embodiment of the metaphor of Frankenstein’s monster actualizes a new literary role for Frankenstein in literature—the representation of the Other: In this instance, the entire Iraqi community is literary represented in Frankenstein’s body. Of equal importance, is the fragmented nature of his body, which is literally compiled of different body parts from different people, perhaps symbolizing the urgent need for unity in Iraq.

The notion of ‘democracy’ as found in ancient Athens and the work of ancient Greek political theorists has crucially functioned as a critical, distant mirror for major authors of twentieth-century political thought — starting importantly with Ernest Barker but continuing along diverse paths in the works of Karl Popper, Leo Strauss, Hannah Arendt in the wake ofWorld War II, as well as for recent theorists of democracy who have read Athenian practices and critical discourses against the grain of contemporary philosophy, politics, and culture. In all of them, images of ‘democracy’ in ancient Greek political theory operate simultaneously as historical discoveries, theoretical constructions, and rhetorical supplements for critical renditions of the political realm. As such, they evidence the slippery centrality of ideas of democracy in ancient Greek political thought for the necessary, problematic, and divergent efforts of recent political theorists to justify their ideas as historically rooted, philosophically true, and politically relevant.

AbstractThis essay provides an overview of the life and theoretical concerns of Hannah Arendt. It traces the way her experience as a German Jew in the 1930s informed her analysis of totalitarianism in The Origins of Totalitarianism and her idea of the “banality of evil” in Eichmann in Jerusalem. The essay takes issue with those of Arendt's critics who detect a lack of “love of the Jewish people” in her writing. It also traces the way Arendt's encounter with totalitarian evil led to a deeper questioning of the anti-democratic impulses in the Western tradition of political thought—a questioning that finds its fullest articulation in The Human Condition and On Revolution. Throughout, my concern is to highlight Arendt's contribution to thinking “the political” in a way friendly to the basic phenomenon of human plurality. I also highlight her recovery and extension of the main themes of the civic republican tradition.

O texto parte de acontecimentos políticos da atualidade para, na esfera do pensamento político, refletir brevemente acerca dos rumos da ação política. Para tanto, o referencial teórico de Hannah Arendt (1906-1975) é utilizado em diálogo com as obras de Judith Butler (1956-), especialmente no livro Who sings the Nation State? (2007).

Although social work engagement with Hannah Arendt (1906–1975) has been meagre, it has been recently suggested that her conceptualisations are significant for the profession. This article seeks to problematise the presentation of Arendt to a social work readership, highlighting the failure to adequately historicise her work. In terms of her ideas, there is much to gain in examining this intellectual’s prolific and often controversial contributions, and seven dimensions are identified as significant for the times in which we live. Nevertheless, there are still major criticisms which can be levelled at her core conceptualisations. The article dwells on Arendt’s theorisation of the ‘private’, the ‘public’ and the ‘social’, and it is suggested that she is unaligned with sociologically informed theorisation underpinning critical and radical social work.

O objetivo deste trabalho é discutir a recusa da compreensão dialética da história empreendida pela filósofa alemã Hannah Arendt (1906-1975) nas obras Entre o passado e o futuro (1954) e Sobre a violência (1970), destacando, por meio da problematização dos argumentos trazidos pela autora, a crítica da tentativa hegeliana de reconciliação com a realidade através da compreensão do significado mais profundo de todo o processo histórico, a qual Hannah Arendt denomina de filosofia utilitarista que visa impor à realidade o significado e a lei preconcebidos pelo homem. Tal posição da autora favorece uma análise mais aprofundada das relações entre poder e força, política e violência, tão imbricadas na atual condição dos conflitos entre governos e populações que ocorrem ao redor do mundo. Conforme Hannah Arendt, a maior questão a ser enfrentada nestes casos é o fato dos dois lados do conflito encararem a política do ponto de vista da glorificação da violência.

AbstractThe German-Jewish intellectual Hannah Arendt (1906–1975) had famously opposed the establishment of a Jewish nation state in Palestine. During the Second World War, however, Arendt also spoke out repeatedly against the establishment of a binational Arab-Jewish state. Rejecting both alternatives, Arendt advocated for the inclusion of Palestine in a multi-ethnic federation that would not consist only of Jews and Arabs. Only in 1948, in an effort to forestall partition, did Arendt revise her earlier critique and endorse a binational solution for Palestine. This article offers a new reading of the evolution of Arendt's thought on Zionism and argues that her support for federalism must be understood as part of a broader wartime debate over federalism as a solution to a variety of post-war nationality problems in Europe, the Middle East and the British Empire. By highlighting the link between debates on wartime federalism and the future of Palestine, this article also underscores the importance of examining the legacy of federalism in twentieth century Europe for a more complete understanding of the history of Zionism.

Hannah Arendt (1906-1975) a partir do "Fenômeno do Totalitarismo", refletiu sobre a importância da política e do agir político, momento em que é necessário que haja “liberdade política”, nos termos dela. A liberdade é entendida por Arendt como a manifestação do ser humano no espaço público, cujo aparecimento é mediado pela linguagem sem coação, na pluralidade, na singularidade, visando a ação. A ausência da liberdade pode provocar experiências nada edificantes para a existência do homem, como os fatos do Nazismo, por exemplo – campos de concentração e de extermínio, a mentira política, entre outros. Nesse sentido, é preciso compreender como Arendt entende a liberdade, momento em que surge a questão: como a liberdade é (ou pode ser) condição para a política? Por quê? Na concepção dela, "o sentido da política é a liberdade". Para tanto, ela distingue a liberdade política da filosófica. A liberdade política precisa da presença de seres humanos que pensem e julguem, que escolham e ajam, e seu exercício será efetivo, e não um mero comportamento. Arendt enfatiza, em seus estudos, a liberdade política, pois para ela a liberdade corresponde à possibilidade de agir.

A filósofa política Hannah Arendt (1906-1975) é mundialmente conhecida como uma das principais teóricas do fenômeno do totalitarismo. Não obstante, há também como questão estrutural a atravessar seu pensamento a não menos importante questão não apenas das armas ditas nucleares (bomba atômica, bomba de hidrogênio), mas mais geralmente da ciência nuclear. Neste sentido, o presente artigo objetiva explorar, em um primeiro momento, a recepção filosófica dos acontecimentos ligados ao lançamento das primeiras bombas atômicas; num segundo, a interpretação arendtiana das questões acima aludidas para, por fim, tomando como ponto de partida a reflexão arendtiana sobre a relação entre modernidade e domínio da ciência/tecnologia atômica, pensar a nossa situação contemporânea em face de tais questões.

Resumo Quando se faz referências às relações entre Hannah Arendt (1906-1975) e Walter Benjamin (1892-1940) a menção sempre lembrada é a da amizade. Nas homenagens prestadas à Hannah Arendt por ocasião de sua morte, o filósofo Hans Jonas - amigo de Arendt desde o tempo que foram colegas na universidade em Marburg e alunos de Heidegger - destacou sua vocação para a amizade. Segundo ele, o que a movia era o Eros da amizade (Eros der Freundschaft). No círculo dos amigos mais próximos, incluía-se Walter Benjamin, com quem convivera no exílio em Paris entre os anos 1936 e 1940. E a amizade como pensada e cultivada na prática pelos dois pensadores situava-se no centro de suas vidas, como laço afetivo e visão de mundo. Este paper aborda a relação entre Arendt e Benjamin em dois âmbitos: a amizade, construída na situação de filósofos judeus-alemães refugiados em Paris, e as afinidades eletivas na concepção da história e da modernidade.

