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Bücher zum Thema „Ample sets“

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Bernardes, José Augusto Cardoso, Maria de Fátima Silva und Maria Fernanda Brasete. Francisco Dias Gomes. Duas tragédias clássicas: Ifigénia e Electra. Imprensa da Universidade de Coimbra, 2020. http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-1622-3.

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A obra inclui um estudo introdutório sobre a receção de temas do teatro clássico na produção dos membros da Arcádia Lusitana, em geral, para situar a produção de Francisco Dias Gomes. Segue-se-lhe a edição de duas tragédias Ifigénia e Electra, em ambos os casos acompanhada de um amplo estudo introdutório, cujo objetivo central e o de identificar a relação entre as produções oitocentistas e os seus modelos da Antiguidade grega
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Rose, David C. The Free Market Democracy Dilemma. Oxford University Press, 2018. http://dx.doi.org/10.1093/oso/9780199330720.003.0006.

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In this chapter the tension between having a free market system and a democratic government is explored. Human flourishing requires ample general prosperity that comes from a free market system and it requires freedom that depends upon democratic institutions. But this produces a dilemma. The democratic system facilitates redistributive and regulatory favoritism that undermines trust in the system generally. This, in turn, weakens many trust-dependent institutions upon which the free market system and democracy depend. This is a dilemma because democracy is needed for freedom, but it can set in motion changes that ultimately reduce freedom. This tension has implications for social, political, and economic development because it suggests that societies can use trust in the system to substitute for low levels of generalized trust.
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Leite Ribeiro Okimoto, Maria Lúcia, Luís Carlos Paschoarelli, Carlos Alberto Costa, Eugenio Andrés Díaz Merino und José Aguiomar Foggiatto, Hrsg. Tecnologia Assistiva: estudos. Canal 6 Editora, 2021. http://dx.doi.org/10.52050/9786586030563.

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Tecnologia Assistiva: Estudos é destinado a profissionais e pesquisadores que atuam no amplo campo da Tecnologia Assistiva e suas áreas correlatas, especialmente Design, Engenharia, Ergonomia, Reabilitação, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, entre outros. Está organizado em sete seções, com foco nos seguintes assuntos: 1. Acessibilidade; 2. Ergonomia; 3. Usabilidade; 4. Saúde; 5. Mobilidade; 6. Educação; 7. Tecnologia. Os capítulos, oriundos de diferentes profissionais e grupos de pesquisa reconhecidos na comunidade acadêmica e científica, abordam práticas e projetos que visam, especialmente, contribuir para a inclusão social das pessoas com deficiência.
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Giraffa, Lucia, und André Raabe, Hrsg. Transformações no Ensino: Tecnologias, Práticas e Reflexões. Vecher, 2022. http://dx.doi.org/10.47585/eici2022.02.

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Este livro compõe os anais do evento Educação & Inovação - I Congresso Internacional. Os trabalhos aqui reunidos permitiram discutir as transformações que o ensino-aprendizagem vem experimentando nos últimos anos e que perpassam não só questões tecnológicas, mas também pedagógicas. Espera-se que esta obra contribua para uma discussão ampla e transversal sobre o futuro da educação e a educação do futuro, compreendendo seus impactos nos sujeitos e no coletivo. Uma reflexão que deve estar alinhada ao tipo de sociedade que queremos deixar para as próximas gerações.
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Temas em educação: diálogos multidisciplinares. FRANCISCO BRAZ MILANEZ OLIVEIRA, 2021. http://dx.doi.org/10.48140/digitaleditora.2021.003.0.

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A educação consiste em um tema amplo e complexo, permeado por desafios antigos e contemporâneos. Diante disto nos deparamos com diferentes realidades presentes na sociedade brasileira que incidem sobre as políticas públicas de educação, as quais precisam ser problematizadas a partir de diálogos multidisciplinares, sobre a perspectiva de falar junto ao outro e não pelo outro e permitir aos profissionais que vivenciam esses encontros registrar seus afetos e compartilhar suas experiências. Neste sentido esta obra trata-se de uma aposta ética, estética e política, que busca integrar os saberes de diferentes categorias profissionais e pesquisadores que se encontram inseridos no campo da educação. Pensamos em possíveis trabalhos profissionais a serem desenvolvidos por meio da multidisciplinaridade face às políticas públicas e sociais.
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Moraes, Rodrigo Bombonati de Souza, Hrsg. Indústria 4.0: Impactos sociais e profissionais. Editora Blucher, 2020. http://dx.doi.org/10.5151/9786555060508.

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A complexidade dessa nova configuração produtiva necessita, na mesma medida, de diferentes olhares para dar sentido às consequências sociais e profissionais desta verdadeira quarta revolução industrial, que está em pleno processo de consolidação. Elaborada de maneira multidisciplinar, com rigor científico e linguagem acessível, esta obra se destina a um público amplo, composto por acadêmicos e profissionais de diferentes áreas e organizações (empresariais, educacionais, governamentais, entre outras), propondo reflexões sobre a militarização do cotidiano por meio das vigilâncias digitais, as repercussões éticas das novas tecnologias e os impactos da Indústria 4.0 nas áreas profissionais da administração, das ciências da computação, da pedagogia e da psicologia. A leitura possibilitará compreender como a tecnologia perpassa diferentes aspectos e dimensões da vida contemporânea. Além de alertar para a necessidade do uso mais humanizado da tecnologia, os autores e as autoras também se preocuparam em desvelar, no calor dos acontecimentos, alguns dos seus insidiosos encantos.
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O trabalho da equipe técnico-pedagógica no IFRN: múltiplos olhares e perspectivas. Brazil Publishing, 2022. http://dx.doi.org/10.31012/978-65-5861-912-3.

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Esta obra tem como objetivo des(velar) o trabalho da Equipe Técnico-Pedagógica, ETEP, em suas diferentes esferas no contexto do IFRN. Sabe-se que a atuação dos profissionais que compõem esse grupo é ampla e complexa, envolvendo diversas atribuições e atores sociais. O trabalho pedagógico, nesse espaço, mostra-se abrangente e com diferentes facetas, muitas vezes, desconhecidas pela comunidade escolar. Assim, propomos lançar luz sobre algumas das atividades realizadas pela ETEP, a partir de uma visão científica, mas, nem por isso, menos humana na tentativa de explorar a complexidade que envolve tais atividades, bem como seus agentes. Trata-se de uma obra pioneira no que tange ao des(velar) das faces e interfaces do trabalho pedagógico nas mais diferentes instâncias do IFRN. Nesse sentido, pode-se observar no fazer desses profissionais o reflexo da tríade institucional, Ensino, Pesquisa e Extensão, materializado nas ações dessa equipe.
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Gillis, John R. Afterword. Oxford University Press, 2017. http://dx.doi.org/10.1093/oso/9780198795155.003.0014.

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The point of greatest interest is the place where land and water meet.Ralph Waldo Emerson11Kenneth White, On the Atlantic Edge: A Geopoetics Project (Dingwall: Sandstone Press, 2006), 25.As Coastal Works so amply illustrates, we have never been so conscious of shores as we are today. Artists and writers were the first to colonize coasts in the nineteenth century, drawing in their wake the urban elites of Europe and America, followed by the middle and, ultimately, the working classes. Edges are where you will find artists, and, because islands are all edges, they fetch up there in great numbers. On Monhegan Island, off the coast of Maine, America’s most famous artist colony, painters jostle to set up their easels on the headlands made famous by three generations of Wyeths, Rockwell Kent, George Bellows, Edward Hopper, and so many others....
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Mariano, Diego, Filipe Zimmer Dezordi, Pedro Martins, Joicymara Xavier, Thiago de Jesus Sousa, Leonardo Lima und Lucianna Helene Santos, Hrsg. BIOINFO - Revista Brasileira de Bioinformática e Biologia Computacional. Alfahelix, 2021. http://dx.doi.org/10.51780/978-6-599-275326.

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A bioinformática como área de pesquisa tem crescido exponencialmente nos últimos tempos. Entretanto, ainda há uma lacuna de material de estudo escrito em língua portuguesa. Neste livro, apresentamos o primeiro resultado do projeto BIOINFO. BIOINFO é um projeto amplo que engloba um portal, uma rede de divulgação e uma revista digital focada em publicar conteúdo voltado à divulgação científica em bioinformática e biologia computacional escrito em língua portuguesa. O portal abre espaço para cientistas, professores, pesquisadores e estudantes de pós-graduação divulgarem suas pesquisas, além de publicar artigos de opinião, carreira, revisões, tutoriais, educativos ou textos de divulgação científica em geral. Artigos aprovados em um processo de revisão por pares simplificada são publicados em páginas de internet e ficam disponíveis para acesso público sem qualquer custo para os autores ou leitores. Ocasionalmente, textos selecionados serão compilados em livro digital.Este volume apresenta 20 capítulos selecionados com base em seis categorias: Bioinformática clássica, Bioinformática Estrutural, Biologia de sistemas, Computação, Ensino e Evolução.
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Oliveira, Joana Cabral, und Miguel Pardal. Animais do Nosso Mar. Imprensa da Universidade de Coimbra, 2020. http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-1491-5.

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A Universidade de Coimbra, com mais de 730 anos de história, possui um vasto património acumulado, material e imaterial, que reflete todos os períodos da história e investigação científica em Portugal. O valor universal deste imenso acervo, em particular das coleções biológicas e bibliotecas, convoca a Universidade de Coimbra para o esforço de o conservar, mas também de o difundir e valorizar. Na convicção do conhecimento ser de todos e para todos, revemo-nos na certeza de a Ciência Aberta ser indispensável a uma sociedade mais informada e mais consciente do Planeta que habita, contribuindo para a tornar mais humana, mais justa e mais democrática. As ilustrações aqui reproduzidas foram retiradas de várias obras à guarda da biblioteca do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra. Foi, assim, também nosso propósito dar a conhecer o rico e amplo acervo da Universidade de Coimbra, bem utilizando os livros para um dos seus fins: a aprendizagem e o gosto pelas ciências.
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Prawer, S. S. The Blue Angel (Der Blaue Engel). British Film Institute, 2002. http://dx.doi.org/10.5040/9781838712907.

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This comprehensive study reconstructs the production history of The Blue Angel (1930), showing how director Josef von Sternberg's virtuoso visual style was amply supported by an immensely talented team of actors and technicians. It also analyzes the film's aesthetics, and shows how the grave political situation in Germany reverberated in its seemingly airtight world. One of the most famous images in cinema is to be found in the film The Blue Angel (1930). Lola Lola (Marlene Dietrich), in revealing black suspenders, sits on a beer-barrel clasping an upraised knee with both hands while she leans slightly back. Though not Germany's first sound film, it was at the time the most prestigious and expensive by far. Sternberg had been lured back from Hollywood and, together with acting star Emil Jannings and producer Erich Pommer, he set about making an adaptation of Heinrich Mann's novel Professor Unrat. The result is a subtly claustrophobic study of a man's downfall which is a milestone in European cinema.
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Monteiro Scabello, Andrea Lourdes, Bartira Araújo da Silva Viana und Emanuel Lindemberg Silva Albuquerque. Dinâmicas ambientais-urbanas e formação docente no espaço geográfico piauiense. SertãoCult, 2022. http://dx.doi.org/10.35260/67960852-2022.

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O livro Geografia em debate, v. 5, reuniu uma série de artigos nos quais os diversos conceitos, fenômenos, eventos e estratégias foram discutidos e relacionados aos estudos regionais e geoambientais, bem como ao ensino da geografia. Assim, a leitura desta obra permite ao interessado a oportunidade de aprender sobre os aspectos geoambientais e as práticas geográficas com uma linguagem mais acessível e dinâmica. A compreensão do ensino da Geografia e de uma dinâmica ambiental visando à compreensão das relações entre a natureza e a sociedade pode ser analisada utilizando os elementos que compõem a paisagem geográfica e suas inter-relações, tornando-se fundamental para apresentar trabalhos de reflexões, de pesquisas, de diálogos, de estudos e de práticas cotidianas que abrangem a produção acadêmica. Os autores de cada capítulo estabeleceram ampla conexão de seus assuntos com os demais capítulos do livro, trazendo ainda sugestões para leitura aprofundada. Este livro é, sem dúvidas, uma importante fonte de dados e informações para estudantes, professores e demais interessados. Por um lado, a obra aborda um conjunto de estudos regionais e características geoambientais, com base em dinâmicas e transformações territoriais, eventos extremos do ambiente urbano, fragilidade ambiental e vulnerabilidade ambiental. Por outro, o livro enfatiza o ensino da Geografia na medida em que prioriza o papel da escola e das práticas geográficas docentes. Parabéns aos organizadoras e autores que merecem elogios por aceitarem esse desafio e alcançarem admiravelmente seus objetivos.
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Dawson, C. Bryan. Calculus Set Free. Oxford University Press, 2021. http://dx.doi.org/10.1093/oso/9780192895592.001.0001.

