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Zeitschriftenartikel zum Thema „Trauma romance“

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Dantas, Tatianne Santos, Lia Aguirre Silveira da Rosa, Karla Julliana da Silva Sousa, Helena Pillar Kessler und Ana Paula Bellochio Thones. „Narrar ´e encadear tempos e espaços perdidos: violência de gênero e trauma em "Um amor incômodo" de Elena Ferrante“. Revista Criação & Crítica, Nr. 27 (11.11.2020): 264–84. http://dx.doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i27p264-284.

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No presente artigo, pretendemos evidenciar como o romance Um amor incômodo, de Elena Ferrante, é atravessado por um abuso sexual que resvala na relação entre uma filha e sua mãe. Na medida em que se articula à violência de gênero, esse acontecimento apresenta-se como um ponto cego da cultura, configurando-se como traumático. Ao final do livro, após reconstituir a história de sua mãe, é possível para a narradora, Delia, lembrar do abuso que sofreu quando criança e significar pontos de sua trajetória que se apresentam como um mal-estar. O incômodo do título, que diz respeito à relação mãe e filha, atravessa a trama ressoando o incômodo da violência que é desvelada no final do romance. Como aporte teórico, tomamos as considerações da crítica literária Shoshana Felman acerca de literatura, testemunho e traumas culturais. Com o intuito de relacionar o trauma com a violência de gênero, retomamos a perspectiva de Sigmund Freud sobre o tema, assim como a discussões mais atuais, através de Cathy Caruth e Gayle Rubin. Assim, propomos que o romance de Elena Ferrante permite um esgarçamento das possibilidades narrativas do trauma do abuso sexual e da violência de gênero, enquanto pontos cegos da cultura.
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John Style. „Trauma and Romance in Contemporary British Literature“. Miscelánea: A Journal of English and American Studies 52 (13.12.2022): 127–30. http://dx.doi.org/10.26754/ojs_misc/mj.20157210.

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Rodrigues, Breno Fonseca. „O romance Ver: Amor e as listas do trauma“. Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG 9, Nr. 16 (30.05.2015): 39–46. http://dx.doi.org/10.17851/1982-3053.9.16.39-46.

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Este artigo faz uma análise do romance Ver: Amor, de David Grossman, buscando destacar algumas referências a enciclopédias, listas, coleções e verbetes, em relação à catástrofe que ocorreu na Segunda Guerra Mundial. Pode-se dizer que há, no romance, uma tentativa de circunscrever a Shoah por meio da escrita. Assim, busca-se analisar as pistas que o escritor fornece, da tentativa de rememorar e refletir sobre o mundo antes, durante e, principalmente, depois dos horrores da Shoah.
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Do Prado, Diogo Duarte. „Guerra e trauma no romance “A última canção da noite”, de Francisco Camacho“. Anuário de Literatura 23, Nr. 2 (09.11.2018): 172–81. http://dx.doi.org/10.5007/2175-7917.2018v23n2p172.

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O artigo Guerra e trauma no romance “A última canção da noite”, de Francisco Camacho, têm como objetivo analisar a presença de tais aspectos na narrativa do autor português, refletindo acerca de como a presença da guerra gera traumas em um indivíduo, fazendo com que tenha seus atos conduzidos e sua vida comprometida pelos conflitos. Mais especificamente, em tal ficção, vê-se o personagem Jack Novak, guitarrista de sucesso da banda “The Bitters”, envolvido, por ligações familiares, aos eventos catastróficos da guerra civil da Jugoslávia, na década de 1990, situação a qual ele tenta por um momento se afastar, mas não consegue, afetando-o assim permanentemente, fazendo-o se questionar quanto à própria vida, marcando-o na memória com as cenas aterrorizantes da guerra, característica esta peculiar do trauma. Como base teórica para tal proposta de trabalho, usufruir-se-á da filosofia de Arthur Schopenhauer (1788-1860) e Friedrich Nietzsche (1844-1900), que abordam a temática do homem como propagador da dor e a necessidade que o mesmo sente em entrar em conflito, impondo suas vontades ao outro, respectivamente; da psicanálise de Sigmund Freud (1856-1939), atentando para o comportamento compulsivo e repetitivo do indivíduo traumatizado; a ideia de trauma como resultado da cultura, de uma era pós-catástrofe que nunca passa, apresentadas por Primo Levi (1919-1987) e por Márcio Seligmann-Silva (1964); dentre outros pensadores que corroboram para o desenvolvimento de tais temáticas sobre a guerra e do trauma.
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Da Silva, Alex Bruno, und Tálita Vicente Parreira. „Uma sinfonia silenciosa: melancolia e trauma em Adriana Lisboa“. Litterata: Revista do Centro de Estudos Hélio Simões 10, Nr. 1 (25.05.2021): 47–63. http://dx.doi.org/10.36113/litterata.v10i1.2792.

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O presente artigo tem como objetivo principal analisar a relação entre memória, melancolia e trauma, no romance Sinfonia em Branco, da escritora contemporânea Adriana Lisboa. Nesse sentido, as memórias traumáticas, das protagonistas do romance, colocam em evidência imagens de violência física e psicológica, a saber: a perda da infância, a condição da mulher e as consequências tortuosas de vidas interditadas e negligenciadas, aparecem de forma intensa na composição da narrativa. Para tanto, a metodologia contempla os estudos teórico-críticos formulados por Freud (2014), Gagnebin (2009), Seligmann-Silva (2002), Moacyr Scliar (2003), dentre outros.
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Harrod, Mary. „Nostalgia, Melancholy, Trauma: Backlash Postfeminism in Contemporary French Screen Romance“. Nottingham French Studies 61, Nr. 3 (Dezember 2022): 208–26. http://dx.doi.org/10.3366/nfs.2022.0356.

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This article draws on Diane Negra’s (2009) assessment of neo-global postfeminist popular culture and cinema as displaying an obsession with time-control that is largely inimical to feminist progress, arguing that similar currents are visible in 2010s French screen romances. While manifestations of this obsession with relevance for the contemporary French context range from celebrations of ritualized, time-sensitive milestones (marriage, pregnancy) to narratives of female professional retreatism in the face of ‘time-poverty’ or the expansion of sexualized female identities across ages, this article focuses in depth on themes of actual or symbolic historical reversion in the intimate sphere through a close analysis of the films Camille redouble (Noémie Lvovsky, 2012) and Un peu, beaucoup, aveuglément (Clovis Cornillac, 2015). After surveying other cognate fictions, the discussion demonstrates that both these films reflect a wider backdrop of time-related trauma informing contemporary French onscreen romance and are accordingly melancholic, as well as openly nostalgic, in theme and tone. The article interrogates the backlash aspects of such narratives but also the different resonances associated with regressive ‘postfeminist’ elements in French as opposed to American culture. It thus demonstrates that postfeminism bears a specific relationship to the distinctive past history comprised by local feminist movements and intersects with other Gallic customs and ideologies – notably nationalistic ones – in particular ways.
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Silva, Ana Paula Silva. „Violência e trauma em Comissão das lágrimas, de António Lobo Antunes“. Estudos Linguísticos e Literários, Nr. 53 (12.10.2016): 163. http://dx.doi.org/10.9771/2176-4794ell.v0i53.15416.