Este trabalho tem como objetivo apresentar a relação sobre a singularidade em Emmanuel Mounier (1905-1950) e Hannah Arendt (1906-1975). A forma que Mounier vai construir seu pensamento sobre os homens, será embasado numa perspectiva cristã, partindo da concepção bíblica que cada pessoa é criada à imagem de Deus e isso é o primeiro passo para a singularidade humana em Mounier. Já Arendt, vai conduzir sua compreensão do homem sobre duas diretrizes: a noção de ação política, que engloba o conceito de aparência, singularidade, dentre outros e também, no plano do pensamento, que é caracterizada pela vita contemplativa; essas duas categorias oferecem aos homens a possibilidade da singularidade, mas sempre dependerá da iniciativa particular do sujeito buscá-la. Portanto, o entendimento de homem dos demais pensadores, exaltam o ser pessoa, não sobre um aspecto individualista ou egoísta, mas, sobre a dimensão da dignidade de cada homem. A metodologia usada neste trabalho foi uma pesquisa qualitativa bibliográfica, das obras de Mounier e Arendt que correspondem ao tema e alguns comentadores que apoiaram o conteúdo desse texto.

Hannah Arendt (1906-1975) embora não tenha sistematizado uma Teoria ou Filosofia do Direito, em várias de suas obras, teceu série de considerações acerca dos Direitos Humanos e sobre a igualdade dos cidadãos perante a lei. Nesse sentido que se pode perguntar: qual é a concepção de cidadania na perspectiva arendtiana? Na hipótese a ser desenvolvida, Arendt parte de uma crítica a Declarações de Direitos do Homem e do Cidadão e da política do Estado Nação repensando a lei como forma de garantir o direito a ter direitos, de todo e qualquer cidadão, especialmente, no caso dos apátridas e dos refugiados, os quais foram desprovidos de proteção jurídica.

O presente trabalho incursiona pelo pensamento de Hannah Arendt (1906-1975) e Günther Anders (1902-1992), a partir do tema da propaganda/publicidade e da perversão da linguagem. As categorias do pensamento dos autores, convergentes ou divergentes, auxiliam na compreensão de elementos presentes no mundo contemporâneo, a partir dos quais, pode-se apontar o potencial destrutivo da propaganda/publicidade e o problema político da deturpação da linguagem na sociedade de massa. Tanto para Arendt como Anders a instalação da mentira como forma de vida, da crença na ilusão como substituto da realidade e o conformismo erradicam o humano dos homens.

Hannah Arendt (1906-1975) 20.yüzyıl düşünce yaşamına damgasını vurmuş bir düşünür olarak, günümüz siyaset felsefesinde ve hukuk felsefesinde önem taşımaktadır. Haklara sahip olma olma hakkı kuramı insan haklarının temellendirilmesinde önemli ölçüde taraftar bulmuştur. Bu kuramda insan haklarının temellendirilmesi ve insan haklarına saygının güvence altına alınması yer almaktadır. Bu kuramın oluşmasında Arendt’in kendi yaşamındaki acı tecrübelerin, Nazi döneminin barbarlığın belirleyici bir rol oynadığı genel olarak kabul edilmektedir. Bu yazıda Arendt’in baş eserlerinden biri olan “Totalitarizmin Kaynakları” kitabındaki görüşler ışığında geleneksel insan hakları kuramına, doğal hukuk tezlerine yönelttiği eleştiriler ele alınacak, Arendt’in haklara sahip olma kuramından bir insan onuru kuramı inşa edilip edilemeyeceği tartışılacak, son bölümde günümüzde Arendt’in kuramının ünlü düşünürlerce üstlenilmesi ve günümüz tartışmalarına katkısı işlenecektir.

Resumo: O presente artigo reflete sobre o tema da “responsabilidade” no pensamento filosófico de Hannah Arendt (1906 - 1975) e Emmanuel Lévinas (1906 - 1995) com a intenção de demonstrar as nuances e particularidades de cada autor e ao mesmo tempo realizando uma atualização da reflexão filosófica destes dois grandes pensadores do século XX. Para Arendt, o conceito de responsabilidade perpassa tanto o aspecto pessoal quanto coletivo acentuando a dimensão da política e aparece de forma sistemática em escritos a partir do seu livro Eichmann em Jerusalém (1963). Já para Lévinas, o conceito de responsabilidade está intrinsecamente ligado à sua concepção de ética como filosofia primeira. Encontramos uma maior exposição deste conceito nas obras Totalidade e Infinito (1961), Ética e Infinito (1982), Deus, a Morte e o Tempo (1993), dentre outras. Ele tem por objetivo tirar a primazia da ontologia e assim propor um novo paradigma para o agir humano. Segundo Lévinas, a exterioridade do rosto manifesta-se quando o outro olha para mim, torno-me responsável por ele, de tal maneira que, mesmo tendo que assumir responsabilidade a seu respeito, a sua responsabilidade incumbe-me, ou seja, o rosto do outro me interpela, me prende em sua ética da responsabilidade. Podemos afirmar que há uma aproximação entre o pensamento de Hannah Arendt e Emmanuel Lévinas, na concordância de ambos, no fato de que não deve haver uma supervalorização do ‘eu’, mas a centralidade deve estar acentuada na alteridade, quer no cuidado com o mundo (Arendt), quer no cuidado com o Outro (Lévinas).

Esse artigo se propõe a analisar o conceito de ‘banalidade do mal’, como concebe a filósofa alemã de origem judaica, Hannah Arendt (1906-1975), especialmente a partir do julgamento de Adolf Eichmann, em 1961, em Jerusalém. Contudo, faz-se necessário registrar que a proposta aqui não é de caráter jurídico ou técnico acerca dos processos legais da condenação de Adolf Eichmann, pois isso requer outra abordagem teórica. Então, a proposta desse texto é compreender a noção filosófica e social da maldade como parte estrutural da sociedade moderna. Para tanto, na perspectiva arendtiana, entende-se que não há de um lado o mal e do outro lado o bem, de forma dicotomizada e dualística, pelo contrário, o percurso teórico-metodológico proposto por Hannah Arendt visa à compreensão do mal a partir dos bons, dos comuns, dos normais, sendo esses os agentes sociais quem mantém a lógica estrutural da ‘banalidade do mal’ no contexto da modernidade

Em seu conhecido livro Eichmann em Jerusalém1, no qual relata o julgamento do carrasco nazista em 1961, Hannah Arendt (1906-1975) enuncia um conceito estratégico para explicar (mas não justificar) inúmeros fenômenos dramáticos do século 20: a banalidade do mal. A filósofa defende que, como resultado da massificação da sociedade, se criou uma multidão incapaz de fazer julgamentos morais, razão por que aceitam e cumprem ordens sem questionar, seguindo assertivas sem fundamento, aceitando – tal como um rebanho aprisionado por antolhos ideológicos e por alienações as mais diversas – qualquer coisa que se lhes impingisse.

Este artigo tem como objetivo, refletir sobre a concepção de Amor Mundi apresentada pela filósofa alemã Hannah Arendt (1906-1975) e suas imbricações com a ação política, evidenciando como os homens devem agir conjuntamente por amor ao mundo visando conservá-lo e preservá-lo da ruína. Arendt argumenta que os homens, ao habitarem o mundo, são capazes de deixar seus registros a partir de suas diversas atividades realizadas, especialmente a ação, atividade política por excelência. Isto é possível porque os seres humanos partilham daquilo que a autora define como mundo comum, caracterizado pelo seu aspecto de publicidade. Nesse sentido, isso nos leva a pensar na relação que Arendt estabelece entre amor, mundo e política para desenvolver o seu pensamento. Para o desenvolvimento desta análise, partiremos de alguns questionamentos, tais como: sua concepção acerca de Mundo; o tipo de amor de que fala a autora ao se referir a esse mundo; e o significado dos homens agirem conjuntamente numa atitude de amor pelo mundo.