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Calculus Set Free: Infinitesimals to the Rescue is a single-variable calculus textbook that incorporates the use of infinitesimals, and more generally the hyperreal numbers. The infinitesimal methods and notation herein were developed with beginning calculus students in mind, resulting in exposition that is more intuitive as well as many calculational procedures that are easier to perform, as compared to both traditional calculus textbooks and earlier attempts at including infinitesimals in calculus. Arithmetic of hyperreal numbers, levels of hyperreal numbers, and approximation in the hyperreals lead to a definition of limit. Limit computations are based directly on that definition. Computation-style proofs of derivative rules use an approximation formula called the “local linearity formula.” The definite integral is developed through the idea of finding area using infinitely many subintervals and right-hand endpoints; the resulting “omega sums” are much easier than Riemann sums as a result of the “sum of powers approximation formula,” which also anticipates the Fundamental Theorem of Calculus by its resemblance to the antiderivative power rule. The limit comparison test is replaced by the “level comparison test,” which is so widely applicable and computationally simple that strategy for testing series is noticeably less difficult. Although infinitesimal methods are used for any mathematical process involving a limit, the remainder of the text uses the standard methods of calculus. Organization is similar to other college-level calculus texts. Features include ample marginal notes, examples, illustrations, and answers to odd-numbered exercises.
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Milstein, Sara J. Making a Case. Oxford University Press, 2021. http://dx.doi.org/10.1093/oso/9780190911805.001.0001.

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Outside of the Bible, all of the known Near Eastern law collections were produced in the third to second millennia BCE, in cuneiform on clay tablets, and in major cities in Mesopotamia and in the Hittite Empire. None of the five major sites in Syria to have yielded cuneiform tablets has borne even a fragment of a law collection, despite the fact that several have yielded ample legal documentation. Excavations at Nuzi have turned up numerous legal documents, but again, no law collection. Even Egypt has not yielded a collection of laws. As such, the biblical blocks that scholars regularly identify as law collections would represent the only “western,” non-cuneiform expressions of the genre in the ancient Near East, produced by societies not known for their political clout, and separated in time from the “other” collections by centuries. Making a Case challenges the long-held notion that Israelite and Judahite scribes either made use of older law collections or set out to produce law collections in the Near Eastern sense of the genre. Rather, Milstein suggests that what we call “biblical law” is closer in form and function to a different and oft-neglected Mesopotamian genre: legal-pedagogical texts. In the course of their education, Mesopotamian scribes copied a variety of legal-oriented school texts: sample contracts, fictional cases, sequences of non-canonical law, and legal phrasebooks. When “biblical law” is viewed in the context of these legal-pedagogical texts, its practical roots in legal exercises begin to emerge.
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Bang, Peter Fibiger, C. A. Bayly und Walter Scheidel, Hrsg. The Oxford World History of Empire. Oxford University Press, 2021. http://dx.doi.org/10.1093/oso/9780197532768.001.0001.

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The Oxford World History of Empire, Vol. 2: The History of Empires tracks the protean history of political domination from the very beginnings of state formation in the Bronze Age up to the present. Case studies deal with the full range of the historical experience of empire, from the realms of the Achaemenids and Ašoka to the empires of Mali and Songhay, and from ancient Rome and China to the Mughals, American settler colonialism, and the Soviet Union. Forty-five chapters detailing the history of individual empires are tied together by a set of global synthesizing surveys that structure the world history of empire into eight chronological phases. Only a few decades ago empire was believed to be a thing of the past; now it is clear that it has been and remains one of the most enduring forms of political organization and power. We cannot understand the dynamics and resilience of empire without moving decisively beyond the study of individual cases or particular periods, such as the relatively short age of European colonialism. The history of empire, as this volume amply demonstrate, needs to be drawn on the much broader canvas of global history.
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Yaffe, Gideon. Introduction. Oxford University Press, 2018. http://dx.doi.org/10.1093/oso/9780198803324.003.0001.

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The case of Roper v. Simmons (543 U.S. 551) presents a set of facts that test almost anyone’s intuitions favoring the idea that kids should be shielded from the worst punishments, punishments that are justifiably heaped on adults. More for the thrill of it than anything else, Christopher Simmons, together with two friends, broke into a randomly chosen home in the middle of the night, abducted Shirley Crook from her bedroom, bound her hands, legs, and head tightly with duct tape, and threw her off a bridge. She drowned in the waters below. Simmons later bragged about the murder, saying that he did it “because the bitch seen my face.” This repulsive remark was an evident lie, not that it matters, since there was ample evidence that Simmons had planned to kill Crook well before he and his friends even entered her home. Shirley Crook left behind a grief-stricken husband and daughter, both of whom testified at the sentencing phase of the trial to the havoc that the murder had wreaked on their lives. One and only one thing can be said on Simmons’ behalf, and it was duly noted by the attorneys in the case when addressing the jury that sentenced him to die: Christopher Simmons was 17 years old at the time of the crime. Eventually the Supreme Court of the United States reached the conclusion that this one fact was significant enough to warrant withholding from Simmons the worst that the state can do to a person: the court saved Simmons’ life, ruling that no one under 18 at the time of a crime could be executed for it, no matter how heinous the conduct....
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Ormand, Kirk. Controlling Desires. www.praeger.com, 2008. http://dx.doi.org/10.5040/9798400631696.

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Historians of ancient Greece and Rome are sometimes hesitant to engage with the well-documented fact that Greek and Roman men regularly engaged in same-sex sexual relations with younger men. In a similar vein, scholars have constructed elaborate social explanations for Sappho, a 6th-century woman from the island of Lesbos who wrote passionate poetry about her erotic relations with a number of women, in order to avoid her apparent sexual orientation. On the other hand, in recent times the Greeks and Romans have occasionally been idealized as prototypes of modern homosexuality or bisexuality. In this engaging, cross-disciplinary book, Ormand argues that the Greeks and Romans thought of sex and sexuality in ways fundamentally different from our own. Ormand's exploration of Greek and Roman sexual practice allows readers the opportunity to see how attitudes and beliefs about sex—sexuality, in short—functioned in the early civilizations of the West, and how those attitudes reveal the unspoken rules that defined public and private behavior. Ormand treats Greece and Rome in separate sections, with ample cross-references and comparisons. Within each section, individual chapters focus on different types of texts and visual arts. Just as sexuality is presented differently in our legal cases than it is on television sitcoms, or supermarket tabloids, the reader will naturally find that the Greeks and Romans talk one way about sex, love, and marriage in legal speeches and another way in comedies, satires, and philosophical texts. Ormand's analysis takes into account changes in attitude over time, as well as different modes of presenting a complex and interconnected set of social beliefs and behaviors.
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Procedimentos Operacionais Padrão: Resposta a um Evento ou Surto de Poliovírus - março 2022. Pan American Health Organization, 2022. http://dx.doi.org/10.37774/9789275726259.

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O objetivo desses procedimentos operacionais padrão (POPs) é oferecer orientação a qualquer país que detecte qualquer tipo de surto ou evento de poliovírus, para responder de maneira oportuna e efetiva, com o objetivo específico de interromper os surtos de poliomielite dentro de 120 dias (quatro meses). Este guia se destina a governos nacionais e tomadores de decisão de saúde pública que coordenam respostas a eventos e surtos de poliovírus e seus parceiros globais, regionais e nacionais. Essa versão dos POPs se baseia nas versões anteriores desenvolvidas desde 2015 e leva em consideração os principais desenvolvimentos, lições aprendidas e disponibilidade de novas ferramentas desde a publicação da última versão, em março de 2020. O desenvolvimento desses POPs depende de evidências científicas disponíveis e consenso de especialistas, mantendo-se fundamentado em realidades operacionais e no contexto de diminuição da imunidade global ao poliovírus tipo 2. Os aspectos fundamentais dos POPs resultam de ampla consulta com grupos consultivos de especialistas, incluindo o Grupo de Especialistas Consultivos Estratégicos (SAGE) da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre imunização, com endosso pelos grupos técnicos e de gestão relevantes da GPEI. Esses POPs não incluem resposta ao WPV1 devido à transmissão local em um contexto endêmico, orientações operacionais em nível de campo nem ferramentas para planejamento de atividades de imunização suplementar (SIAs) de alta qualidade ou métodos detalhados para vigilância aprimorada.
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Kishore Saxena, Kanika. Before Kṛṣṇa. Oxford University Press, 2021. http://dx.doi.org/10.1093/oso/9780190127909.001.0001.

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Mathura is famous for its association with Vāsudeva‒Kṛṣṇa, an important deity of the Hindu pantheon. However, apart from the sanctity attached to this place by Hindus, it has also provided conditions for the nurturing of Buddhist, Jaina, nāga and yakṣa traditions. This book engages in a wide range of epigraphic, archaeological and art historical data from the various sites in the Mathura area and weaves this to present a coherent picture of the variegated religious history of the area from c.600 CE to c.1000 CE, which witnessed various religions/cults/sects competing for attention and patronage. The chapters in this book have been divided according to religious traditions, namely, Jainism, Buddhism and Hinduism, along with the Kṛṣṇa, yakṣa, nāga, and mātṛkā cults. It raises many important issues related to Jainism, Hinduism, Buddhism and Jainism as well as older cults of the yakṣas and nāgas. The objects of donation ranged from images, stūpas, temples to tanks and gardens. Donations by monks and nuns; together with laity from different locations within and beyond Mathura, amply reflect on the social mosaic of the time. The role of monastics and laity, the nature of patronage, and the social and political underpinnings of the religious history are also examined, all within a long, diachronic frame. This book reveals the complexity of the religious history of Mathura to provide the reader a taste of its diversity and plurality.
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Educação Física, Esporte, Cultura & Sociedade. Editora ZH4, 2022. http://dx.doi.org/10.51360/zh4.20221-01.

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A seriedade da proposta de um Curso de Graduação no Ensino Superior se revela na qualidade dos profissionais que ela coloca no mercado de trabalho, fruto da dedicação e competência dos professores que compõe o quadro docente dessa IES. Para que isso ocorra, é necessário que haja uma cumplicidade entre todos os envolvidos no processo diante dos desafios comuns que se enfrentam nas mais diversas histórias e trajetórias de cada um envolvido nesse processo todo, porém, mais ainda, das grandes possibilidades vislumbradas em cada segmento de atuação escolhido, e, nesse caso específico da coletânea que se apresenta nesse momento, a nossa amada Educação Física. Os textos contidos nessa Coletânea são o resultado dos Trabalhos de Conclusão de Curso de diversos ex-alunos que tive a felicidade de tê-los, uma hora ou outra, em minha sala de aula, nas diversas disciplinas que há 26 anos eu trabalho no Curso de Educação Física, exclusivamente no Ensino Superior. Os temas aqui abordados situam-se nas mais diversas áreas de abrangência e atuação da Educação Física e correspondem à preocupação de seus respectivos autores e orientadores em buscar resposta ao problema que outrora lhes serviram de “start” para os textos que hoje fazem parte desta obra. Entendo que a “sala de aula” se trata de um universo amplo e diversificado de incontável variáveis, porém, o somatório de experiências que nesse espaço confluem, têm se revelado serem elementos essenciais no estabelecimento de diretrizes pedagógicas que só enaltecem o processo de ensino-aprendizagem. Me sinto realizado como Organizador dessa Coletânea por dois motivos: o primeiro deles se deve à publicação de um texto em parceria com meu filho Luiz Guilherme, hoje, acadêmico do Curso de Bacharelado em Educação Física e, o segundo, por ter como parceiro de organização dessa obra, um ex-acadêmico da Graduação em Licenciatura e Bacharelado em Educação Física e ex-aluno da Pós-Graduação, hoje, meu amigo e colega de profissão na mesma IES, Prof. Walderson Nunes de Freitas. Essa Coletânea está dividida, contextualmente, em seis seções distintas que fazem parte intrinsecamente da Educação Física, sendo estas (a) Esporte, Cultura e Sociedade; (b) Exercício Físico, Qualidade de Vida e Melhor Idade; (c) Esportes e Treinamento Desportivo; (d) Educação Física Escolar; (e) Academia, Fitness e Wellness; (f) Exercício Físico, Qualidade de Vida e Saúde.
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As significações do texto coletivo no processo alfabetizador de jovens e adultos do Cedep/Paranoá e Itapoã – UnB. Editora Universidade de Brasília, 2020. http://dx.doi.org/10.26512/9786558460220.