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<p>O romance de António Lobo Antunes, <em>Comissão das lágrimas,</em> publicado em 2011, traz testemunhos da violência no contexto pós-independência de Angola. Desse modo, estudamos, neste romance, como a configuração da escrita de caráter testemunhal potencializa a refiguração de identidades, tanto individuais quanto coletiva, após experiências traumáticas. Como aporte teórico, utilizamos autores como Paul Ricoeur, Beatriz Sarlo, Seligman-Silva, Bakhtin, bem como diversas contribuições da fortuna crítica do escritor.</p>
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Abreu, Denise Borille de. „Marte anuncia a guerra e a colheita: escrita feminina e trauma de guerra em Ventos do Apocalipse, de Paulina Chiziane“. Cadernos CESPUC de Pesquisa Série Ensaios 1, Nr. 27 (28.03.2016): 143–58. http://dx.doi.org/10.5752/10.5752/p2358-3231.2015n27p143.

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Este trabalho busca levantar pressupostos teóricos sobre a escrita feminina do trauma de guerra, tomando como referência o romance Ventos do Apocalipse (1999), da escritora moçambicana Paulina Chiziane. Tanto os estudos mais recentes de teoria do trauma (trauma theory) quanto os de escrita biográfica (life writing) apontam para três características principais das narrativas femininas do trauma de guerra: o uso de mecanismos de repetição, a presença de um ouvinte compassivo e a busca de identidades.Palavras-chave: Teoria do trauma. Escrita de vida. Auto ficção. Narrativas femininas do trauma de guerra.
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Souza, Filipe Ramalheiro Venâncio de, und Caciana Linhares Pereira. „TRAUMA, DESEJO E ESCRITA EM GRANDE SERTÃO: VEREDAS“. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica 25, Nr. 3 (Dezember 2022): 34–42. http://dx.doi.org/10.1590/1809-44142022003005.

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RESUMO: Voltando-se para o romance Grande Sertão: Veredas, o artigo articula as noções de trauma e desejo à figura de Diadorim, propondo pensar a ficção como resposta à emergência do desejo em sua relação com um núcleo traumático e refratário ao simbólico. O trauma é abordado, ainda, em sua relação com a técnica analítica e seu modo particular de operar com o tempo (destacando-se aqui o uso freudiano da expressão Nachtraglichkeit) e em sua relação com a subversão do código linguístico levada ao extremo por Rosa, que assina uma obra reconhecida em todo o mundo pela fisionomia de uma língua singular.
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De Sousa Costa, Paula, und Josilene Pinheiro-Mariz. „Memória e legado do trauma cultural no romance O caminho de casa, de Yaa Gyasi“. Revista do Sell 12, Nr. 1 (24.06.2024): 77–94. http://dx.doi.org/10.18554/rs.v12i1.7298.

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Estas reflexões têm como objetivo discutir acerca do trauma cultural originado pela histórica escravização de povos africanos retratados no romance O caminho de casa (2017), de autoria da ganesa Yaa Gyasi. Em nossa leitura, constatamos que a literatura afro-americana apresenta narrativas que permitem essa entrada e reconhecimento da história e da memória dos povos africanos, demonstrando seu teor testemunhal ao narrar a diáspora, a escravização e a formação do povo afro-americano. Nesse âmbito, discutiremos essa temática sob a perspectiva de Seligmann-Silva (2008), no que concerne ao teor testemunhal das narrativas de trauma e de Spaulding (2005), que ancora as discussões sobre as narrativas pós-modernas de escravidão. Entendemos, portanto, que o romance em estudo reflete sobre o trauma da escravização que maculou a identidade dos povos africanos. Assim, observamos que O caminho de casa reescreve a história, contribuindo para reconstrução da memória.
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Monnickendam, Andrew. „Getting it All in the Right Order: the Love Plot, Trauma and Ethical Uncertainty in Rachel Seiffert’s Afterwards“. Revista Alicantina de Estudios Ingleses, Nr. 29 (15.11.2016): 183. http://dx.doi.org/10.14198/raei.2016.29.10.

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This article analyzes Seiffert’s Afterwards (2007), which, in marked contrast to her debut publication, The Dark Room (2001), has received scarce critical attention. Set in anodyne suburbia, Afterwards narrates the fate of two unglamorous ex-combatants and their trauma. Seiffert’s complex narrative binds together romance and PTSD in a double plot that intertwines the fate of a “squaddy” involved in a shooting incident in the Northern Ireland Troubles with that of a former RAF officer stationed in colonial Kenya. This article argues that beyond subjective issues of judgment, Seiffert shows an awareness that modern romance cannot combine with trauma, as the idea of healing is nonsensical in a world ruled by ethical uncertainty. Furthermore, Seiffert’s examination of trauma indicates that in fiction –as in life– author and reader have to confront questions of guilt, responsibility and the absence of forgiveness. Seiffert, drawing on ideas similar to Primo Levi’s, concludes the novel with the tragic irony that the more humane the perpetrator, the more distant closure becomes, leaving her main character locked in trauma and the reader ensnared in uncertainty.
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Pérez Rodríguez, Eva. „The Unlikely Heroine beyond Family Trauma: Four Women’s Fictions of the Second World War in Greece“. Babel – AFIAL : Aspectos de Filoloxía Inglesa e Alemá, Nr. 31 (16.12.2022): 97–120. http://dx.doi.org/10.35869/afial.v0i31.4299.