Este trabalho consiste numa análise da relação entre a noção de teia de relações humanas e o conceito de mundo comum no pensamento de Hannah Arendt (1906–1975). O mundo comum é público em oposição ao oculto que caracteriza vida privada. Constitui-se por um espaço que existe apenas na medida em que homens se vinculam por seus discursos e ações e, desse modo, revela seus atores. Este vínculo criado pelos homens, pela via dos atos e das palavras, é denominado pela autora como Teia de relações. Ao contrapor-se às formas de dominação totalitária, nas quais indivíduos encontram-se isolados e igualmente, destituídos de discurso político, Arendt compreende que discurso e ação referem-se à mediação que os indivíduos estabelecem entre eles por meio dos seus interesses. Desse modo, constituindo uma realidade mundana objetiva.

Hannah Arendt (1906-1975), 20. yüzyılda yaşamış Yahudi kökenli bir Alman yurttaşıdır. Onun, Nazi Partisi’nin II. Dünya savaşı esnasında güttüğü antisemitist politikanın etkisiyle şekillenen kötülük tasavvuruna, politik ve ahlâkî içerikte telif ettiği pek çok çalışmasında rastlamak mümkündür. Ona göre, yaşadığı toplumda Alman ırkından olmayanlara karşı benimsenen totaliter politikanın insanca gerekçelerle açıklanması mümkün değildir. O, bu bağlamda, yapılan kötülükleri ifade etmek için radikal kötülük ifadesini kullanmıştır. Ancak çok geçmeden, bu kötülüklerin icrasında bilfiil görev alanların bu konudaki fiillerini bir görevin icrası olarak telakki etmeleri, Arendt’in kötülük kavramını bir başka kavramla daha nitelendirmesine neden olmuştur: sıradanlık. Bu çalışmada, onun kötülük meselesiyle ilgili olarak kullandığı radikal kötülük ve kötülüğün sıradanlığı kavramlarının, klasik kötülük problemi teorilerinden ayrıştığı yanlar analiz edilecektir. Ayrıca totaliter yönetim şeklinin sebep olduğu radikal kötülük fikrinin din felsefesine etkisi ve bu disiplin içerisinde nasıl konumlandırılacağı sorgulanacaktır. Araştırmalarımız neticesinde, Arendt’in kötülük problemine getirdiği yeni bakış açısının, klasik anlamdaki kötülük algısına ve kötülük kavramının kapsamına yeni katkılarda bulunduğu sonucuna ulaşılmıştır.

Resumo: pensar sobre os direitos humanos se tornou uma questão de suma importância diante das possibilidades da ação humana, enquanto capacidade de comunicação no mundo presente e que se desdobraram no transcorrer do século XXI. Tendo então, como objeto de estudo a possível relação entre ação, comunicação e direitos humanos, esta pesquisa estabelece como como objetivo geral analisar alguns aspectos do entendimento de “crise”, em Hannah Arendt, para, com isso, apresentar possíveis contribuições à reflexão acerca dos direitos humanos no mundo presente. Pretende-se, primeiramente, levantar dados e informações para verificação da pertinência de se pensar a temática “direitos humanos”; realizar uma revisão de literatura para corroborar ou refutar as leituras e análises dos resultados do levantamento de dados e de informações; por fim, aplicar o conceito de crise, da pensadora Hannah Arendt (1906-1975), para traçar algumas contribuições ao entendimento das ações humanas, enquanto novidade para o mundo presente. Primeiramente, será feito um levantamento de dados e informações, por meio da Rede Mundial de Computadores, estabelecendo como critério de amostragem a proximidade para com a temática e o período que antecedeu a pandemia e o período de pandemia. Em seguida, realizando a revisão de literatura, tendo como referência, autores que abordam os Direitos Humanos. Por fim, leitura e análise de publicações de Hannah Arendt e de comentadores, buscando o entendimento da autora, por meio de conceitos, sobre a ação humana. Conclui-se ser de suma importância reconhecer a relação intrínseca entre a ação humana e o mundo atual. O progresso manifesto a partir do século XX e potencializado no século XXI refletiu a capacidade humana de agir sobre as dadas circunstâncias do mundo. Entretanto, a ação se torna humana na efetivação das relações, exigindo do ser humano liberdade e responsabilidade para com o mundo. La crisis de las relaciones humanas: posibilidades de pensar derechos humanos desde la perspectiva de Hannah Arendt Resumen: pensar los derechos humanos se ha convertido en un asunto de suma importancia frente a las posibilidades de la acción humana, como capacidad de comunicación en el mundo actual y que se han desplegado en el transcurso del siglo XXI. Teniendo, entonces, como objeto de estudio la posible relación entre acción, comunicación y derechos humanos, esta investigación establece como objetivo general analizar algunos aspectos de la comprensión de “crisis”, en Hannah Arendt, para, con ello, presentar posibles aportes a la reflexión sobre los derechos humanos en el mundo actual. Se pretende, primero, recolectar datos e informaciones para verificar la pertinencia de pensar el tema “derechos humanos”; realizar una revisión bibliográfica para corroborar o refutar las lecturas y análisis de los resultados de la recolección de datos e información; finalmente, aplicar el concepto de crisis, de la pensadora Hannah Arendt (1906-1975), para extraer algunos aportes a la comprensión de las acciones humanas, como novedad para el mundo actual. En primer lugar, se realizará un levantamiento de datos e información, a través de la World Wide Web, estableciendo como criterio de muestreo la cercanía a la temática y el periodo previo a la pandemia y el periodo pandémico. Luego, realizando una revisión bibliográfica, teniendo como referencia, autores que aborden los Derechos Humanos. Finalmente, lectura y análisis de publicaciones de Hannah Arendt y comentaristas, buscando la comprensión del autor, a través de conceptos, sobre la acción humana. Se concluye que es de suma importancia reconocer la relación intrínseca entre la acción humana y el mundo actual. Los avances manifiestos del siglo XX y potencializados en el siglo XXI reflejaron la capacidad humana de actuar sobre las circunstancias dadas del mundo. Sin embargo, la acción se humaniza en la realización de las relaciones, exigiendo libertad y responsabilidad del ser humano hacia el mundo. Palabras clave: Comunicación. Derechos humanos. Pluralidad. The crisis in human relationships: possibilities for thinking about human rights from the perspective of Hannah Arendt Abstract: thinking about human rights has become a matter of paramount importance in the face of the possibilities of human action, as a communication capacity in the present world and that have unfolded in the course of the 21st century. Having, then, as an object of study the possible relationship between action, communication and human rights, this research establishes as a general objective to analyze some aspects of the understanding of “crisis”, in Hannah Arendt, in order, with this, to present possible contributions to the reflection on of human rights in the present world. It is intended, first, to collect data and information to verify the relevance of thinking about the theme “human rights”; carry out a literature review to corroborate or refute the readings and analysis of the results of the data and information collection; finally, to apply the concept of crisis, by the thinker Hannah Arendt (1906-1975), to draw some contributions to the understanding of human actions, as a novelty for the present world. First, a survey of data and information will be carried out, through the World Wide Web, establishing as a sampling criterion the proximity to the theme and the period before the pandemic and the pandemic period. Then, carrying out a literature review, having as a reference, authors that address Human Rights. Finally, reading and analysis of publications by Hannah Arendt and commentators, seeking the author’s understanding, through concepts, about human action. It is concluded that it is extremely important to recognize the intrinsic relationship between human action and the current world. The manifest progress from the 20th century and potentialized in the 21st century reflected the human capacity to act on the given circumstances of the world. However, action becomes human in the realization of relationships, demanding freedom and responsibility from the human being towards the world. Keywords: Communication. Human rights. Plurality.