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Este livro visa contribuir para uma práxis de alfabetização de jovens e adultos desde uma perspectiva histórico-cultural marxista, adotada pelo Grupo de ensino, pesquisa e extensão em educação popular e estudos filosóficos histórico culturais (Genpex), desde seu projeto original em fins da década de 1980, no Paranoá e Itapoã. Seu foco é sobre a formação, que se prefere nomear constituição, de alfabetizadoras/es e formadoras/es de alfabetizadoras/es, na atividade pedagógica de elaboração de texto coletivo em sala de aula, como parte de um processo alfabetizador mais amplo, que se dá nas etapas de planejamento coletivo, execução do planejamento e avaliação do trabalho executado. O objetivo deste trabalho é iluminar o processo de elaboração de texto coletivo com base nas significações que alfabetizandas, alfabetizadoras, estudantes e professoras/es universitários/as constroem sobre a atividade ao nela se engajar durante um determinado tempo. Para isso, foram realizadas entrevistas com essas/es atoras/es e procedidas análises coletivas em várias rodadas de leitura e interlocução sobre os textos transcritos. Como principais achados tem-se que o texto coletivo se constitui nas relações sociais de contradição (avanços e recuos, acordos e desacordos) nos vários ambientes educativos numa perspectiva dialógica-dialética-transformadora. Sua elaboração é, ao mesmo tempo, produto e procedimento metodológico. Possibilita o dessilenciamento das alfabetizandas, alfabetizadoras, dirigentes do movimento popular, professoras, estudantes e demais atoras/es. Assim, a ampliação da compreensão sobre o texto coletivo revela as várias fases do seu movimento de constituição e de seus desdobramentos no processo alfabetizador.
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Paulo, Heloisa, Alberto Pena-Rodríguez, Cristina Clímaco und Enrique Coraza de los Santos. Migrações e Exílios no Mundo Contemporâneo. Imprensa da Universidade de Coimbra, 2020. http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-1790-9.

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Fruto de perseguições políticas ou religiosas, os exílios marcam o nosso actual quotidiano com imagens que parecem repetir o martírio sofrido pelos exilados do século passado. A visão de campos de refugiados e de crianças amontoadas em balsas em pleno Mediterrâneo lembra-nos cenas antigas, como as da “Retirada” dos republicanos espanhóis através dos Pireneus, em Fevereiro de 1939, ou as fugas em massa durante a Segunda Guerra. A Europa conflituosa e ditatorial gerou a saída de um grande contingente populacional para o território latino-americano. A partir da segunda metade do século passado, as ditaduras latinoamericanas cuidaram para que a rota em busca da liberdade fosse em sentido inverso. Em Portugal, a partir do 28 de Maio de 1926, o exílio foi a única saída possível para muitos dos opositores do regime. Na Europa, nichos de liberdade, como a França antes de Vichy e a Espanha antes de Franco, também acolhem republicanos dispostos a dar sequência à sua luta pelo retomo da democracia em solo português. Com a guerra, emigrados políticos e exilados buscam, em países fora da Europa e com larga tradição de emigração, como o Brasil ou os Estados Unidos, o porto de abrigo para continuarem o combate contra o Estado Novo. A compreensão deste fenómeno requer uma ampla investigação e não pode excluir o debate interdisciplinar. Mais do que nunca é preciso utilizar recursos vários para a sua análise, comparar estudos com base em realidades diversas, analisar as formas de expressão dos exilados e trabalhar com manifestações políticas, mas também culturais. E, sobretudo, é preciso dar permanente atenção aos novos estudos que exploram a temática nos seus mais diferentes ângulos, como a literatura ou a sociologia. Mais do que qualquer outro tema, o exílio é um campo de estudo interdisciplinar. É com este objetivo que surge o presente trabalho, reunindo especialistas de diversas áreas em tomo da temática do exílio em língua portuguesa, e da sua expressão como fenómeno internacional e contemporâneo. Daí a presença de investigadores latino-americanos, visto ser o exílio um marco na história recente dos seus países.
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3º PLANO DIRETOR PARA O DESENVOLVIMENTO DA INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE. Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 2021. http://dx.doi.org/10.52582/3pladitis.

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Cada vez mais, a informação e suas tecnologias se inserem em diversas expressões da vida, por conseguinte, estão presentes no debate acadêmico, político e econômico. Nesse sentido, é com satisfação que a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), por meio do Grupo Temático Informação em Saúde e População (Gtisp), publica o 3o Plano Diretor para o Desenvolvimento da Informação e Tecnologia de Informação em Saúde para o quinquênio 2020-2024 (3o PlaDITIS). É fundamental para o Brasil acompanhar os avanços e recuos em andamento no Sistema Único de Saúde (SUS), em que se insere, como um de seus componentes estratégicos, a política pública de Informação e Tecnologia de Informação em Saúde (ITIS). Portanto, a Abrasco, ao organizar o 3o PlaDITIS, cumpre com sua missão de fomentar o debate crítico e propositivo, integrando-se às forças da sociedade que lutam para a consolidação do ditame constitucional: direito universal à saúde com qualidade. O atual PlaDITIS, terceiro de uma série que se iniciou em 2008 - 1o PlaDITIS (2008-2012) e 2o PlaDITIS (2013-2017) - reforça o compromisso da Abrasco com a continuidade do debate sobre a produção e uso da informação e de suas tecnologias no âmbito do SUS e da Saúde Coletiva. Nesse período, o Gtisp/Abrasco fomentou o debate teórico e prático a respeito da temática de maneira consistente e responsável. O 3o PlaDITIS transborda as margens do presente documento, fruto do consenso de dezenas de autores. Sua própria elaboração coletiva suscitou amplo processo de reflexão crítica e propositiva ao envolver entidades de ensino e pesquisa, instituições de serviços de saúde, instâncias produtoras, gestoras e usuárias de ITIS das três esferas de governo, de todas as regiões do país e representações da sociedade. A trajetória de sua construção tem como ponto de partida a elaboração, pelo Gtisp, de versão preliminar submetida ao crivo dos participantes da Oficina de Trabalho.
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Soares, Carmen, Anny Jackeline Torres Silveira und Bruno Laurioux. Mesa dos Sentidos e Sentidos da Mesa: Vol. II. Imprensa da Universidade de Coimbra, 2021. http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-2060-2.

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Na sua mais ampla aceção, a <em>mesa</em> remete para universos onde interagem produtos, pessoas e ideias. Espaço de sobrevivência, mas também de deleite, de formação, de culto e de sociabilidade, cada <em>mesa</em> retrata mentalidades, serve de metáfora de valores, abre lugar à transformação de quem nela interage e participa. A <em>mesa</em> constitui-se, assim, como espaço de <em>sentidos</em> quer fisiológicos quer intelectivos. Da experiência sinestésica proporcionada pelos bens alimentares e ambientes que os envolvem nasce a <em>Mesa dos Sentidos. </em>Indissociável da <em>mesa </em>são os numerosos significados de natureza cultural, política, religiosa, estética, ética, social e económica que lhe reconhecemos. Esses <em>Sentidos da Mesa</em> são captados e comunicam-se sob variadas formas de discurso (escrito, oral, pictórico ou material).</p> <p>A presente obra está organizada em dois volumes, contendo seis partes e um total de 37 capítulos. Os 21 capítulos que compõem o volume II estruturam-se em torno de três temáticas centrais. O papel dos códigos de valores de âmbito religioso ou laico (militar) nas dinâmicas alimentares são tratados na Parte I (Mesas sagradas e mesas profanas). A <em>mesa</em> como espaço e instrumento de poder(es) social, político, económico e cultural é a temática abordada na Parte II (Mesas de poder e poderes da mesa). A reflexão sobre a <em>mesa </em>como expressão da identidade cultural coletiva e veículo de afirmação de saberes/sabores alimentares recebidos ou legados discute-se na Parte III (Identidade e património alimentar).
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Diretrizes de quimioterapia preventiva para controle da teníase por Taenia solium. Pan American Health Organization, 2022. http://dx.doi.org/10.37774/9789275723722.

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O estágio larval do parasito Taenia solium pode encistar no sistema nervoso central e causar neurocisticercose, a principal causa de epilepsia adquirida nos países onde esse parasito é endêmico. As áreas endêmicas são áreas com a presença (ou presença provável) do ciclo de vida completo de Taenia solium. O parasito é mais prevalente em comunidades pobres e vulneráveis, onde os suínos são criados soltos, pratica-se a defecação a céu aberto, o saneamento básico é deficiente e a educação em saúde é inexistente ou limitada. Há várias ferramentas disponíveis para o controle de Taenia solium. A quimioterapia preventiva para teníase por Taenia solium, que tem como alvo a tênia adulta, é uma delas. Outras ferramentas estão voltadas para o manejo de suínos, vacinação e tratamento de suínos, saneamento e higiene e educação comunitária. Três medicamentos em potencial — niclosamida, praziquantel e albendazol — foram considerados para uso na quimioterapia preventiva em programas de controle da teníase por Taenia solium por meio da administração em massa de medicamentos ou quimioterapia direcionada. Nestas Diretrizes, fornecemos recomendações para quimioterapia preventiva com niclosamida, praziquantel ou albendazol em áreas endêmicas para Taenia solium, o que inclui a escolha da dose e dos grupos populacionais. A elaboração destas Diretrizes tem como base os mais recentes métodos padronizados de desenvolvimento de diretrizes da Organização Mundial da Saúde, o que inclui o uso de estratégias sistemáticas de busca, síntese e avaliação da qualidade das evidências disponíveis para apoiar as recomendações e participação de especialistas e interessados diretos no Grupo de Elaboração de Diretrizes e no Grupo de Revisão Externa. As recomendações se destinam a um público amplo, que inclui formuladores de políticas e seus consultores especializados, técnicos e funcionários de programas de instituições governamentais e organizações que estejam envolvidos no planejamento, implementação, monitoramento e avaliação de programas de quimioterapia preventiva para controle de Taenia solium.
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Pereira da Silva Flores, Thiago. Isolamento compulsório - Os equívocos que se repetem. Brazil Publishing, 2021. http://dx.doi.org/10.31012/978-65-5861-738-9.

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O livro que o leitor tem em mãos traz uma contribuição plural para as questões ligadas a internação compulsória do passado, presente e futuro, importante reflexão para a vida social contemporânea no mundo e não apenas no Brasil. O amplo tema das políticas públicas de isolamento, assume nos dias hoje uma vasta e complexa corrente de pensamentos, sejam embasadas pela ciência ou apenas pelas experiências individuais provocadas pela pandemia de Covid-19 que se faz presente no mundo desde o ano de 2020. O autor alinha sua experiência de militante social do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase – MORHAN, com os ensinamentos acadêmicos do Mestrado em Ciências Sociais e nos brinda com uma etnografia realizada no antigo Sanatório São Francisco de Assis, localizado na cidade de Bambuí, Minas Gerais. O antigo Sanatório hoje Comunidade São Francisco de Assis, foi inaugurado em 1943 para promover a política pública de internação compulsória para pacientes de hanseníase, tal política foi reconhecida como crime de Estado pela Lei 11.520 em 2007. O autor mergulha no universo daqueles que sofreram a internação compulsória e nos mostra os efeitos do isolamento compulsório na atualidade na vida das pessoas e na vida de seus familiares. Os danos causados, por estas ações, estão marcados não apenas na história da humanidade, mas nas memórias e nos corpos de cada pessoa por ela atingida. A temática Direitos Humanos e Hanseníase reflete a necessidade de pensarmos sobre estigma, discriminação, violação de direitos e estratégias promotoras de inclusão social propostas como mecanismo de reparação e reintegração das pessoas atingidas e suas famílias. Marco mundial das políticas higienistas, esses espaços físicos e o patrimônio imaterial deve ser preservado para que “nunca se esqueça e nunca mais aconteça”. Desta sobre o aspecto da garantia direito humano a memória, essa etnografia nos demonstra a importância destas memórias e colabora intensamente para esse resgate, reforçando a busca dos tombamentos desses sitio de patrimônio sensível. As pessoas atingidas pela hanseníase e suas famílias foram negligenciadas e tiveram seus direitos violados desde os primeiros registros sobre a enfermidade. Ao longo da história, os modelos aplicados sobre o processo saúde-doença-cuidado, relacionado a estes indivíduos, sofreram transformações produtoras de estigma e discriminação, por parte da sociedade e das políticas implementadas por diferentes governos.
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Marques, Marcia Alessandra Arantes, Hrsg. Educação Física e Ciência do Esporte. Bookerfield Editora, 2022. http://dx.doi.org/10.53268/bkf21110400.