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My analysis of Victoria Hislop’s The Island (2005), Leah Fleming’s The Girl under the Olive Tree (2013), Sofka Zinovieff’s The House on Paradise Street (2012), and Brenda Reid’s The House of Dust and Dreams (2010) examines their treatment of the exotic setting of Greece in the specific historical context of World War II, while following the conventions of popular romance or popular women’s fiction. As a consequence of the conflict, the traditional family structure is compromised. This is particularly evident in the case of the female protagonists, heroines who refuse to fall within the traditional happyever-after ending and opt for a fulfilling career, a longfelt vocation, singlehood or simply unusual friendships of their choice. As a result, even in novels categorized as “romances”, the presence of a hero or lover is questioned and redefined. My analysis starts with Victoria Hislop’s The Island, a historical narrative of the leper colony at Spinalonga, around the time of the Second World War. For comparative purposes regarding the treatment of popular fiction elements, Brenda Reid’s The House of Dust and Dreams and Leah Fleming’s The Girl under the Olive Tree are discussed as being more generically romantic. Finally, Sofka Zinovieff’s The House on Paradise Street offers an example of a cohesive, compact combination of political confrontation and popular romance, while at the same time England appears as the counterpoint to the exoticism of Greece.
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Tavares Sousa Santos, Alicia Dandara. „A MEMÓRIA E O TRAUMA EM VOLTAR PARA CASA, DE TONI MORRISON“. REVISTA DE LETRAS - JUÇARA 6, Nr. 1 (28.07.2022): 482–93. http://dx.doi.org/10.18817/rlj.v6i1.2838.

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Considerando as discussões sobre memória, busca-se neste artigo analisar de que maneira a memória e o trauma influenciam as personagens do romance Voltar para casa (2016), de Toni Morrison, em sua busca por um lar. A fundamentação teórica é desenvolvida a partir das ideias de teóricos como Halbwachs (2006), Sarlo (2007), Pollak (1989) e Castor (2014) e suas ideias sobre a memória e o trauma. Supõe-se que, em Voltar para casa, as personagens são profundamente afetadas por todos os traumas que sofrem desde a infância até a fase adulta, o que culmina em uma busca incessante por um lar que os compreenda e acolha. Dessa forma, questiona-se como se dá na obra de Toni Morrison essa procura por um lar desconhecido.
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Can, Nazir Ahmed. „Da filologia da guerra à divisão do “eu” feminino em As Duas Sombras do Rio, de João Paulo Borges Coelho“. Aletria: Revista de Estudos de Literatura 23, Nr. 2 (30.08.2013): 77–89. http://dx.doi.org/10.17851/2317-2096.23.2.77-89.

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Em seu primeiro romance, As duas sombras do rio, João Paulo Borges Coelho explora diversos aspectos da guerra civil moçambicana, entre eles a ruptura familiar, o comércio ilegal e o trauma vividos pelas mulheres. Veremos como as personagens femininas, nesse romance, já não são vistas por seu caráter passivo e de espera ou como vítimas de uma guerra feita exclusivamente por homens; pelo contrário, individualizadas e já não representadas em bloco, mostram-se ativas de múltiplas maneiras. Desempenhando papéis variados na hierarquia social do romance, seus destinos se aproximam apenas pela divisão existencial e pela transitoriedade, condições tornadas visíveis pela descrição de seus estados íntimos e suas ações públicas.
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Costa, Daniel Padilha Pacheco da. „Os manuscritos redescobertos de L.-F. Céline e a edição de Guerre“. Manuscrítica: Revista de Crítica Genética, Nr. 49 (01.08.2023): 117–37. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i49p117-137.

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Pela sua extensão e relevância, os manuscritos redescobertos de Louis-Ferdinand Céline permitem realizar uma revisão da compreensão crítica do seu projeto romanesco parcialmente concluído antes do exílio em 1944. Primeiro manuscrito a ter sido publicado, Guerre (2022) contém episódios inexistentes em qualquer edição das suas obras. Ele retrata o episódio decisivo na vida do narrador dos seus romances — o trauma do ferimento de Ferdinand no front durante a Primeira Guerra Mundial e a sua convalescença em um hospital militar de Flandres. Com base na crítica textual e literária da edição de Guerre, pretende-se situar a sua importância narrativa, editorial e histórica no interior tanto do projeto para o romance Casse-pipe, apenas esboçado durante os anos de 1930, quanto do retorno de Céline ao tema onipresente da guerra nos seus cinco últimos romances dedicados à crônica do colapso final do nazifascismo.
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Lasch, Markus. „Em câmara lenta: representações do trauma no romance de Renato Tapajós“. Remate de Males 30, Nr. 2 (29.06.2012): 277–91. http://dx.doi.org/10.20396/remate.v30i2.8636252.

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Em sua primeira parte, o ensaio resume, em linhas gerais, a fortuna crítica do romance Em câmara lenta, de Renato Tapajós. Nas duas partes subsequentes, propõe uma leitura, guiada, por assim dizer, pelo par quase mínimo afeto-efeito, que argumenta em prol do trauma causado por tortura e morte como centro gravitacional do livro. A um close reading que se detém em questões como estrutura composicional e foco narrativo do romance, segue-se uma análise do aspecto da identificação, em diversos sentidos: relacionada ao fenômeno da falsa memória, enquanto triângulo de emoções entre vítima, algoz e espectador-leitor e, finalmente, em seu sentido ficcional e midiático, i. e. na ótica de uma linha tênue que em identificação, transferência e perspectivação ata as instâncias de personagem principal, autor e leitor.
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Silva, Nathaly Ohanna Freitas da, und Terezinha Taborda Moreira. „Narrativa e Trauma em Vinte e Zinco, de Mia Couto“. Cadernos CESPUC de Pesquisa Série Ensaios, Nr. 43 (06.12.2023): 132–45. http://dx.doi.org/10.5752/p.2358-3231.2023n43p132-145.

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Este estudo busca investigar como o romance Vinte e Zinco, do escritor moçambicano, Mia Couto (2014), encena as experiências traumáticas do período colonial vivenciadas pelas personagens da obra. Por meio de conceitos como melancolia e luto; e encenação e elaboração, pretende-se evidenciar a polifonia de vozes que permeia a obra, a ligação entre o discurso histórico e o discurso ficcional, e ainda destacar a heterogeneidade na construção identitária dos sujeitos ficcionais, que reivindicam seu lugar de fala, seu modo de narrar e de lidar com os traumas causados pela violência do processo colonial. Para fomentar nossa discussão, recorreremos aos estudos de Abreu (2018), sobre a teoria do trauma; e a Bhabha (1998), para compreendermos o conceito de “entrelugar”.
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Rychter, Ewa. „Romancing the crucifixion in biblical rewritings by Phillip Pullman and Colm Tóibín“. Ars Aeterna 10, Nr. 1 (01.06.2018): 34–49. http://dx.doi.org/10.1515/aa-2018-0004.