La afinidad entre Hannah Arendt (1906-1975) y Claude Lefort (1924-2010) puede ser rastreada a través de diversos ejes: la cercanía y la distancia en la interpretación que ambos hacen del totalitarismo, la indagación en torno al problema de la igualdad en la modernidad, la interrogación sobre el estatuto de los derechos humanos o el intento renovado por ambos por pensar los acontecimientos sin barandillas. En este artículo me propongo abordar estos ejes de manera tangencial: rastreando la manera en la que Lefort lee La condición humana, intentaré identificar las razones que lo llevan a considerar que —a pesar de entender que Arendt es, sino la mejor, una de las más afines compañeras en la empresa de “restaurar la filosofía política”— su obra ofrece a la vez un punto de partida y un límite para repensar lo político.

AbstractThis article explores mid-century New York intellectual scenes mediated by the avant-garde émigré composer Stefan Wolpe (1902–72), with special emphasis on Wolpe's interactions with jazz composer George Russell (1923–2009) and political philosopher Hannah Arendt (1906–75). Cross-disciplinary communities set the stage for these encounters: Wolpe and Russell met in the post-bop circles that clustered in Gil Evans's basement apartment, while Wolpe encountered Arendt at the Eighth Street Artists’ Club, the hotbed of Abstract Expressionism. Wolpe's exchanges with Arendt and Russell, long unacknowledged, may initially seem unrelated. Yet each figure shared a series of “cosmopolitan” commitments. They valued artistic communities as spaces for salutary acts of cultural boundary crossing, and they tended to see forms of self-representation in the arts as a way to respond to the dehumanizing political disasters of the century. Wolpe and Arendt focused on questions of human plurality in the wake of their forced displacements as German-Jewish émigrés, whereas Russell confronted dilemmas of difference as an African American migrant from southern Ohio in New York. Bringing together interpretive readings of music with interview- and archive-based research, this article works toward a historiography of aesthetic modernism that recognizes migration as formative rather than incidental to its community bonds, ethical aspirations, and creative projects.

Este trabalho tem por objetivo analisar a figura de Rosa Luxemburgo (1871-1919) como exemplo de ascensão das mulheres ao espaço público tal qual descrito por Hannah Arendt (1906-1975), e refletir sobre os motivos que permitiram seu negligenciamento histórico. Tendo em vista que apesar de ter tido grandes contribuições teóricas e práticas e ter ascendido ao espaço público, ainda assim Rosa Luxemburgo fora negligenciada, estereotipada por meio da figura ora sanguinária, ora romantizada, e por esses motivos Arendt acredita que a política alemã não obteve o reconhecimento devido que mereceria nem em vida e nem em morte. Para tanto, utilizaremos a distinção entre espaço público e espaço privado de Arendt, presente na obra <em>A condição humana (1958),</em> bem como seu ensaio intitulado “Rosa Luxemburgo: 1871-1919”, presente na obra <em>Homens em tempos sombrios</em> <em>(1968) </em>e a obra <em>Rosa Luxemburgo ou o Preço da Liberdade</em> (2008) de Jörn Schütrumpf<em>. </em>Por fim, corroboramos com Hannah Arendt e trazemos também Jörn Schütrumpf para reafirmar que apesar de ter ocorrido uma pequena mudança em sua reputação, e algumas pessoas até saberem o nome de Rosa Luxemburgo, diante de sua grande contribuição teórica e prática seu reconhecimento acadêmico e político ainda é insuficiente, e acreditamos ainda ser possível um reconhecimento ainda que tardio da importância da figura de Rosa Luxemburgo para o pensamento teórico/filosófico político contemporâneo.

No pensamento de Hannah Arendt (1906-1975), a imaginação é um requisito para a compreensão, sendo a experiência e o exemplo fundamentais para a percepção da alteridade. Arendt retoma a ficção da “mentalidade alargada”, desenvolvida incialmente por Kant no âmbito da Estética, de maneira que o ato de "colocar-se no lugar do outro", mesmo que mentalmente, torna-se um exercício necessário para a capacidade judicante porque permite a representação de todos os juízos possíveis para determinada situação. Assim, a hipótese a ser desenvolvida relaciona estética e política a fim de refletir acerca dos movimentos migratórios da atualidade - assumindo que eles contribuem para a difusão de normas cosmopolitas (como as de Direitos Humanos, por exemplo). Nesse sentido, para que os Direitos Humanos sejam efetivos é necessário o respeito às diferenças culturais dos povos que habitam o Planeta, sendo imprescindível a adoção de uma perspectiva baseada na condição humana da pluralidade que possibilita a manifestação da singularidade.

Resumo: O mundo, no interior das reflexões de Hannah Arendt (1906-1975), deve ser compreendido como algo construído pela capacidade humana de reificação e, nesse sentido, deve ser visto como um artifício humano. Essa capacidade humana de reificação edifica um mundo de estabilidade, que existe antes de nossa chegada e continuará a existir após nossa breve passagem por ele, dando, assim, aos seres finitos, um lar mais durável do que suas próprias vidas e, consequentemente, garante-lhes uma identidade. Essa identidade aparece como algo de permanente em meio às constantes mudanças da vida, um abrigo diante das intempéries de suas existências, ou seja, uma morada a partir da qual possam reconhecer-se como humanos, pois o mundo é a marca indelével de que somos seres que constroem história e cultura. O mundo e sua durabilidade manifestar-se-á, sobretudo, na cultura e, especificamente, na obra de arte: a mais durável das obras humanas, pois há nela um grau de excepcional permanência que nenhum outro objeto produzido pelo homo faber possui. Essas reflexões nos proporcionarão abrir uma linha argumentativa que nos levará a compreender uma importante característica do conceito de mundo no pensamento político arendtiano, ou seja, que o mundo, enquanto fonte de estabilidade, permite ao homem ser compreendido usando-se o substantivo “homem” no plural.Abstract: The world, inside the reflections of Hannah Arendt (1906-1975), must be understood as something constructed by the human capacity of reification and, accordingly, may be viewed as a human gimmick. This human ability of reification builds a world of stability, that exists before our arrival and will continue to exist after our brief stint for him, giving, thereby, to finite people, a more durable home than their own lives and, consequently, guarantee to them an identity. This identity appears as something permanent in the midst of the constant changes of life, a shelter on the bad conditions of their existence, or, with other words, a residence from which they can recognize themselves as humans, because the world is the indelible mark that we are beings who build history and culture. The world and its durability will manifest itself, especially in culture and, specifically, in the work of art: the more durable of the human works, because there is in it a degree of exceptional permanence that no other object produced by homo faber has. These conceptions will open an argumentative line which lead us to understand an important feature of the concept of the world in the Arendt’s political thought, namely, that the world, as a source of stability, allows the man be understood using the noun “man” in the plural.