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Este livro, apresentado em capítulos, se inclui como um processo de ampla reflexão sobre a Educação Física no Brasil, uma vez que atende a diferentes perspectivas apresentadas atualmente na área. A ampla gama de assuntos com temáticas diversas demonstra o quanto a Educação Física pode contribuir, tanto em aspectos relacionados à qualidade de vida dos indivíduos; às práticas de lazer e esportes; à valorização do brincar; à produção de conhecimento na área e suas peculiaridades na Região Norte, bem como nos fatores motivacionais e da psicologia positiva intervenientes na prática esportiva. Estes conhecimentos são de efetiva aplicabilidade no cotidiano dos indivíduos, na compreensão dos pesquisadores e na experiência empírica dos profissionais que atuam diretamente no contexto esportivo, desde o esporte recreativo ao alto rendimento. Diante dos avanços no campo da Educação Física nas últimas décadas, as investigações apresentadas poderão desencadear uma apreciação indagativa dos leitores, evidenciando amplas possibilidades a partir dos diversos tipos de estudo. No decorrer da obra é possível encontrar investigações de natureza documental, estudos descritivos e revisões sistemáticas. No Capítulo 1, intitulado Análise da qualidade de vida de idosos praticantes de dança de ritmos coreografados, a autora analisa a qualidade de vida de idosos por meio do WHOQOL-bref, um questionário desenvolvido e recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O capítulo 2 Lazer e esporte: análise dos espaços públicos em Muzambinho/MG nos apresenta a realidade dos espaços públicos de lazer desta cidade histórica mineira de aproximadamente 20.000 habitantes. Já nos capítulos 3 e 4, parte I e parte II (O brincar e as atividades motoras no tratamento de câncer infantil: revisão sistemática), os autores utilizaram o método Prisma para nos trazer os estudos com brincar e a prática de atividades motoras em crianças que realizam tratamento de câncer. Os Capítulos 5 e 6, partes I e II (Motivação e paixão dos atletas paranaenses de atletismo nas provas de meio fundo e fundo) os autores investigaram os fatores motivacionais que direcionam os atletas paranaenses à inserção nestas provas que exigem dos atletas persistência e esforço, visando com este conhecimento auxiliar o trabalho dos atletas, treinadores e preparadores das equipes de atletismo. No Capítulo 7, intitulado A produção do conhecimento dos professores de educação física da FEFF-UFAM, com base nos grupos temáticos do Colégio Brasileiro de Ciência dos Esportes, as autoras, por meio da análise documental, buscaram valorizar o conhecimento científico produzido nas dissertações e teses da Região Norte do Brasil no período de 1981 a 2014, possibilitando um olhar mais atento às demandas e necessidades regionais. Nos Capítulos 8 e 9, em suas partes I e II (Variáveis psicológicas positivas em atletas universitários, uma revisão sistemática), os autores se utilizaram da metodologia da revisão sistemática para sumarizar as produções mundiais acerca das variáveis psicológicas positivas dos atletas de esporte universitário, nos apresentando pesquisas que compreenderam a investigação das competências, fatores sociais, motivação, sentimentos, fatores pessoais e resiliência, utilizados pelos atletas para o enfrentamento dos intervenientes advindos do esporte e da vida acadêmica. Já nos Capítulos 10 e 11, intitulado Motivação acadêmica e orientação de vida em universitários: uma revisão sistemática (Parte I e II), outras duas revisões sistemáticas utilizando o método Prisma buscaram compreender a motivação e a orientação de vida de universitários. Diante das possibilidades de leituras, reflexões e interpretações presentes nesta obra, esperamos que possa auxiliar os profissionais de Educação Física e áreas afins na sua prática investigativa e empírica, incentivando as pesquisas nesta área que vem a cada década se renovando, ampliando seus conhecimentos e buscando firmar sua relevância social.
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Nascimento, Andreia Santos do, Cerilene Santiago Machado, Geni da Silva Sodré und Carlos Alfredo Lopes de Carvalho. Atlas polínico de plantas de interesse apícola/meliponícola para o Recôncavo Baiano. Brazilian Journals Editora, 2021. http://dx.doi.org/10.35587/brj.ed.0000891.

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A análise polínica de produtos da colmeia é uma das linhas de atuação do Grupo de Pesquisa Insecta desde o ano 2000, com resultados promissores e inserindo na pesquisa científica relacionada à melissopalinologia alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado, além de pós-doutorandos. O grupo conta com publicação em periódicos nacionais e internacionais, onde são divulgados resultados de estudos de fontes poliníferas e nectaríferas exploradas por abelhas sociais como Apis mellifera Linnaeus, 1758 e Meliponini (Melipona spp.), sendo a identificação da flora explorada por estas abelhas, realizada em sua maioria por meio de estudos palinológico dos produtos da colmeia. O livro “Atlas polínico de plantas de interesse apícola/meliponícola para o Recôncavo Baiano” é resultado de um amplo espectro de estudos relacionados à análise polínica de produtos da colmeia de abelhas sociais realizado pelos autores, especialmente os projetos de iniciação cientifica e mestrado desenvolvidos no período de 2005 a 2009, que contribuíram de forma expressiva para coleção de referências de grãos de pólen (palinoteca) de plantas de interesse apícola e meliponícola do Núcleo de Estudo dos Insetos da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. A apresentação da descrição polínica de táxons das principais famílias apontadas como potenciais para apicultura e meliponicultura na região do Recôncavo Baiano, contribuirá na identificação de tipos polínicos em produtos da colmeia em estudos futuros. Comumente, estudos relacionados à identificação da flora visitada pela abelha a partir de seus produtos (mel, pólen apícola, samburá, própolis e geoprópolis) utilizam a análise polínica. Porém, a identificação dos tipos polínicos (conjunto de grãos pólen) é um trabalho que requer treinamento, conhecimento e dedicação, sendo necessário consultas a palinoteca (coleção de grão pólen de referências), atlas e catálogos polínicos, bem como outras publicações pertinentes. Nesse sentido, este livro apresenta um conteúdo relevante e que pode auxiliar muitos trabalhos de pesquisa, contribuindo para identificação da flora visitada por abelhas sociais, especialmente no Recôncavo Baiano.10.35587/brj.ed.0000891
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A Coletânea de Resumos: um produto à luz da contribuição interdisciplinar. Editorial Casa, 2022. http://dx.doi.org/10.55371/978-65-89999-59-1.

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A Coletânea de Resumos: olhares interdisciplinares emerge das apresentações dos Webcolóquios e Webseminários promovidos pelo Mestrado Profissional em Intervenção Educativa e Social – MPIES, da Universidade do Estado da Bahia, em 2021, via Youtube, no Canal Apontamentos de Pesquisa. Esta coletânea constitui-se em uma publicação que apresenta resumos expandidos, produzidos pelos (as) estudantes e professores (as) do MPIES. Tais resumos consideraram às temáticas emergentes em nossa sociedade contemporânea e que foram apresentadas por pesquisadores (as) de diferentes áreas do conhecimento, em convergência com o caráter interdisciplinar presente na proposta formativa do MPIES. Os textos que compõem essa obra apresentam as reflexões tecidas pelos(as) seus (suas) autores (as), tendo como ponto de partida as temáticas discutidas nos Webseminários e Webcolóquios pelos (as) expositores (as) convidados (as): 1º Webcolóquio – Terrorismo: os desafios para o desenvolvimento do mundo moderno face a paz, que contou com a participação dos professores Dr. Marinilson Barbosa da Silva e Dr. Everton Nery Carneiro; 1º Webseminário – Vulnerabilidade social e inclusão na contemporaneidade, ministrado pelas professoras Dra. Telma Regina Batista Nascimento e Dra. Marcia Torres Neri Soares; 2º Webseminário – Culturas, Identidades e questões afro-brasileiras e indígenas apresentado pelas professora Dra. Lícia Maria de Lima Barbosa e mediado pelo professo Dr. Cesar Vitorino e o 2º Webcolóquio – Trabalho, Educação e Gênero no contexto contemporâneo que teve como convidadas as professoras Me. Lenade Barreto Gil e Dra. Elisete Santana da Cruz França. A Coletânea de Resumos; olhares interdisciplinares, que se configura como um dos produtos proposto pelo MPIES, ratifica a importância da pós-graduação em debater, de forma interdisciplinar, as questões que afetam a nossa sociedade, com o intuito de formar pesquisadores (as) capazes de problematizar a realidade vigente e propor intervenções educativas e sociais que estejam em consonância com a perspectiva inclusiva e emancipatória dos sujeitos. Desse modo, esperamos que essa obra contribua com a formação de pesquisadores (as) iniciantes e amplie as discussões concernentes às temáticas em pauta, presentes nas investigação-intervenções dos estudos de estudantes e professores (as) das pós-graduações no Brasil, que se inserem nas diferentes áreas do conhecimento.
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Atlas dos assentamentos rurais do Norte do Mato Grosso. Faculdade UnB Planaltina, 2019. http://dx.doi.org/10.26512/9788592912031.

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Prefácio - O Atlas dos assentamentos da região norte do estado do Mato Grosso é o resultado de estudos e ações conjuntas realizados por meio da parceria estabelecida entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Universidade de Brasília (UnB) – Faculdade UnB Planaltina (FUP), no âmbito do Projeto Regularização Ambiental e Diagnóstico dos Sistemas Agrários dos Assentamentos da Região Norte do Estado do Mato Grosso (Radis-MT). O Projeto Radis-MT, nasceu da necessidade da regularização ambiental das propriedades rurais, prevista na Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa. Desde sua concepção, o projeto propõe uma abordagem participativa e busca inovar, associando o uso de tecnologias que permitem uma visão ampla do território, a fim de promover a regularização ambiental a partir do olhar sobre os sistemas produtivos. Neste contexto, o Radis integra a pesquisa acadêmica aplicada e a assistência técnica para alcançar os melhores resultados no atendimento às famílias assentadas. O Radis atua em 41 municípios do norte do estado do Mato Grosso, contemplando 111 assentamentos, onde residem 27.573 famílias, em uma área total de aproximadamente 1.09 milhões de hectares. Destes, 97 assentamentos estão localizados nas bacias dos rios Juruena e Teles Pires e 14 assentamentos na bacia do rio Xingu. Nesta publicação, são apresentados os resultados da primeira fase do projeto, na qual foram analisados 32 assentamentos, localizados em sete municípios do Mato Grosso. Esses assentamentos abrigam 7.579 famílias beneficiárias da reforma agrária em uma área de 491.851,6 ha. Este atlas aponta aspectos relevantes para o entendimento das questões ambientais e de uso da terra da região. O leitor encontrará, além dos mapas dos municípios, informações demográficas, econômicas, sociais, dados dos sistemas agrários e dados temporais sobre a cobertura de vegetação nativa dos assentamentos. Essa caracterização serve para o Incra e para os beneficiários avançarem no processo de regularização ambiental das famílias atendidas pela reforma agrária. Esperamos que esta publicação seja útil não só para pesquisadores, mas para técnicos, agricultores, tomadores de decisão, como fonte de consulta e base de informações para auxiliar nos processos de planejamento, gestão e uso do território, de forma a contribuir com a agenda de desenvolvimento dos assentamentos, integrando a produção de alimentos, o bem-estar das famílias, a geração de trabalho e de renda e a manutenção das funções ecossistêmicas do ambiente. César Aldrighi INCRA Mário Lúcio de Ávila FUP/UnB
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Lourenço, Emerson Botelho, Hrsg. Avanços científicos em medicina 2. Bookerfield Editora, 2021. http://dx.doi.org/10.53268/bkf21120200.