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Abstract This paper focuses on how the romance mode is used to re-narrativize the trauma of Jesus’s crucifixion in two contemporary biblical rewritings: Pullman’s The Good Man Jesus and the Scoundrel Christ 2010 and Tóibín’s The Testament of Mary 2012. Reflecting on the process of the composition of the Bible, these novels resort to romance in order to invite a critical reflection on different narrativizations of the traumatic event, dependent as they are on both conservative and more subversive effects of romance. As some characters rely on the strategies of traditional spiritual romance in order to alleviate their pain, others cynically resort to a dualistic vision to establish and consolidate power, and still others make use of the excess and disarticulation of romance to do justice to the absolute horror of the event, the novels draw attention both to the comforting and subversive function of Christian scripture. Adding a metafictional dimension to the narrative of crucifixion, the novels expose the way in which religious scriptures can become ideological instruments, and signal the potentially dangerous effects of the renewed significance of religion today.
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Can, Nazir Ahmed. „Da filologia da guerra à divisão do “eu” feminino em As Duas Sombras do Rio, de João Paulo Borges Coelho“. Aletria: Revista de Estudos de Literatura 23, Nr. 2 (30.08.2013): 77. http://dx.doi.org/10.17851/2317-2096.23.2.77-90.

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<p>Em seu primeiro romance, <em>As Duas Sombras do Rio</em>, João Paulo Borges Coelho explora diversos aspectos da guerra civil moçambicana, entre eles a ruptura familiar, o comércio ilegal e o trauma vividos pelas mulheres. Veremos como as personagens femininas, neste romance, já não são vistas pelo seu caráter passivo e de espera, ou como vítimas de uma guerra feita exclusivamente por homens; pelo contrário, individualizadas e já não representadas em bloco, mostram-se ativas de múltiplas maneiras. Desempenhando papéis variados na hierarquia social do romance, seus destinos aproximam-se apenas pela divisão existencial e pela transitoriedade, condições tornadas visíveis pela descrição de seus estados íntimos e ações públicas.</p>
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Souza, Gustavo Ramos de. „Um pássaro de papel“. Remate de Males 43, Nr. 1 (25.07.2023): 247–73. http://dx.doi.org/10.20396/remate.v43i1.8670495.

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Publicado em 2017, O peso do pássaro morto, de Aline Bei, rapidamente se tornou um fenômeno de vendas, além de ter chamado a atenção da crítica e se tornado objeto de artigos acadêmicos. O romance conta a história de uma mulher dos 8 aos 52 anos que, durante a sua vida, experimenta inúmeras perdas e sofre com o trauma da violência sexual. Além dos temas tratados, o que chama a atenção é a maneira como, no plano formal, o romance é constantemente atravessado por certo lirismo, podendo ser definido como um romance lírico. Nesse sentido, o artigo pretende analisar O peso do pássaro morto a fim de demonstrar em que medida o gênero lírico reveste a narrativa e como as materialidades do livro – os paratextos, a tipografia, o uso do itálico etc. – concorrem para informar tal lirismo. Para tanto, os aportes teóricos são buscados principalmente nos estudos sobre o romance lírico e sobre as materialidades da literatura.
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Antwi, Paul, und Martin Otu Offei. „How does Victim Precipitation Theory explain Deviant Behaviours of Internet Romance Offenders? Gamer’s Perspective of Victim Precipitation“. International Journal of Technology and Management Research 6, Nr. 2 (10.09.2021): 59–72. http://dx.doi.org/10.47127/ijtmr.v6i2.126.

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Internet romance fraud is a global canker with severe consequences to the victims ranging from significant financial loss, emotional trauma, to loss of life and property. The paper examines how internet romance offenders rationalize their deviant criminal behaviours and how these criminals use victim precipitation to commit internet romance fraud. The three dimensions of victim precipitation theory in this study are victim facilitation, victim provocation and victim openness. The research explains how internet romance offenders rationalize and justify their deviant behaviour. The data from this research model elicited 320 individual responses from hotspots associated with internet fraud activities. The findings from this study highlight the conditions under which victim precipitation theory dimensions in the context of internet romance fraud occur. The findings shows that offenders of internet romance fraud rely heavily on victim precipitation to perpetuate their criminal activities: all the three dimensions studied are used by these criminals as justification techniques to increases offenders’ predisposition to commit internet romance fraud. All three victim precipittion techniues ae used; victim openness, victim facilitation and victim provocation, respectively. This expands the boundaries of victim precipitation theory. The study contributes to new dimensions of victim precipitation in online romance fraud. This study has theoretical and criminology implications; and it gives a new perspective of how victims should conduct themselves in internet romance fraud cases. It also enriches the debate of victim precipitation in criminology discipline. Citation:Offei, M. O. (2021). How does Victim Precipitation Theory explain Deviant Behaviours of Internet Romance Offenders? Gamer’s Perspective of Victim Precipitation. International Journal of Technology and Management Research (IJTMR), Vol. 6 (2): Pp.59-72 Received: March 3, 2021Accepted: September 1, 2021
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Scaramucci, Marianna. „Desaparecidos vivos e filiação feminina em "Júlia", de Bernardo Kucinski“. MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944, Nr. 59 (31.12.2021): 106. http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i59.11745.

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O artigo propõe uma análise da tematização da tragédia das crianças sequestradas pelo regime militar brasileiro no romance Júlia. Nos campos conflagrados do Senhor, de Bernardo Kucinski (2020). Constatando primeiro a dimensão do silenciamento que envolve este trauma no Brasil de hoje (Reina), o artigo passa a reflexionar sobre seu escasso tratamento literário (Figueiredo; Gill da Cruz), para propor uma análise das figuras dos “desaparecidos vivos” (Basile) no romance e da complexidade com a qual Kucinski traz à tona o problema de uma violência transgeracional com base na filiação feminina fraturada, e a possibilidade de uma recomposição identitária pela via materna.
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Felippe, Eduardo Ferraz. „Tempo e romance contemporâneo para além do realismo traumático“. Revista Brasileira de Literatura Comparada 24, Nr. 46 (April 2022): 85–102. http://dx.doi.org/10.1590/2596-304x20222446eff.

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RESUMO Esse ensaio tenciona analisar romances contemporâneos que lidam com a memória fora do referencial teórico do denominado realismo traumático. Início tratando de uma das versões mais destacáveis do trauma dentro da produção contemporânea em artes, a relação entre realismo traumático e arquivo. Depois, lido com o tema da nostalgia em dois romances: o Nostalgia de Mircea Cărtărescu e o The Return de Hisham Matar. Por fim, enfatizo a relação entre temporalidade e literatura contemporânea.
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Magri, Milena Mulatti. „O narrador chiffonnier no romance de Caio Fernando Abreu“. Cadernos Benjaminianos 1, Nr. 10 (27.05.2016): 62. http://dx.doi.org/10.17851/2179-8478.1.10.62-76.