The work of climate scientists, demonstrating human-driven climate change, has not provoked the widespread and far-reaching changes to human behaviour necessary to avert potentially catastrophic environmental trajectories. This work has not yet sufficiently been able to engage the individual and collective imagination. Drawing on Samuel Taylor Coleridge (1772–1834) and Iris Murdoch (1919–1999), we can distinguish two modes under which the human imagination can operate: in Murdoch's terms, these are ‘imagination’ and ‘fantasy’. To relate imaginatively is to be willing to allow one's internal image of the world to be changed by what one encounters, while an outlook characterized by fantasy relates to the world as one would wish it were, rather than how it actually is. Fantasy, therefore, operates not only among those who deny climate change, but also among those who entertain the promise of a technological solution too optimistically. An imaginative outlook, by contrast, evaluates actions and patterns of behaviour in terms of their relation to a wider whole. This is necessary for providing the degree of agency required to step out of a cycle of ever accelerating production, which is explored in terms of an analogy to a discussion of revenge and forgiveness from Hannah Arendt (1906–1975). Ultimately, the need to engage the imagination is an opportunity as well as a challenge. To live imaginatively is fulfilling, and that is precisely what the challenges of climate change require. This article is part of the themed issue ‘Material demand reduction’.

A condição humana” (1958), de autoria de Hannah Arendt (1906-1975), possui conteúdos teóricos importantes para a compreensão das atividades humanas na atualidade e, entre elas, as exercidas pelos profissionais da área da saúde e neste momento, da Enfermagem. Dessa forma, pode-se analisar o relato dos Docentes de Enfermagem em relação à Vita Activa (ao labor, ao work, e à action) quando expõem a condição humana experienciada no cotidiano. Em outros termos, o labor está relacionado às atividades que correspondem ao processo biológico do corpo humano para garantir à subsistência: os cuidados com o corpo do Enfermeiro Docente (ED). Este é realizado por meio da alimentação, da higienização, do sono, do repouso, com uso de medicamentos e o acompanhamento com especialistas (como, Médicos, Fisioterapeutas). Em relação ao work, os ED realizam uma obra manual e intelectual que compreende ao ensino dos estudantes e ao cuidado ao labor dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O work abrange também o fazer científico e as relações interpessoais na Universidade, as quais ocorrem por meio do comando, da obediência e com hierarquia. A action é estabelecida quando os ED agem e falam conjuntamente com os pares durante as reuniões de Departamento, nos Sindicatos e nos Conselhos Municipais de Saúde, atuando com igualdade, liberdade, responsabilidade, isto é, de maneira cidadã. O ED precisa estar ciente da importância destas três atividades da Vita Activa, pois além de consumir e produzir pode, ao exercer a política, iniciar novos processos que possibilitem mudanças em relação aos cuidados com o próprio labor, no processo de work e na convivência com os outros (action). Acredita-se que isto resultará na melhoria da qualidade de vida dele, do ensino em Enfermagem e dos cuidados de saúde aos usuários do SUS.

AbstractThis commentary serves as an introduction to Salo Baron’s obituary of Hannah Arendt and surveys the relationship between the two. Despite their significantly different backgrounds and public image, Arendt and Baron shared a close personal and professional relationship that began in the early 1940s and lasted throughout Arendt’s life. Baron and Arendt played leading roles in the project of salvaging Jewish culture from Europe during and in the aftermath of World War II. Their work for Jewish cultural reconstruction was based on a shared outlook on the ‘Jewish Question’. Both Arendt and Baron were deeply alarmed by the dangers ethnic nationalism in Europe posed for the Jews and promoted political programs that sought to overcome the nation-state in Europe, Palestine and the United States.

Hannah Arendt (Hannover, 1906-Nueva York, 1975) reformuló una serie de conceptos y concepciones políticas sin identificarse con ideología alguna de las que estaban en boga en su momento. Es muy posible que haya dejado las simientes de una nueva centrada en un humanismo dialógico en el cual el Hombre, en su dimensión completa no se pierde en el individualismo ni se diluye en el igua- litarismo, se realiza en presencia de otros iguales en su diferencia, justamente cuando define el espacio público, es decir, haciendo política.

O artigo analisa o sentido de “ser no mundo” e “ser do mundo”, a partir do diálogo com as narrativas autobiográfica, ficcional e historiográfica de Stefan Zweig (1881-1942), e a filosofia política de Hannah Arendt (1906-1975), judeus que viveram a experiência de serem apátridas e viverem no exílio, em virtude das perseguições nazistas.

O artigo pretende analisar a visão de Hannah Arendt (1906 –1975) sobre o julgamento do ex-nazista Otto Adolf Eichmann (1906 –1962) e à ideia de banalidade do mal pensada pela autora ao longo do julgamento. Para Arendt, o totalitarismo nazista criou um modelo novo de criminoso, pois o extermínio sistemático e organizado de milhões de seres humanos não é visto somente como monstruosidade por parte de um grupo, mas um ato cometido por pessoas que cumpriam meras obrigações burocráticas, assim como Eichmann. Portanto, nossa análise se concentrará no cumprimento de ordens associado a irreflexão, responsabilidade legal, inversão de valores morais provocada pelo Estado nazista, nos massacres administrativos e o perfil do réu.

En el presente ensayo se estudia a Hannah Arendt (1906-1975), alemana de origen judío, en su condición de filósofa, y a su vez por su contribución al Derecho Penal -tal vez de manera inconsciente pero valiosa-, así, advertiremos en su pensamiento y básicamente en su obra Eichmann en Jerusalén “Un estudio sobre la banalidad del mal” las orientaciones y perspectivas que se advierten en la observación, perspectiva desde la óptica de la filósofa, en un juicio penal celebrado en Jerusalén el año 1961 contra uno de los seres humanos más criminal en la segunda guerra mundial. Así, a manera de reflexión filosófica y dentro del área de la filosofía del Derecho Penal nos preguntamos ¿Si una persona humana es o puede ser tan malvada en una sociedad que alejándose del Derecho puede actuar con inequidad?, ¿Qué dice el Derecho Positivo?, y ¿Cómo cuidan hoy los jueces y fiscales contemporáneos, que esa perversidad independientemente de la ley no se pueda a volver a conspirar y a realizar contra el Bienestar Común de la humanidad?

Trata-se de apresentar a crítica de Hannah Arendt (1906-1975) a noção de progresso a partir de seu livro Sobre a violência (1969). A saber, Arendt indica na segunda parte de seu livro Sobre a violência, que a ideia de progresso passou a ser vista dentro do movimento da Nova Esquerda [New Left] como um refúgio confortável com relação à realidade, dado que poderia fornecer respostas à pergunta: o que faremos agora? E a resposta seria apostar na ação violenta como o elemento necessário para modificar o curso político. Todavia, Arendt observa ainda que o conceito de progresso, dentro de qualquer teoria da história de vertente teleológica, está em flagrante contradição com o século XX, dados os eventos totalmente inauditos que nele se passaram. Não obstante, trata-se de pensar, de acordo com a autora alemã, o progresso nos termos de uma “fé cega”, que encontrou aceitação universal devido aos avanços das ciências naturais e a crença subjacente de que estas seriam ciências “universais”, responsáveis pela tarefa hercúlea de explorar ilimitadamente o espaço e de “elevar a estatura humana.”

Two significant twentieth century female philosophers, Hannah Arendt and Antjie Krog, critically evaluated two of the most egregious humanitarian crimes of the past hundred years. In the essay ‘Personal responsibility under dictatorship’, Arendt (1906-1975) used the trial of Adolf Eichmann, who was convicted and executed for crimes against humanity committed during World War II, to explain the connection between existence and thought and the necessity of a commitment to thinking; it was also a mouthpiece to voice her opinion on judgment, punishment, vengeance, collective responsibility and morality. In her book Country of my skull2 Krog (1952- ) reported on and analyzed the history, process and effects of the Truth and Reconciliation Commission (‘the TRC’), a commission established to assist the new democratic South Africa in dealing with Apartheid crimes.