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Este livro reúne trabalhos científicos relevantes em Ciências Médicas. Decidiu-se pela divisão em três seções: i) área pré-clínica; ii) psiquiatria e neurologia; iii) infectologia. Considerando a ampla aplicação de cimentos ortopédicos e dentários para os mais diversos fins no âmbito das ciências da saúde, os capítulos um e dois se complementam e trazem importante contribuição científica avaliando o cimento PBS®CIMMO no preenchimento de falhas ósseas aplicadas às intervenções bucais. O microRNA-26a é um modulador endógeno do fator de crescimento dos hepatócitos, de papel relevante no reparo tecidual. O papel do miR26a no processo de reparo renal foi avaliado em ratos submetidos a modelo de lesão renal aguda induzida e apresentado pelo capítulo três. O estudo sugere que miR26a pode ter um papel de controle de feedback negativo da tradução de HGF durante a fase de recuperação / proliferativa. Por meio do capítulo quatro foram demonstrados os efeitos cardioprotetores do carvacrol através da melhora da função cardíaca após a lesão de isquemia e reperfusão, redução da área de infarto cardíaco e redução da atividade de importantes enzimas antioxidantes após a lesão de isquemia e reperfusão cardíaca. O estudo contribui para a ciência farmacêutica produzir fármacos que possam ser utilizados no tratamento de pacientes com cardiopatia aguda visando a prevenção dos danos oxidativos decorrentes da lesão de reperfusão cardíaca. Iniciando a seção de Psiquiatria e Neurologia, por meio do capítulo cinco foi abordado o tema da dependência química de álcool enquanto problema de saúde pública e o alto índice de abandono de tratamento. Foram investigadas as características clínicas relacionadas à prontidão de alcoolistas para permanecer em tratamento. O capítulo demonstra a importância da identificação de fatores de modificação dos aspectos motivacionais na construção de projetos terapêuticos mais consentâneos às necessidades terapêuticas individuais. A associação entre epilepsia e transtornos psiquiátricos tem sido descrita desde o início da prática da Neurologia e da Psiquiatria. Comorbidades psiquiátricas têm impacto direto no prognóstico de pacientes epilépticos, influenciando o controle farmacológico e cirúrgico de crises, aumentando a mortalidade. Pelo capítulo seis é demonstrada a importância da identificação destas variáveis clínicas durante a avaliação diagnóstica dos pacientes com epilepsia. As imbricações entre o fenômeno epiléptico e os transtornos mentais aproximam Neurologia e Psiquiatria em torno mecanismos fisiopatológicos comuns a ambos. O fenômeno da Normalização Forçada foi descrito ao observar, em pacientes com epilepsia, o desaparecimento de descargas epiléticas no eletroencefalograma, concomitante com o desenvolvimento de sintomas psicóticos. Pelo capítulo sete é demonstrado que o desenvolvimento de novas técnicas de imagem permitiu uma série de evidências relacionando a ocorrência destas descargas epilépticas no sistema límbico e consequente coativação e desativação dessas “redes de estado de repouso”. No entanto, ainda há muitas controvérsias sobre os mecanismos básicos das alterações de redes relacionadas ao controle emocional, concluindo pela necessidade de uma metodologia de estudo mais homogênea para explicar esse interessante fenômeno neuropsiquiátrico com maior precisão. Iniciando a seção de Infectologia, por meio do capítulo oito foi tratado sobre o HIV/AIDS e o frequente comprometimento do desempenho das atividades diárias. Foi avaliada a capacidade de acesso lexical em idosos soropositivos em comparação com idosos com HIV/AIDS, concluindo o desempenho inferior destes últimos. O estudo reforça a importância de avaliar precocemente as funções cognitivas para manter a independência e a qualidade de vida do idoso com HIV/AIDS. Pelo capítulo nove são identificadas as alterações na atividade das enzimas hepáticas devido à infecção pelos vírus da hepatite B ou C. Foram aplicados metabonômicos baseados em espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de hidrogênio concluindo-se pela capacidade de distinguir pacientes com e sem alterações da atividade sérica da AST e da ALT decorrentes da infecção crônica. Foi possível ainda indicar a classe de compostos associada à discriminação, mostrando assim mais uma aplicação potencial da estratégia metabonômica na prática clínica, permitindo uma análise mais profunda do processo de investigação da doença hepática desses pacientes.
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Alexandre de Castr, Paulo, Susana Sá, Ana Carolina Temer, Mercedes González Sanmamed und Rodrigo Arellano Saavedra. Investigação Qualitativa em Educação: Avanços e Desafios / Investigación Cualitativa en Educación: Avances y Desafíos. Ludomedia, 2021. http://dx.doi.org/10.36367/ntqr.7.2021.ii-xv.

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Este 7º (sétimo) volume da New Trends in Qualitative Research (NTQR) apresenta um conjunto de trinta e quatro artigos que foram selecionados para o 10º Congresso Ibero-Americano em Investigação Qualitativa (CIAIQ), que ocorreu on-line entre os dias 13 e 16 de julho de 2021. Os artigos selecionados e apresentados neste 7º volume da NTQR estão alinhados com a proposta do CIAIQ, que recebe de braços abertos e dá voz a pesquisadores e cientistas da comunidade multidisciplinar, cujo congresso possui como foco a pesquisa qualitativa.Os trabalhos deste volume representam um desafio e uma conquista. Tal afirmação justifica-se pelo facto de a Metodologia Qualitativa não ser (ao menos até à presente data de publicação deste Prefácio) uma área ou tema de consensual (Alarcão, 2014; Minayo, 1992). De facto, se considerarmos que a ciência se caracteriza como forma de conhecimento objetivo, geral, racional, sistemático, verificável e reprodutível, seria compreensível que, durante muito tempo, a pesquisa qualitativa fosse considerada como sendo uma preferência pouco recomendada. Pesquisadores de diversas áreas que se atreviam (e se atrevem) a envolver-se neste tipo de estudos, não raro tinham os trabalhos rejeitados, e os seus resultados eram, eventualmente, considerados não-científicos.É importante registar que muitos trabalhos/artigos julga-se que possuem falta de expressividade pelos dados numéricos que utilizam, quando apresentados sem um contexto e uma análise mais ampla/profunda, e, por isso, têm-se mostrado insuficientes para a compreensão da sociedade contemporânea, ao mesmo tempo complexa e multifacetada. Assim, poderemos afirmar que, em certos ambientes académico-científicos, o final do século XX foi marcado por debates/discussões acerca dos limites e possibilidades oferecidas por pesquisas que considerassem, não apenas os aspetos mais evidentes ou coletáveis de forma organizada e matematicamente categorizada, mas também os dados qualitativos categorizados fiavelmente. A emergência de questões ligadas às novas formas de organização social, a emergência de novos problemas, como, por exemplo, os ligados às questões ecológicas ou ao uso desorganizado de produtos — inclusive de medicamentos — antes da compreensão dos seus resultados a longo prazo, resultam de uma ostensiva perda da influência do paradigma positivista e levam a uma reflexão muito mais ampla sobre o processo de construção do saber científico. Como consequência há uma crescente opção por metodologias que buscam a descoberta/produção/desenvolvimento de conhecimento e inteligibilidade de uma sociedade em constante mutação. Corroborado por Minayo (1992), verifica-se, com o passar do tempo, torna-se cada vez mais claro o uso — combinado/misto ou não — da pesquisa qualitativa como metodologia essencial quando o objetivo do estudo é buscar o entendimento do como e o porquê de certas coisas, para assim entender as subjetividades e o que está além da superfície fria dos dados puramente descritivos ou numéricos. Características básicas, quanto à epistemologia, identificam as pesquisas baseadas em abordagens qualitativas. Estas abordagens pressupõem que tais fenómenos e/ou objetos de estudo podem ser melhor compreendidos dentro do contexto em que acontecem e do qual fazem parte e, portanto, podem ser compreendidos e analisados de forma adequada a partir da compreensão da sua natureza dual ou mista. Em decorrência dessa afirmação, os pesquisadores, sempre que possível, deveriam optar por essa abordagem do locus que contextualiza o seu estudo, para com isso captar o fenómeno em estudo a partir da perspetiva do contexto no qual ele ocorre. Diante de tudo isto, é certo afirmar que as pesquisas qualitativas são encaradas (ou deveriam ser) naturalmente multifacetadas, uma vez que necessitam que os vários tipos de dados sejam coletados e analisados, de forma a contribuir para a compreensão da dinâmica do processo no qual o material pesquisado se desenvolve. Em geral, a pesquisa qualitativa tem como ponto de partida questões amplas ou mais complexas que se desconstroem durante o próprio desenvolvimento da investigação. Estudos qualitativos (em associação ou não a estudos/abordagens quantitativos/as) podem ser realizados seguindo diferentes caminhos. Segundo Pathak, Jena e Kalra (2013), em termos práticos, abordagens qualitativas oferecem inicialmente três possibilidades diferentes: pesquisas documentais, o estudo de caso e a observação em diferentes níveis, incluído a etnografia. Vale registar que, uma pesquisa com abordagem qualitativa possibilita ir além de propostas rigidamente estruturadas, e esses pontos iniciais desdobram-se em novos modelos e em novas aplicabilidades, advindas da experiência dos investigadores, que adaptam e recriam/modificam/melhoram propostas, nunca enviesando os dados, explorando novos enfoques e/ou trazendo novos usos, ou adentrando em novos ambientes e, portanto, em novas possibilidades. Nesse sentido, a pesquisa qualitativa tem-se mostrado sempre como possuindo um carácter inovador, de articulação nas, e das, inter e intra relações humanas nas suas diferentes possibilidades. Em função de tudo o que foi apontado, o número de trabalhos/artigos que recorrem a pesquisas qualitativas vem aumentando nas últimas décadas, tornaram-se bem aceites inclusive nas ciências biológicas e médicas. De tal forma que, felizmente, atualmente muitas revistas científicas ligadas às áreas distantes das ciências sociais publicam pesquisas qualitativas com bastante frequência. Ainda assim, no entanto, o valor da abordagem qualitativa para compreender os respetivos fenómenos está num bom caminho para se tornar independente da pesquisa quantitativa. Diferentemente de trabalhos puramente quantitativos, trabalhos que abordam métodos qualitativos apontam que não existem percursos metodológicos únicos e cada escolha supõe riscos e limites, mas também a abertura de novas possibilidades de compreensão (Minayo, 2017). É necessário acrescentar, no entanto, que o sucesso da pesquisa qualitativa está, principalmente, no embate bem orientado sobre autores diversos e na certeza de que assumir cegamente uma corrente é abrir mão de uma proposta dialógica. É necessário registar, também (ou ainda), a necessidade de ficar atento às armadilhas dos modismos e o fascínio por abordagens que, sendo sedutoras, podem também revelar-se superficiais e insuficientes. Assim como qualquer outra metodologia, ou abordagem, a pesquisa qualitativa exige um diálogo constante entre diferentes áreas do saber, a busca de possibilidades que vão além da especificidade das diferentes áreas profissionais, para avançar na interpretação dos resultados. Sabemos que é público que existe um certo consenso, na comunidade investigativa, de que a pesquisa qualitativa é um método de investigação científica que se foca no carácter subjetivo do objeto analisado, estudando as suas particularidades e experiências individuais. Ao manter um espaço para esse debate, o CIAIQ oferece oportunidade para que sejam consideradas as subjetividades e perspetivas culturais apresentadas nas (e por) diferentes pesquisas em diferentes áreas, de modo a ampliar a compreensão dos dados e dar profundidade à análise do quanto robusto e útil pode ser a pesquisa qualitativa. Para finalizar, queremos convidar todas.os leitoras.es a conhecer os trabalhos apresentados neste 7º volume da NTQR e a aprofundar estudos baseados com recurso à metodologia qualitativa. Em tempo, e de forma mais que merecida, queremos agradecer a todas.os as.os autoras.es pela importante e inestimável contribuição ao submeteram os seus artigos e às.aos revisoras.es pela incansável análise e avaliação dos trabalhos submetidos. A relevância científica da publicação destes trabalhos no 7º volume da NTQR é um motivo forte para a sua consolidação, e um incentivo para que futuramente mais e mais participantes/autoras.es submetam trabalhos nos próximos CIAIQs.
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Resiliência, sustentabilidade e desenvolvimento social sob a ótica da engenharia e agronomia. Editora Amplla, 2020. http://dx.doi.org/10.51859/amplla.rsd191.1120-0.