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O presente trabalho tem por objetivo investigar a constituição da memória da ditadura militar brasileira no romance Onde andará Dulce Veiga? (2007), de Caio Fernando Abreu, a partir, sobretudo, da construção de um ponto de vista fragmentário. Para tanto, privilegiamos a investigação da construção de um narrador que se aproxima das figuras do chiffonnier e do materialista histórico, presentes na obra de Walter Benjamin, em seus respectivos textos “Paris do Segundo Império” (1989) e “Sobre o conceito de história” (2005). Procuramos demonstrar como o romance em questão apresenta um esforço de compreensão deste passado recente da história brasileira, que se configura como uma memória traumática, representada por meio de um romance fragmentário. O trauma que define seu passado e sua memória afeta o momento presente do protagonista, o que se demonstra também por detalhes do seu cotidiano.
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Reich Corseuil, Anelise, und Patricia Bronislawski Figueredo. „“Contar Alguma Coisa Não Cria Sempre Uma História?”: Adaptação, Metaficção E Trauma No Romance A Vida de Pi e no Filme As Aventuras de Pi“. Interfaces Brasil/Canadá 18, Nr. 1 (02.05.2018): 49. http://dx.doi.org/10.15210/interfaces.v18i1.13252.

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O romance A Vida de Pi (YANN MARTEL 2002) e sua adaptação para o cinema As Aventuras de Pi (ANG LEE 2012) narram a história de um imigrante indiano Piscine Molitor Patel, conhecido como Pi, que naufraga em sua travessia para o Canadá. Ao apresentar duas diferentes versões da sua sobrevivência, uma que inclui os animais do zoológico de sua família e outra sobre assassinato e canibalismo, a narrativa de Pi propicia uma discussão sobre a metalinguagem e os limites entre o ficcional e o real, que se reflete tanto na estrutura da narrativa, em seus diversos níveis, como na temática do romance e do filme. O artigo analisará a inter-relação entre a metalinguagem no romance e no filme e os limites da narrativa para expressar o trauma do colonialismo e da migração vivido por Pi. Enquanto o final inconclusivo do romance questiona os limites entre a ficção e o real, o filme apresenta um final conclusivo, mas que só é explicitado ao espectador pela construção narrativa do aparato cinematográfico, capaz também de gerar múltiplos sentidos.
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Nascimento, Lúcia Helena do. „Trauma e memória em "Por escrito", de Elvira Vigna“. Magma, Nr. 19 (20.11.2023): 205–12. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2448-1769.mag.2023.214504.

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Este artigo propõe uma leitura crítica do romance Por escrito, da brasileira Elvira Vigna (1947-2017), a partir das relações possíveis entre trauma, memória e ficção. Em uma espécie de carta que nunca será enviada, a narradora da obra retoma dois fatos traumáticos de sua vida (não saber quem é seu pai e a morte de uma amiga), e vê na escrita a possibilidade de reorganização e reflexão sobre as lacunas e vazios que compõem sua história.
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Welter, Juliane. „AUTÓPSIA DE UM PASSADO: UMA LEITURA DE CINZAS DO NORTE (2005), DE MILTON HATOUM“. Cadernos do IL, Nr. 41 (30.01.2012): 62–77. http://dx.doi.org/10.22456/2236-6385.24951.

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O presente trabalho tem como indagação central as reflexões acerca da ditadura militar na literatura brasileira contemporânea, centrando-se no romance de Milton Hatoum, Cinzas do Norte. O trabalho divide-se em três eixos: as produções artísticas dos anos 50 e 60 marcadas pelo romantismo revolucionário e pela utopia de um país novo; o desencanto da esquerda nos anos 70; e a variante distópica, que tem início com a redemocratização brasileira e estende-se até o início do século XXI. Através da análise do romance supracitado busca-se localizar a reflexão feita pelo autor anos após o fim do regime militar: trauma ou acerto de contas?
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Sinay, Isadora. „Entre memória coletiva e trauma pessoal em Diário da queda, de Michel Laub“. Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG 13, Nr. 25 (30.11.2019): 84–92. http://dx.doi.org/10.17851/1982-3053.13.25.84-92.

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Este artigo trata do romance Diário da queda, publicado por Michel Laub em 2011. Trata-se de um livro que se colocou como um marco da literatura brasileira contemporânea por conta de sua complexidade narrativa e, também, pela forma inovadora com que enfocou a memória, a infância e a Shoah.
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Suassuna Simões, Ester. „A MEMÓRIA EM FUGITIVE PIECES, DE ANNE MICHAELS“. Miscelânea: Revista de Literatura e Vida Social 22 (12.06.2018): 95–110. http://dx.doi.org/10.5016/msc.v22i0.1089.

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A memória parece ser o tema central de Fugitive Pieces, primeiro romance da escritora canadense Anne Michaels, publicado em 1996. Seus dois narradores – Jakob Beer e Ben – são judeus que sofreram de maneiras diferentes as graves consequências da guerra. Jakob sobrevive à tomada de sua vila por soldados nazistas e é resgatado pelo arqueólogo grego Athos, enquanto Ben é filho de dois sobreviventes de campos de concentração. Neste trabalho, analisa-se esse romance a partir da associação do tema da memória com três eixos principais: individualidade e memória coletiva; linguagem, tempo e espaço; esquecimento, trauma e pós-memória. Para tanto, nos valemos principalmente do que foi postulado por autores como Halbwachs, Assman, Nora e Hirsch.
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Barbosa Gomes, Celina de Oliveira, Flávia Aparecida Hodas und Ricardo André Ferreira Martins. „ASPECTOS ÉTICOS E ESTÉTICOS DO TESTEMUNHO E DA TEORIA DO TRAUMA EM SOZABOY, A NOVEL IN ROTTEN ENGLISH, DE KEN SARO-WIWA“. Miscelânea: Revista de Literatura e Vida Social 22 (12.06.2018): 35–56. http://dx.doi.org/10.5016/msc.v22i0.1086.

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Este trabalho pretende apresentar brevemente algumas definições sobre a teoria do trauma e, por conseguinte, da literatura de testemunho, ilustrando-as pela consideração de determinados aspectos do romance antiguerra Sozaboy, a novel in rotten English, do escritor nigeriano Ken Saro-Wiwa. Como base teórica, foram utilizados autores como White (1994), Seligmann-Silva (2003;2005), Lincoln (2010), Martins (2013), entre outros.
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Cabral, Eunice. „António Lobo Antunes e Christine Angot – trauma, interdito e renovação do romance“. Carnets, Première Série - 4 Numéro (01.06.2012): 291–301. http://dx.doi.org/10.4000/carnets.7900.

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Chad T. May. „The Romance of America: Trauma, National Identity, and the Leather-Stocking Tales“. Early American Studies: An Interdisciplinary Journal 9, Nr. 1 (2011): 194–213. http://dx.doi.org/10.1353/eam.2011.0003.