<p>O artigo pretende analisar e problematizar a ideia de “responsabilidade” debatida por Hannah Arendt (1906-1975) e a perspectiva de “culpa alemã” pensada por Karl Jaspers (1883- 1969). Ambos os autores, após a 2a Guerra Mundial, confrontam a Alemanha com um passado de crimes dantescos. Portanto, para Hannah Arendt, atribuir a responsabilidade individual aos sujeitos do nazismo era inarredável, para que houvesse pessoalidade proporcional aos feitos praticados por cada indivíduo que colaborou com o regime hitlerista. Para Karl Jaspers, a questão da culpa alemã é que deveria ser considerada e debatida com o intuito de compreender a Alemanha após o nazismo e assim traçar novos rumos ao país, inclusive ao longo dos julgamentos de Nuremberg, em que uma grande enxurrada de acusações e culpa se intensificou e recaiu sobre o povo alemão com base no suposto apoio a Hitler.</p><p>Palavras-chave: culpa, responsabilidade, moral, nazismo, Alemanha.</p>

Hannah Arendt (1906-1975) faz diversas referências a Santo Agostinho (354-430) ao longo de suas obras. As idéias do filósofo foram trabalhadas mais profundamente em sua tese de doutoramento, de 1929, O Conceito de Amor em Santo Agostinho. Dividida em três partes distintas – o amor como desejo, o amor na relação entre o homem e Deus e o amor ao próximo – este livro deu a Hannah a oportunidade de analisar a existência humana e a importância do amor na relação do homem com o Criador e com a sociedade. Este tema, do amor, voltaria no livroHomens em Tempos Sombrios, onde analisou a história de João XXIII, entre outros personagens do século XX. Em sua vasta produção, Arendt revela sua forma de pensar política a partir dos termos do filósofo cristão: abandonar-se à fé – nos homens e/ou em Deus – é lidar com coisas da polis de uma posição em que o outro não é considerado um inimigo, mas um irmão. Não cobiçar as coisas terrenas, mas lidar na política com a charitas agostiniana, torna-nos abertos ao diálogo, à conciliaçãoe à aceitação de nossos oponentes. É a política da não-violência ativa, na linha de Gandhi, Luther King e Dom Hélder Câmara, arcebispo de Recife e Olinda, Brasil, nos anos de 1964 e 1985.

The Life of the Mind is an intriguing unfinished book written by Hannah Arendt, known as a political philosopher, at the very end of her life in 1975. We devote this Special Issue of Culture & Psychology to this work, because we are convinced that it raises interesting and important questions for social and cultural psychology today. In this Introduction to the Special Issue, we first explain why we believe that this book deserves closer attention. Second, we present the context of its publication, and a short biography of Arendt, to show its position in her life. Published posthumously, the book was her last project, yet it is based on some of her lifelong concerns. Third, we summarise Arendt’s ideas about the psyche, and the main three faculties of mind – thinking, willing and judging – with which the book is concerned. We then address three difficulties the book raises for psychologists reading her work. Finally, we explain the context in which we developed this Special Issue, and summarise the topics that will be addressed in the papers assembled here.

Com uma abordagem qualitativa e tendo o estudo bibliográfico como metodologia, este trabalho procura responder a seguinte questão: Quais as potencialidades do ensino de filosofia na constituição de sujeitos políticos na perspectiva arendtiana? Para responder a esta questão, este estudo fundamenta-se em dois conceitos elaborados pela filósofa Hannah Arendt (1906-1975): o trabalho e a ação. A partir destes conceitos, refletiremos sobre dois aspectos contidos na reformulação do Novo Ensino Médio a partir da Lei 13.415/2017 que visa contribuir com a corrosão do mundo comum ao diminuir a potencialidade do ensino de filosofia: 1) Fragilização das humanidades e enaltecimento de abordagens e disciplinas que visam à formação de trabalhadores e consumidores para o mercado de trabalho; 2) Debilitação da autoridade e da qualificação docente no ensino de filosofia. Ao discutirmos esses dois aspetos que inferimos desta lei, evidenciaremos como o ensino de filosofia pode se beneficiar da ação política, ao mesmo tempo em que contribui para a formação de sujeitos políticos e reflexivos que se ocupam da vida comum e zelam pela educação dos mais jovens e para a conservação do mundo.