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O livro “Resiliência, sustentabilidade e desenvolvimento social sob a ótica da engenharia e agronomia” contempla uma coletânea de artigos de diversas áreas do conhecimento com um objetivo em comum: abordar aplicações nas áreas da engenharia e agronomia, e integrar os assuntos estudados aos temas resiliência, sustentabilidade e desenvolvimento social – pilares par a construção de um futuro adaptativo às mudanças impostas. Diante da problemática ambiental crescente em virtude da globalização, as questões relacionadas ao meio ambiente, sua degradação e consequências, passaram a ser discutidas mundialmente. Em 1972, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano da Organização das Nações Unidas (ONU), foi o gatilho para uma agenda de discussões ambientais, que deu origem ao relatório de Brundtland e outros documentos, e, por conseguinte, ao conceito de sustentabilidade. O termo resiliência foi utilizado pela primeira vez em meados do Século 18 pelo cientista Thomas Young para descrever fenômenos físicos. Atualmente, o termo recebe conceitos adaptáveis a múltiplas áreas de conhecimento. De forma geral, os dicionários definem, no sentido figurado, como “capacidade de superar, de recuperar de adversidades”. Um sistema resiliente denota da capacidade de se responder, resistir e recuperar (ou ainda se reformular) de eventos adversos à sua natureza. Essa característica de recuperação/reformulação de sua condição inicial se alia ao conceito de sustentabilidade – equilibrar as necessidades humanas e a preservação dos recursos naturais sem comprometer as próximas gerações – por meio de uma abordagem integrada. Embora medidas para a sustentabilidade possam não garantir a resiliência de sistemas, as ações para a resiliência devem pretender também a sustentabilidade em seu processo. A engenharia e agronomia devem incorporar processos evolutivos em suas atividades a fim de promover o desenvolvimento social. Seus projetos devem ser capazes de estreitar e aprimorar as relações entre os atores de um sistema ao promover o bem-estar social como aspecto essencial na melhoria da qualidade de vida, de forma equilibrada com a economia e o meio ambiente. Aos leitores iniciantes na temática, o livro ajuda a despertar o interesse sobre o uso racional dos recursos naturais e fornece uma visão ampla sobre alternativas que conduzam a um desenvolvimento equilibrado através de pesquisas sob esta perspectiva. Aos leitores especialistas no assunto, o livro endossa trabalhos com arcabouço teórico e exemplos que irão agregar informações específicas e interessantes. Os trabalhos apresentam revisões bibliográficas e discussões acerca da gestão ambiental e de técnicas e produtos que reduzem o impacto sobre o meio ambiente. Os estudos atravessam as subáreas de saneamento, reúso agrícola, produção de alimentos, pavimentos, ciência dos materiais, edificações e gestão ambiental. Estes estão sequenciados no livro de modo a permitir uma leitura fluida e mais agradável de acordo com a área de interesse.
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Marques, Marcia Alessandra Arantes, Hrsg. Transições agroecológicas: evoluindo em sistemas produtivos. Bookerfield Editora, 2021. http://dx.doi.org/10.53268/bkf21091800.

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Nos últimos 50 anos o mundo experimentou intensas e profundas transformações decorrentes do modelo de desenvolvimento adotado pelos países em processo de industrialização. A produção agrícola em particular, obteve crescentemente ganhos de rendimento físico e financeiro, mas ignorou às pressões do modelo implementado, sobre os recursos naturais e sobre às populações rurais. A despeito de haver ampliado significativamente a produção agrícola (notadamente a de comodities) também é absolutamente verdadeiro a secundarização do papel e importância do meio ambiente das culturas locais e das pessoas ligadas à cada ambiente onde se realiza a agricultura. Pensar a produção de alimentos para o abastecimento interno da população e para redução das dificuldades alimentares e da fome, deixou aparentemente, de ser objetivo principal e estratégico de um país que convive com a pobreza e com uma acentuada desigualdade social. Neste contexto demonstrar o papel da agroecologia e dos sistemas de agricultura de base ecológica tornou-se essencial e os estudos sobre transições agroecológicas de cultivos agrícolas são fundamentais para a indispensável viabilidade econômica, ambiental e social de tais agriculturas, aonde os elementos da produção física e da rentabilidade financeira não devem estar desassociados das preocupações com o ambiente (solo, água, florestas e biodiversidade) e muito menos das pessoas ( pequenos e médios agricultores dos espaços rurais e dos consumidores de alimentos) que tornam possível os alimentos chegarem à nossa mesa. Portanto um choque de paradigmas sempre instala um conflito de ideias, de práxis sociais, de formas de fazer ciência, de tratar as instituições, de produzir, de tratar a natureza, de consumir, de distribuir, de conhecer. Por isto que cada forma de cultivar a terra, de fazer agricultura e pecuária, corresponde a uma orientação paradigmática que atua no sentido de reafirmar o velho paradigma em crise, ou se aproxima do paradigma emergente, por constatar um conflito entre a qualidade das demandas do novo consumidor e o velho paradigma. A Transição Paradigmática reflete esta segunda tendência, na medida em que as tentativas de respostas oferecidas pelo velho paradigma em nada alteraram o curso das coisas, pois não ofereceram uma alternativa que garantisse à humanidade uma vida de qualidade. Pelo contrário, enquanto as respostas apresentadas a partir do paradigma emergente, já sinalizaram que o trato agroecológico da natureza não só oferece uma agricultura e pecuária saudáveis, que não adoece a vida animal e vegetal, assim como propicia uma vida que gera vida, ao invés da vida que ameaça a própria vida. Por tudo isto devemos viver um movimento paradoxal, lutar ininterruptamente para iluminar o interior da caverna de onde saímos do culto ao velho paradigma, mas sem deixar de amparar aqueles que entrando em estado de perturbação com essa luz, debatem-se contra ela, uns insistindo nela ficar, e outros que convencidos da necessidade de dela sair, mal encontram forças e orientação para encontrar o caminho da saída. É preciso suportar a dor da agressão de quem estendemos as mãos, assim como suportar o peso e angústia de quem socorremos para sair dela. A Transição Agroecológica é nosso bom combate no trato da natureza. É o caminho de construção de um meio ambiente saudável a todas as formas de vida, porque emerge da compreensão do diálogo com as distintas linguagens da natureza, procurando descobrir as demandas de cada espécie que integra a biota de cada planta e animal que exploramos no meio ambiente que intervimos. Mas sabemos que neste processo uns caminham mais rápido, outros mais lentos. Contudo, afetados pelos imperativos ontológicos de cada espécie animal e vegetal, pela vontade da natureza em realizar sua autopoiese, respondem ou responderão amanhã à determinação da Transição Agroecológica. Como nos ensina Kant “a Natureza assim o quis”, e deste imperativo de participar da autopoiese da vida nenhum de nós tem como se desviar. Pois, a resistência terá como retorno a reação imperativa de um crescente movimento de transição agroecológica que luta por uma economia que garanta condições de sua autoreprodução e assim a continuidade do seu curso em sociedade, sem o velho e cansativo modo de produção que se funda no inaceitável estranhamento do ser humano com a natureza. O livro Transição Agroecológica - Evoluindo em Sistemas Produtivos é uma produção do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT), doutorado profissional interdisciplinar, oferecido em associação ampla pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Os 10 artigos que compõem o livro são resultados da disciplina Transição Agroecológica e Sistemas Agroalimentares, ofertada no segundo semestre de 2020, de forma remota, devido a pandemia do coronavírus 19, no Polo UNEB, pelos docentes do Programa Professores Jairton Fraga Araújo, Luciano Sérgio Ventin Bonfim e Edonilce da Rocha Barros. Ao decidir-se publicar os resultados dos trabalhos dos doutorandos em associação com seus orientadores, neste e-book, analisou-se a pertinência dos textos que podem contribuir de forma substancial para a transição de sistemas produtivos que ora são desenvolvidos no Submédio São Francisco, em áreas irrigadas, a partir de estudos técnico-científicos. Mesmo com uma longa trajetória da agricultura irrigada no Vale, sabemos que a busca pela qualidade de alimentos limpos é mais que necessária. Os artigos ora apresentados trazem informações que demarcam o esforço das universidades instaladas no território Sertão do São Francisco, dentre elas a UNEB, em produzir e popularizar conhecimentos para uma transição agroecológica e o desenvolvimento sustentável do Semiárido brasileiro.
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Melo, Francisco Dênis, und Edvanir Maia da Silveira. Nas trilhas do sertão: escritos de cultura e política do Ceará – volume 7. SertãoCult, 2022. http://dx.doi.org/10.35260/54210157-2022.