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Vargas Welter, Juliane. „Onde andará Dulce Veiga?, um romance de redemocratização“. Revista Odisseia 8, Especial (30.11.2023): 194–212. http://dx.doi.org/10.21680/1983-2435.2023v8nespecialid32287.

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O presente artigo pretende analisar o romance Onde andará Dulce Veiga? (1990), de Caio Fernando Abreu, como símbolo do processo de redemocratização. Em suma: pretende articular como a obra responde imediatamente a um processo histórico-social ambivalente e como isso se instaura no seu universo narrativo. Para tanto, se vale das discussões teóricas de Adorno (1988), Candido (2006), Gagnebin (2006), Schwarz (1978), Seligmann-Silva (2000) e Welter (2015). Assim, tendo como horizonte as relações entre literatura e sociedade, discutirei categorias como memória, esquecimento e trauma e suas implicações na estrutura narrativa. Por esse caminho, será possível visualizar as ambivalências do texto como marcas de contradições que lhe são externas, marcando o romance como, salvo engano, o primeiro a apreender os legados da ditadura. Dessa forma, tal como um presságio, aponta para fantasmas que compõe o nosso tecido social e adentram a literatura brasileira contemporânea de forma regular e intensa desde então.
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Grecca, Gabriela Bruschini. „O Künstlerroman e a artista em (de)formação em Ao farol, de Virginia Woolf (1927)“. Rapsódia, Nr. 16 (12.12.2022): 58–79. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i16p58-79.

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O artigo versa sobre o romance Ao farol, de Virginia Woolf, no que tange à trajetória da personagem-artista Lily Briscoe e seus possíveis diálogos com o Künstlerroman. O “romance de artista” será explorado ao longo da análise não como um programa narrativo que se encerra em uma fantasmagoria tipologizante de seu significado, mas como forma romanesca que pode oferecer chaves de leituras críticas para a trajetória de Lily. Busco explorar a hipótese interpretativa: a personagem-artista, que passa todo o romance em conflito para concluir a pintura, somente consegue um desfecho para superar este drama não somente quando termina o quadro, mas também quando atravessa os princípios que norteavam a aprendizagem estética para alcançar o reconhecimento. Sua narrativa desembocará no fim da busca por um legado para sua obra artística, focalizando a própria autorrealização, nas palavras de Adorno (2003), encerrando-se na dissolução subjetivista, tão cara ao romance do século XX. Em outras palavras, Lily completa sua narrativa de artista com um subjetivismo completamente hipostasiado, no lugar de guiar-se por qualquer experiência emancipadora que a ênfase em sua própria Bildung poderia lhe proporcionar. O trauma do pós-Primeira Guerra a tornará aderente e regulada (no sentido de Regulierung) pelas instituições.
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De Souza Amorim, Cláudia Maria, und Suzana Costa da Silva. „Narratividade, memória e descolonização no romance O retorno, de Dulce Maria Cardoso“. Abril – NEPA / UFF 13, Nr. 27 (27.10.2021): 197–208. http://dx.doi.org/10.22409/abriluff.v13i27.50259.

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O artigo faz uma análise de O retorno, de Dulce Maria Cardoso, ressaltando sua linearidade memorialística; além de discutir a relevância da memória no processo de descolonização e no deslocamento dos chamados retornados a Portugal, sob a ótica do personagem-narrador do romance, o jovem Rui. A memória, diante de toda a fragmentação do indivíduo, proporciona para a literatura também um discurso fragmentado de histórias, antes conhecidas através das vozes dos vencedores, presente no discurso hegemônico. Recuperam-se aqui as histórias de um passado cheio de lacunas, que na contemporaneidade são munidas de trauma e verdade. A construção da narrativa O retorno, de Dulce Maria Cardoso, alicerça-se sobre a base da memória, desde aquela que pertence unicamente à autora, retirada de seu convívio em Angola aos treze anos de idade, até a visão de Rui, igualmente retornado a uma pátria desconhecida. O romance é contado sob a base mnemônica, e revela a capacidade de os sujeitos viverem os acontecimentos e contá-los ao mesmo tempo ou décadas depois, introduzindo no romance contemporâneo português as particularidades de uma pós-memória.
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Dash, Pratap Kumar. „The Changing Facets of American Novels of Romance: Interpreting the Creative Flux of Platonic Romance in Danielle Steel’s Safe Harbour versus Calvinist Romance in Marilynne Robinson’s Jack“. Shanlax International Journal of English 10, Nr. 4 (01.09.2022): 46–50. http://dx.doi.org/10.34293/english.v10i4.5287.

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The paper critically focuses on the creative facets of romance in Danielle Steel’s Safe Harbour and Marilynne Robinson’s Jack. Safe Harbour virtually harbours on mutual faith between an American widow Danielle who is also a social worker and a divorcee form New Zealand named Matt, who happens to be an artist too. In the novel, the youngest daughter of Danielle performs angelic role to bring about a transformation in thoughts and beliefs leading to the union of her mother with Matt. It seems as if the romance between them is more of Platonic than anything else leading to carrying out humanitarian responsibilities. Jack is one of its unique kinds of literary writings based on the love between two young persons Jack and Della of the two well-known racesof America. With the backdrop of the controversy that juxtaposes racial problems and human attributes with the paradigm of Calvinist romance which advocates for the stability and security of a strict religious system in a world that he finds unstable and even absurd without it. It examines how the author has tactfully revealed the pre-ordained bond of love between the two characters leaving behind the so- called social and religious dogmas. There is a reference to Black Lives Matter in the novel admixed with racial trauma whereas in the thematic context, it repeatedly investigates the connection between loneliness and eternal damnation; the soul’s isolation and its torment.
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Diamond, David B. „“But, all this while, we have been standing by Zenobia's grave”: Zenobia's Suicide in The Blithedale Romance, A Psychoanalytic Perspective“. Nathaniel Hawthorne Review 45, Nr. 1 (01.06.2019): 46–82. http://dx.doi.org/10.5325/nathhawtrevi.45.1.0046.