IntroductionThe perception of the archive as the warehouse of tradition is inflected with the notion that what it stores is also removed from the everyday, at once ancient but also irrelevant, standing still outside time. Yet, if the past is of any relevance, the archive cannot maintain a rigid fixity that does not intersect with the present. In the work of the Atlas Group, the fabrication of “archival material” reflects what Hal Foster has termed an “archival impulse” that is constructed of multiple temporalities. The Atlas Group archive interrogates forms that are at once still, excavated from life, while still being in the present. In the process, the reductive singularity of the archive as an immobile monument is opened up to the complexity of a radical stillness through which the past enters the present in a moment of recognition. What is still, and what is still there, intersect in the productivity of a stillness that cuts through an undifferentiated continuity. This juncture echoes the Benjaminian flash which heralds the arrival of past in the presentTo articulate the past historically does not mean to recognize it ‘the way it really was’ (Ranke). It means to seize hold of a memory as it flashes up at a moment of danger. (Benjamin, Theses)Klee’s Angelus Novus stands still between past and future as a momentary suspension of motion brings history and prophecy into the present. For “the historian of the dialectic at a standstill”, Walter Benjamin, historical materialism was not simply a means of accessing the past in the present, but of awakening the potential of the future (Tiedemann 944-945). This, Rolf Tiedemann suggests, was the revolution of historical perception that Benjamin wanted to bring about in his unfinished Arcades Project (941). By carrying the principle of montage into history, Benjamin indicates an intention “to discover in the analysis of the small individual moment the crystal of the total event” (Benjamin Arcades 461). This principle had already been alluded to in his “Theses on the Philosophy of History” where he had written that a historical materialist cannot do without a present in which time stands still, and later, that it is in the arrest of thought that what has been and what will be “crystallizes into a monad” (Benjamin “Theses” 262-263).Everywhere in Benjamin’s writings on history, there is something of the irreducibility of the phrase “standing still”. Standing still: still as an active, ongoing form of survival and endurance, still as an absence of movement. The duality of stillness is amplified as semantic clarity vacillates between one possibility and another: to endure and to be motionless. Is it possible to reduce “standing still” to a singularity? Benjamin’s counsel to take hold of memory at the “moment of danger” might be an indication of this complexity. The “moment of danger” emerges as the flash of the past in the present, but also the instant at which the past could recede into the inertia of eternity, at once a plea against the reduction of the moment into a “dead time” and recognition of the productivity of stillness.Something of that “flash” surfaces in Gilles Deleuze’s reading of Michel Foucault: “a first light opens up things and brings forth visibilities as flashes and shimmerings, which are the ‘second light’” (Deleuze 50). The first flash makes “visibilities visible” and determines what can be seen in a given historical period, while the second makes “statements articulable” and defines what can be said (Deleuze 50). These visibilities and statements, however, are distributed into the stratum and constitute knowledge as “stratified, archivized, and endowed with a relatively rigid segmentarity” (Deleuze 61). Strata are historically determined, what they constitute of perceptions and discursive formations varies across time and results in the presence of thresholds between the stratum that come to behave as distinct layers subject to splits and changes in direction (Deleuze 44). Despite these temporal variations that account for differences across thresholds, the strata appear as fixed entities, they mimic rock formations shaped over thousands of years of sedimentation (Deleuze and Guattari 45). Reading Deleuze on Foucault in conjunction with his earlier collaborative work with Felix Guattari brings forth distant shadows of another “stratification”. A Thousand Plateaus is notably less interested in discursive formations and more concerned with “striation”, the organisation and arrangement of space by the diagrams of power. Striated space is state space. It is offset by moving in the opposite direction, effectively turning striated space into smooth space (Deleuze and Guattari 524).Whether on striation or stratification, Deleuze’s work exhibits more than a cautionary distrust of processes of classification, regulation, and organization. Despite the flash that brings visibilities and statements into being, stratification, as much as striation, remains a technique of knowledge shaped by the strategies of power. It is interesting however, that Deleuze sees something as indeterminate as a flash, creating structures that are as determined as stratum. Yet perhaps this is a deceptive conjecture since while the strata appear relatively rigid they are also “extremely mobile” (Deleuze and Guattari 553). Foucault had already given an indication that what the archaeological method uncovers is not necessarily suspended, but rather that it suspends the notion of an absolute continuity (Archaeology 169). He suggests that “history is that which transforms documents into monuments” (7). The task of archaeology, it would seem, is to recover documents from monuments by demonstrating rather than reversing the process of sedimentation and without necessarily relying on a motionless past. While there is a relative, albeit interstratically tentative, stillness in the strata, absolute destratification proceeds towards deterritorialisation through incessant movement (Deleuze and Guattari 62-63).If A Thousand Plateaus is any indication, the imperative for the creative thinker today seems to be stirring in this direction: movement, motion, animation. Whatever forms of resistance are to be envisioned, it is motion, rather than stillness, that emerges as a radical form of action (Deleuze and Guattari 561). The question raised by these theoretical interventions is not so much whether such processes are indeed valuable forms of opposition, but rather, whether movement is always the only means, or the most effective means, of resistance? To imagine resistance as “staying in place” seems antithetical to nomadic thinking but is it not possible to imagine moments when the nomad resists not by travelling, but by dwelling? What of all those living a life of forced nomadism, or dying nomadic deaths, those for whom movement is merely displacement and loss? In Metamorphoses Rosi Braidotti reflects upon forced displacement and loss, yet her emphasis nonetheless remains on “figurations”, mappings of identity through time and space, mappings of movement (2-3). Braidotti certainly does not neglect the victims of motion, those who are forced to move, yet she remains committed to nomadism as a form of becoming. Braidotti’s notion of “figurations” finds a deeply poignant expression in Joseph Pugliese’s textual maps of some of these technically “nomadic” bodies and their movement from the North African littoral into the waters of the Mediterranean where they eventually surface on southern European shores as corpses (Pugliese 15). While Braidotti recognizes the tragedy of these involuntary nomads, it is in Pugliese’s work that this tragedy is starkly exposed and given concrete form in the figures of Europe’s refugees. This is movement as death, something akin to what Paul Virilio calls inertia, the product of excessive speed, the uncanny notion of running to stand still (Virilio 16).This tension between motion and stillness surfaces again in Laura Marks’ essay “Asphalt Nomadism.” Despite wanting to embrace the desert as a smooth space Marks retorts that “smooth space seems always to be elsewhere” (Marks 126). She notes the stability of the acacia trees and thorny shrubs in the desert and the way that nomadic people are constantly beset with invitations from the “civilising forces of religion and the soporific of a daily wage” (Marks 126). Emphatically she concludes that “the desert is never really ‘smooth’, for that is death” (Marks 126). On this deviation from Deleuze and Guattari’s notion of the desert as smooth space she concludes: “we who inherit their thinking need to stay on the ground: both in thought, moving close to the surface of concepts, and literally, remaining alert to signs of life in the sand and the scrub of the desert” (Marks 126). In Marks’ appeal for groundedness the tension between motion and stillness is maintained rather than being resolved through recourse to smoothness or in favour of perpetual movement. The sedentary and still structures that pervade the desert remain: the desert could not exist without them. In turn we might ask whether even the most rigorous abstraction can convince us that the ground between radical nomadism and perpetual displacement does not also need to be rethought. Perhaps this complexity is starkest when we begin to think about war, not only the potentiality of the war-machine to destabilize the state (Deleuze and Guattari 391), but war as the deterritorialisation of bodies, lives and livelihoods. Is the war of nomadism against the state not somehow akin to war as the violence that produces nomadic bodies through forced displacement? One of the questions that strikes me about the work of the Atlas Group, “an imaginary non-profit research foundation established in Beirut to research and document the contemporary history of Lebanon” (Raad 68) through the production and exhibition of “archival” material, is whether their propensity towards still forms in the creation of documentary evidence cannot be directly attributed to war as perpetual movement and territorial flexibility, as the flattening of structure and the creation of “smooth space” (Deleuze and Guattari 389). One need only think of the reigns of terror that begin with destratification – abolishing libraries, destroying documents, burning books. On the work of the Atlas Group, Andre Lepecki offers a very thorough introduction:The Atlas Group is an ongoing visual and performative archival project initiated by Walid Raad …whose main topic and driving force are the multiple and disparate events that history and habit have clustered into one singularity named “The Lebanese Civil Wars of 1975-1991”. (Lepecki 61).While the “inventedness” of the Atlas Group’s archive, its “post-event” status as manufactured evidence, raises a myriad of questions about how to document the trauma of war, its insistence on an “archival” existence, rather than say a purely artistic one, also challenges the presumption that the process of becoming, indeed of producing or even creating, is necessarily akin to movement or animation by insisting on the materiality of producing “documents” as opposed to the abstraction of producing “art”. The Atlas Group archive does not contribute directly to the transformation of visibilities into statements so much as statements into visibilities. Indeed, the “archival impulse” that