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Como será o lugar quando ninguém passa por ele? – pergunta o poeta. Será que “Existem coisas sem ser vistas?” E o mundo, mundo grande, como escreveu, pode existir “apenas pelo olhar que cria e lhe confere espacialidade?” O poeta parece querer nos dizer que “Aquilo que vemos vale – vive – apenas por aquilo que nos olha”, 1 que ver é experimentar ser visto, que ser visto é existir, e ainda que haja uma “cisão que separa dentro de nós o que vemos daquilo que nos olha”, 2 as coisas, os acontecimentos só têm existência na medida mesma de nossa presença, de nossa potência visual, de nosso corpo que toma e encorpa o espaço, o tempo e gera existência e resistência, presença e ausência, o antes e o depois, a perda e a insistência. Duas dimensões importantes de parte significativa da poética de Carlos Drummond de Andrade são a memória e a questão da finitude, que se manifestam em resíduos de memórias e de espaços familiares. A dimensão da finitude, em especial, faz com que o poeta some inúmeras questões em forma de perguntas à sua poética, como lemos na passagem do poema supracitado. Esse dado é importante porque denota a provisoriedade e a fragilidade das respostas possíveis elaboradas no corpo dos próprios poemas. O poeta não tem respostas para todas as perguntas que faz. Os historiadores também não têm respostas para todas as questões que levantam em suas pesquisas, em suas aulas, cursos, intervenções. Por isso, com relação a Drummond, parte de sua poesia é metapoesia. Nesse sentido, somos levados a nos perguntar se a escrita do Historiador não seria meta-história, ou seja, o “estudo referente à história enquanto historiografia; por exemplo, o estudo da linguagem, ou linguagens, da historiografia”? 3 Assim, dessa forma, elaboramos histórias que ajudam na construção de outras histórias? Cada um dos autores desta coletânea conhece o lugar por onde passam, porque sua prática é constituída por um demorar-se em suas temáticas, pela identificação e reflexão sobre problemas e questões, portanto, o desejo é que nada permaneça fora do alcance de sua vista, o que garante para cada um a criação e configuração de certa espacialidade e temporalidade fundamentais com relação às pesquisas abordadas. Evidentemente que demorar-se e conhecer-se, nas temáticas levantadas, não isenta todos, todas e cada um de certa estranheza e inquietação marcadas exatamente pelas respostas impossíveis de serem encontradas, assim é que a familiaridade com a temática não garante, e jamais garantirá, a tranquilidade de um “sentir-se em casa”, o que até certo ponto é bom, na medida em que nos coloca sempre em estado de alerta para o que até então não foi visto, alcançado, sentido como presença em variados tempos e espaços, e que esperam de nós inteligibilidade na busca, a um só tempo, pelo todo e as partes, como assevera Antoine Proust. Portanto, nada é suposto na existência, isso porque, como escreve o poeta, “Ou tudo vige planturosamente, à revelia/ de nossa judicial inquirição / e esta apenas existe consentida/ pelos elementos inquiridos?”, posto que o que vigora na existência, mesmo à revelia de nossa mais cuidadosa inquirição, o que garante as nossas questões, são as próprias questões, e não o que está fora, o que não faz parte das problemáticas levantadas, e é exatamente nessa “espantosa batalha/ entre o ser inventado/e o mundo inventor” que nos colocamos e nos demoramos. Somos “ficção rebelada/ contra a mente universa”, levantando a alvenaria de nosso lugar, de nosso estranho lugar, de nossa morada, lugar de uma certa permanência que nos ampara e nos sacode ao mesmo tempo. Assim, abrimos nossas trilhas em seu sétimo volume. Trilhas são caminhos ou estradas, existentes ou estabelecidos, com dimensões e formas, comprimento e largura diferentes, aptos a aproximar, juntar, estabelecer espaços de interação, indicar, duvidar, marcar, apontar direções, ligar, sinalizar, abrir passagens. Entre as inúmeras trilhas abertas sertões afora e cidades adentro, nós abrimos as nossas, dispomos nossos passos, medimos as dificuldades do terreno e nos lançamos nessa caminhada que já dura tantos anos, deixando fincados nas terras por onde passamos, marcos e marcas, impressões e signos, sinais e símbolos, partes de cada de um nós, como um olhar lançado, que confere e configura tempos e espacialidades. O presente volume divide-se em duas partes, respectivamente: “História, memória, autoritarismo e militância política no século XX” e “Experiências citadinas e sertanejas, oralidade e tradição nos sertões do Ceará nos séculos XIX e XX”. Na primeira parte do livro, abrimos nossos trabalhos com o capítulo de Jucelio Regis da Costa, “Da construção a celebração do golpe de 1964 no Ceará: usos políticos de elementos neomedievalizantes”, que faz uma análise de acontecimentos nacionais da década de 1960, com profundas repercussões no Ceará, como as Cruzadas do Rosário em Família, a Missa congratulatória às Forças Armadas e as Marchas da Vitória, com ampla mobilização política de grupos conservadores do estado, com a finalidade de combater o comunismo, servindo assim “na pavimentação do caminho ao golpe civil-militar de 1964”. O autor elege como objeto central de sua análise elementos neomedievalizantes, quando sentidos positivos foram atribuídos à Idade Média e os acontecimentos em questão foram medievalizados. Edvanir Maia da Silveira, em “Os partidos políticos e a experiência democrática na Zona Norte Cearense (1945-64)”, discute como as décadas de 1945 a 1964 consagraram-se na historiografia como tempo da experiência democrática, em que vigorava uma Constituição, partidos, eleições e participações sociais no debate político, sem, no entanto, descurar do fato de que muitas práticas autoritárias estavam presentes e ativas no cenário político, de modo que essas experiências e conflitos foram vivenciados e ressignificados pelas lideranças da Zona Norte do Ceará. O capítulo assinado por Viviane Prado Bezerra, “‘Quando a mulher sai do mundo da cozinha dela e começa a participar das coisas, então ela começa a ver o mundo diferente’: trabalho pastoral e atuação política das camponesas no Movimento do Dia do Senhor (1970-1990)”, aborda a militância religiosa e política de mulheres camponesas no Movimento do Dia do Senhor, uma iniciativa católica que tinha relação com as Comunidades Eclesiais de Base – CEBs e que teve intensa atuação entre as décadas de 1960 e 1990 alimentada pela dimensão da “fé e vida”, modificando “a visão de mundo e atuação dessas mulheres em suas comunidades”, tornando-as “protagonistas na luta pela libertação, posse da terra e pela igualdade de gênero”. No último capítulo da primeira parte, “Cem anos de comunismo no Brasil: onde Camocim entra nessa história?”, de Carlos Augusto Pereira dos Santos, o autor discute, dentro das comemorações dos cem anos do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), agora em 2022, a participação da cidade de Camocim nessa longa história, utilizando como documento uma entrevista realizada com o “Sr. Nilo Cordeiro de Oliveira, comunista histórico em Camocim, filho de Pedro Teixeira de Oliveira (Pedro Rufino), um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em Camocim em 25 de março de 1928”. Voltando à trilha poética aberta por Carlos Drummond de Andrade, tomando o caminho dA suposta existência, pensamos se “A guerra sem mercê, indefinida, prossegue, feita de negação, armas de dúvida […]teima interrogante de saber/ se existe o inimigo, se existimos/ ou somos todos uma hipótese/ de luta/ ao sol do dia curto em que lutamos”, e se a nossa luta se faz e se refaz em cada página escrita, em cada aula debatida, em cada projeto realizado, uma vez que, se a pressa existe, é porque sabemos que um dia é muito curto para quem luta. Por isso a soma de todos nós, a multiplicação de nossas pesquisas, a publicização tão importante de nossas inquietações. Na segunda parte do livro, Francisco Dênis Melo, a partir do capítulo “Sobral e os seus altares: imaginária urbana e heróis civilizadores”, tem como objetivo “pensar a cidade de Sobral-CE a partir de alguns de seus habitantes de pedras, ou melhor, de sua imaginária urbana, no caso bustos, estátuas e monumentos destacados em variados espaços, notadamente em suas praças”, que funcionaram e ainda funcionam como anteparo para os campos políticos e religiosos na cidade, constituindo assim um poderoso mecanismo simbólico de construção do poder em Sobral. Thiago Braga Teles da Rocha, em “‘Sobral como cidade progressista’: entre planos, projetos e representações”, discute o processo de eletrificação em Sobral, estabelecendo uma relação com o conceito de progresso. O texto nos mostra que foi organizada uma “campanha em prol da eletrificação da cidade, realizada por setores da elite política da cidade, com destaque para a Igreja Católica a partir do jornal Correio da Semana”. Para isso, foi utilizado o “Projeto das Redes Primárias e Secundárias de Distribuição de Energia Elétrica da Cidade de Sobral”, documento resguardado no Núcleo de Documentação Histórica (NEDHIS), ligado ao curso de História da Universidade Estadual Vale do Acaraú. O capítulo assinado por Antônio Vitorino Farias Filho, “Imagens no espelho: mulher depravada e mulher ideal em Ipu-CE no início do século XX”, discute a questão da prostituição e sua relação tensa com a chamada Modernidade e com os valores do progresso, de modo que a prostituta no espaço público representou “uma imagem invertida da mulher ideal, buscada pelos grupos dominantes”. Chama atenção o autor para o importante fato de que “É somente no início do século XX, mais ainda na década de 1920, na cidade de Ipu, que a prostituta e a prostituição aparecem explicitamente nas fontes”. No capítulo “‘Isso é atestado de seu progresso. Sí Sobral, Camocim e outras cidades sertanejas têm o seu jornal, porque não poderíamos ter?’ a elite escritora e o ideário de controle e modernidade em Ipu-CE (1900-1920)”, Antonio Iramar Miranda Barros e Alexandre Almeida Barbalho discutem a questão da Modernização sob a ótica das lides jornalísticas, a partir das experiências e do “pensamento de três sujeitos, a partir dos grupos aos quais pertenciam: Abílio Martins, Herculano Rodrigues e Leonardo Mota”, entendendo que os jornais eram encarados como sinais claros de progresso, desenvolvimento e inovação. Raimundo Alves de Araújo e Emmanuel Teófilo Furtado Filho assinam o capítulo “O campo de concentração do Ipu no contexto da Revolução de 1930”. Os autores analisam a constituição do campo de concentração na cidade do Ipu no ano de 1932, no contexto de criação de outros campos, em cidades como Quixeramobim, Crato, Cariús, Senador Pompeu e Fortaleza. Os autores refletem que tal acontecimento não tem o reconhecimento e importância para os poderes locais, lamentando “que não haja um marco histórico identificando o local exato do campo de concentração do Ipu, nem um memorial preservando a memória e a história de tão trágico e lamentável acontecimento!” O campo de concentração da cidade do Ipu fazia parte de um projeto maior, que, entre outros objetivos, pretendia “fazer dele uma ‘parede de contenção’ para poupar a cidade de Sobral do assédio dos retirantes”. Nesse sentido, afirmam os autores que “Ignorar este passado horrível é o mesmo que ‘assassinar novamente’ aquelas vítimas”. Na sequência, Cid Morais Silveira, em “‘Os teus filhos, cidade encantada, escondidos no seu coração’: a vida e a morte do Centro Social Morrinhense (1952 – 1963)”, analisa a criação e o fim de uma instituição chamada Centro Social Morrinhense, em 1952, na cidade de Fortaleza, num contexto em que seus fundadores acreditavam que Morrinhos, “uma pequena vila encravada entre o litoral e o sertão, no interior cearense, composta de oito ruas, dois grandes quadriláteros que os moradores chamavam de ‘praça’ e com aproximadamente 1.097 habitantes”, estava “desamparada e abandonada pelo poder público”, objetivando “1º) proporcionar as melhores ocasiões de progresso àquela vila; 2º) levantar o nível social de seus habitantes; 3º) auxiliar os estudantes pobres do distrito; 4º) promover campanha sobre assuntos dos mais variados: educação, cultura, escolas, alfabetização de adultos, agricultura e outros problemas locais”. Joaquim dos Santos, no capítulo “‘Nas porteiras’ de outros mundos: a Pedra Branca na tradição oral”, encontrou uma pedra em seu caminho. Por isso reflete “sobre o lugar da Pedra Branca na tradição oral sobre os mortos na região do Cariri, dando destaque às memórias sobre a grande rocha e os significados que lhe são atribuídos pelos moradores das áreas próximas ao rochedo”. Aponta o autor que “a Pedra Branca está localizada no sítio Jatobá, na encosta da Chapada do Araripe, zona rural do município de Porteiras”. Ele enfatiza ainda que na “relação entre as pedras e as almas nos interiores do Brasil, é notório como seus laços são estreitos e porosos, tanto no que diz respeito às pedrinhas, quanto aos grandes rochedos”. Fechando a segunda parte e a obra, temos o capítulo de Reginaldo Alves de Araújo, “Vamos falar sobre um sertão? Do sertão dos párias incultos ao culto à pátria”, no qual o autor analisa “algumas variações de sentido da palavra sertão em diferentes momentos históricos”, atentando para o fato de que vai deixar “de lado a ideia de sertão como sinônimo de seca e de fome […] para nos concentrarmos em outras duas imagens: a de um espaço não civilizado no contexto colonial, ao sertão enquanto reservatório das raízes culturais da nacionalidade brasileira”. Entende o autor o sertão como um espaço plural e simbólico, material e sensível, sendo entendido também como um espaço de resistência renhida ao colonialismo. Voltando à trilha aberta por Carlos Drummond, no poema A suposta existência, nos diz o poeta: “[…] e tento construir-me de novo a cada instante, a cada cólica, na faina de traçar meu início […]”. O ser do poeta é parte remontada, refeita, ressignificada com a matéria da vida, com o espanto de todo dia. Ser reconstrução é sonhar ser outro a cada instante, apesar da cólica, do gemido. O que há, de fato, para se construir novo a cada instante, é uma multiplicidade de caminhos, de trilhas, de sendas abertas. O poeta nos mostra novos caminhos, assim como historiadores e historiadoras também apontam em seus trabalhos para o múltiplo das coisas, da vida, dos acontecimentos. E se uma das características da obra poética de Drummond é o “princípio-corrosão”, nas palavras de Luiz Costa Lima, nas obras dos historiadores temos, certamente, o “princípio-reflexão”, quem sabe, de forma mais ousada, o “princípio-coração”… Boa caminhada! Boa leitura! Francisco Dênis Melo
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Conexões: linguagens e educação em cena. Editora Amplla, 2021. http://dx.doi.org/10.51859/amplla.cle283.1121-0.