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ABSTRACT Although Zenobia's suicide is at the heart of The Blithedale Romance, its psychology has not received the systematic critical consideration that it warrants. In this article, I create a psychoanalytically informed narrative of Zenobia's life that elucidates complex forces, conscious and unconscious, that propel her to suicide. Although she is an accomplished and commanding woman, Zenobia's early childhood trauma at the hands of her father have left her remarkably vulnerable. Indeed, Old Moodie's role in Zenobia's fate has been insufficiently emphasized. When he once again deprives her of love and material support, during the course of the story, he reinflicts the trauma that had left her a “forsaken child.” Hollingsworth's rejection reinforces these abandonments. In an identification with her mother, Zenobia, through suicide, extricates herself from ignominy and male bondage. With courage, she confronts the limits of a struggle to overcome the past and the narrow judgments of a society that is set against the wider rights of women. In the tradition of tragedy, she acknowledges her moral frailty and succumbs to her fate with nobility and dignity. Coverdale is united with Zenobia as his tragic muse: his narrative of The Blithedale Romance is an act of mourning for the extraordinary woman that he loved and lost.
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Weston, Elizabeth. „Constitutive Trauma in Edna O'Brien's The Country Girls Trilogy : The Romance of Reenactment“. Tulsa Studies in Women's Literature 29, Nr. 1 (März 2010): 83–105. http://dx.doi.org/10.1353/tsw.2010.a435429.

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Frighetto, Gisele Novaes, und Bruno Nunes da Silva. „Memória, História e resistência no romance "Írisz: as orquídeas", de Noemi Jaffe“. Jangada: crítica | literatura | artes 1, Nr. 19 (30.06.2022): 74–87. http://dx.doi.org/10.35921/jangada.v1i19.416.

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Este artigo busca explorar e desenvolver relações entre memória, história e resistência no romance Írisz: as orquídeas, de Noemi Jaffe, publicado em 2015. Observamos como a narrativa realiza um resgate subjetivo de um evento histórico traumático por meio da representação literária e da linguagem poética, as quais tecem uma concepção não linear da História (BENJAMIN, 2019). Busca-se explorar a maneira com que o romance é capaz de vivificar a História (GINZBURG, 2001), implicar uma elaboração do trauma (SELIGMANN-SILVA, 2008), travar uma luta contra o esquecimento (GAGNEBIN, 2009) e, a partir disso, fazer com que subjetividades engolfadas pelas catástrofes emerjam e elaborem sentidos de resistência. Por fim, investiga como a literariedade da prosa de Noemi Jaffe exprime os conflitos culturais de desterritorialização (CANCLÍNI, 2015) de uma sobrevivente, ao mesmo tempo em que se coloca como representação e resistência contra a barbárie.
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Sanches, Clara Terra Benevides. „Horrores da violência: Angola vitimada pela guerra“. Cadernos CESPUC de Pesquisa Série Ensaios 1, Nr. 27 (28.03.2016): 86–96. http://dx.doi.org/10.5752/10.5752/p2358-3231.2015n27p86.

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O romance Parábola do cágado velho, de Pepetela, encena a guerra civil de Angola através de um contexto construído à luz do medo, do trauma e da fragmentação. Nesse viés, pretende-se com esse trabalho analisar a representação da violência física e psicológica na referida narrativa. Para tal estudo, serão utilizados aportes teóricos embasados em Adorno (1993), Hegel (1998) e Guinsburg (2000).Palavras-chave: Encenação da violência. Teoria Estética. História. Literatura angolana. Pepetela
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Kupermann, Daniel. „Trauma, sofrimento psíquico e cuidado na psicologia hospitalar“. Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar 19, Nr. 1 (23.01.2016): 6–20. http://dx.doi.org/10.57167/rev-sbph.19.408.

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Pretende-se problematizar, a partir de um enfoque psicanalítico, os meios encontrados pelos sujeitos em estado de adoecimento para lidar com o seu sofrimento entre o tempo do jogo ilusão/desilusão, os tempos do trauma e os tempos do cuidado. Para esse fim, parte-se de uma ilustração encontrada no romance O cisne negro, de Thomas Mann, no qual a personagem, frente à realidade trágica da existência, reconhece e, imediatamente, obtura a verdade dolorosa, reproduzindo o movimento psíquico descrito por Freud no jogo do carretel. Já no que concerne às relações de cuidado propostas pela psicologia hospitalar, mostrar-se-á de que modo é o fracasso do testemunho da experiência de dor que configura a dimensão traumática do adoecimento. Nesse sentido, indicam-se os tempos do adoecimento entre o tempo do indizível, o tempo do testemunho e o tempo da indiferença desautorizadora. No que concerne aos tempos do cuidado, o autor indica os tempos da hospitalidade, da empatia e da Saúde do cuidador.
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Dutra, Robson. „Sob o signo de Saturno: traumas e memórias da Guerra Colonial“. Abril – NEPA / UFF 5, Nr. 11 (30.11.2013): 319–29. http://dx.doi.org/10.22409/abriluff.v5i11.29678.

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A partir dos conceitos de trauma e de memória, este texto tem como ob­jetivo pensar traços da identidade cultural portuguesa em confronto os da guineense apresentados no romance A Última tragédia, de Abdulai Sila (1995), evidenciando algumas estratégias discursivas nas narrativas acerca do colonialismo e da Guerra Colonial. Discorre também para sobre a resis­tência dos dominados associada à componente trágica a que o texto alude e a história registra, servindo de veículo de questionamento e avaliação do pós-colonial.
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Leone, Luciana Di. „A representação, essa crise (ou, se um raio te atingir, é bom estar acompanhado)“. Revista Crítica Cultural 15, Nr. 2 (18.12.2020): 253. http://dx.doi.org/10.19177/rcc.v15e22020253-262.

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A partir da questão “Mimesis e crise da representação”, do romance de César Aira, Un episodio en la vida del pintor viajero, e de algumas obras de Johann Moritz Rugendas, este texto indaga a tensão entre uma representação realista, a sua construção de sentidos e a sua construção de temporalidades, e uma representação alicerçada no trauma e no acontecimento intempestivo – relâmpago. Nessa tensão, o texto pretende deixar rastros para uma reflexão sobre uma estética do afeto e do convívio.
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Rocha Rodrigues, Gabriela, und Lúcia Sá Rebello. „FRAGMENTAÇÃO E REELABORAÇÃO POSITIVA DA MEMÓRIA“. Miscelânea: Revista de Literatura e Vida Social 22 (12.06.2018): 167–86. http://dx.doi.org/10.5016/msc.v22i0.1093.