seems to be present here works against the constitution of discursive formations precisely by making visible those aspects of culture which continue to circulate discursively while not necessarily existing. In other words, if one reads the sedimentary process of stratification as forming knowledge by allowing the relationships between “words” and “things” to settle or to solidify into historical strata, then the Atlas Group project seems to tap into the stillness of these stratified forms in order to reverse the signification of “things” and “words”. Hal Foster’s diagnosis of an “archival impulse” is located in a moment where, as he says, “almost anything goes and almost nothing sticks” in reference to the current obliviousness of contemporary artistic practices to political culture (Foster 2-3). Foster’s observation endows this paper with more than just an appropriate title since what Foster seems to identify are the limitations of the current obsession with speed. What one senses in the Atlas Group’s “archival impulse” and Foster’s detection of an “archival impulse” at play in contemporary cultural practices is a war against the war on form, a war against erasure through speed, and an inclination to dwell once more in the dusty matter of the past, rather than to pass through it. Yet the archive, in the view of nomadology, might simply be what Benjamin Hutchens terms “the dead-letter office of lived memory” (38). Indeed Hutchens’s critical review of the archive is both timely and relevant pointing out that “the preservation of cultural memories eradicated from culture itself” simply establishes the authority of the archive by erasing “the incessant historical violence” through which the archive establishes itself (Hutchens 38). In working his critique through Derrida’s Archive Fever, Hutchens revisits the concealed etymology of the word “archive” which “names at once the commencement and the commandment” (Derrida 1). Derrida’s suggestion that the concept of the archive shelters both the memory of this dual meaning while also sheltering itself from remembering that it shelters such a memory (Derrida 2) leads Hutchens to assert that “the archival ‘act’ opens history to the archive, but it closes politics to its own archivization” (Hutchens 44). The danger that “memory cultures”, archives among them, pose to memory itself has also been explored elsewhere by Andreas Huyssen. Although Huyssen does not necessary hold memory up as something to be protected from memory cultures, he is critical of the excessive saturation of contemporary societies with both (Huyssen 3). Huyssen refers to this as the “hypertrophy of memory” following Nietzsche’s “hypertrophy of history” (Huyssen 2-3). Although Hutchens and Huyssen differ radically in direction, they seem to concur nonetheless that what could be diagnosed as an “archival impulse” in contemporary societies might describe only the stagnation and stiltedness of the remainders of lived experience.To return once more to Foster’s notion of an “archival impulse” in contemporary art practices, rather than the reinstitution of the archive as the warehouse of tradition, what seems to be at stake is not necessarily the agglutination of forms, but the interrogation of formations (Foster 3). One could say that this is the archive interrogated through the eyes of art, art interrogated through the eyes of the archive. Perhaps this is precisely what the Atlas Group does by insisting on manufacturing documents in the form of documentary evidence. “Missing Lebanese Wars”, an Atlas Group project produced in 1998, takes as its point of departure the hypothesisthat the Lebanese civil war is not a self-evident episode, an inert fact of nature. The war is not constituted by unified and coherent objects situated in the world; on the contrary, the Lebanese civil war is constituted by and through various actions, situations, people, and accounts. (Raad 17-18)The project consists of a series of plates made up of pages taken from the notebook of a certain Dr Fadl Fakhouri, “the foremost historian of the civil war in Lebanon” until his death in 1993 (Raad 17). The story goes that Dr Fakhouri belonged to a gathering of “major historians” who were also “avid gamblers” that met at the race track every Sunday – the Marxists and the Islamists bet on the first seven races, while the Maronite nationalists and the socialists bet on the last eight (Raad 17). It was alleged that the historians would bribe the race photographer to take only one shot as the winning horse reached the post. Each historian would bet on exactly “how many fractions of a second before or after the horse crossed the line – the photographer would expose his frame” (Raad 17). The pages from Dr Fakhouri’s notebook are comprised of these precise exposures of film as the winning horse crossed the line – stills, as well as measurements of the distance between the horse and the finish line amid various other calculations, the bets that the historians wagered, and short descriptions of the winning historians given by Dr Fakhouri. The notebook pages, with photographs in the form of newspaper clippings, calculations and descriptions of the winning historians in English, are reproduced one per plate. In producing these documents as archival evidence, the Atlas Group is able to manufacture the “unified and coherent objects” that do not constitute the war as things that are at once irrelevant, incongruous and non-sensical. In other words, presenting material that is, while clearly fictitious, reflective of individual “actions, situations, people, and accounts” as archival material, the Atlas Group opens up discourses about the sanctity of historical evidence to interrogation by producing documentary evidence for circulating cultural discourses.While giving an ironic shape to this singular and complete picture of the war that continues to pervade popular cultural discourses in Lebanon through the media with politicians still calling for a “unified history”, the Atlas Group simultaneously constitute these historical materials as the work of a single person, Dr Fakhouri. Yet it seems that our trustworthy archivist also chooses not to write about the race, but about the winning historian – echoing the refusal to conceive of the war as a self-evident fact (to talk about the race as a race) and to see it rather as an interplay of individuals, actions and narratives (to view the race through the description of the winning historian). Indeed Dr Fakhouri’s descriptions of the winning historians are almost comical for their affinity with descriptions of Lebanon’s various past and present political leaders. A potent shadow, and a legend that has grown into an officially sanctioned cult (Plate 1).Avuncular rather than domineering, he was adept at the well-timed humorous aside to cut tension. (Plate 3).He is 71. But for 6 years he was in prison and for 10 years he was under house arrest and in exile, so those 16 years should be deducted – then he’s 55 (Plate 5). (Raad 20-29)Through these descriptions of the historians, Lebanon’s “missing” wars begin to play themselves out between one race and the next. While all we have are supposed “facts” with neither narrative, movement, nor anything else that could connect one fact to another that is not arbitrary, we are also in the midst of an archive that is as random as these “facts.” This is the archive of the “missing” wars, wars that are not documented and victims that are not known, wars that are “missing” for no good reason.What is different about this archive may not be the way in which order is manufactured and produced, but rather the background against which it is set. In his introduction to The Order of Things Michel Foucault makes reference to “a certain Chinese encyclopaedia” in a passage by Borges whereanimals are divided into: (a) belonging to the Emperor, (b) embalmed, (c) tame, (d) suckling pigs, (e) sirens, (f) fabulous, (g) stray dogs, (h) included in the present classification, (i) frenzied, (j) innumerable… (xvi)“The uneasiness that makes us laugh when we read Borges”, writes Foucault, is the sense of loss of a “common” name and place (Order, xx). Whereas in Eusethenes, (“I am no longer hungry. Until the morrow, safe from my saliva all the following shall be: Aspics, Acalephs, Acanathocephalates […]”) the randomness of the enumerated species is ordered by their non-location in Eusthenes’ mouth (Foucault, Order xvii), in Borges there is no means through which the enumerated species can belong in a common place except in language (Foucault, Order, xviii). In the same way, the work of the Atlas Group is filtered through the processes of archival classification without belonging to the archives of any real war. There is no common ground against which they can be read except the purported stillness of the archive itself, its ability to put things in place and to keep them there.If the Atlas Group’s archives of Lebanon’s wars are indeed to work against the fluidity of war and its ability to enter and reshape all spaces, then the archival impulse they evoke must be one in which the processes of sedimentation that create archival documents are worked through a radical stillness, tapping into the suspended motion of the singular moment – its stillness, in order to uncover stillness as presence, survival, endurance, to be there still. Indeed, if archives turn “documents into monuments” (Enwezor 23), then the “theatre of statements” that Foucault unearths (Deleuze 47) are not those recovered in the work of the Atlas Group since is not monuments, but documents, that the Atlas Group archive uncovers.It is true that Benjamin urges us to seize hold of memory at the moment of danger, but he does not instruct us as to what to do with it once we have it, yet, what if we were to read this statement in conjunction with another, “for every image of the past that is not recognized by the present as one of its own concerns threatens to disappear irretrievably” (Benjamin, “Theses” 255). By turning monuments into documents it is possible that the Atlas Group reconfigure the formations that make up the archive, indeed any archive, by recognizing images of the past as being still in the present. Not still as a past tense, motionless, but still as enduring, remaining. In the work of the Atlas Group the archival impulse is closely aligned to a radical stillness, letting the dust of things settle after its incitation by the madness of war, putting things in place that insist on having a place in language. Against such a background Benjamin’s “moment of danger” is more than the instant of sedimentation, it is the productivity of a radical stillness in which the past opens onto the present, it is this moment that makes possible a radical reconfiguration of the archival impulse.ReferencesBenjamin, Walter. The Arcades Project. Trans. Howard Eiland and Kevin McLaughlin. Cambridge, Mass.: Belknap Press of Harvard U Press, 2002.———. “Theses on the Philosophy of History.” Illuminations. Ed. Hannah Arendt. New York: Schocken Books, 2007.Braidotti, Rosi. Metamorphoses: Towards a Materialist Theory of Becoming. Cambridge: Polity, 2002.Deleuze, Gilles. Foucault. Trans. Seán Hand. New York: Continuum, 1999.Deleuze, Gilles, and Felix Guattari. A Thousand Plateaus. 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