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O conhecimento se fabrica nos múltiplos circuitos da linguagem e em conexões estabelecidas nos próprios efeitos dos saberes humanos. As dinâmicas dos discursos, as práticas de ensino e os territórios das artes são algumas fronteiras que deslizam entre conceitos e experiências, significantes e significados. Em As palavras e as coisas, Michel Foucault (2007) reflete que “a linguagem representa o pensamento como o pensamento se representa a si mesmo”. Nesses termos, a produção crítica e intelectual constrói um jogo em que os textos se transformam em repositórios daquilo que somos e buscamos representar através das palavras. Cada repositório pode ser classificado como uma cena que opera dentro e através da linguagem, de modo que sua força é determinada por sua capacidade de intervir nas práticas sociais e, consequentemente, transformá-las. É reconhecendo a presença da diversidade produzida nas esferas do conhecimento humano que o livro Conexões: Linguagens e Educação em Cena, organizado por Nathalia Bezerra da Silva Ferreira, José Wandsson do Nascimento Batista, Lívia Karolinny Gomes de Queiroz, Isabela Feitosa Lima Garcia e Ana Flávia Matos Freire, representa um espaço de circulação de ideias e práticas críticas imprescindíveis para estudantes, professores e pesquisadores das Letras e outros campos de estudo. As demandas acerca da linguagem, da cultura e da sociedade nunca se esgotam. Dessa forma, abrem-se novas margens e cenários de saberes relacionados à Linguística, Literatura, Educação e à História que nos ajudam a interpretar e aperfeiçoar o entendimento das relações de poder e das interações entre os sujeitos. É urgente que, em nossas experiências docentes e discentes, exerçamos o papel de mediar a produção do conhecimento entre a academia e outras organizações sociais, criando visibilidades para que os espaços dos saberes sejam cada vez mais democráticos e inclusivos. O livro reúne textos-cartografias – produzidos por professores, alunos de pós-graduação e demais pesquisadores – que lançam perspectivas multidisciplinares das instâncias da linguagem, da educação e da formação política – envolvendo vários atores sociais – e promovem estratégias de leitura diante dos desafios da contemporaneidade. Nesse sentido, o capítulo de abertura, intitulado “A modalidade volitiva em relatos de pacientes que superaram a Covid-19”, André Silva Oliveira descreve e analisa através da modalidade volitiva os comportamentos de pessoas que divulgaram seus relatos na internet acerca da superação da doença. No contexto da pandemia que enfrentamos atualmente torna-se relevante a vigilância dos efeitos desta enfermidade que se instaura no imaginário dos sujeitos. No Capítulo 2, intitulado “Reflexões sobre a linguística e a semiótica: revisão teórica e um exemplo de aplicação”, Jancen Sérgio Lima de Oliveira investiga as distinções e as semelhanças entre a linguística e a semiótica tendo como ponto de partida a produção de imagens no mundo contemporâneo. Em outro espectro de pesquisa, no Capítulo 3, “Gêneros orais: objetos de ensino como suporte às aulas de língua portuguesa”, George Pereira Brito inscreve um estudo para situar os gêneros orais no ensino de língua portuguesa, atentando para o papel dos docentes no desenvolvimento da oralidade como uma prática fundamental na formação estudantil.No Capítulo 4, “As interfaces da leitura: decodificação e compreensão leitora”, de Alessandra Figueiró Thornton, discute a formação leitora dos estudantes da Educação Básica, destacando a necessidade de políticas que desenvolvam as habilidades relacionadas à proficiência leitora nas escolas. Lidando com outras molduras da linguagem, mais precisamente no campo da literatura, no Capítulo 5, “Vozes femininas tecendo a resistência no enfrentamento às violências nos contos de Insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo”, escrito por Maria Valdenia da Silva, Maria José Rolim, Diely da Cruz Lopes e José Ronildo Holanda Lima, observamos uma análise das profundas marcas da violência de gênero representadas na literatura de Evaristo e os atos de resistência das personagens, que lutam para produzir outras escrevivências no tecer do texto literário. Ainda no contexto dos estudos literários, Nathalia Bezerra da Silva Ferreira, no Capítulo 6, “Ressignificações no conto de fada ‘Entre a espada e a rosa’, de Marina Colasanti”, estuda as ressonâncias entre o conto “Entre a espada e a rosa”, de Marina Colasanti e o conto “Pele de Asno”, de Charles Perrault. A autora explora o imaginário da literatura infanto-juvenil e confronta ambas as narrativas para identificar intertextos e rastros entre o texto clássico e o moderno. No Capítulo 7, intitulado “A morte com véu branco: uma análise da poesia de Emily Dickinson”, Brena Kézzia de Lima Ferreira e Francisco Carlos Carvalho da Silva analisam a obra poética de Dickinson com foco na representação da morte e suas figurações simbólicas que acentuam as incertezas da existência humana. Expandindo as cenas de pesquisa, no Capítulo 8, “A formação leitora: uma proposta metodológica com um poema de Manoel de Barros”, André de Araújo Pinheiro, Kamilla Katinllyn Fernandes dos Santos e Verônica Maria de Araújo Pontes desenvolvem um procedimento metodológico baseado em jogos teatrais e sequências básicas para fornecer estratégias e dinâmicas de leitura que visam propiciar maior proficiência leitora entre os sujeitos participantes.Tomando como ponto de discussão os fundamentos do letramento literário, no Capítulo 9, “Novas práticas de leitura literária à luz do teatro do oprimido”, Danyelle Ribeiro Vasconcelos situa as práticas de leitura do texto literário dentro de uma perspectiva crítico-reflexiva, gerada a partir do livro Capitães da Areia, de Jorge Amado, em diálogo com o método teatral do Teatro do Oprimido, desenvolvido por Augusto Boal, com o intuito de transformar o ato de ler literatura em uma prática emancipatória, em que o território da sala de aula passa a ser o palco de jogos dramáticos, onde os alunos assumem importantes papeis sociais. No Capítulo 10, “Letramento na educação infantil a partir do livro A vida íntima de Laura, de Clarice Lispector”, os autores Nadja Maria de Menezes Morais, Laís Correia Teófilo de Souza, Jôse Pessoa de Lima e Marinalva Pereira de Araújo traçam um perfil da formação leitora e infantil baseada nas experiências de leitura literária. Nesse contexto de aprendizagem, o livro de Lispector permite estimular a reflexão em torno da importância do letramento literário desde os primeiros anos da vida escolar. Em conexão com a temática, em “Multiletramentos na escola: proposta de leitura do hipertexto ‘Um estudo em vermelho’, de Marcelo Spalding”, Capítulo 11, Angélica Benício Alves e Sandro César Silveira Jucá, atentos acerca das novas situações comunicativas geradas por ambientes virtuais, exploram a existência de gêneros literários digitais e refletem sobre suas aplicabilidades na sala de aula para promover práticas de leitura e, como resultado disso, desenvolver condições de multiletramento nos espaços educacionais. Dando continuidade, em “O ser criança e a sexualização infantil em face ao discurso midiático: O Caderno Rosa de Lori Lamby”, Capítulo 12, Elane da Silva Plácido e Maria da Conceição Santos tomam como objeto de estudo o livro Caderno Rosa de Lori Lamby, da escritora Hilda Hilst, para analisar as nuances da personagem Lori em face da influência midiática no processo de sexualização e adultização do corpo infantil, provocando impactos na identidade da criança. É por meio do Capítulo 13, designado “Canciones que el tiempo no borra: memorias, censura y canciones bregas en el contexto de la dictadura civil-militar en Brasil (1964-1985)”, escrito em espanhol por Lívia Karolinny Gomes de Queiroz, Isaíde Bandeira da Silva e Edmilson Alves Maia Júnior, que aprendemos sobre os efeitos da censura na arte, mais precisamente na música brega, tida como manifestação artística imprópria aos valores defendidos pelo regime militar no Brasil (1964-1985). Os autores examinam os impactos da censura na sociedade da época, mas também enunciam como a música pode expressar as contínuas tensões de um momento histórico. Maria Julieta Fai Serpa e Sales, Francinalda Machado Stascxak e Maria Aparecida Alves da Costa refletem em “O vínculo entre o estado e a igreja católica no Brasil imperial (1822-1889) e sua reverberação na educação”, Capítulo 14 desta coletânea, a relação da Igreja Católica com o Estado na época do império, identificando as implicações deste vínculo na história da educação brasileira. Por sua vez, o Capítulo 15, “As contribuições da teoria histórico-cultural para o ensino na educação infantil: uma revisão de literatura”, assinado por Camila Alvares Sofiati, foca na compreensão do processo de aprendizagem infantil a partir das teorias de Vigotski, em que o trabalho pedagógico com crianças é observado. Já no Capítulo 16, intitulado “Proposta e currículo no contexto educacional do ensino infantil brasileiro”, também de Marcus Vinicius Peralva Santos, o autor produz um panorama de pesquisas sobre propostas curriculares direcionadas ao ensino infantil no Brasil, averiguando como os projetos políticos pedagógicos contemplam as novas demandas da sociedade contemporânea. No capítulo seguinte, “As contribuições do NTPPS na aprendizagem de língua inglesa numa escola pública de Pacoti – CE”, Capítulo 17, as autoras Francisca Marilene de Castro Rodrigues e Isabela Feitosa Lima Garcia contextualizam os desafios do ensino de língua inglesa nas escolas brasileiras e apresentam princípios metodológicos que visam dirimir as problemáticas em torno da aprendizagem do inglês, reforçando a necessidade de produzir um modelo de ensino que coloque no centro do processo o conhecimento do aluno em relação às interfaces de cognição. Dessa forma, as autoras abrem perspectivas positivas para o ensino-aprendizagem do idioma em questão.O Capítulo 18, “A utilização do blog pelas escolas estaduais de educação profissional de Juazeiro do Norte – CE”, as autoras Maria Francimar Teles de Souza e Rosa Cruz Macêdo abordam o blog como uma ferramenta digital fundamental na divulgação de atividades escolares e mapeiam seus usos em escolas estaduais de ensino profissionalizante na cidade de Juazeiro do Norte – CE. Em outro contexto de pesquisa, no Capítulo 19, “Intervenções inter/multidisciplinares em crianças disléxicas”, Wanda Luzia Caldas de Brito e Maria Josefina Ferreira da Silva investigam, através de uma abordagem multidisciplinar, questões relacionadas à dislexia em crianças e como tal condição afeta o desenvolvimento da aprendizagem nos anos escolares, evidenciando a necessidade de que os profissionais sejam subsidiados de informações sobre como lidar com o diagnóstico deste transtorno e, consequentemente, possam proporcionar um bom ambiente de ensino. No Capítulo 20, intitulado “A importância da interação e do material adaptado para o processo cognitivo do aluno com necessidades educacionais especiais”, Samara de Oliveira Lima, Sanara Macedo Sousa e Sabrina de oliveira Marques abordam o progresso do aluno com Necessidade Educacional Especial (NEE) e a importância de sua inclusão no contexto escolar. Para isso, os autores entendem que o professor tem um papel importante no processo de acolhimento e na ação de produzir materiais adaptáveis para o ensino. Traçando outro cenário de reflexão, no horizonte do Capítulo 21, nomeado “O papel do tutor no contexto da educação a distância: uma análise dos estudos brasileiros até 2020”, Marcus Vinicius Peralva Santos concentra-se na função do tutor no processo de ensino-aprendizagem da educação a distância, trazendo à tona os desafios que os profissionais da área enfrentam e as necessidades oriundas de suas práticas. Já no Capítulo 22, “O ensino remoto na visão docente: desafios e perspectivas”, Elizete Pereira de Oliva Leão e Mauricio Alves de Souza Pereira avaliam as condições do ensino remoto a partir da experiência de professores de uma escola pública da cidade de Montes Claros, Minas Gerais. Os dados levantados pelos autores apontam para problemas que precisam ser superados, especialmente relacionados ao acesso das mídias digitais e à formação continuada dos docentes, para que estejam preparados para o uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). O capítulo seguinte aborda práticas do contexto de ensino-aprendizagem de línguas. “O processo de elaboração das organizações didáticas no contexto da residência pedagógica de língua portuguesa”, Capítulo 23, George Pereira Brito e Maria Beatriz Bezerra de Brito dedicam-se a examinar as produções de Organizações Didáticas de um programa de residência pedagógica para o ensino médio desenvolvido pela Universidade Estadual da Paraíba, com o objetivo de dar suporte aos alunos bolsistas para que tenham em mãos materiais adequados para o ensino de português. No horizonte da educação básica e suas diversas disciplinas, o Capítulo 24, com o título de “Química verde: análises das concepções de alunos do ensino médio”, de autoria de Michelle de Moraes Brito, Kariny Mery Araujo Cunha, Francilene Pereira da Silva e Márcia Valéria Silva Lima, atende às demandas da educação ambiental, uma vez que, preocupadas com os vários níveis de degradação do meio ambiente, as autoras analisam a percepção de alunos do ensino médio acerca das problemáticas ambientais, na perspectiva da Química Verde, atribuindo a importância de formar sujeitos mais conscientes acerca dos problemas ocasionados pela ação humana na natureza. No Capítulo 25, “As licenciaturas em química ead e presencial nos IF: uma análise dos projetos pedagógicos de cursos e as implicações na formação docente”, os autores Dylan Ávila Alves, Nyuara Araújo da Silva Mesquita, Raiane Silva Lemes e Abecy Antônio Rodrigues Neto avaliam cursos de licenciatura em Química de Institutos Federais em sua modalidade de Ensino a Distância (EaD) e comparam as suas especificidades – direcionadas aos alunos – com o modelo de ensino tradicional. Nos dois últimos capítulos, percebendo a emergência das novas tecnologias nas práticas educacionais, Karina Pereira Carvalho, Mariana da Costa Teles, Marcelo Augusto Costa Vilano e Vinícius Pedro Damasceno Lima destacam, no Capítulo 26, “Ensino remoto da matemática a partir das tecnologias digitais: a importância dos jogos digitais como ferramenta auxiliar da aprendizagem”, o papel de jogos digitais no processo de ensino-aprendizagem da matemática e como essas ferramentas auxiliam no desenvolvimento de habilidades de raciocínio lógico e cognição. Em diálogo com a área, no Capítulo 27, “A modelagem matemática utilizada para ensinar funções e aplicações”, Karina Pereira Carvalho trabalha com a modelagem matemática como princípio norteador do ensino das funções e aplicações, objetivando apresentar soluções para lidar com as dificuldades dos alunos relacionadas ao tema. Apresentadas as coordenadas iniciais de cada capítulo do Livro Conexões: Linguagens e Educação em Cena, convidamos o leitor para que adentre nas páginas desta coletânea e deixe fluir essas cenas de aprendizagem na sua formação humana. Como declara Paulo Freire, no livro Educação como prática da liberdade (1967), “há uma pluralidade nas relações do homem com o mundo, na medida em que responde à ampla variedade dos seus desafios.” Nesse sentido, esta obra fornece diversos olhares sobre alguns desafios que os autores e autoras enfrentam em suas experiências humanas. Suas contribuições são plurais e buscam responder as problemáticas da linguagem, da educação, da literatura e da sociedade que os cerca. Uma última assertiva: os conhecimentos são mutáveis, o que permanece é o desejo de produzir novos pensamentos e afetos transformadores.
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