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Este trabalho dialoga com as ideias de Jean-François Lyotard quando este se refere à política do esquecimento em relação ao testemunho, e com Jacques Rancière, no que diz respeito à partilha do sensível, entre outros estudiosos. Para tanto, observamos tais questões no romance Em Câmara Lenta (1977), de Renato Tapajós. Nesta obra o narrador utiliza a técnica do flashback e do flashfoward para reconstituir a imagem do corpo morto e denunciar a barbárie ocorrida durante o regime militar de 64 no Brasil. Uma alucinatória “compulsão à repetição” é um dos vieses marcantes do romance de Tapajós: o fluxo incontrolável da memória faz com que o narrador represente seis vezes ao longo da narrativa a prisão da companheira Ela, principiando de forma fragmentada e desconexa, até atingir o desenho completo da perseguição, prisão, tortura e morte da personagem. Ao longo da narrativa observamos que o trauma é representado em sua totalidade, pois a imagem do corpo dilacerado pela violência e pela tortura equipara-se à mente do sujeito traumatizado: as memórias fragmentadas pela dor do trauma resistem e retornam incessantemente operando também uma espécie de violência contra o sujeito. No entanto, o corpo reconstruído também simboliza a coragem de enfrentar as visões aterradoras do passado e transmutá-las em narração, o que exprime um tipo de reelaboração positiva da memória e, sobretudo, a força criadora dos sobreviventes.
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Oliveira, Pamella T. Souza de. „O TRAUMA PRECISA VIRAR FICÇÃO: UM OLHAR SOBRE O TEOR TESTEMUNHAL DA OBRA K: RELATO DE UMA BUSCA, DE BERNARDO KUCINSKI“. Cadernos do IL, Nr. 57 (22.11.2018): 64. http://dx.doi.org/10.22456/2236-6385.83140.

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Este trabalho objetiva estabelecer uma reflexão da autoficção a partir das teorias do testemunho e da abordagem do trauma enquanto material narrativo. Segundo a teoria levantada por Seligman-Silva de que o episódio traumático encontra na imaginação e na narrativa um bom aporte para a se expressar, objetivou-se analisar a obra de Bernardo Kucinski, K – Relato de uma busca (2011) buscou-se retomar trechos do romance para, à luz das teorias citadas, observar como ele se afasta ou se aproxima do gênero autoficcional. Aqui, sob a luz das teorias que cercam a narrativa testemunhal, busquei analisar a questão pungente do luto e o trauma na escrita, abordando ainda a construção da autoficção e como ela vem, atualmente, se tornando comum enquanto narrativa de episódios traumáticos.
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Passos, Lucas dos. „A realidade do trauma: configurações ficcionais no romance Em câmara lenta, de Renato Tapajós“. Literatura e Autoritarismo, Nr. 9 (01.09.2012): 31–50. http://dx.doi.org/10.5902/1679849x75301.

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Análise do romance Em câmara lenta, de Renato Tapajós, considerando as posturas estéticas em sua intrínseca relação com a história e a política da época. No decorrer do trabalho, serão chamadas à baila [a] as noções de memória e trauma disseminadas na obra de Walter Benjamin e [b] sua relação com os estudos de Márcio Seligmann-Silva e Jeanne Marie Gagnebin a respeito do testemunho e o real, atentando para [c] as considerações de Diana Irene Klinger sobre a realidade da autoficção – procedimento que encontra ressonâncias na obra em pauta.
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Merezhinskaya, Anna, und Elena Vasilevich. „THE THEME OF TRAUMA IN THE "ROMANCE" BY MARIA STEPANOVA "IN MEMORY OF MEMORY"“. European Journal of Humanities and Social Sciences, Nr. 1 (2021): 36–43. http://dx.doi.org/10.29013/ejhss-21-1-36-43.

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Marks de Marques, Eduardo, und Raíssa Cardoso Amaral. „O percurso doloroso entre a prática e a teoria: reflexões sobre a personagem urania em “A festa do bode”, de Mario Vargas Llosa“. Anuário de Literatura 21, Nr. 1 (30.06.2016): 32. http://dx.doi.org/10.5007/2175-7917.2016v21n1p32.

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http://dx.doi.org/10.5007/2175-7917.2016v21n1p32Este artigo irá apresentar reflexões sobre a personagem Urania do romance A Festa do Bode, publicado originalmente em 2000, pelo escritor peruano Mario Vargas Llosa. Para esta análise, utilizou-se o conceito de metaficção historiográfica, cunhado por Linda Hutcheon ([1998] 1991) para abordar a relação entre literatura e história no romance. No que concerne à análise da personagem Urania (foco primordial do artigo) será demonstrado o entrelaçamento de memória e trauma no eixo narrativo de Urania, já que a personagem passou por uma experiência traumática em um período limite da República Dominicana: a ditadura da Era Trujillo (1930-1961). No percurso entre a teoria e prática, isto é, a vivência histórica e o conhecimento histórico, eis que surge Urania e o poder de recriar ficcionalmente as consequências que a ditaduras podem deixar nos indivíduos. Além disso, é justamente no movimento entre teoria e prática que a reconstrução da identidade dominicana de Urania torna-se possível.
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Tavares, Enéias Farias. „Literatura de testemunho no primeiro volume de Maus, de Art Spiegelman: a impossibilidade da narrativa factual“. Literatura e Autoritarismo, Nr. 14 (01.07.2009): 31–46. http://dx.doi.org/10.5902/1679849x73895.

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Escrito e desenhado pelo cartunista norte-americano Art Spiegelman, Maus – A história de um sobrevivente é um romance gráfico originalmente publicado em dois volumes, entre as décadas de setenta e oitenta. Nela, observamos um diálago entre o próprio autor e seu pai, Vladek Spiegelman, sobre o período em que testemunhou a perseguição nazista contra os judeus. A partir desse relato, Art passa a aprofundar sua percepção do pai, de sua mãe e de outros familiares, muitos deles mortos nos campos. De forma simples e objetiva, a arte e o texto de Spiegelman colocam o leitor não apenas dentro das lembranças de um sobrevivente da perseguição nazista, mas também como observador dos conflitos entre um pai e um filho em suas diferenças, em seus desacordos. Este artigo tem por objetivo refletir sobre a recriação desse cenário repressor e das experiências reais do seu narrador no romance gráfico. Nesse sentido, nossa análise evidenciará as limitações do relato baseado em lembranças de trauma, elemento observado em vários relatos de testemunho.
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Figueiredo, Eurídice. „Afetos e arquivos da escravidão“. Alea : Estudos Neolatinos 11, Nr. 1 (Juni 2009): 35–47. http://dx.doi.org/10.1590/s1517-106x2009000100004.

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Este texto procura mostrar como Patrick Chamoiseau (nascido na Martinica em 1953) empreende uma reescrita dos afetos e arquivos da escravidão no romance Un dimanche au cachot (2007), dando continuidade a uma temática que já aparecia em obras precedentes. Ele efetua um trabalho de perlaboração, no sentido freudiano, ao rememorar uma história como meio de curar o trauma que foi recalcado. Chamoiseau mistura história e ficção ao tentar recriar de modo não realista um certo ambiente durante o período escravista, incorporando um personagem histórico - Victor Schoelcher - mas mostrando-o antes dos grandes eventos que protagonizou.
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